Rumos da educação

Programa Bom Dia Brasil, 11/12/2007

Os novos números da educação brasileira atestam o mau desempenho dos alunos. Esse é o tema da entrevista com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Os novos números da educação brasileira expõem o tamanho de um problema antigo: espanta o mau desempenho de nossos alunos em provas de ciências, matemática e português. Mas não se pode deixar também de reconhecer um mérito: ter os números é fundamental para enfrentar esse desafio. Só avança o país que conhece as suas chagas. Esse é o tema da entrevista com o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Bom Dia Brasil – Foi um resultado que chocou o país, mas é fundamental ter esses números, saber que estamos no fim da fila entre 57 nações. Qual ação imediata para consertar isso?

Fernando Haddad – As decisões têm que ser tomadas agora e estão sendo tomadas. Mas os resultados virão no médio e longo prazo, porque em educação não se colhe os frutos no prazo de um mandato. Portanto, não pode ser uma tarefa de um partido político ou de um governo, é uma tarefa nacional. Os dados não devem nos orgulhar, mas não devem nos envergonhar. Dos países analisados, somos um dos países com menos renda per capita, com um dos mais baixos indicadores de distribuição de renda e investimento por aluno. Estamos nos comparando com países ricos. Se tomarmos o contexto latino-americano, vamos ver que estamos muito próximos de países como Colômbia e Argentina – este, um país com tradição na área de educação muito maior que a nossa. Temos que ter cautela. Entendo que esse pacto que está sendo feito em torno da educação entre governos estaduais e municipais vai se refletir em indicadores.

Há um estudo do Ipea que mostra a redução do número de alunos concluindo o Ensino Médio. Desde meados da década de 1990, o número crescia, mas cai a partir de 2002. Era esperada uma alta, como aumentou a inclusão no Ensino Fundamental, mas não foi o que aconteceu. Houve queda de 300 mil alunos. Estamos regredindo no Ensino Médio?

Não. A taxa de atendimento dos alunos entre 15 e 17 anos, a faixa do Ensino Médio, está estacionária. O que acontece é que as taxas de aprovação da 5ª a 8ª série não estão reagindo adequadamente. Temos um avanço nos anos iniciais do Ensino Fundamental tanto em desempenho como em rendimento. Fluxo e exames nacionais. Mas nos anos finais do Ensino Médio o reflexo ainda não chegou. Da 8ª série para o 1º ano do Ensino Médio está havendo uma retenção. Como a democracia joga a favor da queda das matrículas, porque os nascimentos são, cada vez, em menor número, se não houver uma correção de fluxo, a matrícula tende a estacionar ou até cair.

Na sua opinião, como a má formação dos professores influenciou nesse resultado?

Penso que essa é a principal variável a ser enfrentada no próximo período. Nós, na minha opinião, de maneira equivocada, transferimos a responsabilidade pela formação de professores para estados e municípios, pela Lei de Diretrizes e Bases de 1996, quando deveria ser atribuição da União, em virtude do fato de ela manter um parque enorme de universidades federais. O que queremos agora, por parte das universidades federais, é que elas assumam, com apoio financeiro do ministério da Educação, uma maior responsabilidade pela formação inicial e continuada do magistério.

O senhor disse que um país não colhe os frutos no prazo de um mandato. Mas o Chile vem apresentando resultado excepcionais e vem se distanciando cada vez mais de países latino-americanos como o Brasil. O que podemos aprender com esse exemplo?

O Chile, na verdade, está colhendo os resultados 15 anos depois da reforma educacional. O que houve no Chile foi perseverança, persistência, insistência nas reformas educacionais que começaram em 1991, com a ‘Concertación’. Quando todos davam o Chile como um caso de fracasso, ou seja, muito investimento, muito empenho, muita reforma e pouco resultado, os resultados começaram a aparecer 15 anos depois. Temos que seguir o exemplo de países como Irlanda, Coréia, Chile, que pactuaram um acordo nacional, insistiram e perceberam que o investimento pode até demorar, mas quando chega, emancipa um país.

Abandono de licenciaturas chega a 75%

Portal G1, 11/12/2007

Química e física são as areas mais afetadas.
Segundo conselheiro, acontece um “apagão” de professores.

