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Expocafé 2014 mostra inovações na cafeicultura – veja matéria da TV Universitária

EXPOCAFE-Erasmo Pereira-Ascom EPAMIG
Foto: Erasmo Pereira – Ascom Epamig

Mostrando as novidades na indústria da cafeicultura, a 17ª edição da Expocafé foi iniciada no dia 4, na Fazenda Experimental da Epamig (rodovia MG-167, em Três Pontas). O primeiro dia contou com a abertura, que reuniu autoridades municipais, estaduais e de órgãos públicos, empresários e produtores.

O pró-reitor de Extensão e Cultura da UFLA, professor José Roberto Pereira, representou a Universidade na abertura e reforçou o papel da Instituição na Expocafé devido à produção e difusão de conhecimento: “Grande parte das tecnologias expostas aqui nasceu na Universidade, por meio de pesquisas, patentes e variedades de plantas. A Universidade proporcionou o desenvolvimento do agronegócio”. O pró-reitor também lembrou que a Expocafé foi iniciada pela UFLA, idealizada pelo professor Nilson Salvador.

Hoje, a Expocafé se constitui como o maior evento de agronegócio voltado à cafeicultura no País. Reúne produtores, empresários, técnicos e demais interessados, apresentando a todos novidades do setor, desde novos cultivares até máquinas para colheitas. A organização estima que mais de 24 mil pessoas visitem a Expocafé nos três dias de realização, e que os negócios gerados ultrapassem R$220 milhões.

A 17ª edição da Expocafé é promovida pela Café Editora – empresa especializada em eventos e conteúdo na área de café –, realizada pela Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Governo de Minas, com o apoio da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Prefeitura Municipal de Três Pontas.

Foto: Bruno Lavorato – divulgação Expocafé

Serviço – Expocafé 2014

  • Dias: 4 a 6 de junho de 2014
  • Horário: 8 às 18 horas
  • Local: Fazenda Experimental da Epamig – Rodovia MG 167 – Três Pontas (MG)
  • Entrada: Gratuita
  • Informações: (35) 3821-6244 ou (35) 3821-2231 – http://expocafe.com.br/

Produtores participaram de Encontro Sul-Mineiro de Cafeicultores – veja fotos

IMG_7555Uma ampla discussão sobre a cafeicultura regional foi realizada na UFLA, durante o dia 8/5. O XVI Encontro Sul-Mineiro de Cafeicultores reuniu produtores, estudantes, pesquisadores e docentes, que assistiram a palestras sobre o mercado, problemas causados por mudanças climáticos e cuidados para a colheita.

A mesa de abertura contou com: o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo; o pró-reitor de Extensão e Cultura, professor Nilson Salvador; a subchefe do Departamento de Agricultura, professora Patrícia Duarte de Oliveira Paiva; o gerente regional da Emater-MG, Marcos Fabri Junior; o pesquisador da Unidade Epamig Sul de Minas, César Elias Botelho; o gerente do Polo de Excelência do Café, Edinaldo José Abrahão; o coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café, Mário Lúcio vilela de Resende; o professor tutor do Necaf, Rubens José Guimarães; o coordenador geral do Necaf, Felipe Lacerda Hayashi; e a secretária de Assuntos Rurais da Prefeitura de Lavras, Patrícia Goulart.

Durante a tarde, os cafeicultores participaram de um dia de campo, que ofereceu instruções sobre nutrição de plantas, pós-colheita do café, adubação nitrogenada, calagem, indução de resistência para plantas do cafeeiro e manejo de pragas.

O evento foi organizado pelo Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf), Emater, Epamig, IMA, Prefeitura Municipal de Lavras e UFLA, e contou com o o apoio do Consórcio Pesquisa Café, Pós Café, Polo de Excelência do Café, INCT Café.

InovaCafé

A assinatura da portaria de criação da InovaCafé – Agência de Inovação do Café, durante a solenidade de abertura, foi um dos diferenciais do encontro. Vinculada à Pró-Reitoria de Pesquisa, a agência congregará pesquisadores, docentes e estudantes, assim como órgãos atuantes na pesquisa e extensão em café. Desenvolver tecnologias, eventos para a promoção do conhecimento e pesquisa em rede estão entre os objetivos da InovaCafé.

O Conselho de Administração pro-tempore conta com os docentes e pesquisadores Rubens José Guimarães, Antônio Nazareno Guimarães Mendes, Edinaldo José Abrahão, Luiz Gonzaga de Castro Junior, Mário Lúcio Vilela de Resende, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga Pereira e Virgílio Anastácio da Silva.

 

Revista Coffee Science publica mais duas edições com novidades para a cafeicultura

26.04 coffee-scienceÚnica revista científica brasileira especializada em cafeicultura de publicação e distribuição gratuita, a Coffee Science chegou, neste ano, à sua vigésima segunda edição, com 244 artigos já publicados, reunindo resultados de pesquisas de várias instituições brasileiras. Nos dois últimos números (Vol. 8/nº 4 e Vol. 9/nº 1), publicados em 31/03/2014, a revista traz ao conhecimento da comunidade científica artigos originais e inéditos, como “Controle químico de broca-do-café com Cyantraniliprole”, “Pós-Café: um sistema de apoio à decisão para o cálculo do custo da pós-colheita do café” e “Qualidade das operações de preparo reduzido do solo e transplantio mecanizado de mudas de café”, entre outros.

