Ufla amplia sua inserção internacional

Em recente visita ao Canadá, o professor José da Cruz Machado, atual diretor do Escritório de Assuntos Internacionais da Ufla, teve a oportunidade de tratar da renovação de mais um Acordo de Cooperação acadêmico-cientifico, em nível Institucional, desta vez com a Universidade de Guelph, uma das mais qualificadas Instituições daquele país, detentora de reconhecimento internacional pelas suas importantes contribuições em áreas de biotecnologia, ecologia, segurança alimentar, engenharia e inúmeras outras de grande interesse da Ufla.

Durante sua visita, reuniões e encontros foram realizados com setores estratégicos daquela Instituição, incluindo encontro com o diretor de Cooperação e Relações Internacionais. O novo termo de cooperação da Ufla com aquela Universidade encontra-se em fase de elaboração entre os setores responsáveis por este assunto em ambas Instituições, havendo expectativa de assinatura do mesmo pelos respectivos reitores ainda neste semestre. Com o Acordo, diversos setores da Ufla poderão ser beneficiados de diversas formas, principalmente no que tange a atividades de pós-graduação e graduação, com a realização de intercâmbios em ambos os sentidos. Oportunidades estão sendo criadas para a aproximação de grupos de pesquisa em áreas de interesse mútuo.

Mais detalhes sobre a Universidade de Guelph, podem ser obtidos em consulta ao site: www.uoguelph.ca ou dirigir-se diretamente ao ESAI na Ufla: esai@ufla.br .

Notícias sobre esses acordos e outros temas de natureza internacional podem ser também acompanhadas pelo site do Escritório na página da Ufla.

Ex-aluna da Ufla defende tese de doutorado no Canadá

Cibele Ferreira Machado acaba de defender sua Tese de Doutorado, intitulada: “Expressão gênica durante e após germinação de sementes de tomate em diferentes estádios de maturação (Gene expression during germination and post-germination of dried and non-dried.developing seeds of tomato)”. Cibele iniciou seu curso de Doutorado em 2002, na Universidade de Guelph, no Canadá, após realizar curso de Graduação em Engenharia Florestal na Ufla(1996-2000) e Mestrado na ESALQ, Piracicaba (2000-2002).

Trata se de estudo que focaliza diversos aspectos da qualidade de sementes de tomateiro em relação ao processo de secagem em diversas fases de seu desenvolvimento. Neste trabalho, que contou com a orientação acadêmica do professor Dr. Derek Bewley, um dos mais renomados cientistas na área de sementes em todo o mundo, Cibele teve a oportunidade de utilizar avançadas ferramentas em estudos biológicos, com destaque para metodologias moleculares aplicadas a este tipo investigação. Além do apoio do governo brasileiro, na forma de bolsa e parte das taxas acadêmicas, concedidas pela Capes, este projeto contou também com recursos complementares da Universidade de Guelph e da Empresa Syngenta.
De volta ao Brasil, a recém-doutora terá a oportunidade de oferecer sua parcela de contribuição para o desenvolvimento da área biológica voltada para sementes, que é uma das áreas mais carentes e estratégicas para o crescimento e sustentabilidade da Agricultura brasileira.

Com a realização deste curso deu se início a uma fase de intercâmbio entre alguns setores da Ufla e daquela Instituição canadense. Segundo professor José da Cruz Machado, atual diretor do Escritório de Assuntos Internacionais da Ufla, que esteve presente nas solenidades de defesa de Cibele, a renovação de um Acordo de Cooperação mais amplo e duradouro entre a Ufla e a Universidade de Guelph encontra-se em apreciação neste momento devendo ser o mesmo concretizado ainda neste semestre.

Reitor da FURG representa Andifes em Seminário de Acesso ao Ensino Superior

O reitor João Carlos Brahm Cousin (FURG) representa a Andifes, na tarde de hoje (04/06), no “Seminário de Acesso ao Ensino Superior”, que acontece no Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O evento termina na próxima quarta-feira (06/05) e tem a intenção de promover um amplo debate sobre o vestibular, avaliando sua forma de aplicação e seu aspecto pedagógico.

João Carlos Cousin participa como debatedor na mesa redonda “Reforma do Ensino Superior: Financiamento dos Processos Seletivos”. Também estarão discutindo o assunto a professora Betânia Leite Ramalho (UFRN) e o procurador federal, Eduardo Melo. A professora Verbena Moreira S. de Souza Lisita (UFG) será a mediadora. A mesa redonda debaterá especificamente o financiamento dos processos seletivos.

