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Departamento de Ciências Florestais mapeia maior diversidade de mamíferos em Minas Gerais

Trabalho, apresentado no 3 ºworkshop do P&D456, catalogou 29 mamíferos em onze áreas de floresta estacional semidecidual

O estudo da biodiversidade brasileira deu um grande salto, com um trabalho que registrou 29 espécies de mamíferos no sul de Minas Gerais. O número representa 59% das espécies de mamíferos de médio e grande porte encontradas em todo o Estado. É o maior inventário desses tipos de animais já desenvolvido de uma só vez em território mineiro.

O trabalho foi apresentado no 3 º workshop do P&D456, Modelo Fitogeográfico do Rio Grande, realizado no anfiteatro do Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf), vinculado ao Departamento de Ciências Florestais (DCF) da Universidade Federal de Lavras (UFLA).  O evento é uma parceria entre UFLA e Cemig, com o objetivo de difundir os resultados da revitalização da Bacia do Rio Grande.

O mapeamento foi elaborado por uma equipe do DCF, sob coordenação do professor da área de conservação e manejo de fauna, Antônio Carlos da Silva Zanzini. Para elaborar o estudo, primeiramente foi realizada a identificação das trilhas de mamíferos existentes em onze fragmentos de floresta estacional semidecidual (mata fechada caracterizada por árvores altas) que perdem folhas na época de seca. Em seguida, armadilhas fotográficas com sensores capazes de detectar movimento e calor foram colocadas nas áreas durante 30 dias.

Com o monitoramento, foram descobertas seis espécies em risco de extinção: onça-parda, jaguatirica, lobo-guará, cateto, gato-do-mato-pequeno e cachorro- do-mato.   Além das dispersoras de sementes – por exemplo, guaxinim e quati. Entre mamíferos predadores foram catalogados gato mourisco, raposa-amarela, entre outros.

Avanço do desmatamento

O levantamento também traz um alerta contra o avanço do desmatamento. “Existe apenas um caminho para os animais silvestres com a derrubada das árvores. Eles migram para as fazendas em busca de comida e algumas espécies, como capivara e javali, destroem as lavouras. Por isso, é fundamental manter a floresta intacta”, destaca Zanzini.

Um filhote de javali foi encontrado em Passa Quatro. “Isso significa que os pais estão por perto. O estudo apontou que houve expansão do animal em Minas Gerais. O dado é preocupante porque javali é agressivo ao ser humano, além de cavar até destruir as nascentes dos rios e atacar vários plantios”, afirmou. 

Pollyanna Dias, jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. 

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Mais de 30 estudantes da UFLA foram selecionados para o Programa de Doutorado Sanduíche da Capes

O Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) selecionou 32 estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA). O PDSE objetiva oferecer bolsas de estágio em pesquisa de doutorado no exterior de forma a complementar os esforços despendidos, pelos programas de pós-graduação no Brasil, na formação de recursos humanos de alto nível para inserção nos meios acadêmico, de ensino e de pesquisa no país.

O pró-reitor de Pós-Graduação da UFLA, professor Rafael Pio, destaca que o resultado foi extremamente satisfatório, principalmente pelo fato de o Programa ter exigido pela primeira vez a proficiência linguística. “Para que fosse possível o engajamento dos nossos estudantes, fizemos diversas reuniões produtivas com o Núcleo de Línguas e a Diretoria de Relações Internacionais. Assim, foi possível ampliar as aplicações do teste Toefl e adiantar os resultados”.

Os benefícios ao estudante são: mensalidade, seguro saúde, auxílio deslocamento, auxílio instalação e auxílio cidade de alto custo. Os candidatos estão classificados de acordo com a seguinte pontuação: currículo lattes do orientador, considerado a sua produção intelectual de artigos científicos e formação de recursos humanos nos últimos 5 anos (25%), currículo lattes do candidato, considerando a produção intelectual de artigos científicos (50%) e plano de estudos (25%).

Foram beneficiados os programas: Administração, Agroquímica, Biotecnologia Vegetal, Ciência do Solo, Ciência dos Alimentos, Ciências Veterinárias, Ecologia Aplicada, Engenharia de Biomateriais, Entomologia, Estatística e Experimentação Agropecuária, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia, Fitotecnia, Genética e Melhoramento de Plantas, Microbiologia Agrícola, Recursos Hídricos em Sistemas Agrícolas, e Zootecnia.