Criada em 2006, a Coffee Science teve inicialmente publicação semestral, com 10 artigos por número, o que perdurou até 2009. Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, porém contando com o apoio do Consórcio Pesquisa Café, da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e do Polo de Excelência do Café, passou a ser quadrimestral a partir de 2010, ainda com 10 artigos científicos por número.

Segundo o editor-chefe da publicação, professor Rubens José Guimarães, em 2013 a revista passou a publicar trimestralmente, aumentando também a quantidade de artigos incluídos em cada número para 15. O professor explica que a decisão exigiu coragem, responsabilidade e comprometimento da equipe de editores executivos da Coffee Science. “Essa medida atendeu aos anseios da comunidade científica que trabalha com o café, reduzindo para menos de um ano o tempo entre a submissão e a publicação dos artigos selecionados pelos consultores Ad Hoc”, relata.

Equipe Coffee Science: De pé da esquerda para a direita: Álvaro dos Reis Cozadi, Prof. Flávio Meira Borém, Prof. Samuel Pereira de Carvalho, Prof. Antônio Nazareno Guimarães Mendes, Prof. Luiz Gonzaga de Castro Júnior, Prof. Rubens José Guimarães. Assentados da esquerda para a direita: Pesquisador Maurício Sérgio Zacarias, Pesquizadora Myriane Stella Scalco, Pesquisadora Helena Maria Ramos Alves, Pesquisador Marcelo Ribeiro Malta. Também faz parte da equipe Renata Kelly Silva Rezende, bolsista do Consórcio Pesquisa Café.
Equipe Coffee Science: De pé, da esquerda para a direita: Álvaro dos Reis Cozadi, prof. Flávio Meira Borém, prof. Samuel Pereira de Carvalho, prof. Antônio Nazareno Guimarães Mendes, prof. Luiz Gonzaga de Castro Júnior, prof. Rubens José Guimarães. Assentados, da esquerda para a direita: pesquisador Maurício Sérgio Zacarias, pesquisadora Myriane Stella Scalco, pesquisadora Helena Maria Ramos Alves, pesquisador Marcelo Ribeiro Malta. Também faz parte da equipe Renata Kelly Silva Rezende, bolsista do Consórcio Pesquisa Café.

A revista é vinculada à Universidade Federal de Lavras (UFLA) e ao Consórcio Pesquisa Café. Tem por objetivo publicar artigos originais completos que contribuam para o desenvolvimento da cafeicultura nas diferentes áreas. É indexada na Agrobase/Binagri, Agris/Caris, Biblioteca Nacional, IBICT/SEER, CAB Abstracts (CABI – Commonwealth Agricultural Bureaux International), Latindex (Regional System of on-line Information for Scientific Publication of Latin America, Caribean, Spain and Portugal), Periódica (Indice de Revistas Latino Americanas em Ciências) e SCOPUS-Elsevier and DOAJ (Directory of Open Access Journals).

A submissão dos trabalhos – que devem ser originais e inéditos – pode ser feita de forma contínua pelo site http://www.coffeescience.ufla.br, mesmo endereço onde estão disponíveis todas as edições anteriores. A versão impressa da revista tem tiragem de 500 exemplares, distribuídos para bibliotecas, universidades e instituições de pesquisa de todo o País e do exterior.

 

UFLA sediou 10º Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais – veja fotos

IMG_2816O Salão de Convenções da UFLA foi palco de um dos eventos mais importantes da cafeicultura mineira, o 10º Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, realizado no dia 9/12.

A cafeicultura mineira possui grande importância econômica e social para o estado, pois impacta fortemente os demais setores da economia mineira, movimentando desde a produção de insumos até o aquecimento do setor terciário em diversas regiões do estado. Nesse contexto, o concurso é uma oportunidade de comercialização direta para os produtores. De acordo com o coordenador do concurso, Marcos Fabri Junior, o objetivo é facilitar ao máximo a venda dos cafés especiais: os cafés vencedores de cada região produtora foram oferecidos em lotes de 10 sacas de 60 quilos; já os campeões estaduais nas categorias puderam ser adquiridos em lotes de uma saca cada.

O concurso recebeu mais de 1200 inscrições de amostras de café arábica, da safra 2013, vindas de quatro regiões de Minas: Cerrado, Chapadas, Matas e Sul de Minas. Da categoria natural foram 870 amostras; da categoria cereja descascado foram 343. Delas, 198 foram selecionadas para a final.

Na ocasião, o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, reforçou a importância do agronegócio para a economia brasileira, sendo o café o 2º produto mais importante do país: “é muita tecnologia envolvida em sua produção”, destacou.