O evento reúne as Comissões do Concurso Vestibular das Universidades Públicas e Privadas de todo o país, sendo uma integração de três outros seminários realizados nas cinco regiões brasileiras: o XXXI Seminário de Acesso ao ensino superior das universidades do norte e nordeste (SAESSUN), o XI Seminário de acesso ao ensino superior das universidades do centro-oeste (SAESCO) e o III Seminário de Acesso de Ensino Superior das universidades Sul e Sudeste (SAESSUSE).

Durante os três dias do evento serão realizadas cinco mesas-redondas, formadas por profissionais de universidades de várias regiões do país e de universidades do Chile (USACH) e da Argentina (UNER). O encontro também conta com a participação de membros do MEC e da Procuradoria Geral.(Com informações da Assessoria de Comunicação da UFSC)

Servidores técnico-administrativos da Ufla deflagram greve

Os servidores da Universidade Federal de Lavras (Ufla), em Assembléia Geral Extraordinária realizada, hoje, dia 04/06/2007, no Salão de Convenções deflagraram Greve por tempo indeterminado.

Dentre as reivindicações a categoria luta em Defesa da Universidade Pública; Liberação das IFES das amarras impostas pela centralização das decisões sobre recursos humanos no MPGO; Ampliação dos cursos noturnos em todas as áreas de conhecimento; Compromisso, do MEC, em submeter à discussão com os Reitores e as entidades representativas da comunidade, qualquer projeto de alteração da legislação que se relacione com a autonomia ou seu exercício.

E também, pelo estabelecimento de Garantia da implantação da 2ª etapa da Carreira: Incentivo de Qualificação e Níveis de Capacitação; Aplicação de, no mínimo, 1% (hum por cento) da folha de pagamento na Capacitação dos Profissionais da Universidade; Suspensão imediata do processo de terceirização e de contratação temporária em curso e a instalação de mesa de discussão sobre o tema; Adoção do regime de trabalho de 30 horas semanais, sem redução salarial, agregado ao funcionamento em turnos, garantindo a ampliação dos nossos serviços e uma maior satisfação dos nossos usuários.

Os servidores lutam por liberação de vagas de técnico-administrativo para concurso público, com vistas à reposição da força de trabalho nas IFES; Manutenção do pagamento dos aposentados vinculados à folha geral de pagamento do pessoal das Universidades; Manutenção do tratamento isonômico e paritário; Extensão de todos os direitos e benefícios, como, por exemplo, o auxílio alimentação aos aposentados e pensionistas.

A próxima Assembléia Geral foi agendada para o dia 6 de junho, às 9 horas, no Salão de Convenções. Na pauta, discussão sobre a avaliação do movimento nacional e formação do Comando de Greve.

Mais informações: (35) 3829-1169

Professsor Magno Ramalho recebe, hoje, o maior prêmio nacional de ciência

A cerimônia de entrega do prêmio será realizada em São Paulo/SP, hoje, dia 4/6/2007, onde os vencedores receberão um troféu e uma premiação especial pela qualidade e eficiência da participação.

O professor e pesquisador do departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Magno Antônio Patto Ramalho é o ganhador do prêmio Fundação Conrado Wessel – FCW 2006, categoria “Ciência Aplicada ao Campo”, concedido a personalidades que atuam em Ciência Tecnologia e Inovação.

O “Prêmio Fundação Conrado Wessel” é destinado à personalidade ou entidade de reconhecimento nacional no campo da Arte, Ciência e Cultura, mediante critérios e normas estabelecidos em regulamento específico pela Diretoria Executiva e pelo conselho Curador da Fundação.

O perfil dos premiados em Ciência e Cultura, na visão da FCW, revela qualidades de talento inovador, liderança, abrangência social, trabalho incansável, integridade e ética.

Na Ciência, o prêmio contempla cinco modalidades: Ciência Geral, Ciência Aplicada à Água, Ciência Aplicada ao Campo, Ciência Aplicada ao Meio Ambiente e Medicina. As modalidades se distinguem pelo objetivo do cientista ou da entidade premiada, valendo a característica predominante, mantido o entendimento da Comissão Julgadora.

Indicado a essa premiação pelo Reitor Antônio Nazareno Mendes, em fevereiro de 2007, o professor Magno Ramalho foi vencedor da categoria Ciência Aplicada ao Campo e se destacou, principalmente, pelos trabalhos de melhoramento genético do feijoeiro.

“Um prêmio deste nível é como se fosse uma coroação de um trabalho de 36 anos em prol da Ciência brasileira!”, comenta o professor Magno.

