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Dicas de português

Dicas de Português: Nacionalidade: brasileiro ou brasileira?

Uma pergunta que me é feita frequentemente é a seguinte: preenchendo um questionário, após o item “nacionalidade”, um homem deve escrever o quê?

Por exemplo: “Nacionalidade: brasileira”. Ou será “brasileiro”?

Não existe vínculo sintático que justifique a concordância com o substantivo “nacionalidade”.

A concordância, portanto, é feita naturalmente com o sexo da pessoa.

Ou seja, quando é um homem, “Nacionalidade: brasileiro”; quando é uma mulher, “Nacionalidade: brasileira”.

Se houver vínculo sintático, isto é, os termos pertencerem a uma frase/oração, claro que o adjetivo-predicativo concordará com o substantivo-sujeito: “A nacionalidade do diretor é brasileira”.

Fonte: www.portuguesnarede.com

Paulo Roberto Ribeiro – DCOM

Dicas de Português: O uso do hífen e o novo acordo ortográfico

Segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa ,  emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade semântica e mantêm acento próprio, podendo o primeiro elemento ser reduzido: arco-írisdecreto-leimédico-cirurgiãorainha-cláudiaguarda-noturnosul-africanoafro-asiáticoprimeiro-sargentoguarda-chuva, etc.

No entanto, existem determinados compostos em relação aos quais se perdeu a noção de composição, e estes casos grafam-se aglutinadamente, por exemplo: girassolmadressilvapontapé, entre outros.

Em relação aos compostos que designam espécies botânicas e zoológicas, este acordo acrescenta ainda que se utiliza o hífen quer estejam ou não ligados por preposição ou qualquer outro elemento, por exemplo: abóbora-meninafeijão-verdeervilha-de-cheirofava-de-santo-ináciobem-me-quercobra-capeloformiga-brancalesma-de-conchinhabem-te-vi, onça-pintada, pica-pau-do-campo,tigre-de-bengala,palma-de-santa-rita, cáscara-sagrada, coroa-de-cristo, etc.

Fonte: www.linguabrasil.com.br

 

Paulo Roberto Ribeiro

DCOM/UFLA

Dicas de Português: Acidente, incidente

Os dois substantivos têm o significado de acontecimento, ocorrência ou evento de caráter casual, inesperado. A palavra acidente tem outros significados, mas no seu sentido abstrato de processo ela traz a ideia negativa de sofrimento, dano, lesão:

 

O ônibus escolar sofreu um acidente a caminho do colégio, por isso deixou de apanhar as crianças.

 

Já a palavra incidente está relacionada a uma ocorrência de que não resulta ferimento, dano, estrago ou outros fatos graves. Ou seja, quando a circunstância é apenas imprevista mas não apresenta consequência de gravidade, deixa de seracidente para ser incidente, passando pois a significar “circunstância acidental, episódio, questão acessória”:

 

O ônibus escolar esqueceu de apanhar uma criança no colégio, mas a diretora achou que o incidente não merecia sua interferência.

 

Quesito, requisito

 

Quesito = ponto, questão, pergunta a ser respondida, item.

Requisito = exigência, condição necessária, formalidade a ser atendida.

 

Os quesitos mais difíceis da prova foram elaborados por renomado professor francês.
Informação correta é requisito para se ter opinião.

 

Houve um tempo em que quesito valia por requisito no sentido de “condição”. Por exemplo, “preencher certos requisitos para obter emprego” podia também ser dito “preencher certos quesitos”, mas atualmente se faz a distinção entre os dois termos como acima explanado.

 

Tachar, taxar

 

Tachar deriva de tacha, substantivo que vem do francês tache e significa mancha, nódoa ou, figurativamente, defeito moral (mancha espiritual). Daí que o verbo tachar tem o sentido de “pôr mancha ou defeito em; censurar, acusar de”. É um verbo que só se emprega em sentido negativo, para indicar as más qualidades de alguém ou de alguma coisa:

 

O deputado criticou também a oposição, tachando-a de indecisa quanto à emenda proposta pelo presidente da República.

 

O verbo taxar significa “cobrar tributos, fixar o preço, lançar um imposto sobre; impor limites, fixar uma quantia”. Está ligado a taxa (imposto, tributo).

 

O governo não pretende taxar o preço do álcool combustível.
A movimentação financeira será taxada novamente, dizem.