Uma ótima notícia para os cafeicultores e para a economia foi dada pelo reitor no evento: trata-se de um acordo assinado no mês passado da UFLA com o Governo de Minas, que visa mapear todo o café do estado. O objetivo é caracterizar o produto de cada região, analisando, assim, seu aroma e sabor, relacionando-o às características ambientais, compondo, dessa forma, as melhores misturas. Os produtores terão acesso a essas informações, que facilitarão a comercialização do seu produto; o cafeicultor saberá o público exato que o seu café irá agradar e poderá trabalhar melhor a sua comercialização, buscando melhores preços nas exportações. Vale destacar que essa é uma iniciativa da UFLA e as amostras serão analisadas pelos pesquisadores da Universidade.

O coordenador do INCT-Café e professor da UFLA, Mário Lúcio Vilela Resende, também destacou a importância do café ter valor agregado para não ser apenas uma commodity, que o INCT-Café está trabalhando esta questão com o Governo de Minas.

A UFLA é um cenário muito importante para a cafeicultura mineira, tanto que o presidente da Emater-MG, José Ricardo Roseno, mencionou, em seu pronunciamento, que “não há lugar melhor para se realizar um concurso como este do que na UFLA, onde a academia, por meio dos seus cursos de graduação e pós-graduação, fornece as informações que são levadas para os produtores”, afirma Roseno.

O concurso é uma ação do Governo de Minas, através da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), coordenado pela Emater-MG, UFLA, IF Sul de Minas, INCT-Café e Faepe, com a parceria do Instituto Mineiro de Agropecuária, Sindicafé-MG, Polo de Excelência do Café e Epamig.

Vencedores regionais:

Categoria Natural/Sul de Minas

  • 1 – Geraldo Alvarenga Resende Filho (Fazenda Santana Bela Vista/São Sebastião do Paraíso)
  • 2 – Maria Simone Prock Borges (Sítio Canarinho/Campanha)
  • 3 – Maria Leonor Guimarães Corrêa (Fazenda Boa Vista/Cássia)

 Categoria Natural/Matas de Minas

  • 1 – Onofre Alves Lacerda (Sítio Forquilha do Rio/Espera Feliz)
  • 2 – Aídes Gomes Monteiro (Fazenda Ninho da Águia/Alto Caparaó)
  • 3 – Charlles Rodrigues Dornelas (Sítio Monte Alverne/Manhuaçu)

 Categoria Natural/Cerrado

  • 1 – Ruvaldo Delarisse (Fazenda Chapadão de Ferro/Patrocínio)
  • 2 – Francys Maria Delarisse (Fazenda Chapadão de Ferro/Patrocínio)
  • 3 – Érika Cristina Pires Ruiz (Fazenda Lages/Coromandel)

 Categoria Natural/Chapada de Minas

  • 1 – Primavera Agronegócios LTDA/Capelinha

Categoria Cereja Descascado/Matas de Minas

  • 1 – Manoel Protázio de Abreu (Sítio Forquilha do Rio/Espera Feliz)
  • 2 – Afonso Donizete Abreu de Lacerda (Sítio Forquilha do Rio/Espera Feliz)
  • 3 – Pedro Antônio Silva Araújo (Fazenda Carvalhinho/Lajinha)

 Categoria Cereja Descascado/Sul de Minas

  • 1 – Alexandre do Nascimento (Fazenda Movimento/Areado)
  • 2 – Luis Otávio Loureiro Pereira (Sítio da Gema/Carmo de Minas)
  • 3 – André Vilela Junqueira (Fazenda Marimbondo/Soledade de Minas)

 Categoria Cereja Descascado/Cerrado de Minas

  • 1 – Eduardo Pinheiro Campos (Fazenda Dona Nenem/Presidente Olegário)
  • 2 – Amália Ferracioli Delarisse (Fazenda Chapadão de Ferro/Patrocínio)
  • 3 – Paulo Cordeiro de Farias Piancastelli Siqueira (Fazenda Terra Alta/Ibiá)

 Categoria Cereja Descascado/Chapadas de Minas

  • 1- Cláudio Esteves Gutierrez (Fazenda Tahiti/Capelinha)
 Fotos e colaboração: Amanda Castro – jornalista

 

Vencedores do 10º Concurso Estadual de Cafés de Minas serão conhecidos na UFLA

O anúncio dos vencedores do 10º Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais será feito na UFLA. A cerimônia ocorrerá no Salão de Convenções, no dia 9 de dezembro, às 9 horas. Além da entrega dos prêmios e certificados aos finalistas, haverá uma oportunidade de geração de negócios: os produtores poderão oferecer seu café aos empresários presentes (torrefadores e representantes de cafeterias e bares).

Mais de 1200 amostras de café arábica, da safra 2013, foram inscritas, vindas das quatro regiões de café de Minas Gerais: Cerrado, Chapadas, Matas e Sul de Minas. Da categoria natural, foram 870 mostras e da categoria cereja descascado, 343. Delas, 198 foram selecionadas para a final, por meio de degustações realizadas em Lavras nos dias 8 a 10 de novembro.

