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Pesquisa de docente do DES/UFLA sobre herdabilidade recebe menção honrosa em congresso de genética

Os professores Daniel (orientador) e Alex (autor), ambos do DES/UFLA

O professor do Departamento de Estatística (DES) Alex de Oliveira Ribeiro, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária da UFLA, vem desenvolvendo sua tese com a proposição de um teste estatístico para a detecção de herdabilidade multivariada. O teste elaborado foi apresentado durante o 63th Brazilian-International Congress of Genetics, organizado pela Sociedade Brasileira de Genética, ocorrido em Águas de Lindoia (SP) em setembro. Esse trabalho, intitulado “Multivariate Heritability Test”, recebeu menção honrosa e ficou entre os cinco melhores na categoria Painel – Pós-Graduação na área de Genética Humana.

Alex é orientado do professor Daniel Furtado Ferreira (DES) e coorientado da professora Júlia Maria Pavan Soler, do Instituto de Matemática e Estatística da USP. Os autores enfatizam a contribuição metodológica do trabalho para a Genética Humana, já que propõe um teste estatístico para a detecção de herdabilidade multivariada com grande potencial de aplicação nos estudos de herança de doenças multifatoriais ou complexas, como o Alzheimer, Síndrome Metabólica, algumas doenças cardiovasculares, dentre outras.

“As doenças complexas são causadas por distúrbios de diferentes variáveis no organismo humano, como alterações da pressão arterial, glicemia, colesterol, triglicérides etc, que conjuntamente, levam à manifestação da doença em um indivíduo. Ao se trabalhar com um teste de análise multivariada, os pesquisadores da área têm mais chance de detectar sua herdabilidade do que quando se analisa a herança de cada variável isoladamente”, comenta o professor Alex.

O teste proposto considera as relações de dependência genética entre os indivíduos de uma mesma família, agregando esta informação à variação dos fatores ou variáveis que influenciam na manifestação da doença. Até então, os testes para a detecção de herdabilidade consideravam apenas a influência de uma única variável.

O orientador, professor Daniel Furtado Ferreira, ressaltou que a ideia de desenvolver este teste partiu da professora Júlia M. P. Soler, do IME/USP, e destacou a aplicabilidade em outras áreas: “Há boas expectativas de que esse trabalho também possa ser aplicável em estudos de melhoramento vegetal e animal, por exemplo”.

Para o professor Renato Ribeiro de Lima, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária da UFLA, um dos objetivos do programa é desenvolver e fomentar pesquisas metodológicas e aplicadas às mais diversas áreas do conhecimento. ​A tese contribui nesse sentido, tendo aplicabilidade em pesquisas de Medicina e outras áreas.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

 

Estudantes inscritos no Ciufla têm até 30/9 para se candidatar ao Prêmio “Graduando Destaque na Iniciação Científica”

 

Os estudantes inscritos no XXX Congresso de Iniciação Científica (CIUFLA) da UFLA têm até dia 30 de setembro para se candidatar ao prêmio “Graduando Destaque na Iniciação Científica”. Para isso, além da submissão prévia do resumo simples ao CIUFLA, devem ser entregues à Pró-Reitoria de Pesquisa – PRP (Prédio das Pró-Reitorias, na Avenida Sul):

São pré-requisitos dos candidatos:

  • inscrição no XXX CIUFLA como primeiro autor do resumo;
  • terem participado ou estarem participando dos programas de iniciação científica da UFLA há pelo menos 1(um) ano.

A partir deste ano, haverá premiação do melhor trabalho em cada uma das grandes áreas do conhecimento: Ciências Agrárias, Engenharias, Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Linguística, Letras e Artes, Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Exatas.

De acordo com a pró-reitora adjunta de Pesquisa, Priscila Vieira Rosa Logato, “O objetivo da premiação é identificar o talento e incentivar a busca pelo conhecimento, a curiosidade e o trabalho em grupo. Este projeto é resultado dos esforços de várias pessoas e o sucesso é resultado do bom trabalho da equipe.”

