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Game Design Lab da UFLA lança novo jogo: “Peas Vs Corn”

O Game Design Lab (GDL), grupo de estudos e desenvolvimento, disponibilizou o quarto jogo eletrônico que criou: “Peas Vs Corn”, gratuito, está hospedado na plataforma Game Jolt. O game pode ser jogado gratuitamente aqui.

Este jogo, disponível para computadores, tem como cenário um prato de comida. A personagem é o último grão de milho do prato, que está sendo encurralado por ervilhas inimigas. O objetivo é eliminar as ervilhas, evitando que elas encostem no grão de milho e tirem sua energia. O jogo possui fases infinitas.

O usuário deve utilizar, para mover a personagem, as teclas de direção do teclado. O mouse direciona a mira e também é usado para atirar. Quanto mais ervilhas são eliminadas, mais pontos o jogador faz; e, conforme as fases avançam, torna-se mais difícil eliminar as ervilhas.

“A ideia de ‘Peas Vs Corn’ nasceu no evento Game Jam, ocorrido em maio de 2016 na UFLA. Nesse evento, foi proposto um desafio para a criação de um jogo em 48 horas, com o tema ‘comida’. Só que fomos aprimorando para lançá-lo depois”, conta Caio Paiva, um dos desenvolvedores e integrante do GDL. “Apesar de ser desenvolvido para a web, pretendemos passar para mobile e disponibilizá-lo em outras plataformas”, diz Nicolas Campana, que também atuou no desenvolvimento. A equipe, composta por eles e Wilson Camilo (todos estudantes de Ciência da Computação), levou um mês no processo de criação.

O GDL existe desde 2012 e tem sede no Departamento de Ciência da Computação da UFLA (DCC). Com 29 integrantes, o grupo atua no desenvolvimento de games, eventos e organização de competições nessa área. O GDL já disponibilizou três jogos na plataforma Game Jolt e um jogo, para dispositivos Android, no Google Play. A coordenação do GDL é da professora Ana Paula Piovesan Melchiori (DCC).

Curso de desenvolvimento de jogos

A próxima iniciativa do Game Design Lab é um curso gratuito e presencial sobre Desenvolvimento de Jogos. Para participar, não é preciso ter conhecimento prévio em programação. O curso focará o design de jogos, processo de produção e desenvolvimento. Os interessados devem acessar a página do curso de desenvolvimento de jogos, onde há mais informações e o link para inscrições. O curso tem início no dia 9 de maio.

Para um dos ministrantes, Lucas Barbosa (Ciência da Computação), o objetivo do curso “é desmistificar que é preciso ser um programador. A ideia e o planejamento são mais importantes”, aponta. A gratuidade também será um fator diferencial: “No Brasil, todos os cursos são privados e há um preconceito sobre os jogos. Gostaria de mostrar como é no exterior”, comenta Lucas, que se especializou nessa área quando participou do programa Ciência Sem Fronteiras.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Mestre em Ciência da Computação desenvolveu sistema para jogo voltado ao aprendizado da Matemática

Sistema embarcado é o primeiro pedido de patente da UFLA proveniente do DCC

Willian e Adalberto Mendes, com o sistema criado.
Willian e Adalberto Mendes, com o sistema criado.

Como trabalho de conclusão do mestrado em Ciência da Computação, o técnico Adalberto Mendes desenvolveu um sistema eletrônico para o jogo Contig 60. Nesse jogo, muito utilizado para se trabalhar com o cálculo mental das operações básicas e também com expressões numéricas, os jogadores utilizam um tabuleiro e três dados, mas a invenção no DCC substitui esses objetos e otimiza os cálculos – e fornece dados aos professores.

O Contig 60 é constituído por um tabuleiro em que há 64 números, dispostos em espiral de fora até o centro, e que variam de 0 a 180. Lançando os três dados, o jogador deve formar sentenças utilizando os números desses dados e as quatro operações matemáticas básicas. Por exemplo, se caírem os dados em 2, 3 e 4, o jogador pode optar por construir números como: 3 – 2 + 4 = 5; (2+3) x 4 = 20, ou 2 x 3 x 4 = 24. Daí, deve optar por um dos resultados e marcar o número no tabuleiro. Pode ser feita contagem de pontos por meio da aquisição de números vizinhos ou a vitória pode ser dada para quem formar uma linha reta (vertical, diagonal ou horizontal) com vários números no tabuleiro.

