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Dicas de Português: Os Porquês

Inúmeros leitores têm perguntado a respeito do uso graficamente correto dos porquês brasileiros. Digo “brasileiros” pelo fato de no Brasil termos uma grafia um pouco diferente da de Portugal nesse ponto. Vamos então rever o esquema de uso dos porquês em nosso país.

 

1) Usa-se POR QUE (preposição + pronome relativo) em perguntas diretas e indiretas; observe-se o acento circunflexo no “que” antes do ponto de interrogação:

 

Você pode nos dizer por que não devemos tirar proveito da boa pontuação?

 

Por que as mulheres ocupam tão poucos cargos políticos?

 

Brizola não aceitou o cargo por quê?

 

Nós, sim, temos o dever de perguntar por que não lhes deram opção de vida.

 

2) Usa-se POR QUE em frases afirmativas/negativas, como complemento (objeto direto) de verbos como mostrar, justificar, saber, explicar, entender e outros:

 

Ninguém explica por que os preços não caem.

 

Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, encantou plateias e mostrou por que provoca calafrios nos burocratas de Washington.

 

Não entendo por que os eletricitários vão entrar em greve.

 

3) Usa-se POR QUE como complemento das expressões EIS, DAÍ, NÃO HÁ:

 

Eis por que resolvemos fazer a paralisação.

 

Não pude me preparar, daí por que desisti do concurso.

 

“Não há por que temer mudanças. Esse Brasil já tem regras”, disse o presidente da Valisère.

 

Nesses três casos está sempre implícita a palavra motivo:

 

Por que (motivo) as mulheres ocupam tão poucos cargos políticos?

 

Não entendo por que (motivo) os eletricitários entrarão em greve.

Gostaria de saber por que (motivo) seu filho faltou à aula.

 

4) Usa-se PORQUE para iniciar orações explicativas e causais; em tais afirmações e respostas temos uma conjunção, que equivale a POIS (já que, uma vez que, pelo fato de que, como):

 

É preciso alfabetizar as pessoas digitalmente junto com a superação do analfabetismo básico, porque não dá tempo de fazer uma coisa antes da outra.

 

Hoje, a comunidade se assenta em torno do desmatamento porque essa é a única oportunidade de emprego e de renda.

 

Muitas crianças simplesmente não conseguem aprender porque estão subnutridas.

 

Nos casos em que se aplica a regra do item 4 pode-se colocar uma vírgula antes do “porque”, a indicar o início de uma oração. Já no tocante aos itens 1, 2 e 3 a colocação da vírgula é totalmente imprópria, para não dizer impossível.

 

Fonte: www.linguabrasil.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom

Dicas de Português: Concordância – substantivo e numerais

— Como é certo falar: Fica Vossa Senhoria convocado para a 1ª e 2ª Sessão Extraordinária ou: para a 1ª e 2ª Sessões Extraordinárias?

Quando se trata da concordância de um substantivo com dois numerais – cardinais ou ordinais – há três opções corretas:

 

1) a 1ª e 2ª Sessão Extraordinária [subst. no sing. e só o primeiro artigo]

2) a 1ª e 2ª Sessões Extraordinárias [subst. no plural, um só artigo]

3) a 1ª e a 2ª Sessão Extraordinária [subst. no sing. com repetição do artigo]

 

Não se costuma colocar o substantivo no plural quando se repete o artigo definido (mais a preposição, quando for o caso) no segundo elemento, como no exemplo 3. Dito de outro modo: normalmente só se repete o artigo quando o substantivo determinado está no singular; portanto, repetindo-se o artigo não há necessidade do plural. De qualquer maneira, deve sempre prevalecer a eufonia, aquilo que soa bem.

Outro ponto: ainda que se opte pelo substantivo no plural, o artigo permanece no singular, a concordar com o numeral singular. Vejamos uma frase para exemplificar: em vez de “as 5ª e 6ª Câmaras são competentes” diga-se “a 5ª e 6ª Câmaras são competentes”. Então: o artigo fica sempre no singular.