Para mais informações: http://ufla.br/congressos/?page_id=575

Texto: Emanuel Victor – bolsista Proat/Dcom/PRP

 

Revista Cerne apresenta novo site com interface mais ágil e segura

Mais facilidade e segurança para o pesquisador.  O novo site do periódico Cerne, revista científica da Universidade Federal de Lavras (UFLA), conta agora com uma interface que possibilita ao usuário submeter seu artigo e acompanhar, também por meio de aparelhos móveis, em qual etapa do processo de publicação ele se encontra. 

De acordo com seu editor-chefe, professor Lucas Rezende Gomide, a mudança segue o projeto de reestruturação da revista Cerne para facilitar o fluxo de informações e reduzir o tempo médio entre a submissão e a publicação dos trabalhos. “O processo de gerenciamento da publicação no periódico tem muitas etapas, envolvendo não só a avaliação pelos revisores ad hoc, como também ajustes na revisão final, até a publicação propriamente dita. Fazer com que essa dinâmica seja ágil e transparente, sem que haja perda da qualidade, é um desafio que temos nos empenhado para garantir. Hoje, o tempo médio de publicação na Cerne é inferior a seis meses, acompanhando os padrões das principais revistas internacionais da área florestal”, explica.

O envio dos trabalhos é feito por uma plataforma dentro do próprio site, após o cadastro e conferência dos dados do pesquisador. A partir daí, é possível acompanhar todo o processo para a publicação em tempo real.  Os artigos publicados podem ser acessados por qualquer pessoa, ficando disponíveis para visualização e para download em PDF. Os mais acessados no mês são disponibilizados em destaque na página, em um ranking dos TOP 10.


Influência internacional

A nova interface do site, totalmente em inglês, também tem facilitado o acesso de pesquisadores de todo o mundo que buscam artigos científicos originais na área de silvicultura, manejo florestal, tecnologia da madeira e ecologia. Com isso, a tendência é que o fator de impacto JCR (Journal Citation Reports) da revista, que aumentou 28% no último ano, cresça ainda mais.

O JCR classifica os periódicos mais expressivos da literatura acadêmica com base em dados de citação, métricas de impacto e influência mundial. Assim, quanto mais citados forem os artigos publicados pelo periódico, maiores serão essas métricas. Em 2016, o fator JCR da Cerne atingiu o valor 0,331.

O aumento no grau de influência do periódico também tem sido proporcionado pela maior divulgação das publicações. Além do site próprio, a revista Cerne publica seus trabalhos em 15 diferentes indexadores nacionais e internacionais, incluindo a base de dados SciELO, uma das mais rigorosas do mundo.

No ranking Qualis-Capes, que aborda aspectos editoriais e técnicos dos periódicos da comunidade científica brasileira, a revista alcança o patamar B1 em Ciências Agrárias e A2 em Ciências Ambientais.

“Quando adotamos a língua inglesa como padrão na Cerne, passamos a ter mais visibilidade internacional. Isso já era esperado, mas atingimos uma dimensão muito rápida em pouco tempo. Hoje, nosso site tem sido acessado por pesquisadores do mundo inteiro, não só para conferência dos artigos, mas também para submissão de trabalhos. Essa é uma política da revista que está alinhada ao projeto de internacionalização da UFLA”, reforça Gomide.

Referência em Ciência Florestal há mais de 20 anos

Fundada em 1992, a Cerne é uma das revistas mais importantes da ciência florestal no Brasil, sendo uma das 64 melhores revistas da área no mundo. O primeiro volume foi impresso em 1994, sendo composto por um único número e 16 artigos científicos.

Hoje, seguindo uma perspectiva sustentável e de expansão pela internet, realiza publicações trimestrais totalmente digitais, com uma divulgação média de 60 artigos inéditos por ano.

