UFLA construirá novo Centro de Convivência na área da Cantina Central

Projeto do novo espaço de convivência. Do jardim entre RU e Cantina, vê-se o palco, a cantina, área coberta e estabelecimentos.
Projeto do novo espaço de convivência. Do jardim entre RU e Cantina, vê-se o palco, a cantina, área coberta e estabelecimentos.

A demolição da Cantina Central, ocorrida nessa semana, chamou a atenção de servidores e estudantes. Essa etapa faz parte do processo de construção de um novo Centro de Convivência, mais amplo e com novos serviços. As mudanças serão muitas: a área para circulação e consumo será duplicada, chegando a ocupar o espaço onde havia o restaurante – que será construído em outro local. Haverá uma nova cantina, em local semelhante à anterior. O complexo ganhará uma arena para apresentações artísticas, como as do projeto Caça Talentos.

 

Nova livraria
Nova livraria

No centro de convivência, estão previstos os seguintes estabelecimentos: loja de produtos da marca UFLA, salão de beleza, loja de conveniência, Café Escola (uma cafeteria que servirá cafés especiais e oferecerá cursos nesta área), copiadora, posto de atendimento da Autotrans, caixas eletrônicos, Correios e banheiros. Também haverá franquias de alimentação (comida japonesa e comida natural), ampliando as opções da comunidade acadêmica. Esses serviços funcionarão em um bloco que ocupará local semelhante ao ocupado pela copiadora, Correios e livraria, e contará com escada e rampa de acesso. À frente desse bloco, será construída a nova livraria.

 

Projeto da cantina e praça de alimentação
Projeto da cantina e praça de alimentação

De acordo com o prefeito do câmpus em exercício, o arquiteto Giovani Salomão Teixeira, a conclusão das obras deverá ocorrer no início do segundo semestre de 2015. Mas ninguém vai ficar sem tomar cafezinho até lá: provisoriamente, a lanchonete do Saulo funciona onde antes era a sede do Sind-UFLA (entre o Restaurante Universitário e o espaço da Cantina Central). Na lanchonete, também estão sendo servidos almoços.

O Sind-UFLA já funciona em uma nova sede, no Prédio de Convivência dos Servidores. Ali também estão, provisoriamente, os caixas eletrônicos, a agência dos Correios e a livraria. Esse prédio fica abaixo da Epamig e próximo à torre da UFLA, com acesso pela Avenida Sul. Já a copiadora (Copyuai) está em funcionamento no Anfiteatro da Biblioteca Universitária – durante as férias, das 7 às 18 horas; e, no período letivo, até as 21h30.

 

Atendimento aos anseios da comunidade universitária

cantina-reforma-1Para a elaboração do projeto, foi considerada a opinião de graduandos e pós-graduandos, que  participaram de uma pesquisa do DCE e APG. Essa consulta detectou a necessidade de aumento na variedade de alimentos oferecidos e de maior disponibilidade de horários.

“O novo projeto para a região é caracterizado como um centro de convivência para a comunidade universitária – em especial, para os discentes, que constituem a maioria dos usuários do local. Através da pesquisa, detectamos as maiores necessidades dos discentes. E ouvindo sugestões de discentes, técnicos e docentes que atuam no período noturno e aos sábados, buscamos novas alternativas de horários e atendimento”, destaca o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo.

Durante o período letivo, as cantinas ficarão abertas das 6h30 às 23 horas, de segunda a sexta; e das 6h30 às 13 horas, aos sábados.

Outras novidades

O projeto arquitetônico prevê a construção de um calçadão na travessa entre o Banco do Brasil e a Cantina. A circulação será exclusiva para pedestres, com a instalação de bancos. Também haverá mudanças no paisagismo dos jardins entre o Restaurante e a Cantina, bem como novos acabamentos nos bancos e calçadão em frente.

Cantina sustentável

Dois aspectos chamam a atenção no projeto: a utilização de uma estrutura que privilegia o uso de metais e vidros, em detrimento do concreto; e a escolha de piso intertravado: “Esse piso permite a permeabilidade do solo. Já a estrutura metálica e de vidro gera menos resíduos em relação aos sistemas de concreto armado”, informa o prefeito do câmpus em exercício.

O projeto arquitetônico foi elaborado pelos arquitetos: Cristiane Serra Rodarte, Giovani Teixeira e Renata Renzo Bernardino; e pelo desenhista projetista Glauco Perobelli Costa, todos servidores da UFLA.

Histórico

Cantina Central, antes de 2008.
Cantina Central, antes de 2008.