 

Fonte: www.linguabrasil.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – DCOM

Dicas de Português: Fui eu que fiz o jantar ou Fui eu quem fez o jantar?

— Como é correto dizer: Fui eu que fiz o jantar ou Fui eu quem fez o jantar?

— Gostaria de esclarecer uma dúvida quanto ao emprego do “que” e do “quem” em concordância com os verbos ser e fazer. Exemplo: Foi ela que fez ou Foi ela quem fez. Fui eu quem fiz ou Fui eu quem fez. Foi eu que fiz ou Foi eu quem fiz.

Há duas boas maneiras de construir esse tipo de frase:

  1. Usa-se QUE e o verbo concorda com o sujeito antecedente:

Fui eu que fiz e paguei a aposta.

Foi ela que me acusou.

Foi José que se matriculou, e não seu irmão.

Foi você que prometeu e não cumpriu. Ou foi o governo federal?

Fomos nós que aguentamos a onda.

 

  1. Usa-se QUEM e o verbo fica na terceira pessoa do singular:

Fui eu quem fez e pagou a aposta.

Foi ela quem me acusou.

Foi José quem se matriculou, e não seu irmão.

Foi você quem prometeu e não cumpriu. Ou foi o governo federal?

Fomos nós quem aguentou a onda.

Foram eles quem atrasou a obra.

Foram apenas as meninas quem se machucou.

 

Considero as primeiras frases melhores, mais agradáveis ao ouvido. Talvez por isso sejam mais comuns do que as segundas, principalmente quando o sujeito está no plural. Isto é, “foram elas que se machucaram” soa melhor do que “foram elas quem se machucou”.

 

Existem alguns livros dedicados a ensinar português que afirmam ser correta também uma terceira forma, qual seja, a frase com “quem” e o verbo concordando com o sujeito antecedente, por exemplo: “Fui eu quem fiz, fomos nós quem fizemos”. Discordo. E acredito que deva ter havido algum lapso por aí, pois nunca ouvi brasileiros falarem assim.

 

Nesse ponto, prefiro ficar com Napoleão Mendes de Almeida, que diz textualmente: “Quando tem por antecedente um pronome pessoal reto, o ‘que’ pode vir substituído por ‘quem’, o que nos obriga [grifo meu] a levar o verbo para a terceira pessoa do singular: Somos nós quem paga – Sou eu quem vai – Fui eu quem abriu esta polêmica – Eu e V. Exa. somosquem vende – És tu quem favorece a minha resolução” (Dicionário de Questões Vernáculas, 1981, p. 256).

 

Por fim, é bom observar que em qualquer dos casos o verbo ser que inicia a oração faz a concordância com o sujeito a quem ele se refere. É por isso que às vezes se usa FUI [concorda com eu] e às vezes FOI [concorda com ele/ela/você], assim como se usa FOMOS e FORAM respectivamente para a primeira e a terceira pessoa do plural.

 

Naturalmente, o mesmo tipo de frase pode ser empregado no tempo presente ou no futuro, como vemos abaixo:

 

Hoje sou eu que pago.

Hoje sou eu quem paga.

É ela que sempre me aborrece.

É José quem se diz bem-sucedido, e não o irmão.

Somos nós quem aguenta a onda.

Somos nós dois que temos de resolver o impasse.

 

Fonte: www.linguabrasil.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – DCOM

 

Dicas de Português: Questão de gênero

Há poucos anos não passava pela cabeça de ninguém a possibilidade concreta de uma mulher ostentar, de fato, a faixa verde-amarela. Falava-se no assunto

como hipótese utópica. Até chegar lá… Ops! Chegamos. O número de eleitoras ultrapassou o de eleitores. O voto feminino passou a ser disputado a tapa.

Tudo começou com o movimento feminista. Nos anos sessenta, as mulheres foram à luta. Queriam os mesmos direitos que os homens. Abusaram dos trajes masculinos. Desfilaram barrigas grávidas. Queimaram sutiãs em praça pública. Não deu outra. Conquistaram a universidade e o mercado de trabalho. Sentaram-se no Parlamento. Vestiram togas. Engrossaram as fileiras das Forças Armadas. Ocupar o Palácio do Planalto era questão de tempo. Não é mais.

Ao longo da ascensão, outra batalha corria solta. O alvo foi a língua. “O português é machista”, decretaram elas sem ligar pra injustiça. A razão: ao englobar os gêneros, a palavra fica no masculino plural. “Meus filhos” inclui os filhos e as filhas. “Os devedores” abarca as devedoras e os devedores. A luta pelo gênero se impôs.