O aparelho desenvolvido por Adalberto, durante o mestrado, contém um tabuleiro eletrônico com teclado, LEDs (didos emissores de luz), LCD (liquid crystal display) e microcontrolador. O sistema eletrônico embarcado também fornece os números de três dados, de maneira aleatória, e cabe ao usuário definir as operações mais interessantes para formular um número. Também é possível que um jogador desafie a máquina.

Adalberto aponta algumas vantagens do sistema: “Por ser eletrônico, impede que sejam burladas as regras. Outra função interessante é a gravação das jogadas, que podem ser analisadas pelo professor para identificar o pensamento do aluno”. Como envolve operações matemáticas, o jogo é voltado para estudantes do 4º até o 8º ano. “O Contig 60 exige muito exercício mental e raciocínio inverso. Para vencer, o jogador deve fazer muitos cálculos a fim de encontrar números próximos no tabuleiro, e também para impedir que o adversário forme sequências”. De acordo com pesquisas sobre o jogo, durante a partida o estudante desenvolve processos de estimativa, cálculo mental, tabuada, probabilidade, lógica e direcionalidade.

Pedido de patente

Adalberto e o seu orientador, professor Wilian Lacerda (DCC), entraram com um pedido de patente ao INPI para o sistema desenvolvido e obtiveram apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica da UFLA (Nintec) para isso. “Trata-se do primeiro pedido de patente da UFLA oriundo do DCC e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação. É um marco não apenas pelo pioneirismo, como também por consolidar o mestrado como capaz de produzir inovação tecnológica”, observa o professor Wilian. A defesa de mestrado ocorreu em 2015 e o pedido de patente, em 2016, após um estudo buscando patentes similares (que não foram encontradas).

No Nintec, o apoio foi obtido desde o momento em que os inventores manifestaram interesse sobre a proteção intelectual. “Entre as etapas, analisamos e verificamos pré-requisitos para o pedido; fizemos a redação em conjunto; e procedemos o depósito da patente”, conta a gestora de Ciência e Tecnologia do Nintec, Mônica Prado. Com o depósito, a invenção está protegida e está livre para ser comercializada. Outro ponto ressaltado por Mônica é que essa aproximação com o DCC inspirou uma série de palestras no Departamento para informações e esclarecimentos sobre inovação e proteção intelectual.

 

Trabalho orientado por professores da UFLA é premiado em evento de Educação em Computação

Flaviane, João Darcy, Heitor, Diego e Paulo Henrique
Flaviane, João Darcy, Heitor, Diego e Paulo Henrique

Durante o XXIV Workshop sobre Educação em Computação (WEI), realizado de 4 a 7 de julho em Porto Alegre (RS), o trabalho intitulado “PERTool – Uma Ferramenta Educacional para Manipulação de Redes PERT/CPM” se destacou como o melhor artigo apresentado. O trabalho teve a orientação dos professores Heitor Costa e Paulo Afonso Parreira Júnior, do Departamento de Ciência da Computação (DCC/UFLA), e da professora Ana Carolina Gondim Inocêncio, da Universidade Federal de Goiás (UFG/Regional Jataí).

A pesquisa se destacou entre as 120 submetidas ao evento e trata do desenvolvimento de uma ferramenta educacional digital que permite ao usuário criar e manipular redes PERT/COM. Ela auxilia professores e alunos durante o processo de ensino/aprendizagem dos conceitos de cronogramação, um tópico da área “Gerência de Projetos de Software”. Outra vantagem da ferramenta PERTool é ser gratuita e possuir enfoque educacional. Participaram do desenvolvimento os estudantes da UFG Paulo Henrique Lima, Flaviane Sant’Anna, João Darcy Sant’Anna e Diego Bevilaqua, todos do curso de Ciência da Computação.

Para o professor Paulo Afonso, “Esse é o resultado de esforços que começaram com um trabalho de disciplina de graduação em computação. Isso demonstra que, com dedicação, é possível desenvolver bons trabalhos científicos, até mesmo durante as fases iniciais da carreira acadêmica”.

O professor Heitor considerou que “O WEI é um evento que reúne pesquisadores preocupados com o ensino de Computação, elaborando formas alternativas para isso. er um trabalho reconhecido por esses pesquisadores é muito importante, o que mostra que nós estamos no caminho para ajudar a melhorar o aprendizado em Computação”.

A professora Ana Carolina complementa: “A premiação é uma consequência do esforço das pessoas envolvidas no desenvolvimento desse trabalho, servindo como incentivo para que todos continuemos na caminhada da pesquisa científica, que auxilia muito na formação profissional que procuramos”.

