Atração em queda

Correio Braziliense, 17/09/07

Priscilla Borges

Estatísticas revelam redução no número dos alunos de escolas públicas que se interessam em ingressar nas universidades federais e estaduais

A universidade pública não faz parte das prioridades dos estudantes que terminam a educação básica na escola pública. Essa é sensação de quem convive no ambiente escolar — professores e alunos —, confirmada pelos números colhidos nos processos seletivos de diversas instituições do país nos últimos dois anos. As estatísticas revelam que a quantidade de jovens que solicitam isenções das taxas de inscrição nos processos seletivos, que são destinados a egressos de escolas públicas e estudantes de baixa renda, caiu. Diminuiu também o número de inscritos que concluíram o ensino médio em colégios da rede.

Das 65 mil isenções de taxa de inscrição oferecidas pela Universidade de São Paulo (USP) em 2007, apenas 31.805 foram preenchidas. Podem fazer essa solicitação os alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas com renda familiar de, no máximo, R$ 456. Dos 41.493 jovens que se encaixavam no perfil, apenas 31 mil se inscreveram no vestibular. A Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) ofereceu, no mesmo período, 32.611 isenções. Desses, 24.122 eram destinadas a alunos do 3º ano do ensino médio da rede estadual. A Unesp firmou um convênio com a Secretaria de Educação de São Paulo e destina duas isenções para cada classe de 3º ano da rede. Ao todo, 21.581 estudantes se interessaram pelo benefício. O restante das isenções foi distribuído entre jovens de baixa renda (5.254) e de cursinhos comunitários (1.723).

A Universidade de Brasília (UnB) também apresentou queda no número de pedidos para o não-pagamento da taxa de inscrição, que custa R$ 80. Para o primeiro vestibular de 2006 e a 3ª etapa do Programa de Avaliação Seriada (PAS), 8.383 candidatos fizeram a solicitação. No ano seguinte, o número caiu para 4.913. Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 5.090 estudantes pediram para não pagar a taxa de inscrição do vestibular de 2007. Para a seleção de 2008, foram apresentados apenas 2.593 pedidos.

A quantidade de egressos da rede pública que se inscreve nos vestibulares das universidades públicas também está menor. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde esses estudantes têm 30 pontos somados à nota final desde 2005, o número de candidatos de colégios públicos subiu de 15.854 (em 2004) para 18.338 (34,1% do total) no ano de criação do programa. No ano seguinte, porém, a participação caiu para 31,3% (15.534 alunos). Em 2007, houve mais uma queda: 14.630 estudantes da rede se candidataram às vagas (29,1%).

Trabalho X estudo

Para os especialistas, é preciso estudar a fundo o que acontece com os jovens brasileiros. Mas eles levantam algumas hipóteses para explicar o desinteresse dos estudantes, como a necessidade de trabalhar, a falta de estímulo e de preparo para encarar vestibulares difíceis e concorridos e a criação do Programa Universidade para Todos (ProUni). “O ProUni não é solução ideal, mas é importante porque coloca imediatamente mais jovens no ensino superior”, comenta a pró-reitora de graduação da USP, Selma Garrido.

Na opinião do pró-reitor de graduação da Unifesp, Luiz Eugênio Moraes Melo, há jovens que deixam de fazer os vestibulares das públicas porque não acreditam que serão aprovados. Mas, para ele, a maioria dos estudantes não quer mesmo é abrir mão de trabalhar. “O Brasil é um país pobre. Não basta deixar de pagar mensalidades ou a taxa de inscrição. Eles precisam de recursos para viver durante o período de estudo”, avalia.

POR QUE A UNIVERSIDADE PÚBLICA NÃO É MAIS PRIORIDADE PARA VOCÊ?

“Porque vi que é muito difícil passar no vestibular. Depois, os alunos ainda enfrentam muitas greves. Fiz o Enem, mas ainda não estou decidida se tentarei uma vaga no ProUni. Prefiro trabalhar do que estudar porque o retorno é mais rápido. Quero fazer cursinho para prestar um concurso”

Viviane da Silva Ferreira, 19 anos, pretende se dedicar a concursos públicos

“Os vestibulares das faculdades particulares são mais fáceis. Só me inscrevi no PAS por pressão da minha mãe. Há instituições privadas que são boas e não enfrentam greves. Quero montar uma empresa de informática com meus irmãos e só depois de estabilizado é que penso em cursar uma graduação. ”

David Tavares Rodrigues, 19 anos, sonha em montar o próprio negócio

“Não dá trabalhar e estudar quando o curso é em instituição pública e eu preciso trabalhar. Além disso, acho que falta infraestrutura, laboratórios e equipamentos na universidade pública para muitos cursos. Nesse ponto, as particulares são vantajosas”

Mara Camila de Camargos, 18 anos, não vai se inscrever no vestibular da UnB

“Porque quero entrar mais rápido no mercado de trabalho e tenho receio de que as greves me atrapalhem. Penso em fazer um concurso. Vou tentar uma bolsa no ProUni e me inscrevi no PAS, mas não estou estudando. O que a gente aprende na escola é muito diferente do que é cobrado no vestibular”

