Enem 2012: lançado manual para orientar candidatos a elaborar a redação

Cibele Aguiar

Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devem ficar atentos ao manual para elaboração de redação que acaba de ser lançado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O guia detalha os critérios de correção das redações do Enem, orienta os estudantes e apresenta exemplos de redações que obtiveram nota máxima no exame.

O guia está disponível gratuitamente no site do Inep, e mais 1,6 milhão de exemplares do guia impresso serão distribuídos para escolas da rede pública. Além do manual, o sistema de correção das redações foi aperfeiçoado, assim como houve um aumento de 40% no número de corretores para a edição 2012.

A nota da redação será dividida entre cinco competências: demonstrar conhecimento da norma culta padrão da língua escrita; compreender a proposta de redação e aplicar conceitos para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo; selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação, e elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Cada redação será avaliada por dois corretores independentes. Caso haja diferença superior a 80 pontos em qualquer competência ou maior que 200 pontos no total, a prova será reavaliada por um terceiro corretor. Persistindo as discrepâncias, uma banca avaliadora dará a nota final.

De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, apresentar os critérios de correção fortalece o exame. Ele destacou que os estudantes terão acesso à correção das redações para fins pedagógicos, mas a forma como os textos serão divulgados ainda não está definida. A divulgação é parte do termo de ajustamento de conduta firmado pelo MEC com o Ministério Público Federal.

Redução do tempo de germinação de sementes de café é tema de dissertação na UFLA

Cibele Aguiar

Na sexta-feira (27), foi dado mais um passo rumo à validação de uma nova metodologia para avaliar e atestar a germinação de sementes de café em tempo reduzido.  Os benefícios da nova metodologia foram enfatizados durante a defesa de dissertação do estudante da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Gabriel Castanheira Guimarães, sob a orientação da pesquisadora da Embrapa Café, Sttela Dellyzete Veiga Franco da Rosa.

Em atuação na UFLA desde 2008, no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, a pesquisadora da Embrapa Café vem desenvolvendo pesquisas em parceria com a UFLA e a Universidade do Estado de Ohio/EUA, com o objetivo de reduzir o tempo gasto no teste de germinação de sementes de café.

Segundo a pesquisadora, o teste de germinação do café, atualmente descrito nas regras oficiais do Sistema Nacional de Produção de Sementes e Mudas (SNSM), demanda um período de 30 dias. “Este tempo é considerado longo, atrasando e onerando a comercialização das sementes e posteriormente a formação das mudas”, considera, reforçando que a redução do tempo do teste é altamente favorável, do ponto de vista técnico, econômico e científico, dando maior flexibilidade e autonomia às atividades do sistema de produção, bem como às atividade de pesquisa sobre a propagação desta espécie.

Além dessa finalidade, o teste de germinação de sementes de café vem sendo apontado como importante ferramenta no controle de qualidade de grãos de café para a produção da bebida. Resultados recentes de pesquisas comprovam a correlação entre parâmetros químicos e sensoriais com variáveis da qualidade fisiológica e bioquímica dos grãos de café. Assim, há evidências de que o teste de germinação poderá ser utilizado como um marcador fisiológico da qualidade de bebida do café, dando ao produtor uma opção para a tomada de decisão sobre os destinos de lotes de café, em função da qualidade.

A defesa da dissertação teve a participação do pesquisador da Epamig Antônio Rodrigues Vieira e do professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais André Delly Veiga.

Com os resultados deste trabalho, a equipe dará início ao processo de validação do novo teste de germinação de sementes de café, visando a posterior publicação nas Regras de Análises de Sementes.

 

Curso sobre formação política e sindical é ministrado hoje (31)

O Sindicato dos Servidores da UFLA (Sindufla) e o Comando Local de Greve dos técnicos administrativos promovem hoje (31) o curso “Formação Política e Sindical: panorama mundial da crise, movimento de greve e análise da conjuntura”. O curso é realizado no anfiteatro da Biblioteca Universitária e tem como ministrante o professor Helder Molina, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Cerca de 60 inscritos participam do evento, que tem duração de oito horas.

Esta é a terceira vez que o professor da UERJ vem à UFLA, mas, neste curso, ele apresenta análises sobre o sindicalismo para uma plateia maior – nas visitas anteriores, falou mais reservadamente com lideranças sindicais. Embora o momento de greve suscite mais participação, Helder Molina explicou que a importância do curso estava na reflexão das questões a respeito de por que fazer greves.

O professor e historiador Helder Molina

O seminário aborda a análise do contexto atual, mas faz um resgate no tempo para entender os processos históricos, nacionais e internacionais, que levaram às conquistas políticas, trabalhistas e sociais, bem como a importância das lutas organizadas e dos sindicatos nessas conquistas.

Para o vice-diretor presidente do Sindufla, Edilson Willian Lopes, o curso reforça a consciência sobre a participação na greve. “Se as pessoas não se enxergarem como cidadãos, dentro do contexto político, não há cidadania”, reforçou.

 

Em assembleia, professores da UFLA rejeitam proposta do governo

Cibele Aguiar

Reunidos em assembleia na tarde dessa segunda-feira (30), cerca de 100 professores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) decidiram, por unanimidade, recusar a proposta apresentada pelo governo para a carreira docente. A assembleia também deliberou sobre os encaminhamentos do Comando Nacional de Greve (CNG/Andes-SN), que se reunirá na próxima quarta-feira (1º), em Brasília, às 21h, com os representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Após a rejeição da proposta, os depoimentos dos professores presentes na assembleia sinalizaram para a tentativa de construção de uma contraproposta que englobe a desejada reestruturação da carreira de magistério superior.

Entre os assuntos em pauta, os encaminhamentos do CNG sobre alguns pontos relativos à proposta do governo para serem deliberados na assembleia local. Entre eles, os princípios da carreira, como a divisão em 13 níveis, os percentuais fixos por titulação, a incorporação de steps constantes entre os níveis, a relação entre os regimes de dedicação (20 e 40 horas e dedicação exclusiva), a existência de carreira única e a paridade entre ativos e aposentados.

Outros pontos colocados em discussão foram o aumento do montante proposto pelo governo e a redução dos prazos para implantação dos reajustes, a distribuição equânime dos recursos com correção das distorções e a rejeição dos Grupos de Trabalho como metodologia de negociação e instrumento de regulamentação da carreira.

Na quarta-feira (1º), os professores da UFLA se reúnem com o Comando Local de Greve dos Técnicos Administrativos para deliberações sobre a greve e ações conjuntas. Nesta terça-feira, a greve dos professores completa 75 dias e a dos técnicos administrativos da UFLA 50 dias.

Na UFLA, cerca de oito mil estudantes permanecem sem aulas.  É necessário o encerramento da greve para a reorganização do calendário escolar, que será colocado em debate por uma comissão especial que terá a participação de representantes da Pró-Reitoria de Graduação (PRG), Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) e representações estudantis e sindicais, sendo posterirmente levado à votação pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).

Confira os aspectos conceituais da proposta do governo para os docentes

Confira a avaliação do MEC sobre a carreira do magistério superior