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Aluno a distância vai melhor no Enade

Folha de São Paulo, 10/09/07

Antônio Gois

Em 7 de 13 áreas onde comparação é possível no ensino superior, alunos de curso a distância superam demais estudantes

Levantamento do exame nacional mostra que vantagem nos primeiros anos de curso é ainda maior: 9 entre 13 áreas de ensino

A educação a distância, no Brasil, ainda é vista com desconfiança por boa parte da sociedade. Os primeiros resultados no Enade (exame do MEC que avalia o ensino superior) dos alunos que ingressaram em cursos superiores com essa modalidade de ensino, no entanto, mostram que, na maioria das áreas, eles estão se saindo melhor do que os estudantes que fazem o mesmo curso, mas da maneira tradicional.

Pela primeira vez desde a criação do Enade (2004), o Inep (órgão de avaliação e pesquisa do MEC) comparou o desempenho dos alunos dos mesmos cursos nas modalidades a distância e presencial. Em sete das 13 áreas onde essa comparação é possível, alunos da modalidade a distância se saíram melhores do que os demais.

Quando a análise é feita apenas levando em conta os alunos que ainda estão na fase inicial do curso -o Enade permite separar o desempenho de ingressantes e concluintes-, o quadro é ainda mais favorável ao ensino a distância: em nove das 13 áreas o resultado foi melhor.
Nesses casos, turismo e ciências sociais apresentaram a maior vantagem favorável aos cursos a distância. Geografia e história foram os cursos em que o ensino presencial apresentou melhor desempenho.

A análise só dos concluintes ainda é limitada porque apenas quatro áreas de nível superior -administração, formação de professores, matemática e pedagogia- já têm concluintes em número suficiente para que seja tirada uma média e comparada com a dos demais.
Entre os concluintes, o melhor desempenho para estudantes a distância foi verificado em administração e matemática, enquanto em pedagogia e formação de professores o resultado foi inverso.

Apesar de bem aceita em outros países, a educação a distância -em que a maior parte do curso não é realizada em sala de aula, com um professor- ainda não deslanchou no Brasil.
Quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, sinalizou o incentivo dessa modalidade -regulamentada dois anos depois pelo governo federal- alguns especialistas esperavam um crescimento acelerado, afinal, o Brasil tinha -e ainda tem- uma imensa população sem nível superior espalhada por um território vasto.

Não foi isso, porém, o que aconteceu. Segundo o último Censo da Educação Superior do MEC, relativo a 2005, havia apenas 115 mil alunos matriculados em cursos de graduação a distância -o total de universitários foi de 4,5 milhões.

O censo mostra que os cursos despertam pouco interesse. Em 2005, foram oferecidas 423 mil vagas, mas apenas 234 mil estudantes se inscreveram em processos seletivos e, desses, somente 127 mil efetivamente ingressaram nos cursos.

Fogo cruzado

‘Apesar das inúmeras experiências bem-sucedidas em outros países, o ensino a distância continua sob fogo cruzado no Brasil, com o argumento de que vai piorar a qualidade. Alguns até reconhecem o seu efeito democratizante, mas temem que traga ainda mais dificuldades a um sistema educacional com problemas. Os dois últimos Enades, no entanto, mostram que este temor é injustificado’, avalia o diretor de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior, Dilvo Ristoff.

A educação a distância é uma das principais apostas do Ministério da Educação na área de formação de professores.

Inspirado num programa iniciado há seis anos pelo governo do Rio, o MEC criou a UAB (Universidade Aberta do Brasil), que funcionará como um consórcio formado por universidades e centros federais que oferecerão cursos a distância.

O secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, diz que o foco na formação de professores nos primeiros cursos oferecidos pela UAB acontece não por uma limitação do curso a distância, mas sim para atender a uma demanda não atendida. ‘É possível estender a outras áreas, desde que não se abra mão da qualidade.’

Estudantes adeptos da modalidade afirmam que cobranças são grandes

Alunos que estudaram a distância contam que é preciso disciplina e organização para tirar boas notas. Como não há professores diariamente em sala de aula para explicar cada matéria, é preciso não deixar a leitura e as dúvidas acumularem para as vésperas das provas, feitas sempre na presença de um inspetor ou docente.