A submissão dos artigos é gratuita, levando em consideração a missão do periódico de se comprometer com a publicação de trabalhos originais que contribuam para o conhecimento da ciência florestal. Sua política editorial preza pela transparência e impessoalidade no processo, com a utilização do método Double Blind Review, em que redatores e revisores desconhecem seus pares de trabalho.

A Cerne também é uma das revistas que compõem o Portal Periódicos de Minas, lançado em setembro em Belo Horizonte, durante a Mostra Inova Minas. 

Para conhecer mais sobre a Cerne, acesse www.cerne.ufla.br.

UFLA e Epamig assinam acordo de cooperação técnica e científica

A cooperação em prol do desenvolvimento de pesquisas, publicações e desenvolvimento de tecnologias é o assunto de acordo assinado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). O documento foi assinado no dia 5 de setembro, pelo reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, pelo presidente da Epamig, Rui da Silva Verneque, e pelo chefe da Epamig Sul, Rogério Antônio Silva. A solenidade ocorreu no Salão dos Conselhos, no edifício da Reitoria da Universidade.

Segundo o Acordo de Cooperação, as instituições devem conjugar esforços para a realização de atividades de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico em suas áreas de abrangência. Entre os pontos previstos, consta a participação de docentes da UFLA em pesquisas realizadas pela Epamig, e de docentes desta em pesquisas da Universidade; e a participação de estudantes da UFLA em projetos de pesquisa da Epamig, com concessão de bolsas de iniciação científica. Pós-graduandos também poderão participar de projetos de pesquisa da Epamig pelo acordo.

Os pesquisadores da Epamig poderão orientar e coorientar estudantes da UFLA, tanto os de nível de graduação quanto os de pós-graduação. Assim, também poderão integrar bancas de qualificação, teses e dissertação desses estudantes. Além disso, há a previsão de produção de livros, capítulos e artigos científicos conjuntamente, assim como edição de revistas da UFLA.

Também é prevista a concessão de estágios curriculares obrigatórios para graduandos da UFLA, sem o fornecimento de bolsas, assim como o uso compartilhado de áreas de produção científica para a realização de atividades de pesquisa.

A UFLA mantém o compromisso, ainda, de dispor à Epamig infraestrutura para a continuidade de seu funcionamento no câmpus. Em contrapartida, a Epamig cede 66,5 hectares de terra e infraestrutura para utilização de projetos de pesquisa da Universidade.

Para o presidente da Epamig, Rui Verneque, a ocasião “formalizou uma parceria já consolidada”. Ele lembrou que desde o lançamento do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária* (na década de 1970) já havia ações de parceria entre as instituições. “A Epamig coloca à disposição sua estrutura, incluindo 26 campos experimentais, dos quais 8 estão no sul de Minas Gerais, e dois centros de ensino, para pesquisas. Essa estrutura é como uma série de laboratórios abertos, onde se tem procurado cumprir a missão de transformar o Brasil em um grande celeiro produtor de alimentos”, ressaltou. Ele salientou a importância de ambas as instituições nesse sentido ao focar o aumento na oferta de alimentos proporcionada pelo desenvolvimento científico para maior produtividade.

O reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, também relembrou a existência de parceria entre as instituições. “Elas são um exemplo para a sociedade brasileira, ao longo de suas trajetórias, marcadas pela ampla dedicação de seus servidores”, elogiou. “A pesquisa gera desenvolvimento; e a educação possibilita o crescimento das pessoas. Com a continuidade do nosso trabalho, não tenho dúvidas de que irá surgir sensibilidade política para perceber a importância de investimentos na geração de cultura e pesquisa. Nós, da UFLA; juntamente com vocês, da Epamig; e da Prefeitura de Lavras, com o nosso trabalho, competência, limitações, mas sobretudo com o compromisso de fazer o bem ao próximo, semeamos esperança. E este é o objetivo da nossa parceria”, concluiu.