Mais exemplos com as variáveis de uso:

1) Peço parar no 1º e 2º andar.

2) Peço parar no 1° e 2° andares.

3) Peço parar no 1º e no 2º andar.

 

1) Dirigiu-se à quarta e quinta série.

2) Dirigiu-se à quarta e quinta séries.

3) Dirigiu-se à quarta e à quinta série.

 

Observemos que uma frase como “dirigiu-se às quartas e (às) quintas séries” tem outro significado: quer dizer que existem várias séries de quarta e várias de quinta. Também é interessante notar que quando não há a determinação dos substantivos (com a/o, da/do, à), temos duas e não três opções, sendo melhor e mais recomendável a alternativa com o singular:

 

Foram publicadas decisões de juízes de 1° e 2° grau.

Foram publicadas decisões de juízes de 1° e 2° graus.

Sua tese analisa o ensino de 1ª a 4ª série no planalto catarinense.

Sua tese analisa o ensino de 1ª a 4ª séries no planalto catarinense.

 

Quando o substantivo precede os numerais é de praxe colocá-lo no plural:

Leia pelo menos os capítulos 1 e 2.

Reformulamos os artigos 9º e 10 do projeto de lei.

O elevador parou nos andares 3º e 4º.

 

— Sempre fico em dúvida quanto ao caso de citações como: Estou enviando os ofícios números (nºs) 21 e 23 ou os ofícios nº 21 e 23. Nair Hygina F. R. Pinto, São Paulo/SP

Trata-se da mesma questão de concordância nominal, só que agora antes dos dois numerais você tem também o substantivo número/nº, o qual pode ir ou não para o plural:

 

Estou enviando os ofícios nºs 21 e 23.

Estou enviando os ofícios nº 21 e 23.

Nessa segunda forma – melhor – fica subentendida a repetição do substantivo: os ofícios nº 21 e [nº] 23.

Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

Dicas de Português: Dúvidas frequentes da Língua Portuguesa

Muitas vezes, as pessoas têm dúvida a respeito do uso de alguns termos. Assim, descrevendo o emprego correto de alguns casos, procuraremos “clarear” algumas dúvidas.

 
ou A ?

Quando nos referimos a um determinado espaço de tempo, escrevemosou a, nas seguintes situações:

 – Quando o espaço de tempo já tiver decorrido e puder ser substituído por faz.
Exemplo:

  1. Ela saiudez minutos. (= ela saiu faz dez minutos).

A – Quando o espaço de tempo ainda não transcorreu, ou, se transcorreu, não puder se substituído por faz.
Exemplos:

  1. Ela voltará daqui a dez minutos.
  2. Estamos a quase dez mil anos do nascimento de Cristo.

– Para eu ou Para mim ?

Usa-se para eu (para tu), quando o eu (tu) é sujeito (geralmente seguido de um infinitivo).
Exemplos:

  1. Empresta-me este livro para eu ler.
  2. Esse trabalho é para tu realizares.

Usa-se para mim (para ti), quando após essa expressão não existir verbo (ou, em estando ali o verbo, o pronome não ser sujeito).
Exemplos:

  1. Empresta este livro para mim.
  2. Este trabalho é para ti.

Lembre-se:

Mim nunca faz nada, portanto mim não pode ser sujeito.

Observação

  • Isso não significa que sempre o infinitivo é precedido pelo pronome eu (ou tu). Quando ele for impessoal, não terá sujeito. Logo, poderá haver antes dele o pronome mim (ou ti).

Exemplos:

  1. É difícil para mim entender essa gente.
  2. É impossível para ti sair sair à noite.

Enfim ou Em fim ?

As expressões enfim (= finalmente) e em fim (= no final) não devem ser confundidas: enfim escreve-se junto, com N e em fim constitui-se de dois termos, a preposição em + o substantivo fim.
Exemplos:

  1. Enfim sós, graças a Deus!
  2. Estes professores estão em fim de carreira: sua aposentadoria esta prevista para breve.