Orlando Marley Filho, 17 anos, gostaria de poder estudar e trabalhar ao mesmo tempo

“Quero ter minha independência, passar em um concurso público e depois estudar por prazer. Tenho medo de enfrentar a mesma situação que vivo na escola pública: às vezes, venho para a escola e não tenho aulas porque faltam professores. Os alunos da rede pública tem outras opções ”

Murilo Fauth Pereira, 18 anos, quer seguir a carreira militar e só depois cursar uma graduação

Retorno imediato

De fato, os estudantes de escolas públicas se dizem bastante preocupados com o mercado de trabalho. Apesar de estudarem em um colégio bem cuidado e equipado com laboratórios, os alunos do Centro de Ensino Médio 1 de Brazlândia, Viviane da Silva Ferreira, 19, Simone Mendes Muniz, 19, David Tavares Rodrigues, 19, e Orlando Marley Filho, de 17, admitem que a maior preocupação deles é conseguir um emprego quando concluírem o ensino médio. Eles pretendem pagar uma faculdade no futuro, depois que já tiverem independência financeira. Orlando só tentará a UnB por pressão dos pais e não está estudando para o vestibular da instituição. “Prefiro trabalhar do que estudar. O retorno é mais rápido”, garante Viviane, que pensa em fazer concursos públicos.

David acredita que o esforço necessário para garantir uma vaga no vestibular concorrido da UnB não vale a pena. “Há boas faculdades particulares e é mais fácil entrar”, opina. Orlando comenta que grande parte dos conteúdos cobrados nas provas de seleção não são vistos na escola. Para David, o governo precisa investir mais na capacitação dos professores e aumentar os salários da categoria. O coordenador pedagógico do CEM 1 de Brazlândia, Marcelo Brito, lamenta que somente uma pequena parcela dos alunos se interesse pela vida acadêmica. “Estudar na UnB exige muito investimento do estudante, até pela distância geográfica. Eles também não se sentem empenhados em se esforçar para passar no vestibular”, comenta.

Os jovens reclamam que a estrutura da universidade não favorece quem trabalha. “Os horários não deixam que a gente trabalhe e a prioridade é minha independência”, garante Murilo Fauth Pereira, 18. Alunos de um colégio que sempre teve tradição em preparar estudantes para o vestibular, o Centro de Ensino Médio Setor Leste, ele e as colegas Mara Camila de Camargos, 18, e Hannah Leite, 17, também afastaram a universidade pública de seus planos. Os estudantes se mostram desapontados com os problemas vividos pelas instituições públicas. O medo das greves, da falta de professores e de equipamentos os fazem desistir. “Não há laboratórios suficientes em muitos cursos. É só pelo lado financeiro que a gente ainda tenta a UnB”, destaca.

Porém, com a chegada do ProUni, a dificuldade em pagar as mensalidades diminuiu. Murilo destaca que os estudantes de escolas públicas possuem opções melhores hoje. “Para quê fazer um vestibular concorrido, onde a gente precisará se dedicar ainda mais, se é possível tentar o ProUni, que oferece bolsas em boas faculdades?”, questiona.

Instituições apostam na inclusão

Várias universidades federais estão investindo em programas para facilitar o acesso de jovens de baixa renda ou afrodescendentes

Apesar dos dados negativos em relação ao número de candidatos egressos de escolas públicas que tentam uma vaga nas universidades estaduais e federais, é importante ressaltar que muitas delas lançaram programas de inclusão social nos últimos dois anos. As ações promoveram o aumento da presença de jovens da rede pública, de baixa renda e afrodescendentes nessas instituições. Mas os especialistas no assunto reconhecem: ainda é pouco.

Além das políticas de cotas, as instituições de ensino superior adotaram programas de incentivo aos estudantes que contemplam bônus nas notas para os egressos de escolas públicas — caso da USP e da Unicamp, por exemplo —, aumento da concessão de isenções de taxas de inscrição, promoção de cursos de formação continuada para professores da rede de educação básica de ensino e programas de apoio à permanência dos aprovados na universidade.

A Universidade de Brasília (UnB) e o Governo do Distrito Federal anunciaram na semana passada que todos os estudantes da rede pública de ensino do DF receberão isenção das inscrições do Programa de Avaliação Seriada (PAS) e dos vestibulares a partir de 2008. Segundo o reitor da UnB, Timothy Mulholland, o objetivo do projeto é estimular esses alunos a tentar uma vaga na instituição. “Há muitos jovens que nunca sonharam com a UnB. Queremos que eles sonhem com isso”, afirma.

Timothy reconhece que isentá-los de pagar as taxas de inscrição não é suficiente. Ele destaca que é preciso investir em políticas de manutenção do jovem na universidade e, especialmente, ampliar as vagas em cursos noturnos. Essa é uma das principais demandas dos estudantes, que desejam trabalhar e estudar ao mesmo tempo, mas ainda pouco contemplada pelas estaduais e federais.

