Doação de sangue: estudantes da UFLA ajudaram em campanha para menina de 11 anos

Estudantes da UFLA no Pace para doação de sangue.
Estudantes da UFLA no Pace para doação de sangue.

A estudante Beatriz Coelho Marquez, de 11 anos, há três meses está em tratamento contra a aplasia medular. Entre os voluntários que têm contribuído para sua recuperação, por meio de doações de sangue, estão os 14 estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA) que foram ao Posto Avançado de Coleta Externa da Fundação Hemominas (Pace) no dia 28/8, durante campanha de mobilização dos calouros. O incentivo ao trote solidário na UFLA é promovido pelo Movimento Universidades Renovadas (MUR).

Segundo dados da unidade da Hemominas de São João Del Rei, que responde tecnicamente pelo Pace, os hospitais de Lavras têm uma demanda de cerca de 60 bolsas de sangue por semana. Beatriz, por exemplo, tem recebido transfusões de sangue a cada 10 dias, desde junho. Sua mãe, a psicóloga Vanessa Maria Carvalho Coelho, conta que na última terça-feira (9/9) a menina recebeu uma bolsa de concentrado de hemácias e cinco bolsas de plaquetas, componentes do sangue extraídos das doações.  “Somente no mês de julho, mais de 40 pessoas doaram sangue para a Bia”, diz Vanessa.

A aplasia medular é uma doença marcada pela alteração no funcionamento da medula óssea, que passa a não produzir satisfatoriamente as células do sangue.

Ao falar sobre a necessidade de doadores, Vanessa enfatiza que sem as doações de sangue, Beatriz não teria como sobreviver e passar pelo tratamento. “Nós já tínhamos consciência da importância da causa, e hoje essa consciência é ainda maior”, diz. Dependem de transfusões de sangue também os pacientes em tratamento contra o câncer, os que têm doenças genéticas, os que sofrem queimaduras ou outros acidentes, os que vão se submeter a cirurgias, entre outras situações. Os candidatos à doação que queiram colaborar podem comparecer ao Pace – que fica localizado na Urpa, em frente ao Corpo de Bombeiros – às quintas-feiras pela manhã. É possível agendar um horário de atendimento pelo telefone (35) 3821-0009. A capacidade de atendimento no local é de 40 doadores a cada dia de funcionamento.

Um pouco da história de Beatriz

Beatriz, acompanhada do  captador e estudante da UFLA, Luiz Gustavo Pereira.
Beatriz, acompanhada do captador e estudante da UFLA, Luiz Gustavo Pereira.

Diante de sintomas como cansaço, manchas roxas pelo corpo e dores de cabeça, que começaram a se manifestar em fevereiro deste ano, a família de Beatriz buscou atendimento médico. “Nossa vida era normal até pouco tempo atrás. Tudo mudou de uma hora para outra”, diz a mãe, ao lembrar-se das idas frequentes ao hospital para as transfusões, dos exames constantes e das mudanças nos hábitos alimentares. “Os cuidados diários são muito grandes, para evitar que ela contraia doenças que vão prejudicar o tratamento”.

Beatriz chegou a perder a visão por um tempo, em decorrência de uma hemorragia na retina, provocada pelo baixo número de plaquetas no organismo. “Com as transfusões, ela já recuperou boa parte da visão.” No momento, a jovem passa por um tratamento por imunossupressão que, se bem sucedido, pode descartar a necessidade de um transplante de medula. Segundo a mãe, ela vem respondendo satisfatoriamente aos procedimentos, que ainda devem se estender por mais de um ano. “Esperamos que a necessidade de transfusões diminua com o tempo, mas é importante que as pessoas continuem fazendo as doações, até para ajudar também a outros pacientes”.

Ao falar da filha, diz com orgulho que é uma menina “linda por dentro e por fora”. “Às vezes, ela fica chateada por causa dos tantos procedimentos pelos quais vem passando, mas é muito forte e sabe que é preciso enfrentar a doença.” O captador do Pace de Lavras, Luiz Gustavo Pereira, que é também estudante da UFLA, diz que Beatriz o ajudou a fazer palestras de sensibilização no Colégio Tiradentes, onde ela estuda.