* O Sistema é constituído pelas Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária, universidades, Embrapa e institutos de pesquisa de âmbito federal ou estadual, além de outras organizações públicas e privadas, direta ou indiretamente vinculadas à atividade de pesquisa agropecuária.

Pesquisadores internacionais se encontram na UFLA para falar sobre sistemática e biologia de insetos

 

 

Entre os dias 4 e 6 de setembro, pesquisadores da Alemanha, Finlândia, Sérvia, Colômbia, República Tcheca e Brasil se reuniram na Universidade Federal de Lavras (UFLA) para o International Meeting on Systematics and Biology of Diptera.

O evento é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Entomologia com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), em cooperação com o Núcleo de Estudos em Sistemática e Biologia de Insetos (Nesbi).

O objetivo do encontro é contribuir para a formação de parcerias internacionais devido à necessidade constante de internacionalização dos programas de pós-graduação no Brasil, além de estimular o interesse de jovens pesquisadores pelos estudos sobre o grupo de insetos da ordem Diptera, os quais foram o foco do evento.

A professora Mírian Nunes Morales, uma das organizadoras do encontro, afirma que “eventos como esses favorecem a construção de parcerias internacionais e oportunidades de realização de projetos de grande porte, como por exemplo, em taxonomia, sistemática, ecologia e controle biológico, com vistas à arrecadação de recursos financeiros e formação de novas redes de ensino, pesquisa e extensão.”Além dos palestrantes internacionais e comunidade acadêmica da UFLA, estão participando como ouvintes pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

A professora da UFMG Kirstern Lica Follmann Haseyama, uma das palestrantes do evento, ressalta que esta é uma ocasião para o encontro entre os poucos pesquisadores de sistemática de Diptera. “Outros eventos como esse devem ser fomentados para facilitar a internacionalização e o desenvolvimento da sistemática e da dipterologia na região”, conclui.

Antes do encontro na UFLA, os pesquisadores internacionais participaram, entre os dias 28 de agosto e 1° de setembro, do “9th International Symposium on Syrphidae”, que foi realizado em Curitiba (Paraná), na sua primeira edição nas Américas. A organização do evento foi uma parceria entre as universidades federais de Lavras e do Paraná (UFPR).

Panmela Oliveira – comunicadora e bolsista Dcom/Fapemig

Professor da UFLA recebe prêmio de “Fitopatologista do Ano” da Sociedade Brasileira de Fitopatologia

O professor do Departamento de Fitopatologia da UFLA, José da Cruz Machado, foi agraciado na segunda-feira (21/8) com o troféu “Dr. Álvaro Santos Costa  – Fitopatologista do Ano”, a mais alta honraria concedida pela Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF). A homenagem ao professor foi realizada durante a cerimônia de abertura do 50º Congresso Brasileiro de Fitopatologia (CBFito), realizado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) em Uberlândia, Minas Gerais.

José da Cruz Machado é professor titular da UFLA desde 1975, atuando na área de Fitopatologia. É graduado em Engenharia Agronômica (1969) e mestre em Agronomia (Microbiologia/Fitopatologia – 1974) pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Possui doutorado em Fitopatologia/Patologia de Sementes pela Manchester University, do Reino Unido e pós-doutorado em Patologia de Sementes pela Wageningen University, da Holanda. Na UFLA, foi coordenador do curso de pós-graduação em Fitossanidade, pró-reitor de Pesquisa e coordenador da área internacional. É também membro da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates).

O prêmio

O troféu “Bota Dr. Álvaro Santos Costa” é outorgado anualmente a profissionais da área de Fitopatologia com trajetórias de destaque e que contribuem para o avanço das pesquisas no país e no mundo. A premiação está em sua nona edição, e é um gesto de reconhecimento da SBF a cientistas e professores que deixaram legados em prol da fitopatologia e da fitossanidade no agronegócio brasileiro.