Simone Harnik Do G1

Os cursos de formação de professores chegam a ter abandono de 75% de seus estudantes, segundo dados do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do Ministério da Educação (MEC). Esse é o caso das graduações de química, mas em outros cursos a situação não melhora muito. O abandono dos estudantes se reflete na falta de professores para o ensino médio e, segundo o conselheiro nacional de educação, Antonio Ibañez Ruiz, já provoca um “apagão”.

Faculdades que formam professores de física, por exemplo, têm, em média 65% de abandono. Nas faculdades que pretendem formar professores de matemática, a evasão é de 56%.

As informações fazem parte do relatório “Escassez de professores no ensino médio: propostas estruturais e emergenciais”, em debate no seminário da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), realizado nesta terça-feira (11), em Brasília.

Nas humanidades, a evasão é um pouco menor, mas a situação se mantém grave: nos licenciados em letras, a evasão dos cursos é de 50% no país. Geografia tem abandono de 47%, e história, de 44%. Para as artes o quadro também é pouco cômodo: são 52% dos estudantes que largam a faculdade. Em biologia, atinge 42%.

Ruiz, que é um dos autores do relatório, afirma que, apesar de esses dados serem de 1997, pouco mudou a situação do abandono de cursos de formação de professores. “Até hoje, não teve ações contundentes”, diz. “O Reuni [Reestruturação e Expansão das Universidades Federais] é a primeira política pública, que começou a ser implantada agora”, afirma.

“Acho que uma das causas é a falta de informações sobre os cursos. Também faltam políticas de assistência, boas bibliotecas, bons equipamentos. E falta o professor de universidade entender que é docente, ver suas avaliações, sua metodologia”, disse.

Formação de professores é prioridade

UnB Agência, 11/12/07

Camila Rabelo

MEC aposta nas universidades federais para a qualificação dos docentes, mas baixos salários são empecilhos para a carreira

As 33 instituições com propostas aprovadas no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) – iniciativa do Ministério da Educação (MEC) – vão oferecer 4,5 mil novas vagas em cursos de licenciatura em 2008. Estima-se ainda que esse número triplique nos dois anos seguintes. O esforço das universidades ao abraçar os programas do governo vai ao encontro da carência de professores na rede pública que, no ensino médio, já chega a 265 mil docentes, e da qualificação deles.

“Apostamos na excelência das universidades públicas e na parceria entre o sistema federal e estadual para lançarmos novas bases para o ensino”, afirma o ministro da Educação, Fernando Haddad. Ele participou na manhã de terça-feira, 11 de dezembro, da primeira mesa de debates do seminário Carência de Professores na Educação Básica: dignóstico e proposta. Organizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o encontro segue até quarta-feira, dia 12, no Hotel Nacional, em Brasília.

SALÁRIOS – Em reposta às preocupações dos dirigentes das universidades sobre os altos índices de evasão nos cursos de licenciatura, Haddad adianta que, além da expansão dos programas de assistência estudantil, o MEC pretende instituir bolsas de iniciação a licenciatura, cujo investimento em 2008 será de R$ 15 mil. Mas o presidente da Andifes, Arquimedes Diógenes Ciloni, acredita que os esforços do governo federal devem extrapolar a formação e qualificação de professores no Brasil. “Precisamos atrair os jovens para a carreira, mediante melhores salários. Isso não cabe às universidades”, ressalta.

Com a pouca atratividade da carreira docente, o reitor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Oswaldo Baptista Duarte Filho, alerta que o empenho na formação de professores poderá se voltar para a iniciativa privada: “Enquanto o salário for mil reais, não vai ter professor. Vamos formar os melhores da área, mas eles vão trabalhar nas escolas particulares. Corremos o risco de dobrar o número de professores formados e a situação continuar a mesma”.

Para ele, essa questão só será resolvida com mais recursos. Os investimentos em educação representam hoje cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB). “Se continuarmos mantendo esse patamar, a educação se desenvolverá muito vagarosamente. O país tem necessidade de uma velocidade maior”, critica. Mas o ministro Haddad defende que o índice já traz avanços e deverá chegar a quase 5% em 2010. “Não considero trivial o que conseguimos em 2007. As verbas não serão suficientes sem um preparo da rede e dos gestores”, diz.

