DZO inaugura instalações que darão salto de qualidade no ensino e pesquisa

Cibele Aguiar

O Departamento de Zootecnica (DZO) da Universidade Federal de Lavras inaugurou nessa terça-feira (6), como parte das comemorações de 103 anos da Universidade, o Laboratório Central de Pesquisa Animal e Reforma do Laboratório de Pesquisa Animal. As novas alas abrigam um conjunto de nove laboratórios multiusuários, equipados com o que há de mais moderno para atender às demandas não apenas da área de ciência animal (Zootecnia e Veterinária), mas também outras áreas do conhecimento.

A nova estrutura vai permitir o avanço em pesquisas na área de biotecnologia aplicadas às áreas de nutrição, saúde, crescimento, reprodução, genética e melhoramento animal, com a criação de novas linhas temáticas.

Presente na cerimônia, o reitor da UFLA, professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, também destacou o empenho do professor Elias Tadeu Fialho, que esteve na condição de vice-reitor no período de junho de 2008 a abril de 2011, representando um grande interlocutor das demandas do Departamento.

Infraestrutura Compartilhada

Em 2010, com o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa, os professores do DZO elaboraram uma proposta que foi submetida ao edital Proinfra/Finep, o que possibilitou a construção dos laboratórios multiusuários. Além deste recurso, a UFLA, sensível à necessidade de melhorias e novas construções, também empenhou recursos do orçamento para a complementação e finalização das obras.

infraestrutura de uso coletivo

De acordo com a assessora especial para o Desenvolvimento Acadêmico, Édila Vilela Resende Von Pinho, o investimento permitirá um salto ainda maior na qualidade do ensino e pesquisa aplicada, pautado na troca de informações entre os pesquisadores da UFLA e de outras instituições. “Com a inauguração desses laboratórios multiusuários, será possível atender a vários departamentos da Universidade, possibilitando que um número maior de pesquisadores seja beneficiado pela infraestrutura e de equipamentos de alto nível tecnológico”, ressaltou.

Para o vice-reitor, professor José Roberto Soares Scolforo, participar desta inauguração tem uma satisfação especial, já que as estruturas são resultado do projeto aprovado quando ainda era pró-reitor de Pesquisa, em 2005. Na oportunidade, fez um resgate dos últimos anos, em que a falta de infraestrutura se contrapunha à formação de uma equipe docente altamente qualificada. “O que fizemos foi enxergar que o departamento precisava de uma motivação, meritosa, para continuar em ascensão”, enfatizou, reafirmando o compromisso para concretização de outras obras demandadas.

Atenção às demandas dos Departamentos

Depoimentos

O professor e chefe do Departamento, Eduardo Pinto Filgueiras, ressaltou em seu pronunciamento o apoio recebido pela administração e o empenho dos professores do Departamento para a concretização das obras.

Para o professor Roberto Maciel de Oliveira, o Departamento necessitava de um espaço maior e mais equipado para que as aulas práticas fossem ministradas de forma plena, aliando teoria e práticas de laboratório. “Os laboratórios darão uma nova condição para a condução das pesquisas, da iniciação científica à pós-graduação”, destacou.

Este salto na qualidade também é esperado pelo coordenador do curso de Graduação, Márcio Machado Ladeira, que destaca a classificação máxima para o curso de Zootecnia da UFLA no Guia do Estudante 2012, pontuado com cinco estrelas. “Muitos estudantes de graduação são bolsistas de iniciação científica e terão nestes laboratórios a oportunidade de interagir com estudantes de pós-graduação em projetos de pesquisa, favorecendo a formação diferenciada deste profissional”, reforça.

Assista à Reportagem da TV Universitária

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Confira a programação desta sexta-feira (9) para a Semana Esaliana

Nesta semana, de 5 a 11 de setembro, a Universidade Federal de Lavras celebra 103 anos de existência, com uma comunidade acadêmica crescente e dinâmica, que deverá chegar, em 2015, a 15 mil pessoas. A programação desta semana é uma prova desta evolução, com a inauguração de diversos laboratórios, setores, núcleos didático-científicos e centros de pesquisa.  

9/9 (SEXTA-FEIRA):

9h: Inaugurações:
Setor de Nutrição e Dietética
Setor de Grãos, Raízes e Tubérculos
Local: Departamento de Ciência dos Alimentos

14h30: Inauguração Centro de Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas DAE
Local: Departamento de Administração e Economia

16h30: Inauguração Conjunto anexo do DEX e Laboratórios
Local: Departamento de Ciências Exatas 

 

Estudantes de Nutrição participam de lançamento de campanha na ALMG

Cibele Aguiar

No dia 2 de agosto, professores e estudantes do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Lavras (UFLA) participaram de reunião na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, para o lançamento da campanha “Fome, Obesidade e Desperdício: não alimente este problema”. O grupo de 40 estudantes da UFLA foi acompanhado pelos professores Wilson Cesar de Abreu e Michel Cardoso De Angelis Pereira.

A campanha é uma iniciativa dos Conselhos Federal e Regional de Nutricionistas (CFN e CRN), em parceria com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e o apoio da Comissão de Participação Popular da ALMG. Objetiva sensibilizar a população para os três problemas que afligem a humanidade. Enquanto milhões de pessoas passam fome, há desperdício de alimentos e a obesidade já é epidemia em muitos países.