O prêmio é resultado da indicação de uma comissão julgadora da SBF formada por fitopatologistas renomados do país, sendo também um tributo à memória do pesquisador Álvaro Santos Costa. 

Lavrastec: presidente da John Deere Brasil visita as futuras instalações do parque científico e tecnológico

O presidente da John Deere Brasil visitou as futuras instalações do Lavrastec

Na quarta-feira (23/8), a UFLA recebeu o presidente da John Deere no Brasil, Paulo Herrmann, para uma visita às obras do Parque Científico e Tecnológico de Lavras (Lavrastec) – maior investimento da história da Universidade. A comitiva da multinacional agrícola chegou à cidade no período da tarde e seguiu para conhecer o futuro complexo de inovação da região, localizado estrategicamente próximo ao aeroporto de Lavras para facilitar o trânsito de empreendedores e pesquisadores.

O reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, conduziu a visita e apresentou a estrutura de cerca de 12 mil metros quadrados, que vai abrigar centros de pesquisa e desenvolvimento de empresas-âncora, além de empresas em processo de incubação, empresas juniores, laboratórios, auditório e área de convivência. “O Lavrastec é um compromisso da UFLA com toda a população de Lavras e região. Queremos que seja um projeto que incentive a tecnologia, a inovação e o empreendedorismo, abrindo espaço para que as pesquisas saiam do papel e sejam colocadas em prática, resultando em produtos, processos e serviços de alto valor agregado”, explicou.

Scolforo reforçou também o tamanho da área disponível para novas construções – 68 mil metros quadrados que podem ser utilizados para ampliação do parque tecnológico, inclusive por meio de parcerias com empresas privadas. “A UFLA é uma universidade que forma pesquisadores de alto nível, que têm criatividade e se dedicam ao trabalho de pesquisa. Se unirmos esse capital científico a uma estrutura adequada e recursos financeiros, podemos desenvolver produtos inovadores”, ressaltou o reitor ao mostrar as possibilidades à John Deere.

O Lavrastec é o Parque Científico e Tecnológico de Lavras – maior investimento já feito pela UFLA

Após conhecer o Lavrastec, a comitiva seguiu para visita ao câmpus universitário e à Cafeteria Escola CafEsal. Paulo Herrmann mostrou-se surpreso com o desenvolvimento da UFLA na última década. “Sinto-me muito feliz em ver o crescimento da universidade, com tantos projetos e obras em execução. Um ambiente e uma energia apropriados para preparar as pessoas que serão responsáveis pelo desenvolvimento do país.” Segundo ele, a John Deere vai estudar formas de ampliação da parceria com a UFLA, firmada em 2008 por meio do projeto “Parceiros da Tecnologia”.

Além dos representantes da multinacional e da UFLA, participaram da visita ao Lavrastec o prefeito de Lavras, José Cherem, e o diretor da empresa Minas Verde – concessionária John Deere em Lavras, Custódio Agostinho Freire.

Nova concessionária em Lavras amplia oportunidades

À noite, a Minas Verde realizou a cerimônia de inauguração de sua concessionária John Deere em Lavras. Como diretor da empresa, Custódio, que é ex-aluno da UFLA, reforçou que as portas estão abertas para acolher os egressos e perpetuar a parceria com a Universidade.

A Minas Verde é concessionária da John Deere há 10 anos, e atua em mais de 200 municípios das regiões sul, sudoeste e centro-oeste de Minas Gerais. Para Scolforo, uma nova unidade em Lavras aumenta a possibilidade de parcerias. “A UFLA tem um histórico de excelência no setor agrícola desde a sua fundação. São quase 109 anos formando profissionais e gerando conhecimento científico e tecnológico para as ciências agrárias, uma das áreas mais estratégicas para o desenvolvimento do país. Ter um espaço físico da John Deere em Lavras pode gerar mais oportunidades para nossos alunos e egressos”, concluiu.