Educação básica pede socorro

A Secretaria de Educação de Goiás, Milca Severino, relatou na manhã de terça-feira, dia 11 de dezembro, durante o seminário a Carência de Professores na Educação Básica: dignóstico e proposta, a situação crítica das escolas públicas do estado: violência, estrutura física precária, transporte escolar inexistente, professores despreparados. “Uma vez autorizei a compra de um jumento, pois era a única forma de se chegar em uma escola no interior do estado”, conta. Sobre o despreparo dos professores, ela diz que não se trata apenas da falta de conteúdo acadêmico, mas também cultural. “Encontro professores que nunca foram ao cinema”, revela.

Universidades credenciadas pelo MEC vão registrar diplomas de faculdades

Portal G1, 11/12/07

Até então, o CNE designava uma universidade para registrar diplomas de faculdades.

Medida vale a partir deste mês e pode reduzir custo para a emissão do documento.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça-feira (11) a homologação do parecer que simplifica o registro de diplomas de instituições não-universitárias. A partir deste mês, todas as universidades credenciadas pelo MEC, particulares ou públicas, podem registrar diplomas, independente de autorização ou designação do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Até então, o CNE designava universidades para registrar os diplomas das faculdades conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). O artigo 48 da LDB estipula que os diplomas expedidos pelas universidades são registrados pelas mesmas, e os conferidos por instituições não-universitárias são registrados em universidades indicadas pelo CNE. Segundo a assessoria de imprensa do MEC, o conselho designava apenas universidades federais ou estaduais.

A legislação em vigor organiza as instituições de educação superior em universidades, universidades especializadas, centros universitários, centros universitários especializados, faculdades integradas, faculdades, institutos superiores ou escolas superiores, centros de educação tecnológica.

O presidente da Câmara de Educação Superior do CNE, Antônio Carlos Ronca, afirma que uma universidade que é autorizada pelo ministério tem todas as condições de registrar diplomas.

Para o secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota, a decisão desburocratiza o processo para as faculdades. Ele ainda diz que a medida pode baixar custos, pois as faculdades pagam as universidades pela emissão do diploma.

Ministro da Educação defende melhor salário para estimular professores

Agência Brasil, 11/12/07

Stênio Ribeiro

Brasília – O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu hoje (11) melhores salários para os professores como forma de atrair profissionais para o magistério.

‘A melhoria do nível de salários tem grande peso na atração de talentos para o magistério’, disse Haddad, ao participar de reunião em que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) discutiu medidas de estímulo ao magistério, que a cada ano tem mais dificuldade de repor os profissionais que se aposentam. ‘Em especial por falta de salários dignos que estimulem as vocações’, como frisou o presidente da Andifes, Arquimedes Diógenes Coloni.

Está em tramitação no Congresso Nacional um projeto de lei proposto pelo governo federal que trata da definição de um piso mínimo para os professores, com vistas a reduzir as desigualdades regionais de salários no setor.

Na reunião da Andifes, o ministro Fernando Haddad disse que, em algumas regiões do Norte e Nordeste, os professores recebem salários em torno de R$ 400. Ele ressaltou, no entanto, que a proposta de piso, já aprovada na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, estipula salário de R$ 950,00 para professores com formação de nível médio, para jornada de 40 horas semanais. A diferença será coberta com recursos do Fundo de Ensino Básico (Fundeb), que ‘existe justamente para remunerar melhor os professores’, lembrou Haddad.

Participaram também do encontro, realizado no Hotel Nacional, os ex-ministros da Educação Paulo Renato de Souza e Cristovam Buarque. Titular da pasta no governo de Fernando Henrique Cardoso, Paulo Renato é hoje deputado federal, pelo PSDB de São Paulo, enquanto Cristovam Buarque, primeiro ministro da Educação no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, é senador pelo PDT do Distrito Federal. Ambos defenderam adaptações também de conteúdo e de modelo pedagógico.