– Está no horário de o trem chegar ou está no horário do trem chegar ?

A primeira alternativa é a correta, porque o trem é o sujeito e não do trem. A maneira de o aluno gravar isso é a seguinte: alterar a ordem das palavras – esta no horário de chegar o trem (e não – esta no horário do chegar trem – construção agramatical na língua portuguesa).
O mesmo serve para estes exemplos:

  1. Surgiu a ocasião de ela mostrar sua bondade. (de mostrar ela)
  2. Pelo fato de o chefe ter ido lá, eu me assusto. (de ter ido o chefe)

–  Se não ou Senão ?

Emprega-se o primeiro, quando o se pode ser substituído por caso ou na hipótese de que.
Exemplo:

  1. Se não chover, viajarei amanhã. (= caso não chova – ou na hipótese de que não chova – , viajarei amanhã).

Se não se tratar dessa alternativa, a expressão sempre se escreverá com uma só palavra: senão.
Exemplos:

  1. Vá de uma vez, senão você chegará tarde. (senão = caso contrário)
  2. Nada havia a fazer senão conforma-se com a situação. (senão = a não ser)

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom

Fonte: dificuldadesdalinguaportuguesa.blogspot.com.br

Dicas de Português: Cumprimentos e hífen

— Bom dia, Boa tarde e Boa noite – no sentido de cumprimento, têm hífen?
Não. Quando você simplesmente cumprimenta alguém, escreve sem hífen:
Bom dia, meu pai.

Boa tarde a todos.

Boa noite!
Usa-se o hífen quando se forma com os dois vocábulos um só, ou seja, um substantivo masculino (até mesmo boa-tarde é subst. masc.) significando “um cumprimento” e que geralmente vem precedido pelo artigo indefinido:
Gostaria de desejar-lhes um bom-dia antes de me retirar.

Deu-nos um boa-noite com muito carinho.

Abraçou-me com um grande sorriso de boa-tarde.
— Por gentileza, há hífen em disque-denúncia? E como fica risco-país, risco-Brasil? Leva hífen mesmo?
Há hífen quando se trata de um substantivo composto, o que é o caso, pois se trata de duas palavras com um significado único: (o) disque-denúncia. Também se hifenizam os neologismos risco-país e risco-Brasil pelas mesmas razões de “unidade semântica”.

— Qual é o plural de público-alvo? Por exemplo: Em relação aos novos programas lançados, temos que levar em consideração os públicos-alvo a que se destinam. Está certo assim?

Está correto, sim, dizer públicos-alvo, assim como se pode pluralizar os dois termos: públicos-alvos. Trata-se do mesmo caso de situações-problema, horas-aula, vales-transporte, palavras-chave, atividades-fim, por exemplo, que também podem receber o plural nos dois elementos da composição: situações-problemas, horas-aulas, vales-transportes, palavras-chaves.

 

A regra geral de formação do plural de um substantivo composto por substantivo + substantivo é flexionar os dois elementos: couves-flores, decretos-leis, diretores-presidentes, Estados-membros, matérias-primas, obras-primas, democratas-cristãos, cirurgiões-dentistas, médicos-legistas, diretores-proprietários, tios-avós.

 

Contudo, quando o segundo substantivo limita a significação do primeiro, é possível (e até mais usual) pluralizar apenas o primeiro substantivo, como se entre as duas palavras houvesse uma preposição no lugar do hífen (ex. fichas-controle = fichas para controle; horas-aula = horas de aula). Essa possibilidade se aplica apenas aos substantivos compostos que encerram uma ideia de finalidade, semelhança, forma, relação, tipo ou espécie. Mais exemplos: vales-refeição, mulheres-bomba, escolas-modelo, células-tronco, laranjas-pêra, caminhões-tanque.

Fonte: www.linguabrasil.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

Dicas de Português: Curiosidades da Língua Portuguesa

  1. Inglaterra confirma invasão ao Iraque.

Jamais poderá ocorrer invasão a lugar algum; porém, o que é possível acontecer é invasão DE algum lugar. Escreve-se com correção, assim:

Inglaterra confirma invasão do Iraque.