Maica Gonçalves, 29, por exemplo, cursa Biologia na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) por meio do Cederj, consórcio criado pelo governo do Estado do Rio com a participação das seis universidades públicas do Estado. Ela diz que escolheu o curso não por falta de opção de cursos presenciais, mas, sim, por falta de disponibilidade para freqüentar diariamente as aulas de um curso tradicional.

Ela diz que, em sua decisão, pesou também o fato de o diploma vir com a chancela da UFRJ. ‘Não é fácil como muitas pessoas pensam. Acho até que eles cobram mais do que num curso presencial. Também não dá para deixar as dúvidas acumularem. A gente pode tirar as dúvidas por telefone, por e-mail ou com tutores que nos ajudam nos pólos do consórcio. Mas não é como uma aula tradicional, em que o professor explica e nós escutamos. A gente leva as dúvidas e eles [os tutores] nos ajudam.’

Silvio Figueiredo Júnior, 36, que se formou em 2005 em matemática pela UFF (Universidade Federal Fluminense) por meio do Cederj, também diz acreditar que o curso a distância é mais puxado do que o presencial: ‘Já tinha feito um curso presencial, e achei o a distância muito mais difícil. Não tem ninguém para ficar cobrando você todo dia e, por isso, você precisa se organizar melhor.’

SP veta docente com formação a distância

Uma demonstração de que a garantia de qualidade na educação a distância ainda está longe de ser consensual entre os educadores foi dada em junho deste ano pelo Conselho Municipal de Educação de São Paulo, que recomendou à prefeitura que não admitisse professores formados por essa modalidade de ensino.

O principal argumento dos conselheiros contra a educação a distância foi que, no município, não haveria a necessidade de contratar professores por essa modalidade, já que há número suficiente de docentes formados em cursos presenciais.

Concorrência

Os relatores José Augusto Dias e Rubens Barbosa de Camargo argumentaram em seu relatório que, no caso da cidade de São Paulo, os últimos concursos para contratação de professores tiveram concorrência de mais de 25 candidatos por vaga.

Afirmam ainda que, mesmo nas disciplinas em que há mais carência de professores no Brasil -como geografia, física e matemática-, houve número mais do que suficiente de candidatos em São Paulo.

Para eles, a contratação de professores a distância se justifica em casos emergenciais, o que não se verificaria na capital paulista. No entender dos membros do conselho, no caso da formação de professores, quando se pode escolher, o melhor é optar pela formação presencial.

Inapropriado

‘Do ponto de vista pedagógico, não é apropriado falar em educação a distância para a formação de docentes. Os meios eletrônicos podem transmitir preciosos conhecimentos, mas a educação não se faz apenas com conhecimentos. Há valores essenciais a uma educação completa que somente é possível adquirir pela convivência’, diz o relatório.

Professores da Ufla participam de seminário na Argentina

Professores do Departamento de Medicina Veterinária (DMV) e de Zootecnia (DZO, da Universidade Federal de Lavras participam de seminários em Biotecnologia aplicada na Piscicultura na Universidad Nacional de Rosário, na Argentina como parte do projeto ‘Manutenção da Biodiversidade da Curimba – Prochilodus lineatus’ financiado pela CAPES sob a coordenação do professor Luis Murgas do DMV.

Estiveram presentes os professores Rilke Freitas, Luis Murgas, Elias Fialho e Henrique Figueiredo.

Responsabilidade melhora escola

O Estado de São Paulo, 09/09/07

Simone Iwasso

Estudo aponta que desempenho de alunos aumenta quando professores são bonificados e têm de prestar contas

A aplicação na rede pública brasileira de um modelo educacional implementado nos anos 80 na Inglaterra e na década seguinte nos Estados Unidos seria capaz de reduzir em cerca de 30% a diferença entre o desempenho do Brasil e o da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no teste do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), de acordo com uma projeção feita pelo Ibmec São Paulo.

O estudo levou em conta a melhora apresentada pelos estudantes das escolas nas avaliações governamentais após a adoção do programa e o desempenho nos testes internacionais, criando uma média e aplicando-a aos resultados brasileiros. O modelo em questão, chamado school accountability (responsabilidade escolar), é baseado em três pilares e foi implementado em alguns Estados norte-americanos.