Haddad reafirmou a prioridade do governo federal na execução do novo Plano Plurianual, que, para ele, ‘é o melhor feito até agora’, para tirar a escola pública da situação em que se encontra. Segundo o ministro, as universidades federais vão investir nos cursos de licenciatura para formar professores para a educação básica. Esse segmento que precisa de cerca de 100 mil novos profissionais por ano, disse Haddad.

Já o reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Valmar Ferreira Andrade, afirmou que a carência do setor poderá ser sanada com mais salário e formação voltada para a realidade de cada região, além de infra-estrutura nas escolas para acompanhar ‘a grande velocidade das informações que chegam’ e que precisam de adequação, principalmente na área de informática.

O reitor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Ricardo Motta, defendeu a dinamização dos currículos de formação dos professores, com produção de material didático de qualidade para estimular os alunos. Motta ressaltou que é preciso se adequar aos novos tempos, e os professores de ensino básico são fundamentais para isso, no seu entender.

Nesse sentido, a diretora do Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior, Eliane Leão, destacou a necessidade de ‘salário digno’ para que os professores de ensino básico e fundamental possam ‘procurar competência em novos cursos de especialização’. Como os salários que ganham hoje não permitem isso, Eliane ressaltou que o fórum é incansável na condução de campanhas salariais e agora conta também com ajuda do Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), voltado para licenciaturas e apoiado pela maioria das 58 universidades do sistema federal.

CNPq destinará R$ 50 milhões para bolsas de mestrado e doutorado em áreas específicas

Portal CNPq, 07/12/07

Para promover a consolidação e o fortalecimento da pós-graduação brasileira, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) lança Edital, com investimentos de R$ 50 milhões, convidando orientadores, vinculados aos Programas de Pós-Graduação stricto sensu do país, a apresentarem propostas de projetos de bolsas de mestrado ou de doutorado.

Segundo a agência, o principal objetivo deste edital é investir na disseminação de recursos humanos para a ciência, a tecnologia e a inovação do Brasil. Para isto, investirá na formação dos novos mestres e doutores, em áreas consideradas estratégicas e de extrema necessidade para o desenvolvimento nacional e o crescimento do país.

Os recursos, provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), e do CNPq, serão distribuídos em R$ 25 milhões para a primeira chamada, e o restante para a segunda chamada. Fomentando também a descentralização regional da pesquisa brasileira, o Edital destinará uma parcela de 30% do valor global de investimento para propostas de pesquisadores vinculados a instituições sediadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, incluindo as respectivas áreas de abrangência das Agências de Desenvolvimento Regional.

As áreas estratégicas

Seguindo o Plano de Ação 2007-2010 de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional, as propostas deverão privilegiar áreas estratégicas nas temáticas de Ciências Exatas e da Terra, para Matemática, Áreas Experimentais da Física, Química e Geociências, Áreas Experimentais de Ciência de Materiais, e para Meteorologia e Mudanças Climáticas. Nas Engenharias, as propostas devem abordar temáticas de Aeronáutica, Computação, Elétrica, Materiais, Mecânica, Metalurgia, Minas, Naval e Oceânica, Química e Transportes, Software e Tecnologias da Informação e Comunicação, Semicondutores e Materiais Avançados, Microeletrônica, optoeletrônica, dispositivos e hardware, Ciência Aeroespacial, Energia Nuclear, Energias Renováveis e Biocombustíveis.

Nas Ciências Agrárias, as áreas serão Recursos Florestais, Agronomia, Engenharia Agrícola, Biodiversidade e Recursos Naturais, Biotecnologia, Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, do Cerrado e do Semi-Árido, Saúde Animal, e Segurança Alimentar. Em Ciências da Saúde, serão áreas de Fármacos e Medicamentos, Biotecnologia, Pesquisa Clínica, Terapias Inovadoras e Toxicologia. E projetos interdisciplinares poderão ser focados em Mar e Antártica, Trauma, Violência e Segurança Pública.

Cronograma

O recebimento das propostas para o Edital MCT/CNPq nº 27/2007 será dividido em duas chamadas. Na primeira, os pesquisadores poderão enviar seus projetos até o dia 31 de janeiro de 2008, a divulgação dos resultados será feita a partir do dia 20 de fevereiro e as contratações dos projetos estão previstas para o início do mês de março de 2008. A segunda chamada receberá as propostas do dia 10 de março até o dia 15 de maio de 2008.Os resultados estão previstos para a segunda quinzena de junho e a implementação e vigência das bolsas acontecerá a partir de agosto de 2008.