Na USP, 85 cursos são oferecidos também no período da noite. Na Unicamp, eles são 20. Na UnB, são 15. A Unifesp promoveu uma grande expansão das vagas. Em três anos, a quantidade aumentou de 300 para 1.150 neste ano, distribuídas em três unidades e, especialmente, foram abertas vagas noturnas. “Elas foram as mais concorridas, isso mostra que é onde precisamos investir”, destaca o pró-reitor da Unifesp, Luiz Eugênio Moraes Melo.

Na opinião da professora de pedagogia da Unicamp, Maria Márcia Malavasi, existem muitos fatores que afastam os estudantes da rede pública das instituições federais e estaduais. A primeira é que muitos não conseguem levar o curso sem um trabalho, já que precisam comprar livros, custear alimentação e transporte (por muitas vezes, até a própria família). “Uma pequena parcela da população enxerga no ensino superior um horizonte para a própria vida”, pondera.

Para Jaqueline Santos Querino, 18, e João Pedro Lopes Pinto, 19, estudar é importante, mas a universidade deixou de ser a preocupação principal. Os dois ainda tentarão vagas em instituições públicas, mas garantem que não ficarão chateados se não forem aprovados. “A concorrência para entrar em uma federal é muito grande. A particular é mais fácil e a estrutura física é melhor. Ser um bom profissional depende da gente”, comenta João. “Onde eu for aprovada, está bom”, emenda Jaqueline. A jovem também pretende trabalhar o quanto antes. “Quero minha independência”, afirma a estudante.

Bolsas nas particulares

Para o coordenador adjunto do vestibular da Unicamp, Renato Pedrosa, o Programa Universidade para Todos (ProUni) teve um grande impacto na procura dos estudantes de escolas públicas pelas vagas das federais e estaduais. “Acho que só não perdemos mais candidatos por conta do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS) que iniciamos em 2005”, comenta. Os estudantes de colégios públicos passaram a ganhar 30 pontos a mais na nota final e a aprovação deles aumentou. Em 2004, foram aprovados 831 alunos (28%). Em 2005, o número pulou para 1.021 (34,1%); em 2006, voltou a cair para 969 (32%) e, em 2007, chegou a 991 (32,4%). Para os organizadores, o número tende a se estabilizar.

O mais interessante é que o número de estudantes egressos de escolas públicas aumentou em 39 dos 56 cursos da Unicamp. Em graduações como história, medicina, letras, música e ciências sociais, a quantidade dobrou. “Um dos pontos importantes para o sucesso do programa foi a divulgação feita nas escolas. No primeiro ano, havia uma demanda reprimida e por isso aumentamos o número de participantes e aprovados. Agora, a tendência é no sentido da estabilização”, analisa Pedrosa.

A Universidade de São Paulo (USP) também lançou um programa para incluir alunos de escolas públicas na instituição neste ano. Eles ganham um bônus de 3% na nota do vestibular. Com o benefício, conseguiram atingir o objetivo de colocar mais alunos com esse perfil na instituição. Em 2006, entraram 2.448 estudantes com esse perfil. Neste ano, foram 2.719. “Tenho certeza de que estamos no caminho certo. Precisamos acabar com a cultura de auto-exclusão e mostrar a esses jovens que eles podem sim entrar na universidade pública”, destaca Selma Garrido, pró-reitora de graduação da USP.

Encontro Municipal de Adolescentes ‘Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos em Rede’

O Movimento de Intercâmbio de Adolescentes de Lavras – MIAL -, o grupo da Escola Cooperativa Gralha Azul “Pensamento Legal” – PL – e a ONG Ciranda – Entretecendo Caminhos, realizará em Lavras, nos dias 21 e 22 de setembro o V EMA – Encontro Municipal de Adolescentes “Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos em Rede”.

A abertura do Encontro será no dia 21 de setembro, sexta-feira, às 19h no Instituto Gammon – Auditório “Lane Morton”. No dia 22, as atividades acontecerão na Escola Municipal Álvaro Botelho, durante todo dia.

O V EMA tem como objetivo ser um espaço onde os/as adolescentes e jovens da cidade de Lavras possam se interar dos assuntos presentes em seus respectivos cotidianos através de diferentes temáticas, como por exemplo, da Participação Social, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Sexualidade, Direitos Sexuais e Reprodutivos, Auto Estima, O Papel da Escola na Vida do/a Adolescente e Jovem, dentre outras, para que assim possam se tornar agentes transformadores de seus respectivos espaços e exercerem efetivamente seu papel de cidadãos e cidadãs com respeito, dignidade e responsabilidade.

Foram convidadas/os adolescentes e jovens das escolas municipais, estaduais e particulares do município, num total de 200 participantes acompanhados de seus respectivos educadores que irão participar de mesas redondas, salas temáticas, oficinas, dentre outras ações no dia.

O V EMA tem a parceria do Movimento de Adolescentes do Brasil – MAB – e os apoios da Coordenadoria Estadual de DST/AIDS, Instituto Gammon e Prefeitura Municipal.