O evento

O WEI é um evento anual promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), constituindo-se como um fórum de debates sobre diferentes temas relacionados ao ensino e à aprendizagem de Computação. No encontro, são realizadas apresentações de trabalhos científicos, reuniões e debates entre professores, estudantes, coordenadores de cursos e demais interessados na melhoria da educação em Computação.

Artigo: PERTool – Uma Ferramenta Educacional para Manipulação de Redes PERT/CPM

Autores: Paulo Henrique Lima Oliveira, João Darcy T. Sant’Anna, Flaviane Vicente T. Sant’Anna, Diego Bevilaqua, Ana Carolina G. Inocêncio, Heitor Costa e Paulo A. Parreira Júnior

Acesse o artigo aqui.

 

Estudante do DCC apostou na interdisciplinaridade e construiu um Globo de LEDs como trabalho de conclusão de curso

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William Machado defendeu seu TCC em 2016. O Globo de LEDs construído por ele é, em boa parte, composto por materiais reutilizados.

O bacharelado em Ciência da Computação da Universidade Federal de Lavras (UFLA) tem um projeto pedagógico que valoriza a interdisciplinaridade, para que os alunos possam ter uma formação que dialogue com outras áreas do conhecimento, favorecendo o empreendedorismo, a criatividade e a expansão dos conhecimentos. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado pelo estudante William Machado em 2016 é uma comprovação de que o intercâmbio de conhecimentos gera bons frutos. Ele construiu um Globo de LEDs, unindo saberes da Ciência da Computação, da Engenharia e da Física.

Foram oito meses de trabalho para que se chegasse ao produto final: um display luminoso esférico capaz de exibir imagens previamente programadas. A tecnologia utilizada na construção do dispositivo indica que qualquer objeto em movimento circular pode ser um veículo para a transmissão de imagens informativas e decorativas. Trata-se de um sistema elétrico-mecânico integrado a um software que possibilita a programação, pelo usuário, das imagens a serem exibidas.

Para a construção do Globo de LEDs, William utilizou um motor de corrente alternada, um arco composto por 32 LEDs, uma bateria, uma placa de circuito impresso com o microcontrolador PIC18F452 (utilizado para controlar cada LED individualmente), além de uma caixa de madeira que formou a base do objeto. Boa parte do material foi reutilizado, evidenciando que, mesmo com baixos investimentos, a criação do dispositivo é possível. “O motor, por exemplo, é daqueles que encontramos nas geladeiras domésticas. Reutilizei também cano de PVC e outros materiais”, conta

Duas das imagens exibidas pelo Globo de LEDs.
Duas das imagens exibidas pelo Globo de LEDs em funcionamento.

William.

O arco, com formato circular, é impulsionado pelo motor, girando e provocando no observador a impressão de estar vendo uma esfera.  Um microcontrolador, contendo as imagens gravadas em sua memória, está ligado à fileira de LEDs (com controles individuais, pois cada um é ligado a um pino do microcontrolador). Cada LED recebe sinais específicos para acender ou apagar em determinado momento, garantindo a formação da imagem.

Os desenhos a serem exibidos são feitos inicialmente no Excel e depois convertidos para números binários, de acordo com a coluna e a linha correspondente na matriz. São produzidos por meio do software MikroC e gravados no controlador através do gravador PICkit 2. No protótipo desenvolvido por William, cinco imagens diferentes foram programadas: além do Globo de LEDs, o  desenho de um carrinho, de um mapa-mundi e os textos “Te amo” e “UFLA.

O autor do trabalho diz que frequência a disciplinas eletivas da área de Engenharia foi essencial para que o projeto pudesse ser desenvolvido. “Essa experiência permitiu a articulação de conhecimentos de diferentes áreas e me deu subsídios para o trabalho. Foi bem difícil: precisei fazer muitos testes e corrigir erros antes de concluir. Mas depois que percebi os primeiros resultados positivos, senti-me motivado a continuar”.

William explica que o Globo de LEDs não é uma inovação, pois existem outras criações parecidas já realizadas. “No entanto, não é algo que você encontre facilmente no mercado, pronto para ser comprado. O relevante é que se trata de um protótipo que, com algumas alterações, pode ser utilizado, por exemplo, em aulas de sistemas embarcados para a programação de microcontroladores; em eletrônica; e, até mesmo, empregado como luminária, ou em estabelecimentos para exibir nomes, logotipos, entre outras utilidades”, diz.