Os cafés vencedores de cada região produtora serão oferecidos em lotes de 10 sacas de 60 quilos. Já os campeões estaduais nas duas categorias poderão ser adquiridos em lotes de uma saca cada. De acordo com o coordenador do concurso, Marcos Fabri Junior, o objetivo é facilitar ao máximo a venda dos cafés especiais. Os compradores poderão receber o produto já embalado em quantidades para o varejo.

“Será uma oportunidade de comercialização direta para os produtores. E os cafés estão com qualidade excepcional neste ano”, afirma Marcos Fabri. O evento é coordenado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

Com informações da Agência Minas

 

Palestra sobre certificação de café é apresentada para extensionistas da Emater-MG na UFLA

A certificação de cafés sustentáveis é um dos temas mais demandados por parte dos cafeicultores e extensionistas nos últimos anos. Dentro desse contexto, o pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Sérgio Parreiras Pereira, proferiu no último dia 4 a palestra “Certificação de Cafés Sustentáveis” no enceramento da segunda fase do treinamento em tecnologias sustentáveis para extensionistas na Universidade Federal de Lavras (UFLA).

O curso foi direcionado a 146 extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) em parceira com a Embrapa Café e o Consórcio Pesquisa Café. O treinamento contou com técnicos da empresa que trabalham nas quatro regiões produtoras de café do estado e foi apoiado por meio de convenio firmado junto ao Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Em sua apresentação o pesquisador fez uma breve preleção sobre o histórico do desenvolvimento rural sustentável, segmentação de mercado, agregação de valor, tipos e formas de certificação e ainda apresentou detalhes sobre cada um dos programas de certificação/verificação em andamento no Brasil.

De acordo com Pereira a adequação às diferentes normas e códigos vem sendo feita pelos cafeicultores. “O Brasil é o maior produtor e fornecedor de cafés certificados do mundo. Ao longo dos últimos anos os cafeicultores brasileiros têm adequado suas propriedades às diferentes normas e códigos de conduta vigentes. A demanda por cafés sustentáveis é crescente e o Brasil deve estar atento à manutenção e ampliação dessa liderança no mercado internacional”, disse.

Presente na apresentação o gerente executivo do Polo de Excelência do Café, Edinaldo José Abrahão destacou o inovador programa Certifica Minas Café. “Minas Gerais é o único estado que possui política pública voltada à certificação de café, por meio do programa Certifica Minas Café. A Emater mantém permanentemente um grupo de 40 técnicos especializados em cafeicultura e certificação junto aos extensionistas dos escritórios locais para viabilizar o programa”, explicou.

De acordo com o pesquisador Sérgio Pereira os programas internacionais de certificação e verificação tem buscado aproximação com o Certifica Minas Café. “Na Semana Internacional do Café que aconteceu em Belo Horizonte no ultimo mês, a UTZ Certified e o governo de Minas Gerais consolidaram um acordo de colaboração que consiste no alinhamento do Código de Conduta UTZ e o padrão de certificação Certifica Minas Café. Nesse mesmo evento a Associação 4C formalizou o termo de cooperação técnica com o governo de Minas Gerais visando a avaliação comparativa entre os padrões do Certifica Minas Café e 4C e, dependendo dos resultados, evoluir para outros entendimentos que venham a facilitar a obtenção da licença 4C por parte daqueles cafeicultores que já possuam o certificado mineiro”, finalizou.

Texto: Fábio Alvarenga jornalista INCT Café e Polo de Excelência do Café

 

Reitor da UFLA participa do maior evento mundial do café – Universidade é destaque em palestras e lançamento de livro

Reitor da UFLA, professor Scolforo, Governador de Minas Antônio Anastasia e o governador do espírito Santo, Renato  CasaGrande
Reitor da UFLA, professor Scolforo, governador de Minas Antônio Anastasia e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande

Ao participar da abertura oficial da Semana Internacional do Café, na manhã desta segunda-feira (9), no Expominas, em Belo Horizonte, o reitor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), José Roberto Scolforo, reafirmou o compromisso da Universidade na geração de conhecimento para amparar a profissionalização e valorização do setor que mais gera emprego e renda no Estado.

A Semana Internacional do Café está programada para o período de 9 a 13 de setembro, sediando, pela primeira vez no Brasil, a reunião da Organização Internacional do Café (OIC) que comemora 50 anos de atuação e a 8ª edição do Espaço Café Brasil. Na reunião da OIC, cerca de 300 delegados de 70 países e embaixadores estarão na capital mineira para debater a produção e os rumos do mercado cafeeiro.

No evento, Scolforo teve a oportunidade de reforçar o nome da UFLA entre chefes de Estado, como o governador de Minas, Antônio Anastasia e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande; secretários estaduais e os mais importantes representantes do setor cafeeiro. Além do reitor, a UFLA estava representada pelos professores Antônio Nazareno Guimarães Mendes e Flávio Meira Borém, convidados como palestrantes no evento. Flávio Borém teve ainda a oportunidade de fazer o lançamento do livro Handbook of Coffee Post-Harvest Technology, a versão inglesa do sucesso “Pós-Colheita do Café”.