Os concorrentes ao prêmio foram analisados por uma comissão julgadora, composta por representantes da Academia Brasileira de Letras, Fapesp, Capes, CNPq, SBPC, dos Ministérios da Agricultura, Ciência e Tecnologia, Cultura, Educação, Meio Ambiente e Saúde, do Comando da Marinha e da Secretaria de Aqüicultura e Pesca.

Sobre a premiação
O prêmio foi criado em 2002, com o objetivo de incentivar atividades relacionadas a Arte, a Ciência e a Cultura, ganhando abrangência nacional. Para a Fundação esta premiação corresponde ao que de mais nobre se pode pensar para o Brasil: “o incentivo à Ciência, âncora do desenvolvimento nacional, o incentivo à Cultura, raiz do bem estar social e da paz mundial, o incentivo à Arte, veículo da perfeição espiritual”.

Segundo o reitor, prof. Antônio Nazareno Mendes, “é importante que o mérito daqueles que se dedicam à ciência com competência, liderança, integridade e ética seja reconhecido, como é o caso do prof. Magno. É um notável pesquisador na área de genética e melhoramento de plantas, com expressiva contribuição ao desenvolvimento do agronegócio brasileiro nas últimas décadas, inspirando-nos com seu estímulo e motivação nos trabalhos de melhoramento vegetal, particularmente aos nossos estudantes de graduação e de pós-graduação”.

Biografia
Magno Antônio Patto Ramalho, natural de Ribeirão Vermelho/MG, Engenheiro Agrônomo pela Ufla, mestre e doutor pela ESALQ/USP, é um apaixonado pela pesquisa e pela docência. Professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla) desde 1971, já recebeu várias distinções e honrarias: Medalha de Honra como 1º colocado da turma de Agronomia da Esal, em 1970; Patrono da turma de Agronomia da ESAL em 1986; Homenagem da Comunidade Esaliana nas comemorações dos 85 anos de Fundação da Instituição em 1993; Prêmio Mérito Faepe – Categoria Ensino, em 1995; Homenagem da Revista Ciência e Prática por ter sido autor com maior número de artigos publicados no período de 1977 a 1995, Mérito Universitário pela Ufla em 2006, entre outros.

O professor Magno participou de mais de 60 bancas de trabalhos de conclusão e publicou 12 livros ou capítulos, participou de 139 eventos científicos e 212 artigos em Revistas Científicas, orientou mais de 70 dissertações de mestrado e 30 teses de doutorado.

Nesses 36 anos de dedicação à Ufla, o professor Magno tem marcado sua atuação pela capacidade de ensinar, de buscar novos conhecimentos e de coordenar projetos de pesquisa.

Conheça a Fundação Conrado Wessel: Incentivo à Arte, à Ciência e à Cultura e apoio a entidades filantrópicas pelo site: www.fcw.org.br

Faculdades privadas devem R$ 11 bilhões à Receita

BRASÍLIA – As dívidas das instituições privadas de ensino superior junto à Receita Federal somam cerca de R$ 11 bilhões, dos quais 70% (R$ 8,3 bilhões) referem-se a contribuições previdenciárias em atraso. Foi o que o secretário-adjunto da Receita Federal, Paulo Ricardo Cardoso, informou nesta quarta-feira, 30 de maio, à Comissão de Educação e Cultura, durante audiência sobre o Projeto de Lei 920/07. O projeto, de autoria do Executivo, amplia as possibilidades de regularização fiscal das instituições participantes do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

O Projeto de Lei 920/07 permite a quitação de débitos fiscais já inscritos na dívida ativa, usando os certificados de valor (títulos públicos) recebidos em contrapartida às bolsas de estudo concedidas. Atualmente, esses certificados só podem ser usados para pagar débitos fiscais e previdenciários correntes, isto é, ainda não inscritos na dívida ativa. O objetivo do governo é fortalecer o Fies e elevar as possibilidades de acesso ao ensino superior.

Segundo Paulo Ricardo Cardoso, do total da dívida de R$ 11 bilhões, apenas R$ 1,4 bilhão foi parcelado para ser pago, e não há previsão de pagamento do restante. Dos R$ 8,3 bilhões referentes às contribuições previdenciárias, apenas R$ 278 milhões foram parcelados.

O procurador-geral da Fazenda Nacional, Luis Inácio Lucena Adams, revelou que os débitos inscritos na dívida ativa alcançam R$ 494 milhões. São 1.107 inscrições, relativas a 372 diferentes instituições de ensino superior privado.