O TCC teve como orientador o professor do Departamento de Ciência da Computação Wilian Soares Lacerda, que aponta os benefícios de um trabalho que congrega conhecimentos de diferentes áreas. “A produção do Globo de LEDs exigiu do estudante a busca por informações de eletrônica, mecânica, física e programação. É um exemplo a ser seguido. A partir dessa experiência, outros estudantes podem se sentir encorajados a buscar essa interdisciplinaridade em suas produções”.

O professor testemunhou o esforço de William para que o objetivo fosse alcançado. “Ele teve dificuldades, por precisar acionar conhecimentos completamente novos para ele, mas superou tudo e conseguiu construir um protótipo que ainda não havia sido feito na UFLA”, avalia.

Veja imagens do Globo de LEDs em movimento:

Observe, pelo Youtube, um pouco mais sobre a construção do Globo de LEDs.

Detecção automática de acidentes de trânsito e transmissão de alertas é tema de pesquisa na UFLA

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Professor Luiz Henrique (à esq.) e Thiago conduziram, este ano, os testes no câmpus da UFLA.

Segundo dados do Seguro DPVAT (seguro obrigatório de trânsito), em 2014 foram pagas mais de 52 mil indenizações por morte em acidentes de trânsito no Brasil, e quase 600 mil por invalidez. Estatísticas como essas motivam pesquisas na Universidade Federal de Lavras (UFLA) para o desenvolvimento de tecnologias capazes de ajudar a reduzir o número de acidentes automobilísticos. Uma delas permitiu a criação de um sistema que pode alertar, de forma automática, motoristas sobre acidentes que tenham ocorrido em regiões próximas de onde estejam trafegando. Com mais tempo para que os condutores reduzam a velocidade e adotem medidas preventivas, podem ser evitados engavetamentos e outras complicações. Autoridades também podem ser avisadas automaticamente, tornando possível maior agilidade na sinalização da pista e na prestação de socorro.

A proposta foi desenvolvida sob orientação do professor do Departamento de Ciência da Computação (DCC) Luiz Henrique Andrade Correia. Hoje mestre em Ciência da Computação, Thiago Carvalho Amarante trabalhou no projeto, que resultou em sua dissertação, defendida neste ano. Adaptando hardwares já existentes no mercado e desenvolvendo softwares específicos, ele criou e testou dispositivos que podem funcionar por meio de redes de comunicação capazes prover a troca de informações entre veículos e de veículos com infraestruturas fixas. Essas redes de comunicação são chamadas de Vanets (Vehicle Ad Hoc Networks).

O trabalho comprovou a efetividade da seguinte situação: o dispositivo criado, quando instalado em um veículo, identifica que ele acabou de se acidentar e emite um sinal de alerta, que poderá ser captado dentro de um determinado raio geográfico (os experimentos foram com o raio de 1 Km, mas essa extensão pode ser programada para outras dimensões). Um segundo veículo que entre nessa área (e tenha também o dispositivo instalado) receberá o sinal, podendo retransmiti-lo para outros veículos pelos quais passar. Há também a possibilidade de que os dispositivos desenvolvidos, se instalados em centrais ao longo da autopista, recebam o sinal e possam tornar o alerta disponível em sites na Internet. Todo esse sistema funcionaria por meio de Vanets.

Outros estudos já criaram aplicativos para dispositivos móveis que detectam acidentes e emitem alertas utilizando, por exemplo, mensagens de celular ou a rede 3G/4G, mas nenhum deles utiliza Vanets como meio de transmissão. A vantagem das Vanets é a comunicação mais ágil, automática. A particularidade do experimento conduzido na UFLA é que ele une a detecção automática do acidente e a emissão de alerta para outros motoristas, enquanto outros sistemas possuem apenas uma das duas funções.

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Os dispositivos e o sistema já desenvolvidos podem ser utilizados tanto na comunicação automática entre veículos, quanto na comunicação de veículo para uma central fixa.

Para testar a invenção, as simulações foram feitas no câmpus da UFLA, alcançando os resultados esperados pelos pesquisadores. O dispositivo desenvolvido, presente no carro, capta, por meio de sensores que já existem no veículo, informações que permitem identificar que o acidente ocorreu. São exemplos os sensores que apontam o acionamento do air bag ou uma desaceleração brusca do veículo. Em seguida, a transmissão do sinal ocorre de veículo para veículo, podendo também ocorrer de um veículo para uma central de monitoramento.