Veja, a seguir, outros exemplos corretamente escritos:

  • Invasão de privacidade.
  • Invasão de domicílio.
  • A invasão do estádio pela polícia deu-se às 20 horas de ontem.
  1. Vou mostrar-lhe meu caderno, mas não repare a desorganização.

O verbo reparar assume dois significados. O que irá determiná-los é a presença ou não da preposição EM. Veja, a seguir:

Com a preposição em significa notar, observar:

  • Repare nos exemplos que damos nesta lição de gramática.
  • Entre, mas não repare na bagunça.
  • Posso escrever, porém não reparem em meus erros de português.

Sem a preposição em, significa consertar, indenizar:

  • O técnico reparou o computador que estava avariado.
  • A empresa reparou os danos causados.
  • O juiz condenou o prefeito a reparar os prejuízos sofridos pelos camelôs.
  • O mecânico reparará o motor do carro.

Então escreve-se corretamente a frase original da seguinte maneira:

Vou mostrar-lhe meu caderno, mas não repare na desorganização.

A polícia não pode prendê-lo porque ele é de menor.

O predicativo dessa frase liga-se ao sujeito com auxílio de verbo de ligação sem preposição. O povo é que construiu essa anomalia. Veja outros exemplos de predicativo:

Ele é sargento do exército. Ela é maior de 14 anos. Ela é a rainha do colégio. Ele é menor de 6 anos. Meu pai é professor.

Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:

A polícia não pode prendê-lo porque ele é menor de idade.

O político que se pode confiar ainda não nasceu.

Esse é erro próprio da fala popular, linguagem que não está “nem aí” para a regência verbal. Erros desse tipo são muito explorados em provas de vestibulares e concursos públicos. A regência do verto confiar exige a preposição em, pois quem confia, confia em alguém, e não confia alguém. Este tópico, depois da correção, tem sua frase inicial escrita assim:

O político em que se pode confiar ainda não nasceu.

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom

Fonte: www.newsrondonia.com.br

 

Dicas de Português: Comunicado e Informado

Questionamentos habituais sobre COMUNICADO e INFORMADO:

 

“— Costumo assistir ao Jornal da Record e, no final de uma reportagem sobre o problema do gerundismo, Boris Casoy comentou dois ou três erros que as pessoas costumam fazer, tipo “vai estar recebendo” e “fulano foi comunicado”. Não entendi o que há de errado em foi comunicado, qual o problema em usar essa expressão?

 
Boris Casoy falou assim porque na linguagem culta se diz que “um fato é comunicado”, e não “uma pessoa é comunicada”. Já explico:

 
Tomemos a seguinte frase “errada” como exemplo: “O inquilino foi comunicado pelo síndico que as taxas seriam aumentadas”. Essa é uma construção passiva que teria como correspondente “O síndico comunicou inquilino…”. Grifei o artigo o para chamar a atenção da ingramaticalidade da oração, que, de acordo com o português padrão, é dita assim: “O síndico comunicou ao inquilino”.
A regência normal do verbo comunicar, que todo mundo sabe, é: NÓS – comunicamos –  alguma coisa –  A ALGUÉM. [voz ativa]

Ex.: O repórter comunicou a morte de Getúlio Vargas à nação.

O gerente comunicou ao servidor que seu horário fora alterado.

 

Então, ao passar esse tipo de frase para a voz passiva, ou seja, quando se usa o particípio “comunicado”, o objeto direto [de coisa] vem a ser o sujeito da oração: ALGUMA COISA  –  é comunicada  –  A ALGUÉM.  [voz passiva] E não o contrário, não a pessoa como sujeito: “alguém é comunicado de algo”, como já é hábito falar (esta construção já está tão arraigada que pouquíssimas pessoas se dão conta da sua ingramaticalidade). De qualquer modo, a construção passiva recomendada com o verbo comunicar é a seguinte:

Ex: O resultado das eleições será comunicado em rede nacional.

