Campo continua recuperando renda

Depois de diversas quedas na renda do setor agrícola este ano, que se iniciou em janeiro e se propagou até abril, os indicadores da economia rural sinalizam uma melhora no campo nos dois últimos meses, ou seja, maio e junho. Conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas, o índice que mede a renda do setor agropecuário teve uma recuperação nestes dois meses.

Em junho, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural teve aumento de 8,2%, puxado pelas cotações dos grãos, principalmente o café, que teve alta, para o produtor, de 10,0%. Em maio, o IPR já havia aumentado 1,18%. Contribuíram também para a melhoria da renda agrícola em junho, os preços pagos aos produtores de feijão, com alta de 3,4% e aos do milho, cuja valorização foi de 5,26%. Na contra-mão da alta média dos grãos, está o preço recebido pelo arroz, que caiu para o produtor 4,35% Entre os hortifrutigranjeiros, as maiores altas ficaram localizadas nas vendas da laranja, 21,43%; alho, 43,5%; mandioca, 30,43%; tomate, 27,69%; frango abatido, 21,74% e ovos, cuja alta foi de 6,18%. No caso do setor leiteiro, os pecuaristas receberam 12,66% a mais pela venda do leite fluido tipo C e 4,42% pelo leite tipo B.

Junho foi o mês em que os preços médios dos insumos agrícolas também estiveram em alta, mas abaixo dos preços agrícolas. O Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários ficou em 3,02%. Entre os 187 itens pesquisados, as maiores altas foram nos setores ligados a rações (5,09%), inseticidas (21,09%), formicidas (11,73%), vermífugos (6,52%) e animais de tração, cuja alta foi de 16,0%. As maiores quedas entre os insumos estão concentradas nas sementes e mudas (-7,43%), fungicidas (-5,73%) e bernicidas (-6,39%).

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