Confira aqui os selecionados 

Bagaço de cana e sacolas plásticas são reaproveitados na produção de MDP em projeto inédito da UFLA

O aproveitamento de resíduos é uma das soluções sustentáveis que diminuem o impacto ambiental de materiais que, muitas vezes, levariam centenas de anos para se decomporem no meio ambiente. Um projeto inédito feito pela estudante Nayra Diniz Nogueira em seu mestrado em Engenharia de Biomateriais na Universidade Federal de Lavras (UFLA) utiliza como matérias-primas: resíduos de sacolas plásticas e de bagaço de cana para produzir placas MDP (Medium Density Particleboard).

A cana-de-açúcar é uma das principais culturas do mundo, conforme dados da Organização das Nações Unidas, para a alimentação e agricultura (FAO). Brasil e Índia, juntos, são responsáveis por pouco mais da metade da cana produzida mundialmente, fato que gera uma grande preocupação com a destinação dos resíduos.

O bagaço de cana, por exemplo, ainda é um resíduo mal aproveitado no País. Na indústria sucroalcooleira, apenas parte do bagaço é queimado nas caldeiras, gerando energia elétrica que é utilizada pela própria usina.  Trabalhando com este material há 12 anos, o professor do Departamento de Engenharia (DEG) Rafael Farinassi Mendes garante que os painéis podem ser comercializados. “O grande desafio é inserir esse produto no mercado em razão do preconceito, quando se pensa na biodegradação do produto, mas todos os testes que foram feitos provam que esse processo não ocorre neste painel.”

Além da questão ambiental, neste projeto, o objetivo foi suprir a necessidade de matéria-prima na indústria de móveis, com a produção das placas de MDP de bagaço de cana proveniente de uma cachaçaria de Lavras e um polietileno de  alta densidade proveniente de uma indústria de Divinópolis. O resultado foi um produto novo, com propriedades diferenciadas em um processo simples e de baixo custo.

De acordo com Nayra, a execução do projeto em si ocorreu em três meses. “Esse foi o tempo para fazer todos os ensaios físicos, mecânicos e térmicos. Mas, a produção é rápida: são produzidos seis a sete painéis por manhã, aqui na Unidade Experimental em Painéis de Madeira (UEPAM).”

No experimento, as partículas de bagaço de cana foram avaliadas quanto às suas características anatômicas, químicas e físicas e as partículas de sacola plástica foram avaliadas quanto às suas características físicas. Os painéis foram produzidos com densidade nominal de 0,70 g/cm³, relação face/miolo de 40:60, 12% de adesivo para as faces e 8% de adesivo ureia-formaldeído para o miolo, tempo de prensagem de oito minutos e pressão de 4 MPa. Os painéis que foram produzidos com 15% de resíduo plástico apresentaram os melhores resultados para as propriedades físico-mecânicas avaliadas.

De acordo com o professor Rafael, no painel, o plástico funciona como um adesivo e diminui o inchamento causado pelo bagaço de cana, fazendo com que o produto final, inclusive, seja indicado até para banheiros “Com 15% de aplicação das sacolas plásticas, conseguimos permitir que o painel inche menos que 8% e atinja normas de comercialização internacionais da Europa e dos Estados Unidos, sendo possível exportar esse produto de bagaço de cana com um custo mais acessível e com melhor propriedade para o consumidor final.”

 

 

Reportagem:  Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom
Edição do vídeo: Lídia Bueno, jornalista – bolsista Dcom

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

UFLA na Mídia: entrevista destacou pesquisa de novas ações para diagnóstico da Leishmaniose Visceral

A participação da UFLA em um projeto que busca dar mais agilidade ao diagnóstico de casos de Leishmaniose Visceral em seres humanos foi divulgada em 18/4 no Jornal da EPTV 1ª edição. A entrevista ao vivo permitiu ao telespectador entender um pouco do novo teste que está sendo proposto pelo projeto. Trata-se de um procedimento mais rápido do que o teste atualmente em vigor. A inovação está em fase de testes em quatro municípios de Minas Gerais, e Lavras está entre eles.

A matéria mostrou também o aplicativo desenvolvido com a finalidade de auxiliar as equipes de saúde no diagnóstico da doença. Os entrevistados foram a professora Joziana Barçante, coordenadora dos projetos da UFLA com Leishmaniose, e o chefe da Vigilância Epidemiológica de Lavras, Richardson Carvalho, que também é estudante do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFLA.