Pró-Reitoria de Pesquisa não realizará atendimento externo entre os dias 28/8 e 1º/9

Novo prédio das pró-reitorias

A Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) informa a todos que não haverá atendimento externo entre os dias 28/8 e 1º/9 devido à mudança do setor para o novo prédio, localizado na Avenida Sul da UFLA.

A partir do dia 4/9 o atendimento será normalizado, realizado nas novas instalações da pró-reitoria.

 

 

 
Panmela Oliveira – comunicadora e bolsista Dcom/Fapemig

UFLA recebe coleção de hibridomas para pesquisa em imunologia de bovinos

Uma coleção de hibridomas, linhagens celulares desenvolvidas para produzir anticorpos, foi doada à Universidade Federal de Lavras (UFLA), por meio de um acordo de transferência de material, permitindo fomentar uma linha de pesquisa em imunologia de bovinos na Instituição. O renomado pesquisador Jean-Jacques Letesson, da Universidade de Namur/Bélgica, realizou a doação à professora do Departamento de Medicina Veterinária (DMV) Elaine Maria Seles Dorneles.

Foram doados 12 hibridomas, que Jean-Jacques produziu ao longo de uma vida de pesquisa, que serão utilizados na UFLA no projeto “Resposta imunológica induzida por estirpes da vacina Brucella abortus B19 e RB51 em novilhas: efeitos da idade de vacinação, papel modulador da puberdade e proposição de um modelo de avaliação de vacinas”.

Professora Elaine Maria Seles Dorneles.

“Ele está me doando 30 anos de pesquisa. Se quero avaliar, por exemplo, como o bovino responde a uma vacinação ou infecção, eu tenho que comprar anticorpos para aplicar as técnicas. Quando compro, adquiro o anticorpo puro, e não o clone, ficando sempre dependente das empresas que comercializam o produto. O Jean me doou os clones, assim me torno mais independente na minha pesquisa”, explica Elaine.  

Dessa forma, por meio do acordo de transferência de material, a professora poderá aprofundar na sua pesquisa sobre resposta imunológica em bovinos. “Jean-Jacques soube quando eu apresentei os dados da minha tese em um congresso na Índia. Logo após a minha apresentação, ele me procurou para sugerir a doação. Essas células vão me permitir fomentar uma linha de pesquisa em imunologia de bovinos na UFLA. Minha perspectiva é continuar investigando como os animais, principalmente os bovinos, respondem às vacinações e infecções”, explica Elaine.

Elaine destaca que esses hibridomas serão fundamentais para estudar como o sistema imunológico dos bovinos responde a diferentes estímulos, e assim possibilitar o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas para as doenças animais. “Se eu quero investigar qual o mecanismo que uma vacina possui para induzir proteção, para proteger o animal contra uma infecção eu preciso saber como ocorre o estímulo no sistema imunológico. Se você sabe qual o mecanismo que uma vacina eficiente usa para induzir essa proteção, você consegue transportar isso para outras vacinas em fase de avaliação”, comenta.

Elaine Maria Seles Dorneles

Elaine tomou posse na UFLA em 2016. Hoje, ela realiza Pós-Doutorado no Programa de Ciência Animal na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e já orienta estudantes da Pós-Graduação na UFLA. Elaine foi contemplada com o Prêmio Capes Tese 2016, pela tese Immune response of calves vaccinated with Brucella abortus S19 or RB51 and revaccinated with RB51”, defendida no ano de 2015, sob orientação dos professores Andrey Pereira Lage e coorientação de Andréa Teixeira Carvalho.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Professora da UFLA vence Prêmio Para Mulheres na Ciência 2017, na categoria Física

A professora Jenaina Ribeiro Soares, do Departamento de Física da Universidade Federal de Lavras (DFI/UFLA), foi a vencedora do prêmio nacional Para Mulheres na Ciência 2017, sendo a única agraciada na categoria Física. O prêmio é uma promoção da Unesco, Academia Brasileira de Ciências e L’Oréal.