O atendimento adequado à comunidade universitária, em expansão, foi uma preocupação da Direção Executiva para a revitalização. Dos anos 70 até 2008, a Cantina Central atendia a uma comunidade de quase 5.500 pessoas. Em julho de 2008, a Pró-Reitoria de Planejamento e Gestão – Proplag (que tinha, à época, o professor Scolforo como pró-reitor) buscou revitalizá-la e ampliá-la, considerando o projeto do Reuni, aprovado no final de 2007.

Foi uma reforma rápida, mas que deu uma nova condição ao espaço – com o calçadão à frente, banheiros adequados e aumento da capacidade de atendimento. Naquele momento, parecia improvável que a UFLA se expandiria com a criação de novos cursos, após o Reuni. “Mas, para a felicidade da Instituição, isso se concretizou, tornando necessária uma nova intervenção”, ressalta o reitor. “Conseguimos criar quatro Engenharias, Medicina e Pedagogia. Além disso, temos a previsão de criação de três novos cursos”, enfatizou o professor Scolforo.

 

Registros da revitalização e do espaço da Cantina, a partir de 2008.
Registros da revitalização e do espaço da Cantina, a partir de 2008.

Os números da UFLA são bem maiores que aqueles de alguns anos atrás: atualmente, a Universidade conta com 8.218 alunos de graduação e 2.002 de pós-graduação presenciais; 1.200 discentes de graduação a distância; 586 docentes; 558 técnicos administrativos; e 530 funcionários terceirizados, totalizando 13.094 pessoas.

Em dois anos, o número de professores e de técnicos deverá superar os 750 servidores em cada segmento, enquanto o de discentes de graduação e pós presenciais, projetado até 2020, é estimado em 16.000,  mais 2.500 discentes de graduação a distância.

Enquanto o espaço da Cantina Central possuía 900 m², o novo projeto, aprovado junto ao Governo Federal, abrange uma área de aproximadamente 2000 m2.

Recursos e Restaurante Universitário

A UFLA também obteve recursos do Governo Federal para ampliar a cozinha do Restaurante Universitário (RU), adequando-o conforme projeto original da Proplag. Dessa forma, os dois andares que compõem o prédio deverão funcionar ao longo do segundo semestre, como RU. “Essa medida vai gerar mais conforto e trará condições de atendimento até 2030”, garante o reitor. Na avenida norte, em frente ao RU, está sendo construído um novo pavilhão de aulas, que contará com 33 salas.

 

 

Confira a lista de estudantes da UFLA selecionados para o curso de Francês do programa Idiomas sem Fronteiras

isf-francesO Núcleo de Línguas da Universidade Federal de Lavras (NuCli – UFLA) anuncia a lista de estudantes selecionados para o curso de francês online, Français sans Frontières (edital nº 33/2014 GAB/SESu). O curso é ofertado pela Embaixada da França em parceria com a Aliança Francesa, por intermédio do Programa Idiomas sem Fronteiras – Francês. Quinze estudantes da UFLA foram selecionados e, no dia 23 de fevereiro de 2015,  receberão um e-mail da Aliança Francesa contendo o nome de usuário e senha para acesso ao curso gratuito.

A inscrição para o curso de Francês está com nova chamada aberta, no site http://isfaluno.mec.gov.br/index/acesso/i/o, até o dia 4 de fevereiro. O resultado desta chamada será anunciado no dia 12 de fevereiro.

O aluno selecionado deverá concluir os 24 módulos do curso no período de quatro meses, a contar a data de primeiro acesso.

Na UFLA, a professora Norma Joseph, representante institucional do programa, fará uma convocação para reunião com os estudantes selecionados nos dois editais. A finalidade da reunião é, sobretudo, informar e responsabilizar o aluno sobre a oportunidade que lhe está sendo oferecida. Nesta ocasião será solicitado ao aluno que assine o termo de compromisso que será enviado pelo Núcleo Gestor do programa IsF, no qual serão mencionadas as responsabilidades que o aluno deve assumir para confirmar sua participação no Programa.

Confira a lista de estudantes selecionados – UFLA

Confira a lista de estudantes selecionados

O curso

O Programa Idiomas sem Fronteiras – Francês é desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC), por intermédio da Secretaria de Educação Superior (SESu) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) com a participação de especialistas de língua francesa das universidades federais. Seu principal objetivo é incentivar o aprendizado do idioma francês, além de propiciar uma mudança abrangente e estruturante no ensino de idiomas estrangeiros nas instituições de ensino superior do País.

O Programa Idiomas sem Fronteiras – Francês foi elaborado com o objetivo de auxiliar estudantes universitários brasileiros no aprendizado e aprimoramento do idioma francês para proporcionar oportunidades de acesso, por intermédio de programas de mobilidade estudantil como o Programa Ciências sem Fronteiras, às universidades de países onde a educação superior é conduzida em sua totalidade ou em parte por meio da língua francesa, promovendo assim a internacionalização das universidades brasileiras.