O primeiro deles é a elaboração de um currículo único que determina o que deve ser ensinado em cada disciplina a cada ano do ensino, quesito que ainda engatinha no Brasil e está ausente na maior parte da rede pública. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura terminou no mês passado de elaborar o seu currículo único para o ensino fundamental. O Estado pretende apresentar, até o início de 2008, sua versão para o ensino médio.

O segundo ponto é a implementação de avaliações regulares ao final de cada ciclo para medir o quanto cada aluno aprendeu e identificar falhas no processo. Esse é o ponto no qual o Brasil está em melhor situação, já que o Ministério da Educação conseguiu criar uma cultura de avaliação nos últimos dez anos e muitas redes municipais e estaduais também têm realizado anualmente ou a cada dois anos as suas próprias.

O terceiro e mais polêmico item é a responsabilização da equipe da escola, inclusive professores, pelo desempenho dos alunos. Esse, que começa a ser discutido agora na rede brasileira de alguns Estados, e que esbarra na resistência de sindicatos, é o que mais mostrou diferença na performance dos estudantes quando aplicado nas instituições americanas. Tanto que, em algumas regiões onde apenas os dois primeiros pontos foram colocados em prática, houve pouca variação no desempenho em avaliação.

“De todas as políticas implementadas nos Estados Unidos, essa foi a que mais teve resultado e com custos menores, possibilitando sua ampliação para um número maior de instituições”, explica o economista Eduardo Andrade, professor do Ibmec São Paulo e autor do estudo.

“Por exemplo, diminuir o número de alunos por sala de aula para até 15 custou US$ 3,5 mil dólares por aluno ao ano. Já no school accountability, o valor investido é de US$ 447 e a mudança no desempenho é maior”, diz.

Pelo programa, para o bom desempenho do estudante, promove-se uma distribuição de bônus em dinheiro para as escolas. Para notas ruins, toda a equipe escolar deve apresentar uma justificativa ao governo e passar por programas de reciclagem. Em último caso, a unidade pode até ser fechada.

Mais recursos para a educação

Folha de São Paulo, 06/09/07

MILÚ VILLELA*

Entre 1998 e 2007, R$ 43,5 bilhões deixaram de ir para o financiamento do ensino público no Brasil por causa da DRU

Muito tem se falado sobre a prorrogação, até 2011, da CPMF. A tal ponto, porém, que pouca ou quase nenhuma atenção tem sido dedicada à prorrogação, também até 2011, de um mecanismo que há mais de dez anos afeta diretamente a educação brasileira.

Esse instrumento legal é denominado DRU (Desvinculação de Receitas da União) e, para entender como funciona, basta pensar que 20% de todos os impostos que, pela Constituição, deveriam ir para a educação podem ser destinados pelo governo federal para outras áreas.

Assim como a CPMF, a DRU também foi criada com prazo de validade bem definido: sua vigência se encerra em 2007. Por isso, o governo busca agora a prorrogação de ambas, que tramitam juntas na mesma proposta de emenda constitucional.

No entanto, a sociedade tem o direito e o dever de acompanhar de perto as discussões sobre a prorrogação da DRU, entender seus efeitos para a educação e reagir. Entre 1998 e 2007, R$ 43,5 bilhões deixaram de ir para o financiamento do ensino público no Brasil por causa da DRU. Um montante de recursos que não podemos nos dar ao luxo de tirar da educação, que deve ser a política pública prioritária do país.

O desafio atual é o da qualidade. O Brasil não deve se contentar em ter suas crianças na escola; é preciso que elas efetivamente aprendam o que devem aprender -e isso, convenhamos, não está acontecendo. Nossas crianças e jovens possuem o direito inalienável a uma educação de qualidade, para que tenham o prazer de ir à escola todos os dias, sabendo que vão adquirir os conhecimentos e as capacidades que utilizarão na vida adulta.
Hoje, o Brasil investe US$ 870 per capita por ano, em média, nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, metade do investimento realizado pelo México e quase cinco vezes menos que o da Coréia do Sul, por exemplo.