Se a ideia fosse colocada em prática nas rodovias, seria possível, por exemplo, que o cidadão, antes mesmo de sair para viagem, consultasse, on-line e em tempo real, a existência de acidentes em determinado trecho naquele momento. No entanto, o caminho para essa realidade não é breve.  Professor Luiz Henrique explica que suas pesquisas orientadas para esses objetivos começaram há cerca de quatro anos e continuam em andamento. “O investimento para que esses projetos se tornem realidade no país ainda é muito alto e depende de uma infraestrutura que envolveria diferentes atores da área pública e privada. Mas nosso desafio é desenvolver as pesquisas e produzir o conhecimento científico que poderá ser útil no futuro. Acredito que em até dez anos já tenhamos estruturas como essa em funcionamento”, diz.

Para Thiago, o mais importante nos resultados obtidos é o indicativo de que muitas portas se abrem a outras informações possíveis de serem transmitidas por meio das Vanets. “O trabalho é uma boa demonstração de que, por exemplo, alertas podem ser emitidos quando ocorrerem violação de semáforo ou excesso de velocidade antes de uma curva, tudo para contribuir com o aumento da segurança no trânsito”, avalia.

Atualmente, a equipe de pesquisa trabalha para tornar mais compacto o dispositivo desenvolvido por Thiago. Dois bolsistas de iniciação científica e outros dois estudantes de pós-graduação dão seguimento às atividades e evoluem nos resultados. “Há ainda um longo caminho a ser percorrido. Um dos desafios que o sistema terá, por exemplo, é o da segurança da informação. É necessário que existam meios de se garantir que a informação transmitida não seja corrompida e utilizada para fins indevidos.”

A dissertação de Thiago deu prosseguimento ao trabalho de mestrado desenvolvido por Vladimir Píccolo Barcelos, também estudante do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação. O documento esteve entre os dez mais acessados do Repositório Institucional da UFLA no mês de agosto. Esses dados são divulgados mensalmente pela Biblioteca Universitária.

Consulte a dissertação no Repositório Institucional da UFLA.

Artigo da UFLA é considerado o melhor em Simpósio Brasileiro de Qualidade de Software

Professor Heitor Costa recebe o prêmio Best Paper durante Simpósio
Professor Heitor Costa recebe o prêmio Best Paper durante Simpósio Brasileiro de Qualidade de Software

O XIV Simpósio Brasileiro de Qualidade de Software foi uma edição especial para o professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Heitor Augustus Xavier Costa, do Departamento de Ciência da Computação (DCC/UFLA) e para os ex-alunos José Natanael Reis (Ciência da Computação/UFLA), Gustavo Vale (Sistemas de Informação/UFLA). Eles são autores do artigo intitulado: “Manutenibilidade de Tecnologias para Programação de Linhas de Produtos de Software: Um Estudo Comparativo”, considerado o melhor artigo apresentado no Simpósio.

Presente na cerimônia, o professor Heitor Costa recebeu o prêmio “Best Paper“, sendo agraciado com troféu e certificado. “O prêmio foi um reconhecimento da comunidade científica de qualidade de software ao trabalho realizado e ficamos muito felizes em receber”, considerou o professor.

Luisa Hernández, estudante de mestrado em Ciência da Computação da UFLA, recebeu Menção Honrosa pela apresentação
Luisa Hernández, estudante de mestrado em Ciência da Computação da UFLA, recebeu Menção Honrosa pela apresentação

Além disso,  Luisa Hernández, estudante de mestrado em Ciência da Computação da UFLA, orientada pelo prof. Heitor Costa, recebeu Menção Honrosa na apresentação do pôster intitulado “API Recommendation System in Software Engineering na Amazon Advanced School on Software Quality”. Para a estudante, “a menção honrosa foi muito importante, pois mostra que estamos no caminho certo na realização da dissertação”.

O evento

O XIV Simpósio Brasileiro de Qualidade de Software foi realizado de 17 a 21 de agosto, em Manaus. O SBQS é um evento anual da Comissão Especial de Engenharia de Software da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e do Comitê do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade em Software (PBQP-SW). O evento tem como objetivo reunir pesquisadores, profissionais, empresários, professores e estudantes de diversas áreas, interessados em questões relativas à qualidade de software.

O simpósio também fomenta o intercâmbio de informações entre pesquisadores nacionais e estrangeiros de renome, e entre indústria e usuários, sobre o estado atual e tendências, em termos de métodos, técnicas, modelos, ferramentas de software e experiências práticas da área de Qualidade de Software. A programação inclui a participação de palestrantes convidados (keynotes), sessões técnicas (trilhas de trabalhos técnicos e de relatos de experiência da indústria), tutoriais, workshops de dissertações e de teses e outros eventos satélites.