Informações: NuCli – UFLA (35) 38293127 – pavilhão 6 – sala 10

Sistema de reuso de água, desenvolvido no Lemaf, economiza mais de 80 mil litros por mês

Simples e de baixo custo, sistema pode ser replicado em outros laboratórios, visando à economia de água

sistema-reuso-agua-lemaf-1Um dos projetos desenvolvidos pela UFLA é o Modelo Fitogeográfico da Bacia do Rio Grande, que auxiliará programas de revitalização em áreas de preservação permanente na Bacia. O projeto realiza o inventário florestal; mapeamento da diversidade florística; mapeamento do uso do solo; estudo da diversidade genética de espécies arbóreas, monitoramento hídrico e análise de carbono.

Essa última análise diz respeito à mensuração da quantidade de carbono armazenada no solo e nas plantas. Para que as amostras de raízes, galhos e serrapilheira (camada orgânica que recobre o solo) sejam enviadas ao laboratório, é necessária a sua limpeza, para retirada de todo o solo. Essa etapa é feita no Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf) e consumia cerca de 4 mil litros de água por dia. Mas a preocupação em usar racionalmente os recursos hídricos levou a coordenação do projeto e engenheiros florestais do Lemaf a desenvolverem um processo de reuso da água – que vai, aliás, ao encontro dos objetivos do projeto.

Como funciona o sistema

Cortina d'água e caixa de coleta, caixa de passagem e caixa de mil litros
Cortina d’água e caixa de coleta, caixa de passagem e caixa de mil litros

A água é distribuída, por gravidade, de uma caixa d’água de 500 litros a um sistema de limpeza, composto por cortinas d’água projetadas em caixas de coleta. Assim, a água usada segue para uma caixa de passagem e, posteriormente, para um reservatório com capacidade de armazenar 1.000 litros d’água. Nesse estágio, a água passa por um processo de decantação, sendo bombeada novamente para a caixa de 500 litros em um nível superior ao das caixas de limpeza.

O sistema funciona com cerca de 1.200 litros de água, que são utilizados por até três semanas. Isso significa uma economia mensal de mais de 80 mil litros de água. “Essa quantia é passível de abastecer dez casas, com três moradores, durante um mês [1]”, ressalta o técnico administrativo Thiago Magalhães. Para este cálculo, foi considerado o consumo médio mensal por pessoa de 5,4m³, divulgado pelo Procon/SP.

“Por mês, a economia gerada é de quase R$ 600,00 [2]. Considerando os gastos que tivemos com os materiais (caixas d’água, tubulações, bomba e outros), o sistema ‘se pagou’ em dois meses e meio”, analisa um dos desenvolvedores, o técnico administrativo Kalill Páscoa. O sistema já é utilizado há quase 4 meses.

“A ideia é simples e barata, sendo o reuso uma alternativa viável e racional ao consumo desse recurso. Trata-se de uma medida que respeita o ambiente”, considera o professor Lucas Rezende Gomide (DCF), integrante do projeto.

 

esquema-reuso-agua
Esquema de funcionamento do sistema

 

 

Sobre o projeto

O Modelo Fitogeográfico da Bacia do Rio Grande vem sendo realizado desde 2013, em parceria entre a UFLA e a Cemig. Será concluído em 2016 e, como produto, fornecerá informações para produtores rurais interessados na recomposição de áreas ciliares: uma série de recomendações sobre quais as espécies mais adequadas e boas práticas de manejo para uso e conservação do solo e da água, para cada um dos ambientes monitorados.

O Modelo Fitogeográfico tem a coordenação do professor José Roberto Soares Scolforo e a participação de 15 pesquisadores dos Departamentos de Ciências Florestais (DCF) e de Engenharia (DEG). Esse projeto é interessante para a construção de um planejamento estratégico de revitalização da Bacia do Rio Grande, a manutenção dos recursos hídricos e, consequentemente, conservação dos equipamentos das usinas hidrelétricas.

Bacia do Rio Grande

A Bacia do Rio Grande apresenta uma área de 8.605.029 hectares, ocupando aproximadamente 15% da área total do Estado de Minas Gerais. Doze usinas hidrelétricas estão no curso do Rio Grande, incluindo as de Furnas, Funil e Camargos. A Bacia possui expressiva cobertura vegetal nativa e é responsável pela geração de quase 70% de toda a energia gerada em Minas Gerais.

[1]  Considerando um consumo médio de 5,4 m3/pessoa (fonte: Procon-SP).
[2] Foi considerado para o cálculo um valor de R$ 7,429/m3, o que refere a tarifa praticada pela Copasa para Instituições Públicas com intervalo de consumo de >40 – 100 m3 (fonte: Copasa-MG).