O momento, portanto, exige a ampliação dos recursos -como estabelece a meta cinco do Compromisso Todos pela Educação-, e não a perpetuação de um mecanismo que tira dinheiro do ensino público. Uma alternativa viável à prorrogação da DRU até 2011 está sendo discutida no âmbito da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. A idéia é reduzir progressivamente a incidência, nos próximos quatro anos, da DRU sobre os recursos da educação.

De acordo com o projeto, de autoria do deputado Rogério Marinho (PSB-RN), a incidência da DRU sairia dos atuais 20% para 15% em 2008, 10% em 2009, 5% em 2010 e zero em 2011.

Isso representa R$ 17 bilhões a mais para a educação básica nos próximos quatro anos. Por outro lado, caso a DRU permaneça no atual formato, outros R$ 28 bilhões deixarão de ir para o ensino público nesse período.

Esta é hora de a sociedade discutir o assunto e mobilizar seus deputados para que façam o mesmo, garantindo os recursos aos quais a educação tem direito por determinação constitucional. Se perdermos a oportunidade, o assunto voltará à pauta somente em 2011. Mas, aí, pode ser tarde demais.

Em quatro anos, uma parte importante do caminho que leva ao cumprimento das cinco metas do Todos Pela Educação e do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do MEC, para 2022 já terá sido percorrida.

O primeiro passo no sentido de mobilizar a sociedade para o debate sobre a DRU será dado hoje, quando a Comissão de Educação e Cultura da Câmara realiza uma audiência pública a respeito do tema.

O Compromisso Todos Pela Educação estará presente, colocando a serviço da causa da educação os esforços dessa grande aliança entre organizações sociais, gestores públicos de ensino, educadores e iniciativa privada.

Falta de dinheiro não é o único obstáculo à construção de uma escola melhor no Brasil. Mas, sem os recursos adequados, fica mais difícil implantar outras melhorias, como as que dizem respeito à gestão. Somente com o orçamento apropriado teremos o caminho pavimentado para que se obtenham resultados concretos do grande esforço nacional pela educação básica de qualidade.

*Milú Villela, 60, é presidente do Faça Parte – Instituto Brasil Voluntário, embaixadora da Boa Vontade da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e membro fundador e coordenadora do Comitê de Articulação do Compromisso Todos pela Educação, além de presidente do MAM (Museu de Arte Moderna) e do Instituto Itaú Cultural.

Prêmio Santander prorroga inscrições

Prêmio Santander prorroga inscrições

Portal Universia, 31/08/07

Novo prazo para prêmio de empreendedorismo é 16 de setembro

Se você ainda não fez sua inscrição no Prêmio Santander de Empreendedorismo, uma boa notícia: o prazo para envio dos sumários executivos foi estendido até o próximo dia 16 de setembro. Para o prêmio de Ciência e Inovação, as datas seguem inalteradas. Criado para premiar e apoiar pesquisas e projetos inovadores, o prêmio chega à terceira edição com muitas novidades – entre elas, a criação de etapas regionais – e um atraente montante de R$ 350.000,00 em prêmios.

‘O Universia fica encantado de poder organizar um projeto como este. É uma oportunidade grande de dar visibilidade a projetos que muitas vezes não a teriam de outra forma, e também incentivar o surgimento e promoção destes dentro da universidade’, afirma a diretora-geral do Universia Brasil, Alina Correa.

No prêmio de Empreendedorismo, aberto a graduandos e pós-graduandos regularmente matriculados em uma Instituição de Ensino Superior parceira do Universia e/ou do Santander, estarão sob avaliação projetos de negócios. Na primeira etapa da seleção, será avaliado o sumário executivo do projeto apresentado pelo participante. Para os finalistas, no entanto, o trabalho aumenta – terão que enviar um plano de negócios completo. Já quem pretende competir no prêmio de Ciência e Inovação, aberto a pesquisadores Doutores, deverá apresentar um projeto de pesquisa inovador desenvolvido em uma Instituição de Ensino Superior parceira do Universia e/ou do Santander.