Clique aqui e assista à entrevista

Outras informações sobre o projeto: UFLA é parceira em projeto que propõe inovações para o diagnóstico da Leishmaniose – ações no município já começaram

Proximidade com florestas nativas pode favorecer a biodiversidade em áreas de plantio, diz pesquisa

Wallace em área monitorada.

Um estudo feito com comunidades de escaravelhos, em áreas de plantação de eucaliptos na Amazônia, concluiu que ecossistemas de plantação podem ser melhorados mantendo áreas de florestas naturais ao redor das de produção. Esta foi a conclusão da tese de doutorado de Wallace Beiroz, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada.

Wallace utilizou dados obtidos entre 2009 e 2013, de áreas de plantação de eucalipto próximas ou não de florestas naturais, na região Nordeste do Pará. Aquelas com mais floresta nativa possuíram mais possibilidade para a chegada de besouros rola-bosta, espécies sensíveis e indicadoras da saúde do ambiente. Esses animais desempenham função importante no ciclo da matéria orgânica, transportando nutrientes pelo solo (auxiliando o desenvolvimento das plantas e microrganismos). Em plantações com maior quantidade de floresta ao redor, foram encontradas comunidades com distribuição mais igualitária das características funcionais.

Parte da pesquisa foi dedicada ao registro do número de espécies encontradas nas áreas de plantação, mas Wallace também avaliou outras características, como: o peso médio dos animais; período de atividade (diurnos ou noturnos); e dieta e tratamento do esterco, entre outras características funcionais que afetam a influência das atividades dos besouros no ecossistema. Uma das conclusões foi que as plantações mais próximas das florestas naturais não tinham necessariamente mais espécies de besouros do que as outras, mas costumavam incluir mais besouros com potencial de reciclar mais matéria orgânica.

Uma das espécies de escaravelho encontrada no solo pesquisado.

Assim, essas áreas próximas de florestas naturais tinham funcionamento mais parecido com essas últimas. “Em áreas distantes de florestas naturais (menos úmidas), bichos diurnos estão mais sujeitos a perder água, e é comum que desapareçam de plantações. Assim como animais pesados, que precisam de mais recursos e promovem mais ciclo de nutrientes”, diz o pesquisador.

Durante a pesquisa, outra conclusão foi que o funcionamento do agroecossistema pode se manter, mesmo perdendo espécies em relação à floresta – isso porque algumas delas podem apresentar redundância em relação ao papel no funcionamento. “Por isso, é importante que áreas nativas sejam preservadas, para que sirvam de fonte de espécies para áreas modificadas, promovendo a sustentabilidade”, aponta Wallace.

Uma das características das plantações para permitir mais oportunidade de entrada de espécies naturais é o aumento da área de floresta nativa e natural ao redor. “Ou seja: teoricamente, florestas próximas podem garantir uma maior ciclagem de nutrientes e fluxo de energia em plantações”.

Impactos

Wallace aponta que os resultados podem ser interessantes para a redução  do uso de agrotóxicos e dos gastos de manutenção das plantações. A pesquisa sugere que a restauração ou manutenção de florestas naturais pode facilitar o movimento de espécies: “Os proprietários de plantações têm gastos para fornecer nutrientes para tornar as plantações mais produtivas, mas, caso mantenham a floresta natural ao redor das plantações, podem ter esse serviço gratuitamente dos besouros”, diz.

“Outro resultado interessante foi que apesar dos besouros rola-bosta normalmente se recuperarem, uma seca forte ou prolongada pode prejudicar a comunidade de rola-bosta. Portanto, o aumento das secas devido às mudanças climáticas pode ser um grande problema, já que esses besouros são responsáveis pela ciclagem de nutriente e até dispersão de sementes. Então, podemos estar matando as florestas indiretamente, mesmo aquelas que são consideradas protegidas”.

Dupla titulação com a Universidade de Lancaster

Wallace passou um ano na Inglaterra, no Centro de Meio Ambiente da Universidade de Lancaster, e obteve dupla titulação. A experiência no exterior foi positiva: “Incentivo todos os estudantes a tentar passar um período no exterior. Isso faz enxergar como outra cultura vive, sair um pouco da zona de conforto. Isso muda a forma de ver o mundo e elimina muitos preconceitos”.