 

Professores do DCC representaram a UFLA em Congresso realizado em Recife

Cinco professores posicionados próximo a banner do evento.
Da esq. p/ a dir., os professores: Ana Paula, Joaquim e Luiz Henrique, seguidos pelo professor da UFOP Luiz Merschmann.

Buscando atualização profissional e intercâmbio de experiências com a comunidade acadêmica e científica de outras instituições de ensino, professores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) participaram do XXXIII Congresso da Sociedade Brasileiro de Computação. O evento, organizado pelo Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco da Universidade Federal de Pernambuco (CIn/UFPE), foi realizado no período de 20/7 a 23/7, em Recife (PE).

Os representantes da UFLA no Congresso foram o chefe do Departamento de Ciência da Computação (DCC/UFLA) Joaquim Uchôa; o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, professor Luiz Henrique Andrade Correia; a coordenadora do Bacharelado em Sistemas de Informação (BSI), professora Ana Paula Piovesan Melchiori; e a coordenadora do Bacharelado em Ciência da Computação (BCC), professora Marluce Rodrigues Pereira.

A programação foi constituída por diferentes eventos paralelos, organizados em palestras, exposições de trabalhos científicos, cursos e debates. O professor Luiz Henrique, por exemplo, participou do Fórum de Coordenadores de Pós-graduação em Ciência da Computação. Os professores Joaquim, Marluce e Ana Paula participaram do  Curso de Qualidade, que apresentou novas tendências no ensino na área de Computação e destinou-se a coordenadores de curso e dirigentes. Além disso, eles participaram também do Fórum de Graduação (no qual a professora Ana Paula assumiu a coordenação das atividades), bem como do Workshop de Educação em Informática (WEI) e do Seminário Computação e Universidade (Secomu). Entre os temas debatidos nesse seminário destacaram-se a evasão em cursos de Computação, a flexibilização curricular e a inovação.

De acordo com a professora Ana Paula, a presença dos membros do DCC nesses eventos é essencial para que a UFLA esteja preparada para enfrentar os desafios do ensino da Computação. “Entre os problemas que vêm ganhando espaço nos últimos anos destaca-se o fato de que, apesar da contínua oferta de postos de trabalho na área, os cursos não têm conseguido aumentar sua demanda entre os adolescentes”, comenta.

A professora relata que durante as atividades  desse tipo de evento é possível conhecer as formas pelas quais outras instituições estão gerindo problemas que são comuns no segmento, como como a evasão, por exemplo. “Através de relatos de experiência é possível identificar quais as ações são eficazes para também aplicarmos em nossa instituição de ensino. Além disso, permite o estabelecimento de contato com outros profissionais na área de Computação, facilitando a realização futura de cooperação em projetos”.

Artigo produzido no DCC foi premiado como melhor trabalho em evento latino-americano

certificado0-dccO professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Lavras (DCC/UFLA) Ricardo Terra e o estudante de Iniciação Científica Arthur Pinto foram premiados com o Best Paper na 2ª edição da Escola Latino-Americana de Engenharia de Software (ELA-ES 2015). O reconhecimento deve-se ao artigo “Processo de Conformidade Arquitetural em Integração Contínua”.

A premiação é concedida àquele considerado o melhor artigo acadêmico submetido ao evento. “É um prêmio que demostra o reconhecimento de uma pesquisa de qualidade”, comenta Ricardo. “Arthur adaptou DCL – uma linguagem de restrição arquitetural que restringe o espectro de dependências de um software – para o contexto de Integração Contínua (CI), de tal forma que o desenvolvedor só poderá integrar o seu código fonte no repositório de versões se o mesmo não contiver nenhuma violação arquitetural, isto é, módulos se comunicando de forma não prescrita na arquitetura planejada”, explica o professor Ricardo.

A 2ª edição da Escola Latino-Americana de Engenharia de Software (ELA-ES 2015) foi realizada de 30 de junho a 3 de julho no Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O evento promoveu palestras e minicursos na área de Engenharia de Software, com a participação de conferencistas internacionais.

Confira o artigo completo neste link

Texto: Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA.

Extensão: curso oferecido pelo Peti CSI levou a informática a pessoas com mais de 40 anos

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Em cerimônia oficial, participantes do curso +40 receberam seus certificados.