‘Estes prêmios compõem um estímulo importante ao empreendedorismo e à inovação, especialmente porque partem de uma instituição privada e reconhecida’, afirma o coordenador do Núcleo de Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral, Afonso Cozzi, membro da comissão julgadora dos prêmios Santander de Empreendedorismo. ‘Esta iniciativa estimula a sociedade a parar de pensar apenas na empregabilidade e voltar seus olhos para o empreendedorismo. Faz com que pensemos em criar novas empresas e não só novos empregos’.

As duas primeiras edições dos prêmios Santander mostraram que não é apenas em dinheiro que os vencedores são congratulados. A oportunidade de expôr um projeto à empresas, especialistas, pesquisadores e investidores dá aos finalistas uma visibilidade que dificilmente conseguiriam de outra maneira. Neste ano, serão selecionados até 24 finalistas do prêmio de Empreendedorismo e até 18 no prêmio de Ciência e Inovação.

‘Para o aluno de uma universidade é uma oportunidade excelente. Na verdade, ainda que se considere o valor em dinheiro, ele sempre será o menos importante frente a todas as oportunidades que um prêmio dessa natureza pode dar’, acrescenta Alina. ‘No ano passado, por exemplo, trouxemos representantes da FIESP, dos centros de empreendedorismo das universidades e de empresas que estavam ali de olho nos projetos. E não apenas para os vencedores, mas só o fato do estudante estar entre os finalistas de um grupo tão forte, já é uma visibilidade enorme.’

Regionalização e desenvolvimento

Para este ano, os prêmios Santander trazem uma série de novidades interessantes para os participantes. Alterações que visam equilibrar e qualificar ainda mais o nível da disputa, dando suporte e maiores oportunidades para os participantes. Neste sentido, a mudança mais importante é a criação de uma etapa regional da disputa. Ao contrário dos anos anteriores, em que a premiação era disputada por participantes de todo o Brasil, indistintamente, nesta edição, eles serão divididos em três grupos.

Nestes grupos, será feita uma pré-seleção, em que serão escolhidos até dois finalistas por categoria em cada região. Os prêmios são divididos nas seguintes categorias:

Empreendedorismo

* Indústria
* Biotecnologia
* Tecnologia da Informação e Comunicação
* Cultura e Educação

Ciência e Inovação

* Indústria
* Biotecnologia
* Tecnologia da Informação e Comunicação

O vencedor de cada categoria receberá R$ 50 mil como premiação principal.

Esta forma, além de tornar a disputa mais equlibrada, dá mais oportunidades para que as instituições de Ensino Superior que possuam alunos finalistas tenham mais visibilidade regionalmente, além de incentivar o desenvolvimento do empreendedorismo nessas regiões. ‘Por seu perfil, o prêmio fomenta o ensino do empreendedorismo no âmbito universitário, momento em que as idéias inovadoras estão mais propensas a surgir’, acrescenta Cozzi.

‘Para a universidade, também é uma grande oportunidade de obter visibilidade. Porque ter um aluno participando dá à universidade a chance de mostrar expor pesquisas e estudos que muitas vezes, por se tratar de áreas herméticas da pesquisa, ou mesmo que não estão no foco principal daquela instituição, não aparecem tanto’, completa Alina. ‘Por isso, acredito que as universidades precisam incentivar a participação de seus alunos.’

Apoio

Outra novidade é que os participantes da edição 2007 do Prêmio Santander de Empreendedorismo contarão com um apoio relevante em competições dessa natureza. Será oferecido a todos os participantes inscritos a possibilidade de participar de um curso on-line sobre planos de negócios – fundamental para quem quer apostar na própria empresa.

Nele, os participantes terão conhecimentos básicos sobre um plano de negócios, tais como: o conceito de um plano, entender como funciona o negócio, informações sobre produtos e serviços, análise de mercado e elaboração de um plano de marketing e de um plano financeiro.

Os vencedores de cada categoria também terão um acompanhamento posterior para favorecer o desenvolvimento do projeto.

Docentes vão paralisar suas atividades no próximo dia 13

Folha Dirigida, 04/09/2007

Docentes das universidades federais do país vão paralisar suas atividades no próximo dia 13. A data será de vigília em todas as instituições, já que na ocasião ocorrerá o terceiro encontro entre integrantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) com representantes do Ministério do Planejamento. Nas duas reuniões já realizadas, os professores não tiveram sua pauta de reivindicações atendida e ainda receberam a informação de que o governo não dispõe de recursos financeiros para conceder reajuste salarial neste ano.