Veja a programação:

21 de setembro – sexta-feira
18h00 Credenciamento
19h00 Abertura
19h45 Mesa Redonda – Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos Rodrigo Correa – Reprolatina e Presidente do MAB Raquel Campos – Coordenadora Estadual de DST/Aids Maria Vitória – Coordenadora Municipal de DST/Aids Fernanda Winter – MIAL Coordenador : Leonardo Azevedo – MIAL

22 – sábado
07h30 Café da Manhã
08h00 Integração
09h00 Salas Temáticas
10h00 Grupos de Discussão
10h30 Mesa Redonda – Diversidade · Movimento Negro – Rose· Movimento GLBTT – Jader Costa – MGM·Movimento da Mulher – Camila Florêncio – BEMFAM·Movimento de Adolescentes – Rodrigo Correa – MAB· Movimento de Portadores de HIV – Edson Santos – Vhiver Coordenador : Ivens Reyner – MIAL

12h30 Almoço
14h00 Apresentação MIAL no J8
14h30 Oficinas Participativas· Sexualidade – Letícia e Daniel (UAI)· Vulnerabilidade – Rodrigo ( Reprolatina)·Gênero – Lívia·Raça e Etnia- Janaína (CV)·Participação e Controle Social- Filippo (GAM)·Escola – Pra que? Pra quem? Por que? Como?- Luciene e Alessandro· Tomada de Decisão- Amanda e André (TUMM)· Diversidade Sexual- Luana ( GAM)
16h15 Encerramento e Confraternização

Procura por ensino superior cresce na rede privada

Portal Terra, 14/09/07

O número de estudantes no ensino superior cresceu 13,2% de 2005 para 2006 segundo levantamento conduzido pelo IBGE para a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), apresentada nesta sexta-feira. Nos demais níveis, houve decréscimos (-4,5% no pré-escolar e -0,9% no ensino médio) e um ligeiro aumento (0,5% no ensino fundamental). O IBGE acredita que uma das causas desse fenômeno é envelhecimento populacional.

Apesar de o número de estudantes da rede pública ainda ser significativamente maior que o da rede privada (43,7 milhões contra 11,2 milhões, respectivamente), de 2005 para 2006, o total de estudantes na rede particular cresceu 7,5%; enquanto na rede pública diminuiu 0,7%.

A tese do IBGE corrobora a expansão da rede privada no nível superior, que foi de 15,3%. Na amostragem por idade, o crescimento do ensino superior privado foi mais forte entre os alunos com mais de 25 anos: 5,5%.

Norte e Centro-Oeste têm elevações

Do total de pessoas de 5 anos ou mais no Brasil (173 milhões), cerca de 54,9 milhões (32%) freqüentavam escola em 2006, um aumento de 0,9% em relação a 2005. A elevação no percentual de estudantes foi maior nas regiões Norte e Centro-Oeste (1,3%, em cada).

O IBGE crê que essa informação indique o maior ingresso ou permanência na escola. O relatório destaca ainda que parte desse crescimento se deu com o aumento do número de pessoas em idade escolar.

AL e MS: cai número de crianças na escola

Em reação ao número de crianças de 5 e seis anos de idade na escola, havia grandes diferenças nos dados quando separados Estados. Em Rondônia, 60,7% das crianças entre 5 e 6 anos de idade estavam na escola em 2006 (2,9 pontos percentuais a mais que em 2005). Já no Ceará, a taxa ficou em 93,2%, 2,1 pontos percentuais superior à de 2005.

Em Alagoas e Mato Grosso do Sul, porém, houve reduções de 1,6 e 0,4 ponto percentual, respectivamente, nesse indicador, de 2005 para 2006, quando as taxas ficaram em 75,2% e 75,7% respectivamente. Foi no Espírito Santo que a freqüência de crianças de 5 a 6 anos de idade à escola ou creche mais cresceu em relação a 2005: 9,2 pontos percentuais, atingindo 85,7%, em 2006.

Para as pessoas de 18 a 24 e de 25 anos ou mais de idade, as participações no sistema educacional em 2006 eram de 31,7% e 5,6%, respectivamente. Nas regiões Norte (32,6% e 7,7%) e Nordeste (33,8% e 6,6%), estavam os maiores percentuais.

Em todos os grupos de idade, as mulheres tinham um percentual maior de freqüência à escola que os homens. Para o grupo em idade escolar, de 5 a 17 anos de idade, as proporções de estudantes eram 92,4% entre as mulheres e 91,9% para os homens. Em todas as regiões, a diferença ocorreu, não sendo muito significativa apenas no Centro-Oeste (0,1 ponto percentual).

Ensino superior privado cresce sem a qualidade da universidade pública, avalia Andifes

Agência Brasil, 14/09/07

Sabrina Craide

Brasília – Com maior oferta de vagas em instituições públicas e privadas de ensino superior, houve aumento do número de alunos nesses cursos, avalia o presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Arquimedes Diógenes Ciloni. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve crescimento de 13,2% no número de alunos que estão em cursos de graduação em 2006, em relação ao ano anterior, chegando a 5,9 milhões de universitários.