Desafios como dominar o mouse, utilizar o e-mail, interagir nas redes sociais virtuais e digitar textos foram vencidos pelo grupo de 19 participantes do Projeto +40, um curso de informática promovido por estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA) vinculados ao Programa de Educação Tutorial Computação e Sistemas (Peti CSI), em parceria com o Projeto Galpão Cidadão. O público-alvo das atividades de extensão foram as pessoas com 40 anos de idade ou mais, que possuíam dificuldades na área de informática.

Foram 72 horas de atividades, desenvolvidas desde março, com encerramento oficial realizado na sexta-feira (26/6), no auditório do Centro de Educação a Distância (Cead), Câmpus Histórico da UFLA. Para o aposentado José Lázaro Pereira, que recebeu o certificado do curso durante o evento, os conhecimentos de informática se tornaram essenciais para algo que lhe traz qualidade de vida: as corridas de rua. “Para fazer inscrição nas competições e saber dos eventos que estão ocorrendo pelo país, eu já não dependo mais da boa vontade das outras pessoas”, relatou.

A cursista Vera Lúcia de Paula Santos comemora seu retorno ao mercado de trabalho, para atuação no Conselho Tutelar. Segundo ela, os conhecimentos adquiridos em informática contribuíram para essa nova conquista em sua vida. “Minha filha, quando me viu mexer no computador, confessou que achava que eu não iria conseguir. Mas ao perceber o quanto evoluí, ela me parabenizou admirada”, contou.

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A cursista Eunice Evangelista elogiou os estudantes que atuaram como professores no curso: “Eles foram anjos nas nossas vidas”.

O reconhecimento e o agradecimento pelo trabalho dos estudantes do Peti CSI que foram professores nas aulas de informática marcaram as falas dos participantes. “Eles foram anjos nas nossas vidas. Aprendi muito com este curso”, disse Eunice Evangelista. “Esses professores foram excelentes: ensinaram bem o conteúdo e tiveram extrema boa vontade conosco”, completa José Lázaro. Vera também enalteceu a qualidade do trabalho dos alunos da UFLA.

Os membros dos Peti CSI que mereceram todo o reconhecimento dos cursistas foram Anderson Teixeira Leal, Tiago de Souza Nogueira e Letícia Lopes de Castro Sena. Eles revezaram-se para ministrar as aulas, que ocorriam três vezes por semana, com duração de 1 hora e 30 minutos – foram os professores daquele grupo que tinha seu primeiro contato com informática. No entanto, também foram aprendizes durante o curso. “Foi uma grande experiência. Tivemos que adaptar o planejamento do curso à realidade do grupo e aprendemos a lidar com situações adversas”, conta Anderson.

Tiago, que antes do projeto se perguntava se realmente poderia contribuir, também comemorou os resultados. “O pouco que eu sabia foi útil aos participantes. Mas acho que aprendi mais do que ensinei”. Letícia demonstrou satisfação com a experiência: “Vocês perderam o medo de lidar com o novo, e evoluíram – nós evoluímos juntos”, disse aos participantes do curso.

A cerimônia

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Participantes do Projeto +40 reunidos em cerimônia de encerramento do curso.

Para entregar os certificados aos cursistas, reuniram-se o professor coordenador do Peti CSI, Heitor Augustus Xavier Costa; o presidente do Galpão Cidadão, Virgílio Augusto Resende Bandeira; o presidente da Câmara de Vereadores de Lavras, Cleber Pevidor e o representante da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) Jardel Maximiliano dos Santos Dias.

A expectativa por novas parcerias e pela continuidade do projeto marcou a fala de Virgílio, que agradeceu aos presentes pela disposição em participar das atividades, e ao professor Heitor, por ter sido sensível à demanda apresentada pelo Galpão Cidadão: um curso de informática que atendesse a necessidades de capacitação de pessoas acima de 40 anos. Já o vereador Cleber cumprimentou a todos os cursistas pela consciência de que não existe tempo ou limite para a busca de objetivos. “A informática parece ter o poder de rejuvenescer as pessoas, porque dá acesso a um mundo novo. Vocês buscaram essa experiência”, comentou.

O apreço pelo conhecimento também foi enfatizado por Jardel. “A informática hoje é utilizada para o planejamento de viagens, para o agendamento de consultas médicas e uma série de outras atividades do dia a dia. Vocês se propuseram a dominar essas atividades. Por isso, devem comemorar”, afirmou.