Professor Antônio Nazareno e as perspectivas para o café
Professor Antônio Nazareno e as perspectivas para o café

A UFLA no maior evento de café do mundo

Na diversificada programação da Semana Internacional do Café, está sendo realizado o Seminário Internacional “DNA do Café 2013”, com a presença dos nomes mais relevantes da pesquisa e do mercado nacional e internacional.

No primeiro dia do evento, o professor Antônio Nazareno (ex-reitor da UFLA), proferiu a palestra “A cafeicultura da próxima década”, ressaltando os indicadores, a construção de cenários e o perfil da cafeicultura nos próximos 10 anos. Em sua apresentação, destacou os avanços e os desafios que o setor produtivo terá que enfrentar para se profissionalizar e se manter em um mercado caracterizado pela alta volatilidade dos preços.

Ainda no Seminário DNA do Café, o professor Flávio Borém participou da mesa-redonda “Competitividade na Cafeicultura”, com a apresentação da temática, “Processamento do Futuro do Grande e Pequeno Produtor”.  Ao lado dos maiores pesquisadores do mundo, Borém também terá participação na IV Conferência Internacional de Cafés Arábicas Naturais, com a apresentação da palestra “A Ciência por traz da xícara de café”.

Professor Flávio Borém e o secretário de Estado da Agricultura, Elmiro Nascimento
Professor Flávio Borém e o secretário de Estado da Agricultura, Elmiro Nascimento

Referência sem fronteiras

Se no Brasil o professor Flávio Borém é reconhecido como uma das maiores referências em ensino e pesquisa da qualidade e pós-colheita do café, nos últimos anos, os resultados de seus estudos têm ganhado o mundo. Embaixador da Universidade em diversas palestras internacionais que é convidado a proferir ao longo do ano, Borém é o único brasileiro integrante do Comitê de Normas Técnicas da Associação Americana de Cafés Especiais – SCAA.

Para marcar o processo evolutivo do reconhecimento internacional de suas pesquisas, Borém acaba de lançar o Handbook of Coffee Post-Harvest Technology, a versão inglesa do livro “Pós-Colheita do Café”, lançado pela Editora UFLA em 2010. A nova versão traz um guia sobre o processamento, secagem e armazenamento do café. O texto tem a tradução do americano Joel Shler.

Capital mundial do café

Maior evento mundial do café na capital mineira
Maior evento mundial do café na capital mineira

Durante o evento, Minas Gerais, responsável pela produção de metade de todo o café produzido no País está sendo reverenciada como a capital mundial do café. O governador de Minas, Antonio Anastasia, em seu pronunciamento, afirmou que o maior desafio é agregar mais valor ao produto, principal âncora agrícola do Estado, responsável pela metade da produção de cafés especiais no Brasil.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento, destacou que o Governo de Minas desenvolve várias ações de suporte ao setor cafeeiro, responsável por mais de 50% da produção de café no Brasil. Ele citou o programa Certifica Minas como exemplo desse avanço, incentivando as propriedades rurais mineiras a se adequar às normas internacionais de produção e também o Inventário Quantitativo e Qualitativo do Café, que será realizado pela UFLA e deverá ser um grande instrumento de valorização do produto.

Durante a abertura do evento, o diretor-executivo da Organização Mundial do Café (OIC), Robério Silva, alertou sobre a crise do setor em função do baixo preço da saca. Segundo ele, a queda acentuada dos preços cria as condições de uma nova crise, semelhante à que o setor enfrentou na virada do século. “Questões econômicas, como a volatilidade dos preços e a incertezas econômicas são motivos de preocupações há muito tempo e continuam a constituir um aspecto importantíssimo no plano de trabalho da OIC”, afirmou.

O evento é uma promoção do Governo de Minas – por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Sebrae Minas,  OIC, ministérios da Agricultura Pecuária e Abastecimento e das Relações Exteriores e Café Editora, promotora da 8ª edição do Espaço Café Brasil.

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Tese avalia o trabalho nas lavouras de café sob a perspectiva biomecânica, ergonômica e fisiológica

Professor da UFLA caracteriza a carga física de trabalho na cafeicultura do Sul de Minas

09.08 foto caféO Brasil é o maior produtor mundial de café e também um dos mais importantes geradores de conhecimentos sobre a cafeicultura, porém, os temas de pesquisas são geralmente avaliados sob perspectivas técnicas, agronômicas, econômicas ou ambientais. Tese defendida na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pelo professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Marco Antônio Gomes Barbosa, inova ao apresentar um raio-x do trabalho nas lavouras de café, identificando características da carga física de trabalho, sob uma perspectiva ergonômica.