Ciloni reconhece a contribuição do sistema particular no aumento do número de alunos de ensino superior, mas chama a atenção para a qualidade da educação que é ofertada. “Esse crescimento desenfreado registrado no sistema particular não teve o diferencial da forte marca da qualidade que diferencia o ensino superior público”, avalia. O Pnad registrou um aumento de 15,3% no número de alunos do ensino superior privado. Segundo ele, as instituições federais não têm intenção nem condições de competir com o sistema privado. “O nosso papel maior é de formadores”, destaca.

Segundo ele, o aumento das vagas nas universidades federais é fruto de um trabalho de expansão que vem sendo realizado desde 1998. Ele lembra que o número de alunos nas 58 instituições de ensino federais no país passou de 340 mil alunos no final da década passada para quase 700 mil atualmente. “Estamos fazendo a nossa parte para atender a essa necessidade social de aumento da oferta de vagas do ensino superior federal”, afirma.

Apesar de reconhecer que o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas para que estudantes de baixa renda estudem em universidades privadas, tem qualidades, Ciloni diz que o programa nivelou por baixo a qualidade do ensino ofertado. “Tenho certeza que, se perguntarem aos estudantes que hoje estão no sistema particular, mediante a concessão de bolsas do Prouni, se prefeririam estar em uma universidade federal, eles com certeza optariam por estar no sistema público”, avalia.

De acordo com o presidente da Andifes, atualmente 10% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos chegam ao ensino superior. A meta é triplicar esse número em 10 anos. Segundo Ciloni, 4% dos jovens do Brasil têm acesso ao ensino superior público. “O Brasil é um país profundamente elitista no que diz respeito ao ensino superior”, avalia.

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“Geografares – nº 5”, publicação do Departamento de Geografia da Ufes – O número cinco da revista Geografares trata de temas diversificados em territórios múltiplos. Uma primeira série de artigos aborda questões ligadas à agricultura e aos espaços costeiros, estudos de comunidades vegetais e das formas de conhecimento tradicional dos ciclos da natureza, e as relações conflituosas de certa agricultura com as populações indígenas. (UFES)

“O comum e a experiência da linguagem”, Sabrina Sedlmayer; César Guimarães; Georg Otte (Org.) – explora as instigantes invenções conceituais de “A comunidade que vem”, de Giorgio Agamben, contempladas em seus aspectos estéticos, éticos e políticos, nos domínios da literatura, da filosofia e do cinema. Os textos são percorridos por uma indagação que orienta insistentemente a perspectiva de Agamben: de que modo a experiência da linguagem pode constituir uma comunidade cuja potência reside no fato de que nela o traço comum não se guia pelas noções de identidade e pertencimento? (UFMG)

‘Movimento Estudantil Brasileiro e a Educação Superior’, Michel Zaidan Filho e Otávio Luiz Machado (Orgs.) – a publicação representa um esforço de pesquisadores de diversos campos de conhecimento que estudaram ou vivenciaram o movimento estudantil brasileiro a partir dos anos 1950, que buscam empreender uma análise histórica e sociológica dos seguintes aspectos: sociabilidade juvenil, aprendizagem extracurricular, participação política, juventudes, movimentos estudantis, casas e repúblicas estudantis, impactos da educação superior, repressão e ditadura militar, o papel da universidade na sociedade brasileira, reforma universitária, esquerda revolucionária, expressões culturais dos estudantes, sonho revolucionário, carreira profissional e outras questões. (UFPE)

“Computação, cognição, semiose”, Ângelo Loula, João Queiroz e Ricardo R. Gudwin (Orgs.) – a obra é uma reunião de textos no qual filósofos, lingüistas, estudiosos da Semiótica e cientistas cognitivos abordam noções de semiose, mente, aprendizagem e inteligência estendida e ocupacional. O livro discute os processos semióticos dos novos modelos computacionais e coloca em questão a possibilidade de sistemas artificiais viverem em um mundo semiótico (de acordo com a noção de Umwelt). Aborda também os problemas teórico, empíricos e metodológicos em relação à capacidade de criaturas biológicas não humanas de usar signos. A temática da obra circunda as noções de “semiose genuína”, “mundo fenomenal”, máquina semiótica e símbolo. (UFBA)

“História Natural da Marambaia”, Luis Fernando Tavares de Menezes, Ariane Luna Peixoto & Dorothy Sue Dunn de Araújo – o objetivo do livro é reunir a maior quantidade possível de informações científicas sobre a Marambaia, no Rio de Janeiro. A região constitui um trecho da paisagem fluminense que preserva registros do contato do homem pré-histórico com a natureza, além de ser importante área de conservação de restinga, manguezais e floresta atlântica, de incrível e peculiar biodiversidade. (UFRRJ)

“Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental”, Giorgio Agamben – a partir da questão do lugar próprio dos produtos do fazer humano, este livro propõe a reconstrução de quatro momentos fundamentais da cultura européia: a teoria do fantasma na poesia de amor do século 13; o conceito de melancolia, desde os pais da Igreja até Freud; a obra de arte frente ao domínio da mercadoria; a forma emblemática, desde o século 16 até o nascimento da semiologia. (UFMG)