O Projeto +40 registrou alta demanda da comunidade no momento das inscrições, ao ponto de se formar uma lista de espera que garantiria a formação de mais duas turmas. Para o professor Heitor, o curso foi moldado para atender a esse público e proporcionar a inclusão digital. “Com certeza, partiremos para outras iniciativas nessa área”, avaliou. Neste momento, a equipe do projeto irá dedicar-se a avaliar os resultados para, posteriormente desenvolver novo planejamento.

Galpão Cidadão

O Projeto Galpão Cidadão funciona em um espaço cedido pela UFLA e coordenado pela Fundação Padre Dehon. O objetivo das ações desenvolvidas no local é a capacitação de jovens e adultos para o emprego, com reflexos na melhoria da renda e na promoção da cidadania.

Instituições parceiras e profissionais voluntários se empenham na oferta de cursos gratuitos à comunidade. Aulas de violão, coral, percussão, corte de cabelo e outras marcam a agenda de atividades. Cursos pontuais também são oferecidos, como os que envolvem saúde na terceira idade, alimentação materno-infantil, etc. O público beneficiado vem de diferentes regiões da cidade.

Grupos e profissionais da UFLA, assim como da comunidade, que queiram estabelecer parcerias com o Galpão Cidadão para desenvolverem projetos que auxiliem na capacitação profissional podem entrar em contato pelo telefone (35) 3821-4432.

Ex-aluna da UFLA está entre os três brasileiros aprovados em 2015 para estudar em Universidade na Nasa

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Ex-aluna do DCC/UFLA, Bianca Alves de Almeida.

Das 80 vagas disponíveis para o programa de estudos na Universidade do Futuro, como é conhecida a Singularity University (SU), três foram ocupadas por jovens brasileiros, entre os quais está a ex-aluna de Ciência da Computação da UFLA, Bianca Alves de Almeida, que concluiu sua graduação em 2008. Bianca partirá para os Estados Unidos no próximo mês para estudar as tecnologias de ponta do Vale do Silício e propor soluções para grandes desafios da humanidade ligados à pobreza, segurança, fome entre outros.

A SU está sediada no Parque de Pesquisa da Nasa, no Vale do Silício, e tem o apoio de líderes e organizações como Google, Genentech, Autodesk, Cisco, Kauffman, Nokia e Planet Capital. O programa será custeado pelo Google, cobrindo despesas do curso de 30 mil dólares, alimentação, material didático, traslados e estadia. Bianca permanecerá em território americano por dez semanas, onde desenvolverá competências para combinar as tecnologias exponenciais e projetar produtos e serviços capazes de responder a grandes desafios globais.

O processo seletivo pelo qual Bianca passou envolveu a produção de um vídeo, análise curricular, análise de cartas de recomendação, entrevista com o diretor do programa e produção de textos sobre empreendedorismo e inovação. Além dela, mais dois brasileiros foram aprovados. A ex-aluna da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) Mariana Vasconcelos participará do Programa com Bianca, tendo sido selecionada por outro processo – submeteu projeto a um concurso temático organizado pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap). No caso de Bianca e do outro jovem brasileiro que embarcará rumo ao Vale do Silício, a seleção foi feita diretamente pela SU.

A coordenadora do curso de Ciência da Computação da UFLA, professora Marluce Rodrigues, recebeu com satisfação a notícia sobre a conquista de Bianca. “Eu não a conheci pessoalmente, mas já soube que era uma estudante dedicada. Ficamos muito felizes ao saber do sucesso alcançado por nossos alunos. Ela é um exemplo para quem quer fazer o curso: é a evidência de que, com comprometimento, é possível obter grande destaque na área”, diz.

Bianca relata orgulho por ter estudado na UFLA e acredita que sua formação na graduação teve grande peso em algumas etapas da seleção: “Eu tive um embasamento teórico muito bom na UFLA; além disso, no meu trabalho de conclusão de curso trabalhei como temas relativos à biotecnologia e inteligência artificial, o que pode ter influenciado bastante nas análises que fizeram, já que estão relacionados à proposta do Programa”.

Nas primeiras cinco semanas na Universidade do Futuro, os participantes serão expostos às tecnologias exponenciais desenvolvidas no Vale do Silício e visitarão start ups localizadas na região, famosa por sediar empresas mundialmente conhecidas como Google, Facebook e Linkedin. Nas cinco semanas seguintes, os participantes serão desafiados a desenvolver soluções utilizando estas tecnologias exponenciais com a meta ousada de impactar a vida de 1 bilhão de pessoas em dez anos.