O aumento das tarifas foi comunicado aos inquilinos.

 
Qual a alternativa para quem quer ser “gramaticalmente correto” mas ao mesmo tempo não deseja usar esse último tipo de frase? É se valer do verbo informar, que tem mais flexibilidade e admite tanto pessoa quanto coisa/fato como sujeito passivo. Assim, em vez de “Fulano foi comunicado”, podemos dizer:

Ex: Josué foi informado de sua demissão.

O inquilino será informado de que as tarifas devem aumentar.

O povo brasileiro foi informado da morte de Vargas pelo Repórter Esso.

 

Fonte: www.linguabrasil.com.br
Paulo Roberto Ribeiro – Ascom

Dicas de Português: Palavras Parecidas

Mandato, mandado

MANDATO: além de “poderes políticos outorgados pelo voto”, significa delegação; procuração; incumbência, missão.

MANDADO: mandamento, ordem; recado; ordem escrita de autoridade judicial ou administrativa.

Note que a “garantia constitucional de direito individual contra ilegalidade ou abuso do poder” é com D: mandado de segurança.

O desembargador João José, logo após assumir o mandato de presidente do TRE, expediu mandado de citação aos partidos políticos.

Preito, pleito

PREITO é homenagem, respeito.

PLEITO pode ser uma questão em juízo, demanda; ou debate, discussão.

Antes de partir para o “front”, rendeu seu preito aos heróis de todas as guerras.

Quase 50% dos eleitores disseram sim à continuidade dos prefeitos nas administrações do pleito deste ano.

Passível, possível

POSSÍVEL é o que pode acontecer, que tem a possibilidade de.

PASSÍVEL tanto significa “sujeito ou suscetível a experimentar sensações e emoções, a ser objeto de certas ações” quanto “sujeito a penas ou sanções”, como multa etc.

Nada é possível fora da lei.

Na condição de mães, somos passíveis de saudade e sofrimento.

Meu cunhado fez concurso para fiscal da Receita, mesmo sabendo que nesse cargo ele fica passível de remoção.

O desacato à autoridade é passível de altas penalidades.

Parêntese = parêntesis

Podem ser usadas as duas formas (parêntese, preferentemente) quando se quer mencionar uma “digressão, desvio ou interrupção de uma narrativa”.

A palavra parênteses é usada para designar os dois sinais tipográficos: (  ).

No meio do discurso, abriu um pequeno parêntese/parêntesis para fazer singela homenagem ao diretor recém-destituído.

Fonte: www.linguabrasil.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

 

Dicas de Português: Obrigado ou obrigada

Obrigado ou obrigada

Segundo a gramática tradicional, a palavra obrigado é um adjetivo que, num contexto de agradecimento, significa que alguém se sente agradecido por alguma coisa, por algum favor que lhe tenha sido feito, sentindo-se obrigado a retribuir esse favor a quem o fez. Por ser adjetivo, deve concordar com o elemento ao qual se refere em gênero e número, podendo ser masculino ou feminino, singular ou plural, dependendo da pessoa que se sentir obrigada a retribuir um determinado favor.

Assim:

  • O homem ao agradecer deve dizer obrigado.
  • A mulher ao agradecer deve dizer obrigada.
  • O homem ao agradecer em nome de outras pessoas deve dizer obrigados.
  • A mulher ao agradecer em nome de outras pessoas, incluindo homens e mulheres, deve dizer obrigados.
  • A mulher ao agradecer em nome de outras pessoas, incluindo apenas mulheres, deve dizer obrigadas.

Cessão, sessão e seção

Cessão significa o ato de ceder, de dar, de transferir um direito ou um bem, sendo sinônima de cedência, entrega e concessão. Pode significar também uma renúncia ou desistência, bem como um empréstimo.

Exemplos:

  • Ele confirmou a cessão de suas roupas para uma igreja.
  • A cessão das instalações para a formação será confirmada amanhã.

Sessão significa o intervalo de tempo que dura alguma coisa, como uma reunião, uma assembleia, uma consulta, um espetáculo, uma apresentação ou qualquer outra atividade.