BeatrizPara doar sangue, é preciso:

– Ter entre 16 e 69 anos. Para quem tem idade de 16 e 17 anos, ou mais de 60 anos, é  importante conhecer as normas especiais. Consulte-as neste link.
– Ter e estar com boa saúde;
– Pesar acima de 50 kg;
– Ter dormido bem na noite anterior à doação;
– Não estar em jejum. Pela manhã, o candidato à doação deve se alimentar, evitando apenas alimentos gordurosos. Após o almoço, é necessário aguardar três horas para doar.
– Mulheres, mesmo quando menstruadas ou em uso de anticoncepcionais, podem fazer a doação.
– Apresentar documento oficial e original de identidade que tenha foto, filiação e assinatura, como carteira de identidade, carteiras de conselhos de classe reconhecidos oficialmente, carteira de trabalho, certificado de reservista e Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Sobre a doação

Para o doador, o procedimento é simples: ele passa por uma triagem clínica na unidade hemoterápica, faz um teste rápido para verificar se não há risco de anemia, recebe um lanche para garantir sua hidratação e segue para a coleta do sangue, procedimento que demora poucos minutos. São retirados cerca de 450 ml de sangue. Em 24 horas, o organismo repõe o volume líquido de sangue doado e não há prejuízos para quem pratica o gesto.

Para outras informações, clique aqui.

Fotos de Luiz Gustavo Pereira.

Depois de 10 anos, descoberta na UFLA na área de Genética ainda rende parcerias internacionais

curso-microscopiaEm 2003, importantes periódicos internacionais, como Fungal Genetics Biology and Mycological Research, publicaram uma descoberta realizada na Universidade Federal de Lavras (UFLA): a descrição inédita de um modo de recombinação genética assexuada em fungos. O resultado foi comemorado pela equipe de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, e a professora Elaine Aparecida de Souza tem dado continuidade a essa pesquisa.

A tese de doutoramento de Gabriela Roca, sob a orientação da professora Lisete Chamma Davide, foi responsável pela primeira descrição. O tema ganhou espaço no contexto científico internacional e, ainda hoje, rende importantes parcerias em projetos de pesquisa, publicações com alto fator de impacto e muitas citações em artigos de todas as nacionalidades.

Professores Gabriela Roca, Educardo Alves e Elaine Souza
Professores Gabriela Roca, Educardo Alves e Elaine Souza: parcerias para fortalecer a pesquisa na Universidade

No período de 2 a 8 de setembro, Gabriela Roca, atualmente professora convidada na Universidade Braunschweig, na Alemanha, retornou à UFLA para ministrar o curso “Técnicas de microscopia e transformação em fungos”, para estudantes dos programas de pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, sob a organização da professora Elaine Souza, e Fitopatologia, com a organização do professor Eduardo Alves.

Para a professora Elaine Souza, a descoberta abriu novas possibilidades de parceria com instituições de renome internacional, além de ter continuidade com o desenvolvimento de dissertações e teses. A descoberta na UFLA teve tanta importância que gerou uma nova abordagem para transferência horizontal de material genético. “As publicações e citações ainda hoje contribuem para dar mais visibilidade e credibilidade às pesquisas realizadas na UFLA”.

Na avaliação do professor Eduardo Alves, essa linha de pesquisa será ainda mais reforçada com a chegada do microscópio laser confocal, adquirido recentemente pela UFLA para o Laboratório Multiusuário de Microscopia Eletrônica e Análise Ultraestrutural do Departamento de Fitopatologia (DFP). O professor também ressalta a importância da cooperação entre os programas de pós-graduação, ampliando as oportunidades de pesquisa em diferentes áreas do conhecimento.

Trajetória da ex-aluna

Gabriela Roca é venezuelana e veio para o Brasil para cursar a graduação em Agronomia na UFLA, depois, cursou o mestrado e doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas, com um período de doutorado sanduíche na Universidade de Bath, na Inglaterra. Durante 11 anos, foi pesquisadora na University of Edinburgh, na Escócia. Durante sua trajetória profissional, seguiu a mesma linha de pesquisa desenvolvida na UFLA, com organismos diferentes.

Apaixonada pelo trabalho e pela UFLA, Gabriela Roca comenta que sempre valoriza a pesquisa brasileira e defende a descoberta realizada na UFLA entre pesquisadores da área. “Durante o curso, tento incentivar os estudantes, motivando-os a acreditar na força da pesquisa brasileira”, considerou.

 

 

Reitor da UFLA participa de reunião no MEC para definição de vagas para docentes e técnicos do curso de Medicina

ufla-logo-viagem1-249x164Nesta quinta-feira (11/9), o reitor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professor José Roberto Scolforo, acompanhado do assessor para Desenvolvimento Acadêmico, professor João Chrysóstomo de Resende Júnior, participam de reunião no Ministério da Educação (MEC), em Brasília, para o planejamento da distribuição de vagas para docentes e técnicos administrativos para a implantação do Curso de Medicina. A reunião será realizada com representantes da Diretoria de Desenvolvimento da Rede Federal (Difes) e Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde (DDES).

Nesta quinta-feira, o reitor Roberto Scolforo também participa de reunião na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que tem como pautas: a apresentação do Orçamento 2015, autonomia universitária, formação de professores da Educação Básica e aprovação do orçamento da Andifes.