O projeto vencedor na categoria Física, elaborado pela professora Jenaina, está relacionado à sua linha de pesquisa: estudo das propriedades e síntese de nanomateriais – materiais cuja estrutura possui até um milionésimo de milímetro. Nessa escala, as nanoestruturas têm baixa dimensionalidade e apresentam propriedades diferentes das observadas em maior escala.

Assim, a professora desenvolve estudos teóricos e experimentais, aplicando diferentes técnicas, a fim de identificar as formas e propriedades das nanoestruturas. “Imagine conseguir escalar elementos para a espessura de poucos átomos: em eletrônica, isso permitiria obter componentes menores, com consumo menor de energia e maior capacidade de processamento”, exemplifica Jenaina.

Outra linha desenvolvida, que terá o auxílio da bolsa recebida pelo prêmio, é a continuidade no desenvolvimento de equipamentos para sintetizar e caracterizar nanomateriais. Investindo na construção de instrumentação científica própria, a pesquisadora busca mais independência em relação a aparelhos estrangeiros, redução de custos e customização. A aplicação do valor recebido no prêmio será, principalmente, em equipamentos e reagentes.

O programa Para Mulheres na Ciência está na 12ª edição e já reconheceu, desde 2006, mais de 70 cientistas brasileiras nas áreas de Física, Matemática, Química e Ciências da Vida. As sete vencedoras (sendo quatro na categoria Ciências da Vida) foram escolhidas por um júri acadêmico formado por membros da Academia Brasileira de Ciências, avaliadas pelo potencial das pesquisas e pela trajetória que já desenvolveram em suas áreas de atuação. Cada cientista será premiada, em solenidade em outubro, com uma bolsa-auxílio de R$50 mil para fundamentar e dar continuidade às pesquisas.

Segundo a pesquisadora, “O prêmio possui uma importância fundamental devido à projeção até mesmo internacional, visto que também é concedido em outros países. O recurso será essencial para colocarmos equipamentos em funcionamento que estavam parados por falta de reagentes, assim como a parte de desenvolvimento de instrumentação própria”, afirmou.

Na UFLA, Jenaina é coordenadora do grupo de pesquisa em teoria, síntese e caracterização de novos materiais (NanoMat/UFLA), dedicado ao estudo das propriedades eletrônicas, ópticas, estruturais e vibracionais de novos materiais, principalmente bidimensionais (grafeno, novos alótropos de grafeno, metal dicalcogenetos de transição, dentre outros), como objetivo de compreender novos fenômenos observados devido à baixa dimensionalidade ou à síntese de novos compósitos. “O estudo e trabalho com esse tipo de material são muito recentes. Foram iniciados em 2004”, revela a professora.

Para realizar tais estudos, são utilizados métodos como a Teoria do Funcional da Densidade (Density Functional Theory – DFT), teoria de grupos, Espectroscopia Raman, síntese por deposição química de vapor (Chemical Vapor Deposition – CVD), Microscopia de Força Atômica, Microscopia Eletrônica de Varredura, dentre outros. O NanoMat atua, ainda, no desenvolvimento de instrumentação científica para síntese e caracterização de novos materiais, assim como instrumentação voltada ao ensino; e formação de pessoal altamente qualificado para o desenvolvimento de tecnologias barateadas, que podem ser transformadas em produtos a serem transferidos para a sociedade.

O NanoMat também desenvolve pesquisas multidisciplinares envolvendo materiais para a melhoria da qualidade de solos e também análises de composição e armazenamento de cafés especiais, procurando desenvolver metodologias que agregam valor a estes produtos.

Saiba mais sobre o Prêmio Para Mulheres na Ciência.

Contribuição: Camila Caetano

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.