Por sua vez, o vice-presidente de Operações de Crédito da Caixa Econômica Federal (CEF), José Humberto Maurício de Lira, informou que o estoque de recursos financeiros destinados a bancar o Fies é de R$ 980 milhões, dos quais R$ 82 milhões oriundos do Orçamento da União; R$ 343 milhões da própria CEF, retirados da receita das loterias; e R$ 555 milhões da retro-alimentação do Fies, ou seja, os recursos referentes ao ressarcimento dos créditos antes concedidos.

Durante a audiência, o relator do PL 920/07, deputado Rogério Marinho (PSB-RN), sugeriu que os R$ 494 milhões inscritos na dívida ativa sejam aportados diretamente ao Fies. Também recomendou que os alunos com contrato do Fies possam começar a amortizar o principal da dívida somente a partir do 25º mês após a conclusão do curso. Atualmente, é a partir do 13º mês. As autoridades presentes comprometeram-se a estudar a proposta, mas advertiram que ela apresenta dificuldades para ser implementada.

O vice-presidente da CEF, José Humberto Maurício de Lira, por exemplo, explicou que a ampliação da carência provocaria atraso no retorno financeiro do programa, obrigando a redução da concessão de novos financiamentos nos semestres subseqüentes.

Ao encerrar a reunião, o presidente da comissão, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), afirmou que o projeto representa um ‘ato de coragem do governo’, e comparou-o ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis). Também participaram da audiência pública representantes da Fazenda Nacional, Maria Carmosita Maia, e do Tesouro Nacional, Gustavo Lobo.

Seminário sobre Universidade Nova

A Reitoria da Universidade Federal de Lavras (Ufla) convida todos a participarem do seminário que discutirá a proposta de reestruturação da arquitetura curricular dos cursos de graduação, conhecida como ‘UNIVERSIDADE NOVA’.

O evento contará com a participação de convidados da UnB e do Confea e será realizado no Salão de Convenções da Ufla a partir das 13h00 do dia 13/6/2007.

Participe!

Chamada para a apresentação de trabalhos no Conex

No período de 22 a 26 de outubro de 2007, será realizado o III Congresso de Extensão da Universidade Federal de Lavras (Ufla) – III CONEX que faz parte da programação da I Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão em comemoração aos 100 anos da Ufla. Com o tema “Extensão Universitária e Desenvolvimento Sustentável”, o Congresso contará com a seguinte programação: 1) Conferências; 2) Minicursos; 3) Mostras e Clínicas Tecnológicas; 4) Experiências Comunitárias; 5) Oficinas e Apresentações Culturais; 6) Diálogo de Concertação e 7) Apresentação de Trabalhos de Extensão.

A Comissão Organizadora (Proex) convida docentes, técnicos e estudantes da Universidade Federal de Lavras e de outras Instituições para participarem da Apresentação de Trabalhos de Extensão. As inscrições já estão abertas e a chamada dos trabalhos está disponível no site: www.proex.ufla.br

Frente parlamentar em Defesa da Vida será reinstalada na ALMG

Será relançada, hoje, segunda-feira (4/6/07), às 20 horas, no auditório da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e Contra o Aborto. Os deputados Eros Biondini (PHS) e Célio Moreira (PSDB) foram co-autores do requerimento que solicitaram o relançamento e serão os coordenadores da frente. ‘O aborto é um crime; a prevenção não é somente uma questão religiosa, é também moral e ética’, afirmou o deputado Cèlio Moreira. Eros Biondini é da mesma opinião: ‘A luta contra o aborto é uma bandeira que levantamos explicitamente e que se encaixa também na defesa da vida’.

Na opinião do deputado Eros Biondini, a vida, que é o bem maior de todo ser humano, vem sofrendo ataques contínuos através de inúmeras formas de violência, abortos, morte de anencéfalos, recém nascidos abandonados pelas próprias mães, crianças exploradas pelos próprios pais e abandonados nas ruas. ‘O relançamento dessa frente, com certeza, mobilizará vários segmentos da sociedade. É o grande marco do primeiro semestre deste início de mandato’, observou o deputado.

O deputado Célio Moreira lembrou que o direito à vida e à dignidade humana é um princípio consagrado internacionalmente, e vem sendo reafirmado ao longo dos séculos. ‘A Constituição da República de 1988 é nitidamente a favor da vida, ao inserir como cláusula pétrea o seu artigo 5º, que define como garantia fundamental a inviolabilidade do direito à vida’, observou o deputado. Para ele, a luta contra o aborto provocado é uma questão de ética, já que todos os seres humanos, independentemente da sua idade, ou de qualquer outra condição, dever ser tratados com dignidade.