O trabalho nas lavouras cafeeiras é caracterizado pela reunião de atividades variáveis, em geral, árduas, executadas em posturas inconvenientes, com grandes forças musculares, além do ambiente desfavorável, podendo apresentar um conjunto de riscos ocupacionais. Foi pensando nesta ótica que o professor Marco Antônio decidiu avaliar o trabalhador da cultura do café, atividade rural mais comum na região do Sul de Minas. O trabalho contou com a orientação do professor Roberto Funes Abrahão e coorientação do professor Mauro José Andrade Tereso.

Graduado em Fisioterapia e Educação Física, a ideia de Marco Antônio foi justamente caracterizar a carga física de trabalho para orientar as pesquisas e políticas públicas para a melhoria dessas condições, tanto para a qualidade de vida do trabalhador, quanto para o desempenho da produção, em especial no sistema de produção familiar.  De acordo com o pesquisador, quando as condições de trabalho são desfavoráveis, ocorre fadiga, extenuações físicas e psíquicas, diminuição do rendimento, aumento dos erros, dores osteomusculares diversas e riscos de acidentes no trabalho.

O trabalho no terreiro foi uma das tarefas avaliadas na pesquisa
O trabalho no terreiro foi uma das tarefas avaliadas na pesquisa

O estudo foi realizado em sete propriedades, com a participação de 12 trabalhadores ligadas à Associação dos Agricultores Familiares de Santo Antônio do Amparo – Força Café, localizada no Município de Santo Antônio do Amparo (MG), que se dedicam à cultura do café. Eles foram avaliados durante a realização de diferentes tarefas (adubação a lanço, adubação foliar, desbrota, aplicação de herbicida, colheita – tanto em terreno plano como em topografia acidentada, além de secagem e armazenamento).

Tecnologia facilita a avaliação

A carga física de trabalho foi caracterizada a partir de descritores fisiológicos, biomecânicos e psicofísicos, que incluíram a frequência cardíaca durante o trabalho (FCT), a carga cardiovascular (CCV), as combinações posturais, as manifestações de desconforto e o esforço percebido. Para tanto, as tarefas foram filmadas e avaliadas com a ajuda do software CAPTIV L3000, que possibilitou a obtenção de dados estatísticos, uma análise descritiva básica das tarefas observadas, histogramas, resumo das durações das tarefas, as repetições e frequências.

Para o monitoramento da frequência cardíaca foi utilizado um frequencímetro cardíaco RS 800 cx G3, composto de um sensor transmissor, uma cinta elástica peitoral, um sensor GPS, um adaptador infravermelho e cabos para transferência dos dados ao computador, para processamento dos dados.

Além disso, era apresentado ao trabalhador um diagrama das áreas dolorosas ao final de cada tarefa monitorado, para que fossem apontadas as regiões do corpo onde sentia algum tipo de desconforto. Na sequência, complementando a análise subjetiva, foi solicitado que avaliasse o grau de desconforto que sentia em cada um dos segmentos corporais indicados no diagrama.

Resultados

As tarefas adubação foliar, adubação a lanço, secagem e armazenamento foram as que apresentaram maior exigência cardiovascular. Pela natureza da tarefa, as tarefas de desbrota e colheita apresentaram uma grande variabilidade de combinações posturais. As demais tarefas apresentaram uma menor variabilidade.

Na avaliação do conjunto de tarefas, as principais áreas de manifestação de desconforto foram as regiões dos ombros, pescoço, dorso médio e dorso inferior. Os trabalhadores destacaram a adubação foliar, adubação a lanço e armazenamento como as mais exigentes quanto ao esforço percebido.

Destaca-se que, na percepção subjetiva, os trabalhadores indicaram haver diferença significativa entre as tarefas desenvolvidas em distintas condições topográficas, considerando maior esforço para aquelas realizadas no morro. Entretanto, tanto os indicadores cardiovasculares como os biomecânicos não revelaram diferenças estatisticamente significativas entre as tarefas desenvolvidas em condição de morro e plano.

De acordo com Marco Antônio, espera-se que, além do conhecimento aprofundado das exigências físicas do trabalho da cafeicultura familiar, o projeto possa contribuir para a formulação de políticas públicas destinadas ao setor produtivo e para o desenvolvimento de novas tecnologias orientadas à minimização das dificuldades laborais e ao aumento da produtividade do trabalho.

 

 

Construção da Agência de Inovação do Café está em fase avançada

22.07 agência caféJá se encontra em estágio avançado as obras para a construção da Agência de Inovação do Café na Universidade Federal de Lavras (UFLA). O novo prédio será instalado no Setor de Cafeicultura da Universidade e vai reunir em um só local, diversas competências institucionais, favorecendo a integração e a construção coletiva do conhecimento em cafeicultura, além de otimizar a utilização de estruturas como laboratórios e equipamentos.

A proposta do projeto visa a incentivar a criação, a manutenção, o desenvolvimento e o fortalecimento de redes de pesquisa, obter produtos melhores do que a soma dos produtos que seriam produzidos de maneira individualizada. Será um espaço de desenvolvimento de inovações para a cafeicultura.

