Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da UFLA lança boletim eletrônico

boletim-inbatecA partir agora, a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal de Lavras (Inbatec/UFLA), conta com mais uma ferramenta para reforçar a comunicação com os seus diferentes públicos. “Acontece na Inbatec”, boletim eletrônico com periodicidade semestral, reunirá os principais e mais recentes destaques sobre a Incubadora, suas empresas incubadas e todo o universo da inovação e do empreendedorismo dentro da Universidade. Além de ampliar a visibilidade das ações da Inbatec, o boletim também reafirma o seu compromisso com a transparência e com o fomento à inovação e ao empreendedorismo.

Para Raphaela Ribeiro, gerente da Inbatec, a nova ferramenta cumpre função importante. “Buscamos, por intermédio de um formato dinâmico, propagar a inovação e o empreendedorismo, por meio de nossas ações e das empresas incubadas, além de outros agentes, como Nintec, LavrasTec e agências de inovação da UFLA”. Com o início do projeto, Raphaela relata sensação de missão cumprida. “Tenho muito orgulho da equipe, que abraçou a causa e não mediu esforços para que este lançamento fosse possível. Vamos trabalhar para melhorar progressivamente esse importante instrumento de acesso ao nosso público”, finalizou a gerente, entusiasmada.

Para a primeira edição, foram selecionadas, criteriosamente, matérias relacionadas às suas empresas incubadas, visando apresentar o seu trabalho à sociedade.
Com informações rápidas e precisas, a Inbatec busca promover uma maior aproximação com os seus parceiros, com as empresas incubadas e toda a comunidade, reforçando o seu objetivo maior de estimular a formação da cultura empreendedora.

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Amanda Castro – jornalista. Assessoria de Inovação e Empreendedorismo da UFLA.

 

Proec avalia creditação de atividades de extensão nos currículos dos cursos de graduação da UFLA

Professor Ana Inês Sousa (UFRJ) apresentou na UFLA a experiência da UFRJ no processo de inclusão das atividades de extensão no currículo dos cursos de graduação
Professor Ana Inês Sousa (UFRJ) apresentou na UFLA a experiência da UFRJ no processo de creditação das atividades de extensão no currículo dos cursos de graduação

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) sempre foi amparada no tripé indissociável Ensino, Pesquisa e Extensão, desde sua fundação, em 1908, por missionários americanos. Em sua trajetória, as atividades de extensão sempre mereceram destaque, como elo fundamental entre a academia e a sociedade. Porém, seguindo a Política Nacional de Extensão e o Plano Nacional de Educação (2011-2020), a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) avalia a creditação dessas atividades nos currículos de Graduação.

A mudança curricular deverá reservar uma cota mínima do total de créditos exigidos para os cursos de graduação, para a atuação dos estudantes em atividades de extensão.

Para amparar esse procedimento, foi realizada na sexta-feira (19/6) uma reunião no Salão dos Conselhos da UFLA, com a apresentação da superintendente Acadêmica de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ana Inês Souza. Ela compartilhou com servidores da Proec e Pró-Reitoria de Graduação (PRG) a experiência exitosa do reconhecimento e validação das atividades de extensão, previstos nos currículos da UFRJ desde 2013.

Na avaliação do pró-reitor de Extensão e Cultura, professor José Roberto Pereira, as atividades de extensão já são contabilizadas no histórico escolar dos estudantes, como Atividades Curriculares Complementares (ACC), porém, o esforço agora é para que a extensão seja de fato institucionalizada no currículo escolar de todos os egressos da Universidade. A ideia é creditar e explicitar nos históricos escolares as atividades previstas pela Política Nacional de Extensão – ou seja, programas, projetos, cursos e eventos.

As experiências já consolidadas na UFRJ e na Universidade Federal de São Carlos são referências para embasar os procedimentos adaptados à realidade da UFLA. “O que está colocado é a valorização das atividades de extensão, benefícios não apenas para os estudantes, mas também para docentes e técnicos administrativos, que poderão coordenar e ampliar o número de projetos relevantes para a Instituição”. Considerou ainda as atividades de extensão podem contribuir para a redução da evasão escolar.

Outro ponto importante abordado pelo pró-reitor faz referência à revisão da resolução que trata dos concursos e progressão na carreira, para a inclusão da exigência mínima de atividades de extensão.