Ele foi orientado pelo professor Júlio Louzada (DBI) e teve coorientação dos docentes Emma Sayer, Jos Barlow e Eleanor Slade. A tese, premiada como a melhor do Programa de Pós-Graduação daquele ano, foi defendida no final de 2016.

Núcleo de Divulgação Científica da UFLA.

 

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

UFLA realizará a maior expedição de conservação da biodiversidade brasileira- mais de 25 mil km em 12 meses

Entre 15 e 17 animais selvagens são mortos a cada segundo nas rodovias brasileiras. No final de um dia são quase 1,3 milhões de animais. A região Sudeste possui a maior rede viária e mata 268 milhões de animais/ano. Ao total, no Brasil são 475 milhões de mortes de animais selvagens ao ano.

A Expedição Urubu na Estrada será a maior ação de conservação da biodiversidade brasileira para avaliar os efeitos de estradas, rodovias e ferrovias das Unidades de Conservação e  espécies ameaçadas no País. A ação será realizada pelo professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Alex Bager, coordenador do Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE).  A Expedição ocorrerá entre agosto de 2018 e julho de 2019.

A ação tem como objetivo produzir um diagnóstico didático, técnico e científico do real impacto das estradas, rodovias e ferrovias na biodiversidade brasileira. Os resultados serão convertidos em estratégias de conservação em nível local, regional ou nacional. As estratégias envolverão atores locais, órgãos de diferentes esferas políticas, pesquisadores e estudantes, entre outros. 

Serão mais de 25 mil quilômetros de rodovias e estradas brasileiras em 12 meses. “Serão visitadas mais de cem Unidades de Conservação e 15 projetos de conservação de espécies ameaçadas. Atingiremos diretamente mais de 120.000 pessoas. As experiências de duas edições do Dia Nacional de Urubuzar serão a base para ações de educação ambiental e sensibilização de usuários de rodovias, visitantes de Unidades de Conservação e comunidades próximas às Unidades e Projetos de Conservação”, comenta o professor.

Acompanhe todo o trabalho da Expedição, por meio dos grupos abaixo:

Unidades de Conservação: destinado para analistas e gestores de Unidades de Conservação que são afetadas por impactos de estradas e/ou ferrovias. Clique nesta categoria se desejar se cadastrar e receber mais informações para ser inclusa no roteiro da Expedição Urubu na Estrada.

Espécies Ameaçadas & Rodovias “do mal”: destinado a projetos de conservação de espécies ameaçadas, centros de especializados, zoológicos que realizem ações de conservação ex-situ com espécies ameaçadas e afetadas por atropelamento ou regiões que sabidamente matam muitos animais. Clique nesta categoria se desejar se cadastrar e receber mais informações para ser incluso no roteiro da Expedição Urubu na Estrada.

Patrocínios e apoios: destinado a empresas, órgãos governamentais, associações, ou qualquer instituição que deseja apoiar a Expedição Urubu na Estrada. Nessa categoria também estão empresas e instituições que podem colaborar com serviços, bens de consumo e/ou equipamentos para a execução da Expedição.

Quero ficar informad@: se destina a todos que não se encaixam nas categorias anteriores, mas que desejam receber notícias dos avanços da Expedição Urubu na Estrada. Tanto na fase de organização, como durante sua realização.

Colaboração: Karina Mascarenhas, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig. 

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Pesquisa avalia custos na cafeicultura conforme tipo de produção

É sabido que, em qualquer atividade agrícola, os tipos de produção influenciam nos custos. O engenheiro agrônomo Paulo Henrique Oliveira Sá Fortes, com o intuito de avaliar tais custos na cafeicultura e suas variações em diferentes regiões, desenvolveu o estudo “Custos de produção de café com relação ao tipo de produção: manual, semimecanizado e mecanizado”.

A pesquisa foi objeto de monografia apresentada em janeiro deste ano à Universidade Federal de Lavras (UFLA) sob orientação do professor Luiz Gonzaga de Castro Junior. Sá Fortes baseou-se, para tanto, em dados referentes ao ano de 2017 obtidos junto ao Projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com o Centro de Inteligência em Mercados (CIM/UFLA), do qual foi bolsista.  