‘Nos últimos dois encontros que tivemos o governo não apresentou nada. Eles ficaram de se pronunciar e eventualmente apresentar uma contra-proposta à nossa pauta. Se isso não ocorrer, não será possível termos uma negociação e, conseqüentemente, teremos que recorrer a greve. Vamos esperar e se nada acontecer, devemos paralisar nossas atividades ainda na última semana deste mês’, adianta o presidente do Andes, Paulo Rizzo.

A pauta de reivindicações do Andes inclui – além da questão salarial – a luta contra a precarização do trabalho docente; a defesa da educação pública; a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e a abertura imediata de concurso público. O sindicato também não concorda e pede a revogação de duas medidas do governo.

A primeira crítica é em relação ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) – criado através do decreto 6.096, de 24 de abril deste ano. O objetivo, segundo o governo, seria de criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, no nível de graduação, pelo melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas universidades federais. Apesar da justificativa dos seus criadores, Rizzo já havia se mostrado contra o Reuni. ‘Estamos alertando a categoria porque esse decreto agride os professores. O governo quer dobrar o número de alunos e manter a mesma quantidade de professores. A exigência de salas com, no máximo, 50 alunos para o credenciamento das instituições passaria para 150 alunos. Em geral, ele estimula a massificação sem demonstrar preocupação com o trabalho dos docentes’, lamentou. O outro ponto criticado pelo Andes é a Portaria Interministerial número 22, de 2007, que cria o banco de professores-equivalente.

No próximo dia 15, o Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Andes voltará a se reunir para avaliar os resultados do encontro com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, e das assembléias realizadas nas seções sindicais. Após avaliarem o contexto de todos os encontros, o sindicalistas irão definir o desfecho da mobilização.

Inaugurado o relógio de contagem regressiva para o Centenário

Além de marcar data, hora e temperatura, o relógio vai contar os dias para os 100 anos da Universidade Federal de Lavras

Com uma haste metálica de 2,80m de altura e uma placa luminosa de 2m por 1,20m de largura, foi inaugurado no último dia 05 de setembro o contador regressivo digital, que da largada às comemorações do centenário. Foram escolhidos lugares estratégicos da cidade para sua colocação – entrada da Universidade e Praça da Bandeira.

Os 100 anos da Universidade Federal de Lavras prometem muito mais que inaugurações e eventos isolados. Serão 12 meses de acontecimentos envolvendo estudantes, professores, técnicos administrativos da instituição e comunidade lavrense.

Na solenidade de instalação, participaram o reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, o presidente do Conselho Deliberativo da Faepe e presidente da Comissão organizadora das festividades em comemoração ao Centenário, Luiz Antônio Lima, o secretário de Esportes, Lazer e Turismo de Lavras José Oscar de Paiva Vieira, representando a prefeita Jussara Menicucci de Oliveira.

O evento que teve início com a apresentação da Banda Euterpe Operária, sob a regência do maestro Lázaro Aquino, finalizou com uma queima de fogos de artifício.

e acordo com o presidente da Comissão do Centenário, o professor Luiz Antônio Lima, “O relógio é um marco, que neste período tem o objetivo de lembrar diariamente o aniversário da Universidade divulgando mensagens e informações sobre os eventos”. Ainda de acordo com o professor “a empresa que produziu o relógio é a mesma que fez os placares do Mineirão”.

Palavras do Reitor

Segundo o professor Antônio Nazareno, atual reitor da Ufla, o momento tem um grande simbolismo, porque “iniciamos, de fato, o ano em comemoração ao centenário de fundação da Universidade e esperamos contar com a efetiva participação de todos. Poucas instituições de ensino superior, no Brasil, são centenárias e no caso da EAL/ESAL/UFLA, sua história foi construída graças ao trabalho coletivo de toda comunidade universitária, da cidade de Lavras e da região”, encerra o Reitor.(Aneliese Castro).

Confraternização com aposentados do quadro da Ufla

Dentro da programação em comemoração aos 99 anos de fundação da Universidade Federal de Lavras, foram homenageados os servidores que se aposentaram no período de setembro de 2006 até o momento.