Experiência compartilhada

Ana Inês Sousa apresentou na UFLA a experiência da UFRJ no processo de inclusão das atividades de extensão no currículo dos cursos de graduação. A resolução foi oficializada em 2013 e os benefícios já podem ser mensurados. “As avaliações dos cursos que já implementaram a norma foi muito positiva, além de ter contribuído para reduzir a evasão. Isso ocorre porque o estudante é envolvido, desde o início, em atividades que o aproximam da realidade em que vai atuar. Mesmo recente, o resultado é positivo, pois formamos um profissional muito mais comprometido”, destaca.

Professora do Departamento de Enfermagem e Saúde Pública da Escola de Enfermagem Anna Nery – UFRJ, Ana Inês considerou que a UFLA já tem o perfil de extensão, com tradição nesta área. “O que falta é apenas o reconhecimento institucional”, avalia.

Com base na experiência da UFLA, residência de Lavras tornou-se geradora de energia elétrica

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O comerciante Maurício (à esq.) recebe em sua casa os professores da UFLA Joaquim (à dir.) e Silvia (centro).

Contando com o apoio de professores e estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA), o comerciante Maurício Villela de Gouvêa Júnior transformou sua casa em uma mini-usina de geração de energia elétrica, iniciativa inédita em Lavras. Dando sua contribuição à causa da sustentabilidade, ele instalou na residência 13 células fotovoltaicas que geram energia elétrica a partir da luz solar.

Essa energia é utilizada na rotina da casa e o excedente é transferido para a rede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Com isso, ele já registra uma economia de aproximadamente 70% em sua conta de energia, além de ceder à rede aproximadamente 150 kW/mês, energia suficiente para abastecer uma residência com quatro moradores. Os valores de geração variam de acordo com o período do ano, com a incidência de chuvas e com a presença de nuvens.

Maurício conta que em 2014, quando se tornou preocupante o baixo nível de água nas represas, ele resolveu buscar formas de consumo mais sustentáveis. Pesquisou sobre a geração de energia fotovoltaica em fontes do Rio de Janeiro, São Paulo e outros locais. “Um dia, minha esposa leu em um jornal local sobre um projeto da UFLA que envolvia essa tecnologia. De posse do nome do professor responsável por aqueles trabalhos, fui procurar por ele, buscando ajuda para transformar meus planos em realidade”. Foi então que o professor do Departamento de Física (DFI) da UFLA Joaquim Paulo da Silva começou a dar suporte ao projeto de Maurício, com o apoio de estudantes e outros interessados no tema.

Além de ajudar o comerciante com os conhecimentos técnicos, a equipe da UFLA tem a oportunidade, com o projeto, de image026desenvolver pesquisas sobre a geração de energia fotovoltaica. “Embora seja um sistema de alta confiabilidade, ainda precisa ser acompanhado e analisado. São necessários estudos que avaliem a qualidade da energia gerada e seu impacto para a rede elétrica da concessionária”, explica a professora do Departamento de Engenharia (DEG) Silvia Costa Ferreira, que também acompanha os trabalhos. Para Joaquim, a participação da UFLA nos projetos de Maurício é muito positiva, principalmente para os estudantes, que podem observar na prática um projeto inovador na área. “Essa experiência complementa a dos ecobicicletários instalados do câmpus. Há uma série de dados e técnicas a serem analisados”, explica.

Desde 17 de abril de 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e, inclusive, pode fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Portanto, residências podem se transformar em minigeradoras ou microgeradoras de energia, o que pode lhes trazer redução de custos e levar benefícios ao sistema elétrico do país, com baixo impacto ambiental, redução no carregamento das redes, minimização das perdas e diversificação da matriz energética

O funcionamento da produção de energia na residência

As 13 células fotovoltaicas instaladas no telhado da casa do Maurício reagem com a luz do sol e produzem energia elétrica, em tensão contínua. Elas estão ligadas ao um aparelho chamado inversor solar, que transforma a tensão contínua em tensão alternada, compatível com a rede elétrica da Cemig.

A energia elétrica resultante desse processo de transformação é utilizada na residência durante todo o dia, enquanto houver geração a partir da luz solar. No caso de Maurício, a energia produzida é suficiente para cobrir toda a sua demanda no período diurno. Eletrodomésticos, iluminação e qualquer aparelho elétrico funcionam com a energia produzida na própria casa.

Há ainda o excedente, ou seja, energia produzida e não utilizada, que é transferida para a rede elétrica da Cemig após passar por um relógio de luz bidirecional. Esse relógio permite medir tanto a energia da rua que é consumida na residência quanto a energia da residência que é cedida para a rede elétrica. O excedente transmitido à rede gera créditos para Maurício.