“Obituário Arquitetônico: Pernambuco modernista”, Luiz Amorim – a publicação traz como tema a conservação do patrimônio modernista do estado de Pernambuco, sob a ótica da demolição e descaracterização de seus exemplares mais significativos. A perda destes exemplares é interpretada como uma morte arquitetônica, que é revelada através de suas diversas facetas. (UFPE)

“Discurso, interação e aprendizagem matemática em ambientes virtuais a distância”, de Marcelo Almeida Bairral – o autor aborda a aprendizagem matemática em ambientes virtuais. Discussões teórico-práticas são feitas ao longo da obra com o objetivo principal de preencher lacunas metodológicas sobre a análise do aprendizado em processos de formação a distância. Embora os exemplos venham da matemática, o leitor de uma área não afim poderá compreender com facilidade o seu propósito. A publicação também não se limita aos estudiosos da EaD (Educação a distância). (UFRRJ)

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Educação a distância ganha regras

O Estado de São Paulo, 15/09/07

Renata Cafardo

Avaliação da modalidade pelo governo federal será ampliada e pólos presenciais ganharão mais importância

O ensino superior a distância no País terá uma avaliação própria que vai determinar a autorização de universidades e reconhecimento dos cursos. Os novos critérios elaborados pelo Ministério da Educação (MEC) foram aprovados nesta semana no Conselho Nacional de Educação (CNE) e devem ser homologados pelos ministro Fernando Haddad ainda neste mês. O Brasil tem hoje 205 cursos de graduação ou tecnológicos e 575,7 mil alunos no ensino superior a distância.

Uma das novidades é a avaliação também dos chamados pólos presenciais, algo que surgiu apenas com a educação a distância. Eles funcionam como extensões da universidade. São instalados em vários municípios e servem como referência mais próxima para os alunos. Esses lugares, segundo o MEC, deverão oferecer recursos como acesso à internet para todos os alunos, laboratórios, bibliotecas e professores. “A idéia é que o ensino seja classificado mais como semipresencial, por causa dessa importância dos pólos”, diz o diretor de Avaliação do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), do MEC, Dilvo Ristoff.

São três os documentos elaborados pelo governo: um para avaliar instituições, outro para cursos e outro para pólos. Eles estão sendo incluídos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que já é aplicado aos cursos presenciais atualmente. A educação a distância vai também receber conceitos de 1 a 5. Até hoje, não havia critérios específicos para essa modalidade.

“É um marco na educação a distância no Brasil e um esforço para que haja qualidade nos cursos oferecidos”, diz o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Bielschowsky. Será exigido, por exemplo, que os cursos tenham materiais didáticos para uso na internet que estimulem a autonomia de estudo, além de guias que direcionem o aluno para estudar a distância. “Produzir material de qualidade é uma das chaves desses cursos”, diz. Pelas novas regras, as provas presenciais devem ter peso maior que as realizadas a distância.

As instituições terão de comprovar experiência anterior na área para pedir o credenciamento de seus cursos a distância. Para receber a nota máxima na avaliação, a universidade já deverá ter pelo menos três com 20% da carga horária a distância antes de iniciar graduação não presencial. Será preciso comprovar também a experiência anterior dos professores que atuarão na modalidade.

FIM DOS PRESENCIAIS

O diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), José Roberto Moreira, faz elogios à iniciativa, mas diz que espera que a nova avaliação deixe mais claros os critérios para credenciamento de novos cursos. Segundo ele, o governo hoje é mais rígido com instituições particulares do que com as públicas que pretendem oferecer educação a distância. “Dentro de cinco anos não haverá mais cursos inteiramente presenciais, todos terão elementos a distância.”

A iniciativa de maior sucesso no País é o Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj), um consórcio que reúne seis universidades públicas para oferecer esse tipo de graduação. Os pólos estão espalhados pelo Estado e dão sustentação para sete cursos e 17 mil alunos.

O setor cresce também em outras regiões do País. São Paulo anunciou recentemente que pretende iniciar uma experiência inspirada na do Rio. O governo federal também lançou o Universidade Aberta, com participação das federais, nos mesmos moldes.

“Até agora, as avaliações do setor eram híbridas”, diz a presidente do Cederj, Massako Masuda. Segunda ela, há questões específicas, como a gestão dos cursos, que precisam ser avaliadas na educação a distância. “É necessário saber o que faz o tutor, se ele acompanha os alunos.” Os tutores são professores que interagem com os estudantes para facilitar a aprendizagem a distância. A avaliação do MEC exige que haja capacitação especial para esses profissionais e que, preferencialmente, eles sejam mestres ou doutores.

“Tem gente que acha que me formei por correspondência. O preconceito ainda existe”, diz Dayselane Pimenta, de 30 anos, formada a distância em Licenciatura pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Para ela, a nova avaliação pode ajudar a dar mais credibilidade aos cursos.

Estudos do Inep mostram que, em 7 das 13 áreas avaliadas no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), os alunos que cursaram educação a distância se saíram melhor que os de cursos presenciais.