Integração de projetos – A Agência de Inovação do Café abrigará grandes iniciativas como o Polo de Excelência do Café, que integra recursos humanos, induzindo o processo de desenvolvimento competitivo sustentável do agronegócio café no estado de Minas Gerais; o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café, o INCT-Café, programa que apoia a produção do café brasileiro por meio da geração de tecnologias sustentáveis, melhorando a qualidade e a competitividade da cadeia produtiva do café; o Centro Tecnológico de Comercialização Online de Café (e-Café Brasil), uma plataforma de comércio online; o Centro de Inteligência em Mercados (CIM),que inclui o Centro de Trainee em Mercados e o Bureau de Inteligência Competitiva do Café, o Setor de Cafeicultura da UFLA, o Núcleo de Estudos em Cafeicultura (NECAF) além de ações do Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão do Agronegócio Café – Cepecafé/ UFLA.

A articulação entre o Polo de Excelência do Café e a UFLA para a execução do projeto está sendo feita desde 2008 e tornou-se possível devido ao convênio firmado entre a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sectes) e Agência Brasileira da Inovação Estudos (Finep), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) através do Programa Inova Minas.

Para o professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, assessor de Relações Institucionais da UFLA, a Agência de Inovação do Café coroa com êxito uma sequência de trabalhos iniciados em 1995 com a criação do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf- UFLA). “Desde esta época, tentamos reunir professores, pesquisadores e estudantes dos vários departamentos da universidade que trabalham com pesquisa, desenvolvimento e extensão em café. Passamos pelo projeto BIOEx, ainda na década de 90. Depois, integramos com o Consórcio Pesquisa Café; tivemos o reconhecimento do Estado de Minas Gerais com a instalação do Polo de Excelência do Café na Universidade.” explicou.

“A nossa expectativa é que o Setor de Cafeicultura do Departamento de Agricultura (DAG) e todos os setores e órgãos, ligados ou não ao Governo Federal que funcionam neste ambiente, sejam absorvidos pela Agência de Inovação, promovendo uma nova dinâmica e atuando de forma integrada no âmbito do meio acadêmico, empresarial e sociedade, impulsionando a transferência e difusão de tecnologia e geração de conhecimento.” completou.

Na visão de Ednaldo José Abrahão, gerente-executivo do Polo de Excelência do Café, a Universidade detém o conhecimento e as empresas a inovação. “Partindo do princípio da tríplice hélice, que envolve governo, universidade e empresas, só teremos inovação se estreitarmos a relação Governo, que disponibiliza recursos financeiros para a geração do conhecimento; a Universidade possui o conhecimento e as empresas demandam o conhecimento para gerar tecnologia ou inovação.”

Para ele, diversos resultados de pesquisas levam ao desenvolvimento de inovação e tecnologia. “As pesquisas não devem ficar estagnadas nas prateleiras das bibliotecas. As pesquisas precisam ser difundidas, compartilhadas e transformadas em produtos. É o retorno para a sociedade dos recursos que foram investidos para a geração do conhecimento. O Estado de Minas Gerais possui mais de 100 mil empresas (cafeicultores) que demandam o conhecimento desenvolvido na universidade e instituições de pesquisas.”

Na avaliação de Ednaldo, a Agência de Inovação vem suprir essa demanda: “existem vários departamentos da universidade que trabalham com café e a ideia da Agência é integrar todas as competências, indiferente de departamentos numa única base física, otimizando a articulações entre os participantes, favorecendo a construção coletiva e a utilização da infraestrutura”.

Investimento – A ordem de serviço que deu início à construção da Agência de Inovação do Café foi assinada no dia 19 de fevereiro de 2013, em Belo Horizonte, na Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), pelo Secretário Narcio Rodrigues. Com um investimento de pouco mais de R$ 2 milhões, sendo R$ 1,2 milhão repassado pela Finep, por meio da Sectes e R$ 1 milhão de contrapartida da UFLA, com recursos do Ministério da Educação (MEC).

Estrutura – O prédio possui aproximadamente 1500 metros quadrados de área construída em 3 pavimentos, sendo 2 andares constituídos por saguão de entrada, salas dos projetos e laboratórios multiusuários e no térreo, a garagem. A previsão para término da obra é para o segundo semestre de 2013 e a partir de Janeiro de 2014, a Agência já estará em funcionamento. Referência no Setor Cafeeiro – A Agência de Inovação do Café vai abranger diversos núcleos de pesquisa da Universidade, visando promover o desenvolvimento de inovações e a interação de recursos humanos de diferentes áreas de conhecimento, com o objetivo de tornar a cafeicultura mineira como um modelo de referência para os demais estados produtores. A ideia principal da Agência é estabelecer mecanismos de cooperação entre todas as instituições agregadas, visando à utilização compartilhada dos recursos materiais, bem como a formação e capacitação e formação de recursos humanos e indicadores sociais e econômicos.