Na conta de luz de uma residência com esse sistema de geração são cobrados os impostos e a energia da Cemig eventualmente utilizada, principalmente a que mantém a casa no período noturno. O professor Joaquim explica que, mesmo para a noite, é possível aproveitar a energia fotovoltaica produzida, mas é necessária uma bateria que a armazene, recurso no qual Maurício ainda não investiu. “É prudente que primeiro possamos observar como esse sistema vai se comportar para depois evoluir no projeto”, explica Joaquim.

A estimativa é de que, para recuperar o investimento feito no sistema, o comerciante precise de  três a cinco anos em economia nas contas mensais de energia elétrica. Para ele, os cálculos são positivos. “Mesmo com retorno em médio prazo, vale a pena o investimento porque é uma contribuição com o meio ambiente, é uma forma de gerar energia limpa e renovável e, quem sabe, estimular outras pessoas a fazer o mesmo”, diz.

Energia fotovoltaica é diferente do sistema coletor solar térmico. Nesse último caso, os raios de sol são usados para gerar calor, principalmente para aquecimento de água e ambientes. A energia solar utilizada para geração de energia elétrica é chamada fotovoltaica.

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Professor dinamarquês ministrará curso sobre softwares para análise de dados sensoriais

O professor Per e a doutoranda Isabel Amorim
O professor Per e a doutoranda Isabel Amorim

O Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária oferecerá à comunidade acadêmica o curso “R for Sensometrics”. O curso será ministrado nos dias 30/6 e 1º/7, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas, na sala 21 do Departamento de Ciências Exatas (DEX). Nele, serão abordados softwares voltados à análise de dados sensoriais, com exposição de teoria e atividades práticas. Serão apresentados dois softwares livres (PanelCheck e ConsumerCheck) e quatro pacotes do software R (SensR, ordinal, lmerTest e SensMixed).

O desenvolvedor dos softwares, professor Per Bruun Brockhoff, da Technical University of Denmark (DTU), será o ministrante do curso. As inscrições* podem ser feitas até o dia 26 de junho, na Sala de Pós-Graduação do DEX ou com o professor Renato Ribeiro de Lima.

Durante a visita, o professor Per também será membro da banca de defesa de tese de Isabel de Sousa Amorim, do Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária. A discente apresentará a tese “Visual interpretation of F test results based on effect size”, no dia 29, às 14 horas.

O professor Per desenvolve pesquisas em Sensometria, área da ciência que aplica métodos estatísticos para analisar dados sensoriais. Ele foi o orientador estrangeiro da doutoranda Isabel no período em que ela participou do programa Ciências sem Fronteiras (CSF), em Lyngby, Dinamarca.

A visita do professor Per ao Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária é fruto de uma parceria que se concretizou através do CSF. O Programa pretende continuar incentivando alunos e pesquisadores a participar do CSF, assim como convidar professores de outros países para ministrarem cursos e palestras, efetivando as práticas de internacionalização.

 

*Para participação, é necessário levar notebook com os softwares PanelCheck, ConsumerCheck, R e os pacotes do R: lmerTest, SensMixed, SensR e Ordinal instalados.

Assessora política da ALMG fará palestra na UFLA nesta terça-feira (23)

A UFLA receberá, nesta terça (23), a assessoria política da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) Ana Rosa Lasmar. Ela fará uma palestra sobre as perspectivas no setor público, abordando diferenças entre a teoria e a prática. A palestra será às 17 horas, no Anfiteatro do Departamento de Agricultura (DAG). As inscrições podem ser feitas no Sistema Integrado de Gestão (SIG) ou na entrada do evento. Os participantes devem levar material de limpeza ou alimento não perecível, que será doado ao Lar Esperança e Vida Mateus Loureiro Ticle.

Ana Rosa Lasmar acumula ampla experiência no setor público. No período de 1989 a 2004, e no ano de 2013, foi coordenadora política na ALMG; em dois mandatos, foi prefeita municipal de Ribeirão Vermelho (2005/ 2009 e 2009/2012); e foi diretora da Associação Mineira dos Municípios (AMM). A palestra é uma realização do Centro Acadêmico de Administração Pública (Cenaap).