O desafio da qualidade

O principal desafio de uma universidade é a qualidade. A qualidade do produto acadêmico. Qualidade da pesquisa e qualidade do ensino – a da extensão é decorrente das duas primeiras, na medida em que esta não deve ser assistencialismo, mas modalidade de formação em relação direta com a sociedade.

O fundamento da qualidade é o preparo e a competência dos atores do mundo acadêmico: professores atualizados em seu campo de conhecimento, inovadores e comprometidos com um projeto socialmente relevante de educação; técnico-administrativos capacitados na gestão universitária, do planejamento ao controle e eficiência dos processos; e alunos interessados em estudar e aprender, com envolvimento participativo. Tudo isso requer uma cultura acadêmica desenvolvida e aberta aos desafios delineados nos horizontes da contemporaneidade. Valores, projetos e tipos de ação coerentes com os objetivos institucionais mais exigentes e avançados.

Na moldura da universidade pública brasileira, este salto implica na transferência do foco dos investimentos político-institucionais das eleições para a gestão colegiada. Não que as conquistas do movimento docente – eleições diretas para dirigentes – não sejam importantes e não continuem a cumprir a sua finalidade democrática. O fato é que os tempos são outros, este valor já está consagrado na cultura universitária nacional, e a nova agenda, que é a busca da qualidade, exige, agora, inovação na arquitetura da gestão.

A construção de uma universidade sintonizada com as exigências e desafios do tempo presente, e apta a enfrentá-los, envolve a superação da fragmentação, do corporativismo e do individualismo acadêmicos. A necessidade de se resgatar a integridade dos campos de saber (interdisciplinaridade), ofuscada, nas últimas décadas, pela crescente especialização; a constatação da obsolescência do conhecimento ter deixado de ser um acidente para se tornar um fato esperado e, mesmo, programado; a crescente sofisticação dos recursos tecnológicos, tudo isso obriga a uma transformação profunda do ethos tradicional da academia brasileira, desafiada a cumprir novas funções, a exemplo da educação continuada, da pesquisa de ponta e a formação para a cidadania solidária.

O aumento da complexidade dos desafios postos pela dinâmica social hodierna, as exigências dos novos patamares de interatividade e o crescimento das redes de cooperação em escala planetária são fenômenos que alteram medularmente o tempo acadêmico, a lógica da relação professor-aluno e o espaço e a forma em que se desenrola o exercício da aprendizagem. Não é mais possível enfrentar a nova agenda com as estratégias e procedimentos tradicionais e obsoletos de gestão – tecnologias e mentalidades. Urgem sistemas computacionais adequadamente programados para circular as informações estratégicas e espaços mais públicos e partilhados de cooperação e comunicação: em nível interno à Instituição e em nível externo, na relação desta com outros agentes e atores sociais.

Não será a forma de eleição ou a fórmula de composição de colegiados e conselhos universitários que, em si, assegurarão essa transformação. O mais difícil é organizar ambientes adequados para a germinação de projetos e ações coletivamente partilhados, em vista de objetivos acadêmicos comprometidos com os interesses republicanos e nacionais mais legítimos e com lastro de qualidade.

A Universidade precisa estar aberta ao mundo, à sociedade, ao seu tempo. Os problemas da contemporaneidade são imensos e infinitos. Há muito que pensar, refletir, experimentar, sugerir, realizar. Novos paradigmas educacionais se impõem. Perfis profissionais de inéditos caracteres. Inovação em todas as áreas da atuação humana. Não há mais tempo para perder.

Diante das exigências da história não se pode brincar. Ou construímos Universidades com “U” maiúsculo, aptas ao enfrentamento dos desafios cognitivos crescentes do mundo contemporâneo, ou não se sai do lugar, não se vai a lugar nenhum, não se ilumina o futuro. A conhecida advertência de Ortega Y Gasset continua válida e mantém o seu poder de interpelação: “uma instituição em que se finge dar e exigir o que não se pode exigir nem dar é uma instituição falsa e desmoralizada”.

Sim, não se pode brincar! A superação do populismo e da demagogia em favor do mérito e da qualidade se anuncia, assim, como a nova palavra de ordem da universidade brasileira. A hegemonia desses novos valores é o único antídoto contra a obsolescência e a mediocridade dos chavões de sempre.

Universidade Federal de Lavras