Renda agrícola volta a ficar negativa no ano de 2013

Os Índices de Preços Pagos (IPP) e de Preços Recebidos (IPR), referentes aos insumos gastos pelos produtores rurais e à venda dos produtos agrícolas no Sul de Minas Gerais, respectivamente, estabilidade e queda. Os índices são medidos mensalmente pelo Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE), por meio de pesquisa coordenada pelo professor Renato Fontes.

O IPP permaneceu estável em relação a abril, enquanto o IPR caiu em -2,10%. Essa queda mensal foi ocasionada devido à retração de preços do grupo de hortifrúti e do preço do café no ano de 2013.

No acumulado deste ano, a renda agrícola apresenta-se em queda de -1,59%, marcado principalmente pelo desempenho negativo do grupo do café (-16,48%) e dos grãos (-4,14%). Outro grupo que começa a esboçar queda para a renda dos produtores, o das hortaliças, no comparativo com o mês de abril apresentou queda de -1,05%; entretanto, esse grupo ainda apresenta uma alta de 41,61% no acumulado geral de 2013, o que garante uma renda positiva para os seus produtores.

Para o professor Renato Fontes, a queda no preço do café, desde 2012, ocorre devido à alta produção, ocasionada pelo elevado preço que o produto obteve em anos anteriores. Isso levou os cafeicultores a melhorarem os tratos culturais na lavoura e estimulou o aumento da área plantada, o que acabou gerando excesso de oferta dessa commodity e consequente pressão dos preços para baixo.

O grupo do leite continua em alta, tanto em comparação com abril (acréscimo de 1,83% no seu preço) quanto ao acumulado de 2013 (mantém elevação total de 2,81%). Essa alta no preço do leite é decorrente da baixa oferta: a piora das pastagens na região Sudeste levou a uma produção menor e crescimento da concorrência dos laticínios pelo produto, elevando seu preço.

Consulte aqui os índices divulgados no mês passado.

 

Seminário da Física enfocará monopolos magnéticos

Na próxima terça-feira (18), o Departamento de Ciências Exatas (DEX) sediará um seminário com o tema: “monopolos magnéticos em gelos de spin artificiais”. O evento será na sala 21 do DEX, às 14 horas, com palestra do professor Winder Moura Melo, da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

No seminário, serão introduzidos os gelos de spin artificiais, que são sistemas magnéticos nanoestruturados (em escala extremamente diminuta) com algumas semelhanças com o gelo de água, como: frustração geométrica e entropia residual (entropia não nula a zero absoluto). As reações exóticas que emergem nesses sistemas e que se comportam como monopolos magnéticos também serão abordadas.

Os monopolos, supostas partículas elementares que se comportam como um ímã de um único polo, geralmente emergem aos pares e são ligados por “cordas observáveis” que carregam magnetização. Algumas propostas de como se diminuir (ou anular) a tensão dessas cordas serão discutidas. Isso permitiria o controle da dinâmica dos polos magnéticos, e daí, a realização prática da magnetricidade (versão magnética da eletricidade) em escala nanométrica.