 

Da UFLA para o Mundo: professor Flávio Borém é prestigiado em eventos e representações internacionais

Professor Flávio Borém: embaixador da UFLA e dos cafés especiais brasileiros em eventos internacionais
Professor Flávio Borém: embaixador da UFLA e dos cafés especiais brasileiros em eventos internacionais. Ao fundo, painel com os principais palestrantes do evento, entre eles, o professor

O Brasil, maior produtor de café do mundo, tem muitos promotores do produto e amantes desta nobre bebida espalhados pelo mundo. Porém, quando se fala em ciência por trás de uma xícara de café especial, o nome do professor Flávio Meira Borém, do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), é referenciado e destacado em fóruns e eventos nacionais e internacionais.

Com foco na descoberta dos atributos que envolvem a qualidade superior e a distinção dos cafés, o professor Borém tem envolvido sua equipe em pesquisas com alto impacto no mercado de cafés especiais. A diferença é que os estudos não ficam restritos a artigos compartilhados apenas no meio acadêmico, os resultados têm ganhado o mundo por meio de palestras em renomados eventos internacionais, em que o professor Borém reforça sua aptidão como embaixador dos cafés especiais brasileiros e, como consequência, a imagem positiva das pesquisas e dos projetos desenvolvidos na Universidade.

Borém participa da reunião da Alliance for Coffee Excellence – ACE, com sede em Portland – Estados Unidos
Borém participa da reunião da Alliance for Coffee Excellence – ACE, com sede em Portland – Estados Unidos

O resultado desse reconhecimento pode ser confirmado pelo convite que recebeu para fazer parte da Alliance for Coffee ExcellenceACE, com sede em Portland – Estados Unidos. A organização internacional é responsável pela realização dos principais concursos de cafés especiais em diferentes países, como o Cup of Excellence. O professor Borém é o primeiro professor/pesquisador a fazer parte do conselho diretor, que reúne representantes de diferentes segmentos. Ele vai, inclusive, participar da elaboração das normas técnicas que nortearão os próximos concursos.

Borém também é o único brasileiro integrante do Comitê de Normas Técnicas da Specialty Coffee Association of America – SCAA, maior associação comercial de café do mundo, criada em 1982 para avaliar e propor normas de qualidade estabelecidas para o comércio de cafés especiais. O convite foi justificado pela reconhecida produção científica e tecnologias desenvolvidas na UFLA, que favorecem a contínua melhoria da qualidade do café produzido no mundo.

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Durante reunião anual da SCAA, em Seattle, com representações americanas e brasileiras
Durante reunião anual da SCAA, em Seattle, com representações americanas e brasileiras

Parte dos resultados dessas pesquisas foi apresentado, em abril, durante a 27ª reunião anual e simpósio da SCAA, em Seattle – Estados Unidos, considerada um dos maiores eventos de cafés especiais do mundo. Para um público seleto e diversificado, o professor apresentou, por mais de uma hora, a palestra “Beyond wet and dry: breaking paradigms in coffee processing”, que reuniu tecnologias para a produção de cafés especiais com atributos de sustentabilidade.

A apresentação fez tanto sucesso que o presidente do Symposiom SCAA 2015, Peter Giuliano, tem compartilhado o vídeo como uma rica aula para inspirar o debate sobre velhos paradigmas, comparando as informações apresentadas

como “ouro puro”.  Entre os temas abordados, os estudos recentes sobre a qualidade do café, incluindo a interação entre genótipo e ambiente; além das tecnologias pós-colheita, com destaque para o processamento de secagem e armazenamento voltados para prolongar a qualidade dos cafés especiais.

Borém fez o lançamento e do Handbook of Coffee Post-Harvest Technology, a versão inglesa do livro “Pós-Colheita do Café”
Borém fez o lançamento do Handbook of Coffee Post-Harvest Technology, a versão inglesa do livro “Pós-Colheita do Café”

Durante o evento, para marcar ainda o reconhecimento internacional de suas pesquisas, Borém fez o lançamento e do Handbook of Coffee Post-Harvest Technology, a versão inglesa do livro “Pós-Colheita do Café”, lançado pela Editora UFLA em 2010. A nova versão traz um guia sobre o processamento, secagem e armazenamento do café, com a tradução do americano Joel Shler.

Na UFLA, o professor é coordenador do Núcleo de Estudos em Pós-colheita do Café (Pós-Café) e editor da Coffee Science, única revista técnico-científica especializada em cafeicultura. Editada pela UFLA, a publicação é uma iniciativa do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da cultura do café no Brasil.

Assista a apresentação do professor Borém na reunião da SCAA, nos Estados Unidos