A análise utilizou levantamentos dos custos de produção de Coffea arabica em 10 municípios, divididos por tipos de produção: Manual, em Brejetuba (ES), Caconde (SP) e Santa Rita do Sapucaí (MG); Semimecanizada, em Apucarana (PR), Guaxupé (MG) e Manhumirim (MG); e Mecanizada, em Capelinha (MG), Franca (SP), Luiz Eduardo Magalhães (BA) e Monte Carmelo (MG).  As metodologias envolveram a realização de reuniões para a definição de uma propriedade modal, identificando o que mais ocorre em cada região, e seus coeficientes técnicos, como pacotes tecnológicos (maquinários, produtos, insumos e benfeitorias) e os vetores de preço (receitas e despesas).  

Os resultados do estudo mostraram a importância da mecanização que, se viável, pode aumentar a qualidade do produto e dos tratos culturais. A gestão financeira do negócio café também mereceu destaque como ferramenta de acompanhamento constante da aplicação dos recursos financeiros e de mão de obra, bem como da análise e da adoção de estratégias para a tomada de decisões.  Segundo o autor da pesquisa, também foi possível obter outras conclusões: “O que encarece os custos nas produções semimecanizada e manual são as etapas de colheita e pós-colheita, devido à contratação de mão de obra externa, que é muito dispendiosa.

Na mecanizada, há a inversão pela própria utilização de colhedoras que apresentam alto rendimento e eficiência, além da diminuição das passadas na lavoura”, atestou.  Contatou-se, ainda, que todas as regiões analisadas na pesquisa conseguiram cobrir o Custo Operacional Efetivo da produção, mas nem todas conseguiram cobrir o Custo Operacional Total. “Assim, é necessário buscar continuamente o aumento de eficiência, a produtividade e a qualidade, bem como considerar a mecanização e o monitoramento de custos como ferramentas alternativas para se manter competitivo e eficiente na atividade”.

Ascom Inovacafé

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Confira o edital do Programa de apoio à formação de redes de pesquisa em áreas estratégicas da UFLA

Docentes da Universidade Federal e Lavras (UFLA) poderão participar do Programa de apoio à formação de redes de pesquisa em áreas estratégicas, desta vez na linha temática “Consumo de café em instituições públicas: sustentabilidade e qualidade no método de preparo de café em larga escala”. Esse método deve apresentar como características principais a sustentabilidade e a manutenção da qualidade do café (extração mais intensa dos atributos sensoriais do produto). 

Será aprovada uma única proposta no valor de 30.000,00 (trinta mil reais). O prazo de execução do projeto contratado será de 12 meses, contado a partir da data de liberação do recurso. As inscrições podem ser realizadas até as 18h do dia 11 de maio de 2018. As propostas devem ser entregues em papel, diretamente à Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), e também enviadas em arquivo digital para o e-mail: prp@prp.br.

O Programa da PRP tem por objetivo promover e estimular a formação de novos grupos de pesquisa em projetos estratégicos, de notória relevância científica, que apresentem soluções para problemas atuais e sejam capazes de envolver diferentes áreas do conhecimento.

A seleção das propostas será feita por comissão designada pela PRP, que levará em consideração:
• Relevância científica e perspectiva de solução para problemas atuais (peso 50%);
• Natureza multidisciplinar e transversalidade da Rede de Pesquisa proposta (peso 20%);
• Sustentabilidade nas estratégias de pesquisa e de inovação na UFLA (10%);
• Análise do Orçamento (10%);
• Integração entre pesquisadores consolidados (bolsistas de Produtividade em Pesquisa/PQ e de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora/DT do CNPq) e emergentes (10%).

Esclarecimentos podem ser obtidos na PRP pelo telefone 3829-1127 ou pelo e-mail prp@prp.ufla.br. 

Confira o Edital PRP Nº 4_2018_Apoio a Redes de Pesquisa_café

Relatório Internacional de Tendências do Café chega a sua última edição

O Relatório Internacional de Tendências do Café, produzido e editado por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), desde 2012, chega a sua última edição após cinco anos de atividades. Ele será substituído, em breve, por uma nova publicação, mais abrangente e moderna em termos de mercado editorial. O relatório fez parte do projeto Bureau de Inteligência Competitiva do Café, vinculado à Agência de Inovação do Café (InovaCafé/UFLA), sob coordenação do professor Luiz Gonzaga de Castro Junior e dos doutorandos Eduardo Cesar Silva e Angélica da Silva Azevedo.

Após entendimentos por parte da equipe, foi constatada a necessidade de ampliação dos conteúdos abordados. “O relatório estava limitado à coleta e à análise de informações publicadas por sites internacionais. Agora vislumbramos a criação de conteúdos próprios a partir de entrevistas, participação em eventos e pesquisas originais. Para isso, foi criada uma startup de mídia”, explicou Castro Junior.