Currículo deve tornar aluno capaz de exercer auto-aprendizagem

O Estado de São Paulo, 17/09/07

Simone Iwasso

César Coll: psicólogo e educador

Consultor do MEC para a criação dos Parâmetros Curriculares de 1997, Coll defende atualização curricular contínua

Diretor do Departamento de Psicologia Evolutiva e professor da Faculdade de Psicologia da Universidade de Barcelona, na Espanha, o educador César Coll é também um dos responsáveis por um modelo que inspirou mudanças na educação de vários países, inclusive o Brasil. Consultor do Ministério da Educação (MEC) entre 1995 e 1996, colaborou na elaboração dos nossos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados em 1997. Agora, dez anos depois, ele defende uma revisão dessas normas. O professor falou ao Estado em sua última passagem pelo País, na semana passada, para discutir competências comunicativas num seminário organizado pelo Grupo Santillana.

Há dez anos estabelecemos nossos parâmetros curriculares, dos quais o senhor foi consultor. Eles seguem válidos ou não?

Foi um esforço de atualização e revisão dos conteúdos curriculares da base. Foi muito importante para colocar em dia o que os alunos deveriam aprender na escola. É claro que há um problema. Os currículos devem refletir o que é recomendável que os estudantes aprendam. Mas quem define isso é uma sociedade determinada, na qual eles estão inseridos. E essa sociedade está em mudança contínua. Portanto, continuamente deveria haver um mecanismo que permitisse atualizar os parâmetros curriculares, para ir incorporando os saberes e as competências que vão aparecendo de maneira emergente como necessários. Hoje temos necessidades de informação, de formação e de desenvolvimento de competências que há dez anos não tínhamos. Com o fenômeno da globalização, das tecnologias da informação e da comunicação, a internet, que há dez anos não tinha a abrangência que tem hoje, é uma das fontes fundamentais de comunicação e de informação. Portanto, está claro que um currículo estabelecido há dez anos necessita de uma revisão e de uma atualização.

Quais seriam as competências necessárias hoje?

Em todo o mundo neste momento há um movimento de esforço para redefinir quais devem ser essas competências. Há um consenso no sentido de que as competências necessárias para exercer a cidadania no mundo atual não são as mesmas de 20 ou 15 anos. E são principalmente as relacionadas com a mundialização cultural, da nova economia do conhecimento, dos fenômenos de tipo social que exigem isso. São, basicamente, competências cognitivas para que o aluno tenha autonomia, auto-aprendizagem, capacidade para seguir aprendendo, para adequar-se a situações, para absorver problemas e resolvê-los de maneira independente. São competências comunicativas e informativas, fundamentais hoje. A outra parte são as competências emocionais, num mundo interconectado, onde as relações sociais são intensas. A capacidade de se colocar no lugar do outro, poder interpretar o outro e a si mesmo, e de se equilibrar. A grosso modo, porque cada um diz em palavras diferentes, são esses grupos de competências os essenciais a serem incorporados hoje, mais até do que as clássicas, escolares, acadêmicas, que são as preocupações até hoje dos parâmetros.

Para um país tão grande como o Brasil, os parâmetros devem ser flexíveis ou mais restritos?

Os parâmetros aqui são orientativos, não prescritivos. Não se impõem, são referências para que prefeituras e governos elaborem seus próprios currículos. Isso é uma boa solução. Um currículo básico nacional deve ser muito específico, contemplar somente as competências-chave, básicas, que são aquilo que, se não foi aprendido no fim da educação básica, destina os alunos a uma vida marginalizada, os coloca numa situação de vulnerabilidade social extrema. A outra coisa é orientar quem formaliza, orientar sobre o que se considera desejável. Sim, podia ser muito pequeno e dar modelos de atuação, para cada um organizar seus próprios currículos.

Mas aqui ainda não foram estabelecidos até hoje os currículos municipais e estaduais.

Isso pode estar acontecendo por falta de capacidade técnica. O problema da autonomia, da descentralização, é um problema político, de instituição de poder e competências, mas também técnico. É complicado descentralizar se não há a competência técnica necessária para desenvolver seus próprios currículos. Se não tem a competência técnica, tem que assumir a responsabilidade técnica para isso. A única possibilidade seria que, na constituição do currículo, houvesse uma ajuda para transformar os parâmetros, com a ajuda de livros didáticos, em coisas concretas.

E as competências comunicativas? Por que é tão difícil desenvolvê-las nos estudantes?

Não acredito que seja tão difícil como se pensa, nem que se faça tão mal como se pensa aqui no Brasil. É ser capaz de conversar, de responder, de se comunicar, de se entender com as pessoas, com o outro. Uma parte da competência comunicativa é saber a hora de falar, de transmitir, e também ler, é claro. Mas não só ler textos acadêmicos, mas ler e produzir diferentes tipos de textos adequados a diferentes situações. O tipo que a escola pede é um tipo muito determinado de competências comunicativas, estamos todos baseados em apenas um dos usos da língua, e nos usos que aparecem cada vez menos no mundo atual. É preciso repensar os usos da língua escrita e falada no mundo atual, mas também os outros sistemas de signos, como a imagem. Esse é um debate que está sendo travado em todo o mundo.