Exemplos:

  • Vamos assistir à próxima sessão desse filme?
  • A Câmara dos Deputados convocou uma sessão para amanhã de manhã.

Seção significa uma parte de um todo, ou seja, uma fração, um segmento, uma subdivisão. Pode significar ainda uma repartição de um serviço público ou privado.

Exemplos:

  • Os sabonetes se encontram na seção de limpeza.
  • A seção do jornal que fala sobre economia não veio.

Fonte: www.normaculta.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM

Dicas de Português: Dúvidas frequentes sobre o verbo ASSISTIR

1. Gostaria de saber se o verbo assistir, quando se refere à televisão, é transitivo direto ou indireto. Devo dizer: assistir televisão ou assistir à televisão? Esta é uma dúvida que tenho, e até agora não encontrei esse exemplo nas gramáticas que consultei

2. Gostaria de esclarecimento quanto à regência do verbo assistir, em seus dois sentidos, com uso ou não de crase.

Respostas

No sentido de “ajudar, prestar assistência ou socorro, tratar”, o verbo assistir é transitivo direto, isto é, seu complemento não é precedido por preposição:

Assistiu a doente assim como assiste muitas pessoas necessitadas.

Recordo-me que o padre assistia o bispo no desempenho de seu cargo.

Com o significado de “ver, presenciar, estar presente, observar, acompanhar com atenção”, ele é transitivo indireto, com complemento preposicionado:

Vamos assistir aos jogos de tênis.

Assistimos a uma conferência de nível internacional.

V. Exa. vai assistir à ópera?

No entanto, na linguagem coloquial brasileira, ouve-se (e também se lê, até em bons autores) habitualmente o verbo sem a preposição: assistir o filme/ a minissérie/ os jogos. No caso da televisão, valem as duas regências, já consagradas pelo uso (e anotadas por Celso Luft): assistir à TV ou assistir TV:

Aqui em casa todos gostam de assistir (à) televisão.

Sempre assistimos a (à) TV Futura.

Nesta segunda acepção, usa-se a ele/a ela (e não “lhe”) quando o complemento é um pronome pessoal:
Não posso dizer como andam as corridas de touros, pois não assisto a elas há muito tempo.

Fonte: linguabrasil.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom

Dicas de Português: ASTERISCO ou ASTERÍSTICO?

  1. Como devemos dizer: ASTERISCO ou ASTERÍSTICO?

Eis aí uma dúvida fácil de resolver. ASTERISCO (sinal gráfico em forma de estrela) é o diminutivo de astro.

Ora, assim como se diz, por exemplo, CHUVISCO (diminutivo de chuva) e não CHUVÍSTICO, também se deve dizer ASTERISCO.

  1. EMPECILHO ou IMPECILHO?

Muitas pessoas dizem “IMPECILHO”, certamente por associarem essa palavra com o verbo “IMPEDIR”

O correto, entretanto, é “EMPECILHO”, que é da mesma família de “EMPECER”, que significa estorvar, embaraçar.

  1. Nesse inteRIM ou nesse ÍNterim?

Na língua portuguesa, a sílaba forte das palavras terminadas por “IM” é, normalmente, a última.

Exemplos: capim, jasmim, quindim, etc.

Mas ÍNterim  constitui exceção.

  1. A mercadoria custa R$ 10,00 cada ou a mercadoria custa R$ 10,00 cada UMA?

O correto é empregar a palavra “CADA” seguida de um substantivo.

Exemplos:

Foi distribuído um ingresso para cada UM.

As maçãs custavam R$ 1,00 real cada UMA.

  1. Tenho DE trabalhar ou tenho QUE trabalhar?

Qual a frase correta?

É facultativo dizer “ter de” ou “ter que”.

Houve tempo em que se discutiu muito esse assunto, mas, atualmente, as bibliografias dão validade às duas construções, e o falante pode escolher tranquilamente a que melhor lhe soar.

 

Paulo Roberto Ribeiro – ASCOM