Preços agrícolas voltam a ter queda em setembro

O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), com base no levantamento mensal dos índices de preços agrícolas, constatou perda de renda no campo em setembro. Neste mês, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agrícolas teve uma queda de 0,83%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários aumentou 2,02%. Esses índices estimam, respectivamente, a variação da renda agrícola e o comportamento dos custos de produção do setor. Esta perda de renda no campo em setembro aconteceu após uma alta nos preços agrícolas em agosto, de 2,26%, revertendo quedas sucessivas desde fevereiro deste ano.

A pesquisa do DAE/Ufla faz o levantamento mensal de 42 produtos e 187 insumos agropecuários. Esses indicadores revelam que, em setembro, os custos para produzir, no setor agrícola, superaram, em média, os preços pagos ao produtor rural pela venda de seus principais produtos.

No mês de setembro, a queda da renda agrícola foi influenciada pelas cotações nos preços pagos pelos hortifrutigranjeiros (-2,83%), café (-2,89%) e leite fluido tipo C (-3,63%). No entanto, os preços pagos ao produtor, pelos grãos, tiveram uma recuperação em setembro, principalmente o feijão, 8,99% e o milho, 11,87%. A pesquisa também constatou uma recuperação no preço da carne pago ao pecuarista, tendo a arroba do boi gordo aumentado 6,12%; já para os suinocultores, o preço do suíno caiu 6,67% a arroba. Entre os hortifrutigranjeiros, as maiores quedas de preços, para os produtores, foram: tangerina(-50,0%), couve-flor (-26,15%), milho verde(-24,44%) e banana(-12,31%).

Com relação aos preços dos insumos agrícolas, as maiores altas, em setembro, ficaram nos segmentos dos herbicidas (17,7%), antibióticos (13,28%) e vermífugos (12,38%).

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