UFLA na comunidade: projeto estimula idosos à prática de atividades e integração – veja fotos

Atividade física e saúde para a vida - extensãoPara jovens e adultos que nem chegaram à terceira idade e já se queixam de falta de disposição e problemas de saúde, a turma do projeto de extensão Atividade Física e Saúde para a Vida é um exemplo. Desde 2009, o projeto oferece atividades adaptadas para pessoas com 60 anos ou mais, duas vezes por semana, gratuitamente.

Hoje, 35 pessoas frequentam as aulas, nas terças e quintas-feiras, das 8 às 9 horas, no Ginásio Poliesportivo da UFLA ou pelo câmpus. “Planejamos previamente atividades variadas, já que temos o objetivo de desenvolver diferentes aspectos. No projeto, eles fazem esportes, caminhadas, ginástica, dança e até lutas, adaptadas”, conta o coordenador do projeto, professor Gustavo Puggina Rogatto (DEF).

Neste semestre, já foram realizadas caminhada ecológica, ginástica localizada, exercícios de relaxamento e até jogos de videogame. A variedade está associada à multiplicidade de benefícios que o projeto pretende trazer: na melhora do condicionamento físico, na saúde, em aspectos psicológicos, cognitivos e na socialização.

As atividades são acompanhadas diretamente por 7 monitores, estudantes do curso de Educação Física. Antes de começar a frequentar as aulas, os participantes precisam passar por exames médicos que atestem as condições para a prática.

Alguns dos objetivos têm sido atingidos: “Há participantes que relataram benefícios como emagrecimento e melhora da pressão arterial”, diz o orientador. Para cuidar do aspecto da saúde, o professor Gustavo conta que os idosos farão uma bateria de exames físicos no primeiro semestre e no segundo, a fim de checar as influências das atividades no período.

Há participantes que estão desde 2009, como Milton Costa Lima. Nesses quatro anos, ele enxergou no projeto não apenas uma oportunidade de lazer: “Aqui é um ambiente edificante. Fiz muitas amizades. Por isso, me sinto muito gratificado. E fazer exercícios na minha idade é muito bom, mas desde muito jovem eu pratico esportes”.

“Há participantes que relataram benefícios como emagrecimento e melhora da pressão arterial.” Prof. Gustavo Rogatto

Mesmo quem conhece há menos tempo e faz outras atividades físicas não quer deixar de participar: “Eu vi uma reportagem da TV Universitária sobre o projeto e me inscrevi. Estou aqui desde 2013 e não deixo de vir, mesmo fazendo academia nos outros dias. Aqui há um processo de socialização”, garante a participante Maria Dulce Teixeira Matos. Há tempos, os exercícios deixaram de ser o único momento de encontro dos alunos, que já organizaram uma festa junina e uma confraternização no final do ano passado, com “amigo-oculto”.

O projeto também abriu novas perspectivas aos monitores. Há quase um ano monitorando as atividades, a estudante Marla Aparecida Silva espera permanecer até o final do curso com esse público: “São muito receptivos às aulas e aos temas propostos”. Mais antiga no projeto, a discente Renata Fonseca Mesquita confirma a visão da colega: “A convivência é muito boa e já sinto como se o projeto fosse minha segunda casa. É como se estivéssemos entre familiares”, conta.

O projeto também é coordenado pela professora Priscila Carneiro Valim Rogatto. O “Atividade Física e Saúde para a Vida” já foi contemplado com recursos da Fapemig em um edital de interface entre pesquisa e extensão, e já foi destacado em reportagem da revista Minas Faz Ciência.

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