Café em Minas e no Brasil– Minas Gerais destaca-se como o maior produtor nacional de café, sendo responsável pela metade de toda a produção brasileira. O Brasil possui um parque cafeeiro estimado em 2,3 milhões de hectares. São cerca de 300 mil produtores com uma produção, média, em torno de 45 milhões de sacas de café beneficiado. O café é fonte imprescindível de receita para centenas de municípios, além de ser o principal gerador de postos de trabalho na agropecuária nacional.

Texto e fotos: Daniela Novaes – jornalista/bolsista Rede Social do Café

 

Encontro Sul-Mineiro de Cafeicultores ocorreu na UFLA – veja fotos

SONY DSCHoje (24) é o Dia Nacional do Café e, propositalmente, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediou o 15º Encontro Sul-Mineiro de Cafeicultores ontem (23). Produtores do Sul de Minas Gerais participaram das palestras e da visita ao Setor de Cafeicultura da Universidade, para estudos sobre o panorama econômico e a busca pela qualidade do produto.

A abertura foi realizada no Salão de Convenções, com a entrega da Medalha Ouro Verde para destaques e apoiadores da produção cafeeira. Foram agraciados: o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo; o tutor do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf), professor Rubens José Guimarães (DAG); o presidente da Emater-MG, José Ricardo Ramos Roseno (representado por Marcos Fabri Júnior); o pesquisador da Epamig Gladyston Rodrigues Carvalho; e o produtor Jair de Souza, da Fazenda Novato.

Durante os pronunciamentos de abertura, o coordenador-geral do Necaf, João Marcos Lara, falou sobre o objetivo do evento, que é de aproximar o agricultor das tecnologias desenvolvidas na Universidade. Em seguida, o pró-reitor de Extensão e Cultura da UFLA, professor Nilson Salvador, apontou os avanços da cafeicultura sul-mineira advindas dos encontros promovidos nos últimos anos: “Mas ainda é preciso reduzir a dependência da importação de fertilizantes e industrializar o produto, para agregar valor no mercado”, enfatizou.

Representando o prefeito de Lavras, o vice-prefeito Aristides Silva Filho (Tide) ressaltou a importância do café como principal produto da agronomia sul-mineira e apontou o manejo tecnológico e a capacitação do homem do campo como caminhos para a valorização do produto.

Inventário do café em Minas Gerais

O reitor da UFLA, José Roberto Scolforo, enalteceu o evento como oportunidade de a Universidade beneficiar a comunidade regional. Ele anunciou um projeto de inventário do café em Minas Gerais, que será coordenado pela UFLA, em parceria com a Epamig e as Secretarias de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O projeto, que passará por 600 municípios produtores, permitirá determinar o parque cafeeiro de Minas Gerais, caracterizando o perfil dos produtores e a qualidade do café em cada microrregião. “Isso permitirá ao Estado traçar políticas públicas e realizar misturas (blends) do café que o tornarão mais competitivo. É um projeto grandioso e precisamos da parceria dos produtores e das cooperativas”, afirmou o reitor.

Além das autoridades que se pronunciaram, participaram da mesa de abertura a vice-reitora da UFLA, professora Édila Vilela Resende Von Pinho; o professor Nilton Nagib Jorge Chalfun, representando a chefia do Departamento de Agricultura (DAG); Marcos Fabri Júnior, da Emater-MG; Rogério Antônio Silva, representando a Epamig; Mário Lúcio Vilela Resende (INCT-Café); o gerente do Polo de Excelência em Café, Edinaldo José Abrahão; e o professor Rubens José Guimarães (tutor do Necaf).

A programação do encontro incluiu palestras pela manhã, com o coordenador-técnico estadual de Cafeicultura da Emater-MG, Marcelo de Pádua Felipe (panorama da cafeicultura na região), e o pesquisador da Epamig Gladyston Carvalho, coordenador técnico do Consórcio Pesquisa Café (cafeicultura em época de crise).

Na parte da tarde, os produtores visitaram o Setor de Cafeicultura, passando por estações para demonstração de resultados nas áreas de: Pragas, Doenças, Certifica Minas, Novas Cultivares e Qualidade Pós-Colheita. O Necaf também fez a apresentação de resultados de pesquisas.

Cafeicultura na UFLA

A região sul do Estado destaca-se pela liderança em produção, qualidade do produto e por ser referência em pesquisa e na formação de profissionais qualificados para o setor. A UFLA é reconhecida nacional e internacionalmente pela atuação do Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão do Agronegócio Café (Cepecafé), responsável por um arrojado programa de pesquisa, com mais de 100 professores e pesquisadores de diferentes departamentos, atuando em diversas áreas do conhecimento. A Universidade também é sede do Polo de Tecnologia em Qualidade do Café, Polo de Excelência do Café e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT/Café).

O evento conta com o apoio do INCT/Café, Polo de Excelência do Café, Consórcio pesquisa Café, Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Associação Nacional de Defesa vegetal (Andef) e Núcleo de Estudos em Pós Colheita do Café (Pós-Café).

Solenidade de Abertura

Fotos: Mateus Lima

Dia de Campo

Fotos:  Marina Botelho