Os projetos deverão ser enviados por meio do Formulário de Propostas On-line, disponível no endereço http://efomento.cnpq.br/efomento , a partir do dia 14 de dezembro de 2007.

Confira o Edital na íntegra pelo link abaixo
www.cnpq.br/editais/ct/2007/027.htm

MA in International Political Economy na Jacob University de Bremen

Possibilidade de isenção de taxas e bolsas

A Jacob University de Bremen, uma das principais instituições de ensino superior privado da Alemanha, está recebendo inscrições para seu programa de pós-graduação ‘MA in International Political Economy’. Este master dirige-se sobretudo a bacharéis em ciências sociais, ciências econômicas e áreasafins, com proficiência em inglês, idioma oficial do programa.

O ‘MA in International Political Economy’ oferece um estudo aprofundado das ricas interações entre sistemas econômicos e instituições políticas. Embora focado em temas da economia política da atualidade, o MA aborda também a dimensão histórica do processo de globalização. A cooperação com o Instituto de Energia de Bremen propicia aos participantes uma visão da economia política internacional relacionada a recursos naturais e suprimento energético.

O programa de quatro semestres (o último dedicado à elaboração da tese de conclusão) requer um investimento anual de 20 mil euros dos participantes, além das despesas pessoais com custo de vida. Há a possibilidade de isenção das taxas da universidade para os melhores candidatos, bem como de bolsas deestadia. Todos os pós-graduandos podem também buscar ‘student jobs’ duranteo curso.

O prazo para a primeira rodada de inscrições de candidatos à próxima turma (início em setembro de 2008) termina em 1o. de fevereiro e o segundo em 1o. de maio. Recomenda-se aos interessados em isenção de taxas e em bolsas que candidatem-se até 1o. de fevereiro de 2008. A seleção dos candidatos se baseará no histórico acadêmico, em referências pessoais e no desempenho individual.

Para mais informações:
http://www.jacobsuniversity.de/schools/ shss/programs/graduate/ipe/program/

Pedidos de esclarecimentos e de orientação devem ser dirigidos diretamente à Jacob University.

Comunicado de desligamento de energia elétrica

A ‘Companhia Energética de Minas Gerais’ (Cemig) comunica

Assunto: INTERRUPÇÃO PROGRAMADA DE ENERGIA PARA MELHORIA DA REDE ELÉTRICA.

A CEMIG vai realizar obras de manutenção na rede elétrica da região. Por isso, o fornecimento de energia elétrica será interrompido na data e horário:

Data: 16/ 12/ 2007 (DOMINGO)
Horário programado para DESLIGAMENTO: 08h00min
Horário programado para RELIGAMENTO: 13h00min

Ufla realiza Workshop: Ciência, Tecnologia e Formação Profissional

O evento aconteceu no dia 7/12, no Salão de Convenções e contou com a presença de pró-reitores, coordenadores de cursos e programas, chefes de departamentos, professores, técnicos administrativos, estudantes de graduação e de pós-graduação e autoridades.

O workshop: Ciência, Tecnologia e Formação Profissional na Ufla é uma realização da Universidade Federal de Lavras e objetivou discutir o papel da universidade na geração de ciência e tecnologia no Brasil, com ênfase na participação da Ufla, na visão de dirigentes de empresas públicas e privadas, bem como obter informações que possibilitem direcionar as ações da Ufla na qualificação do profissional do futuro.

Foram convidados para compor a mesa de honra: Antônio Nazareno Mendes, reitor da Ufla; Gabriel José de Carvalho, pró-reitor de Graduação; Joel Augusto Muniz, pró-reitor de pós-graduação; deputado Federal Paulo Piau Nogueira, da Câmara de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados; Antônio Claret de Oliveira, superintendente de Desenvolvimento Sustentável e Relações Corporativas V&M do Brasil; Fernando Antônio Pereira, diretor superintendente da Agroceres Pic; Magno Antônio Patto Ramalho, coordenador geral do evento.