Segundo o professor, existem muitos temas novos e importantes que ainda não foram discutidos em profundidade pela mídia especializada em café. “Queremos falar deles, mas precisamos de uma nova estrutura organizacional e de um plano de negócios”, completou.O primeiro número da nova publicação, cujo nome ainda não foi revelado, será publicado em abril. Os interessados em recebê-la gratuitamente devem enviar um e-mail para cimufla@gmail.com.

Edição Especial

De acordo com os coordenadores do Relatório Internacional de Tendências do Café, o último número possui um conteúdo especial. Além das tradicionais informações sobre a cafeicultura ao redor do mundo, foi incluído um resumo das principais mudanças do setor nos últimos cinco anos ao final de cada seção principal. O relatório termina com uma análise que mostra as contribuições que a publicação proporcionou à atividade (clique no link https://goo.gl/kE6k1R para acessar a última edição).

O primeiro número do relatório foi publicado em outubro de 2012. Ao todo, foram 62 edições que monitoraram e analisaram as tendências da cadeia produtiva do café no mundo todo. O relatório foi criado para fornecer informações estratégicas para todos os participantes do setor. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo desde o século XIX, e também o segundo maior consumidor. “Por se tratar de um segmento econômico de grande relevância para o País e, principalmente, para o estado de Minas Gerais, que concentra a maior parte da produção, julgamos importante que a UFLA gerasse informações estratégicas para o setor”, finalizou Castro Junior.

Uma contribuição histórica: “antecipamos muitas tendências importantes. Foi a primeira publicação em português, de acesso livre, a indicar a importância que as redes sociais teriam para o mercado de café”, explicou Castro Junior. Segundo ele, o relatório também ajudou a divulgar o conceito de “terceira onda do café” no País.

De acordo com Eduardo Cesar Silva, a equipe de analistas responsável pelo relatório, formada por estudantes de graduação e pós-graduação da UFLA, identificou e analisou muitas informações com exclusividade. “Nossa metodologia de trabalho permitiu que identificássemos acontecimentos importantes que não foram citados por nenhum veículo de mídia no Brasil. Assim, muitas informações e análises só existem naqueles relatórios”, pontuou. Por isso, o site onde eles se encontram (www.icafebr.com.br) continuará no ar.

Ascom InovaCafé

Pesquisa busca identificar empregabilidade de profissionais graduados na UFLA em 2017/1 e 2017/2- participe

A Universidade Federal de Lavras (UFLA), por meio da Diretoria de Avaliação e Desenvolvimento do Ensino (Dade), está realizando uma pesquisa com egressos dos cursos de graduação da Instituição, formados nos períodos 2017/1 e 2017/2, para identificar a trajetória profissional que vêm seguindo desde então. O formulário é de preenchimento rápido e permite que a Universidade conheça a situação de empregabilidade dos egressos. Acesse aqui o formulário.

Nos últimos anos, diferentes indicadores acadêmicos, validados por reconhecidos rankings internacionais, tem apontado as melhores universidades do mundo em diferentes áreas do conhecimento. Existem evidências que os rankings têm influenciado o comportamento e os processos de tomada de decisão no mundo acadêmico, incentivando a profissionalização e o fortalecimento das instituições.

Entre diferentes rankings que a UFLA participa, está o QS University Ranking – realizado pela organização britânica de pesquisa em educação Quacquarelli Symonds. Em 2015, a UFLA foi classificada no QS University Ranking Brics entre as 200 melhores universidades dos países do Brics, na posição 111-120. O ranking avaliou mais de 500 universidades dos cinco países que compõem o bloco, utilizando diferentes indicadores.

Ciente de que a empregabilidade é um fator relevante para instituições de ensino superior, a QS decidiu expandir sua base de dados e inteligência global compilando um novo ranking baseado nesse tema. Essa iniciativa, chamada de QS Graduate Employability Rankings, foi adicionada ao portfólio QS em 2016 e a UFLA é uma das instituições convidadas, anualmente, a participar dessa avaliação.

A participação neste ranking deverá contribuir para compilar uma perspectiva mais completa do estado global e das tendências do tema empregabilidade, seguindo a três indicadores, a saber: a) taxa de emprego de graduados, b) conexão de empregadores com graduados e c) parcerias realizadas entre universidades e empregadores.