Servidores Aposentados

Ester Maria Vitor Silva, Henrique Aubertie Pinto, Ângelo Alberto de Moura Delphim , Mércia Magalhães, Isbela Maria do Rosário Silva e Antônio João dos Reis.

No evento foram prestadas homenagens aos servidores docentes e técnicos que de alguma forma prestaram serviços à administração da Esal/Ufla.

Os homenageados receberam um certificado em reconhecimento ao exemplo de competência, dedicação e empenho profissional revelados no desempenho de suas funções como ocupante de cargo de direção na Esal/Ufla, contribuindo para o reconhecimento publico da excelência da Ufla e uma réplica da Medalha Comemorativa do Centenário de fundação da Instituição.

Homenageados

Adimilson Bosco Chitarra, Alfredo Scheid Lopes, Américo Iorio Ciociola, Angelo Alberto de Moura Delphim, Antônio Ilson Gomes de Oliveira, Antônio João dos Reis, Antônio Resende Soares, Arnoldo Junqueira Netto, Augusto Ferreira de Souza, Benedito Lemos de Oliveira, Clauzer de Souza Duarte, Dorval Botelho Santos, Edgard Alencar, Eliana Pinheiro de Carvalho, Enivanis de Abreu Vilela, Eros Gomide de Alvarenga, Eufêmio Steiner Gomes Juste Júnior, Evandro Menicucci, Evódio Ribeiro Vilela, Fernando Costa Santa Cecília, Fernando Octávio de Avellar, Geraldo Aparecido de Aquino Guedes, Gilnei de Souza Duarte, Hélcio Alves Teixeira, Hélio Corrêa, Igor Maximiliano E. Von Tiesenhausen, Ivan Geraldo de Andrade, Jander Pereira Freire, João Batista Soares da Silva, Joaquim dos Santos Penoni, José Amâncio de Souza, José Geraldo de Andrade, José Oscar de Paiva Vieira, Jovino Amâncio de Moura Filho, Lauro Antônio Fernandes de Souza, Lucimar Leão Silveira, Luiz Carlos Gonçalves Costa, Luiz Henrique de Aquino, Luiz Onofre Salgado, Marcelo Adhemar de Andrade Carvalho, Márcio Bastos Gomide, Márcio de Castro Soares, Marco Antônio de Andrade, Maria Elisabete Fernandes Ciociola, Maria Isabel Fernandes Chitarra, Maurício de Souza, Milton Moreira de Carvalho, Nelson Venturin, Oliveiro José Vieira, Paulo Roberto da Silva, Ramon Alvarenga, Rogério Santoro Neiva, Sarasvate Hostalácio, Tarley Fantazzini, Vander Azevedo Morais, Vanilda Amâncio Bezerra de S. Costa, Vicente de Paula Vítor, Victor Gonçalves Bahia, Waldenor da Rocha Gomes e Weber Almeida.

Novas salas de aula no Departamento de Agricultura

O Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras foi criado pelo Regimento da Escola Superior de Agricultura de Lavras em seis de janeiro de 1966. É o mais antigo departamento didático-científico e também um dos maiores da Ufla. Dele saíram os departamentos de Ciências Florestais e de Biologia.

Estão sediadas no Departamento, as Coordenações dos Cursos de Graduação em Agronomia e Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia, ambos os mais antigos e maiores cursos da Universidade em número de estudantes, bem como oito Núcleos de Estudos Temáticos sendo: Cafeicultura, Cultura de Tecidos, Fruticultura, Floricultura e Paisagismo, Grandes Culturas, Olericultura, Plantas Daninhas e Plantio Direto, e a Empresa Terra Júnior.

O Departamento de Agricultura congrega docentes e pesquisadores da Agronomia, e servidores técnico-administrativos, que atuam no ensino, na pesquisa e na extensão, gerando expressiva produção científica com a participação de estudantes. Agrega dez Setores, estabelecidos em conformidade com subdivisões de sua área de atuação (Agricultura Geral, Cafeicultura, Cultura de Tecidos, Floricultura e Paisagismo, Fruticultura, Grandes Culturas, Olericultura, Plantas Daninhas, Plantas Medicinais e Sementes).