A Universidade Federal de Lavras possui 16 departamentos didático-científicos, distribuídos em uma área de 600 hectares, com mais de 180.000 m2 construídos. Com 360 professores e 340 técnicos administrativos, a Ufla se destaca no cenário da educação pública superior no País. São ofertados 13 cursos de graduação, mais de 60 cursos de especialização, 19 mestrados e 15 doutorados, com cerca de 13.000 estudantes matriculados. A atividade de pesquisa se organiza em mais de 70 grupos, com 370 linhas de pesquisa e 1200 projetos em andamento. A produção científica é crescente, atingindo 2.500 publicações científicas por ano.

Além do papel histórico na extensão voltada ao agronegócio, a Ufla se destaca na promoção de eventos e na transferência de tecnologias, coordenando projetos de extensão universitária que beneficiam anualmente mais de 300.000 pessoas, que conta com parcerias estabelecidas com instituições públicas e privadas, ao longo deste um século de existência. São mais de 1.000 convênios, acordos de cooperação e contratos em andamento.

Homenageados
No ano em comemoração ao centenário de fundação da Universidade Federal de Lavras, a maior honraria outorgada pela Instituição a pessoas e Instituições é a “Medalha Comemorativa do Centenário”.

Recebeu das mãos do reitor, Antônio Nazareno, a Medalha Comemorativa do Centenário e o certificado de Honra ao Mérito, o deputado federal Paulo Piau Nogueira. Fernando Antônio Pereira, diretor superintendente da Agroceres Pic, entregue por Elias Tadeu Fialho, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia. Antônio Claret de Oliveira, superintendente de Desenvolvimento Sustentável e Relações Corporativas V&M do Brasil, entregue por José Roberto Soares Scolforo, Pró-Reitor de Pesquisa.

No evento, João Chrysostomo de Rezende Júnior, coordenador do Curso de Graduação em Medicina Veterinária e membro da Pró-Reitoria de Graduação, falou sobre o processo de flexibilização e as oportunidades que a Ufla oferece aos seus egressos.

Redes públicas conseguem pagar o piso salarial dos professores

Portal MEC, 10/12/07

Florianópolis — O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que o valor a ser pago por prefeitos e governadores como piso salarial dos professores não é uma medida inatingível a seus orçamentos. Ele se refere à possível aprovação do projeto de lei de autoria do governo propondo piso nacional do magistério, em tramitação no Congresso Nacional. “É uma questão de gestão administrativa”, disse Haddad, durante lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) na tarde desta segunda-feira, 10, em Florianópolis. Segundo o ministro, os gestores terão recursos do Fundeb para remunerar melhor os professores, já que 60% do fundo deve ser aplicado em salários.

“É preciso atrair talentos para o magistério a partir de uma remuneração maior: uma parcela significativa do Norte e Nordeste do país paga R$ 380 a seus profissionais”, destacou Haddad. Sobre os professores que recebem valor igual ou acima do proposto e consideram o piso baixo, o ministro afirmou que a solidariedade de classe deve permanecer em favor da maioria. A proposta de piso já aprovada pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados é de R$ 950 para professores com formação em nível médio para jornada de 40 horas semanais.

Outro ponto central do Plano de Desenvolvimento da Educação é a formação dos professores. “A União precisa tomar para si essa tarefa”, disse Haddad. Ele citou ações voltadas para essa finalidade como a criação da bolsa de iniciação à docência, planos de expansão e reestruturação das universidades federais, com aumento da relação professor/aluno e abertura de cursos noturnos de licenciatura. Também citou a Universidade Aberta do Brasil (UAB), cuja prioridade é formar a distância professores da educação básica já em exercício.

Santa Catarina é o segundo estado da região Sul a receber a Caravana da Educação e o 23º do país. Até agora, 3.878 municípios já aderiram ao plano de metas do Compromisso Todos pela Educação e se compometeram a seguir 28 diretrizes de qualidade para melhorar a educação básica, como alfabetizar as crianças até a idade máxima de oito anos e acompanhar individualmente o aluno para combater a evasão.

Maria Clara Machado

Universidade Federal de Lavras