A estudante da UFLA, Denise Helena, compôs a mesa de trabalho, representando as mulheres que trabalham em prol da Nutrição no Brasil. Além disso, o presidente do CRN, Élido Bonomo, juntamente com o presidente da mesa, deputado André Quintão, destacaram o apoio da UFLA na Campanha.

Durante a reunião, os professores da UFLA também fizeram pronunciamentos, reafirmando o apoio da Universidade às iniciativas dos conselhos de classe. Os professores ressaltaram ainda a importância da participação dos estudantes, como contribuição para a formação de profissionais com comprometimento social.

 

Desacelerações nos preços dos alimentos e promoções de vestuário influenciam a inflação de agosto

No mês de agosto, a taxa de inflação estimada pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou negativa em 0,64%, ou seja, houve deflação; no mês passado, o índice de inflação foi de 0,03%. Como explica o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, “deflação é o inverso da inflação, não implicando que os preços de todos os produtos e serviços que compõem o índice tenham caído”. Na deflação, o que cai é a média dos preços pesquisados, conforme sua ponderação (cada preço tem um peso no IPC).

O professor afirma que a deflação de agosto ficou localizada em vários setores da economia, desde os alimentos, cuja queda média foi de 0,14%, como as despesas com material de limpeza (-3,8%), gastos com higiene pessoal (-0,16%), vestuário (-2,85%), bens de consumo duráveis – eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática, com redução nos preços de 3,16% e despesas com transporte, cuja queda foi de 0,11%.

No mês de agosto, a deflação dos alimentos ficou localizada nos produtos in natura (1,88%) e nos industrializados (1,08%). Já os alimentos semielaborados tiveram alta de 1,26%.

Entre os principais alimentos que tiveram queda em agosto, destacam-se: batata (6,81%); vagem (4,57%); alho (17,42%); quiabo (16,39%) e cebola (15,56%). De uma maneira geral, as frutas tiveram alta no mês. Entre os produtos in natura, a pesquisa identificou principalmente quedas nos preços da carne de frango (4,55). Já o arroz teve alta de 2,34% e a carne suína, aumento médio de 6,81%. E entre os produtos industrializados, as maiores quedas ficaram nos seguintes itens: farinha de trigo, fubá, polvilho, macarrão, margarina, mortadela, presunto e palmito.

Além disso, as promoções da moda inverno foi outro setor pesquisado que ajudou a segurar a inflação de agosto. O prof. Ricardo explica que de cada R$100,00 gastos por um consumidor, R$27,00 são com alimentos e R$14,80 com despesas de vestuário. Praticamente quase a metade do orçamento dos consumidores são gastos com estas duas categorias. E os últimos indicadores de inadimplência indica um nível preocupante no pagamento das prestações, o que leva o varejo a reduzir os preços.

Apesar do comportamento de baixa da maioria dos preços dos alimentos, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma alta de 1,21%. Em julho, seu valor foi de R$ 368,50 e no mês de agosto, esta despesa subiu para R$ 372,96. Os maiores aumentos foram do açúcar, arroz, derivados lácteos e carne suína.

Indicadores agrícolas sinalizam alívio no campo

Depois de três meses em que as estimativas da UFLA indicaram queda no faturamento no campo, os indicadores agrícolas sinalizaram uma reversão da economia rural em agosto de 2011, em que a renda do setor agropecuário superou os custos de produção, conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas.

De acordo com o professor Ricardo Pereira Reis, no caso específico do mês de agosto, o Índice de Preços Recebidos (IPR) teve uma alta de 3,41% e o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas ficou mais caro 0,98%. Em maio, a renda no campo caiu 0,72%, quedas de 3,85% em junho e de 0,87% em julho. No acumulado dos últimos doze meses (setembro/2010 a agosto/2011), o IPR está em 25,25% e o IPP, alta de 4,64%.

 As contribuições para a melhoria da renda agrícola em agosto vieram do setor graneleiro: para o arroz foi pago 8,7% a mais do que no mês anterior; o feijão teve alta de 5,08% e o milho ficou mais caro no campo, 12,16%. O setor leiteiro também viveu um momento de tranquilidade, com alta de 9,59% para o leite tipo B e aumento de 6,08% para o tipo C. Já a cotação do café não sofreu alterações de preços no mês.

Entre os itens que compõem os hortifrutigranjeiros, as maiores altas ficaram concentradas nos seguintes produtos: banana (2,04%), batata (5,81%), cenoura (5,75%), couve (9,09%), pimentão (16,92%), repolho (8,65%), tomate (9,49%) e frango abatido, cuja alta foi de 5,88%. E entre os produtos que ficaram mais baratos no campo, destacam-se: cebola (-7,5%), mandioca (-7,69%) e quiabo, com queda de 0,98%.

Entre os insumos agrícolas, as maiores altas em agosto ficaram localizadas nos fertilizantes (1,57%), sementes e mudas (8,68%), maquinas e equipamentos (0,68%) e frete do leite, cuja alta para o pecuarista foi de 21,74%. As maiores quedas nos insumos ficaram com os fungicidas, herbicidas, inseticidas, antibióticos, vermífugos e vacinas.