A história do Setor de Agricultura Geral confunde-se com a história do DAG, e, em parte, com a história da própria Esal/Ufla. Neste Setor atuaram os professores pioneiros Tancredo Paranaguá, Jaziel Resende e Eurípedes Pacheco (Paivaca), todos de saudosa memória. Mais recentemente o Setor foi dirigido pelos professores Waldenor da Rocha Gomes e Gabriel José de Carvalho. Atualmente é dirigido pelo professor Luiz Antônio Augusto Gomes, e dele participam o professor Gabriel e Èlberis Pereira Botrel.

Pelo Setor de Agricultura Geral passam estudantes de graduação de vários cursos da Ufla, em seus primeiros contatos com disciplinas da área de Agrárias. Muitos desses estudantes desenvolvem aqui suas pesquisas, juntamente com seus colegas do curso de pós-graduação em Fitotecnia.

Para o descerramento e leitura da placa foram convidados: o reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, o chefe do Departamento de Agricultura, Samuel Pereira de Carvalho, o professor aposentado Waldenor da Rocha Gomes e o responsável pelo Setor de Agricultura Geral Luiz Antônio Augusto Gomes.

Audiência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados discute residência em Veterinária

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados promoveu, nesta terça-feira (04/09), audiência pública para discutir a oferta de vagas e as condições técnicas para residência médico-veterinária. O encontro buscou formular uma pauta de reivindicações a ser encaminhada ao Ministério da Educação.

Estiveram presentes os deputados federais Waldir Maranhão (PP – MA), Alice Portugal (PcdoB – BA) e Gilmar Machado (PT – MG), o presidente da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), o coordenador do Fórum de Dirigentes dos Hospitais Veterinários (Fordhov), Marco Antonio Ribeiro de Faria, o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Benedito Fortes de Arruda, e o diretor do Departamento de Residência e Projetos Especiais da Saúde, José Wellington Alves dos Santos (Derem/MEC).

O presidente do Fordhov afirmou que a residência médica existente no Brasil caracteriza-se por um programa de intervenção destinado aos médicos veterinários, compreendendo duas fases distintas. Mesmo assim, o Ministério da Educação não reconhece a existência desta modalidade de ensino. “O não reconhecimento faz com que não exista repasse de recursos para que Instituições de Ensino Superior consigam manter essas atividades”, ressaltou.

Para o professor Arquimedes Ciloni, a rubrica específica para os hospitais veterinário é a principal reivindicação das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Ele também ressaltou a importância de se criar um Programa Nacional em Medicina Veterinária, oferecendo condições para que os hospitais garantam a continuidade de suas atividades.

Benedito Fortes de Arruda fez um histórico dos cursos de medicina veterinária no Brasil. Segundo ele, o crescimento desenfreado destas faculdades tornou-se mercantil a partir de 1990, quando surgiram 57 novas escolas de veterinária no País. “Esse crescimento faz com que fiquemos preocupados com a qualificação dos profissionais que estão chegando no mercado de trabalho”, afirmou.

O deputado Waldir Maranhão afirmou ser fundamental perceber a importância da medicina veterinária e de sua residência médica. “A profissão completará 40 anos e tenho certeza de que podemos provocar o eco para essa iniciativa, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população”, disse.

Para a deputada Alice Portugal, os hospitais veterinários padecem dos mesmos problemas dos hospitais universitários, mas com mais intensidade pela falta de recursos e de pessoal. “É preciso valorizar essa profissão. Os hospitais veterinários precisam ser equipados e qualificados. É necessário pensar na inclusão de profissionais concursados e de carreira nesses hospitais para que eles não sejam carregados nas costas pelos residentes”, afirmou.

O deputado Gilmar Machado ressaltou a importância do debate para garantir a fonte de financiamento para os hospitais universitários. Segundo ele, se a questão não constar da discussão do Plano Plurianual (PPA), não haverá a execução destes recursos.

O diretor José Wellington se colocou à disposição para levar as demandas ao Ministério da Educação. Ele ressaltou a importância da integração do MEC, do MAPA e do Ministério da Saúde para desenvolver a residência médica veterinária.

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)