Quem é:

César Coll

Diretor do Departamento de Psicologia Evolutiva e professor da Faculdade de Psicologia da Universidade de Barcelona

Consultor do Ministério da Educação entre 1995 e 1996, colaborou na elaboração dos Parâmetros Curriculares

Com Jesús Palacios e Álvaro Marchesi, é autor de Desenvolvimento Psicológico e Educação (3 volumes), entre outros

VII Encontro Mineiro de Estatística

O VII Encontro Mineiro de Estatística (VII MGEST) é uma reunião regional na qual se apresentam e discutem diversos assuntos técnico-científicos da Estatística e Estatística Experimental no Estado de Minas Gerais.

Organizado pelo Departamento de Ciências Exatas da Universidade Federal de Lavra (Ufla), o evento coincide com a Semana da Associação Brasileira de Estatística (ABE), que terá uma série de eventos relacionados à Estatística, realizados simultaneamente em várias cidades do Brasil. Três instituições sediaram as edições anteriores do Encontro Mineiro de Estatística. O primeiro, segundo, quarto e sexto MGEST foram sediados na UFMG. O quinto encontro, na Universidade Federal de Juiz de Fora. A Ufla sediou o III MGEST em maio de 2001, que teve duração de dois dias e contou com 161 participantes dos estados de Minas Gerais, Goiás, Paraná e São Paulo, quando foram apresentados 76 trabalhos científicos.

Os organizadores esperam congregar professores, pesquisadores, alunos de pós-graduação, alunos de graduação e profissionais de empresas de Minas Gerais, que trabalham com Estatística e suas aplicações. Incentivar a troca de experiências entre o meio acadêmico e o meio empresarial. Discutir o perfil da pós-graduação em Estatística em Minas Gerais. Foram convidados pesquisadores de Minas Gerais e de outros estados do Brasil.

O VII Encontro Mineiro de Estatística (VII MGEST) acontecerá nos dias 20 e 21 de setembro de 2007.

Mais informações: (35) 3829-1375 / (35) 8406-4284 – www.dex.ufla.br/~mgest2007

Fundeb: Câmara aprova medida vetada por Lula

O Globo, 14/09/07

Alteração permite a estados deduzir integralmente contribuições ao fundo das dívidas pagas à União

BRASÍLIA. A Câmara aprovou ontem alteração na medida provisória que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), dando vida a um dispositivo que já havia sido vetado pelo presidente Lula. Em votação simbólica, os deputados decidiram que os governos estaduais poderão deduzir integralmente suas contribuições ao Fundeb na hora de calcular o valor das parcelas que pagam por conta de dívidas com a União.

Na prática, isso poderá representar economia para os estados de R$ 970 milhões este ano, sendo R$ 94 milhões no Rio e R$ 370 milhões em São Paulo, segundo o autor da emenda, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ).

A proposta vai ao Senado.

O Fundeb redistribui dinheiro entre estados e municípios para financiar a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. O novo fundo aumentou a contribuição dos estados de 15% para 20% de sua receita, mas manteve em 15% o valor que pode ser descontado no cálculo das parcelas da dívida com a União. A emenda determina que o valor repassado pelos estados ao Fundeb saia da base de cálculo sobre a qual incide a alíquota de pagamento da dívida.

A alteração já havia sido incluída pelo Senado na lei que regulamentou o fundo, mas foi vetada por Lula. A aprovação na Câmara foi resultado de um cochilo do governo. O líder governista José Múcio Monteiro (PTB-PE) não estava em plenário, porque negociava a MP do Desarmamento. A expectativa do governo agora é mudar o texto no Senado.

Ufla recepciona novos calouros

A Universidade Federal de Lavras realizou a segunda Recepção de Calouros, evento que marcou o início das atividades do 2º semestre letivo da graduação no ano de 2007. O evento recepcionou 440 novos alunos e aconteceu, dia 12 de setembro, no Ginásio Poliesportivo.

Foram convidados para compor a mesa de honra, as seguintes autoridades: reitor em exercício, Ricardo Pereira Reis, pró-reitor de Graduação, Gabriel José de Carvalho, Fabiana Queiroz, presidente da Comissão organizadora da 2ª recepção de calouros de 2007, Nadiel Massahud, pró-reitor de Assuntos Estudantis, Comunitários e Culturais, João Almir Oliveira, diretor do Núcleo de Apoio Didático-Pedagógico, Marcelo Silva de Oliveira, coordenador dos grupos de oração da comunidade universitária – Luzesal – Evaldo Elias dos Santos, chefe do Serviço de Vigilância Orgânica ao Patrimônio, Márcia Bento Rosa da Silva, diretor da Divisão de Serviços aos Usuários da Biblioteca Central e acadêmico Pablo Andrade Dias do Centro Acadêmico de Engenharia Florestal

Como primeira atividade da programação os presentes assistiram a apresentação do grupo “Posse Revolucionária de Hip Hop Organizada de Lavras – PRHHOL”. A programação se estende até o dia 15 de setembro.

Universidade Federal de Lavras