José Sarney percebeu a virada. “Brasileiras e brasileiros”, saudava ele. Homens e mulheres acharam a novidade simpática. O SBT aproveitou a onda. Pôs no ar a novela com o mesmo bordão. A partir daí, distinguir o gênero deixou de ser gesto de simpatia. Virou obrigação. “Meus amigos e minhas amigas”, dizia FHC. “Senhores deputados e senhoras deputadas”, cumprimentava Aécio Neves. “Caros senadores e caras senadoras”, bradavam Suas Excelências da tribuna.

De obrigação passou a obsessão. Hoje, não faltam situações como estas: “Pedimos aos presentes e às presentes que se levantem”. “Os estudantes e as estudantes devem usar uniforme.” “Os debatedores e as debatedoras chegarão ao meio-dia.” Nos convites, todo o cuidado é pouco. A consagrada fórmula “senhor e senhora Paulo Silva” provoca o furor delas. Melhor optar por “senhor Paulo Silva e senhora Maria Silva”.

Reações ao exagero não faltam. Millôr Fernandes dirige-se às “pessoas e pessoos”. Veríssimo fala em “povo e pova”. Aumenta o número dos temerosos de que cheguemos ao absurdo de distinguir “humanidade e mulheridade” e “seres humano e mulherano”. Daí a conclusão dos críticos: “Está certo que a língua é viva. Mas isso cheira a Odorico Paraguassu”. E daí? O dicionário registra os femininos presidente e presidenta. Você decide.

Distinguir o masculino e o feminino não é questão de correção gramatical. Brasileiros refere-se a homens e mulheres nascidos nesta alegre Pindorama. Gramaticalmente recebe nota 10. Mas escorrega no femininamente correto. A razão é simples. Esconde a mulher. Deixa-a sem espaço. No discurso, a modernidade recomenda usar o masculino e o feminino. Dando visibilidade a ele e a ela, marca-se, na fala, a igualdade dos dois gêneros,o que, na realidade, é uma chatice. Gênero é uma questão mais abrangente e grandiosa.

Dad Squarisi (adaptado)

Paulo Roberto Ribeiro

Ascom

Dicas de Português: Impresso ou imprimido?

Ao dar resposta a essa dúvida que me chegou via e-mail, aproveito para abordar a utilização dos particípios passados de verbos que possuem duas formas.

O verbo matar possui dois particípios passados, um regular (matado) e um irregular (morto). Resta saber quando se deve usar um ou outro

Pois bem, a forma regular usa-se com os verbos TER e HAVER  (ter matado, haver matado) e a forma irregular, aplica-se com os verbos SER e ESTAR (ser morto; estar morto). Esta regra aplica-se aos outros verbos com dois particípios. Vejam a lista:

 

 

infinitivo     particípio regular  particípio irregular
absorver absorvido absorto
aceitar  aceitado  aceito, aceite
acender  acendido aceso
afligir afligido  aflito
benzer benzido  bento
cativar cativado cativo
cegar cegado cego
completar completado completo
convencer convencido convicto
cultivar cultivado culto
enxugar enxugado enxuto
escurecer escurecido escuro
expressar expressado expresso
exprimir exprimido expresso
expulsar  expulsado  expulso
extinguir extinguido extinto
 ganhar ganhado ganho
 gastar gastado gasto
imergir  imergido imerso
 imprimir   imprimido  impresso
inquietar  inquietado  inquieto
juntar juntado junto
libertar libertado liberto
limpar limpado limpo
manifestar manifestado manifesto
matar matado morto

 

 

Paulo Roberto Ribeiro

Ascom

Dicas de Português: O bolsa-família

Pode parecer paranoia ortográfica, mas é impossível não notar a falta de atenção do governo às leis ortográficas oficiais no momento em que lançou o Bolsa-Família, “a evolução dos programas de complementação de renda no Brasil”. Só que na sua grafia houve uma pequena involução quando a hifenização foi esquecida. Nas duas páginas de propaganda veiculadas em algumas revistas  encontravam-se seis substantivos compostos sem o hífen: *Auxílio Gás, *Vale Gás, *Bolsa Escola, *Bolsa Alimentação, *Cartão Alimentação e * Bolsa Família.

 

Pôde-se observar que, mesmo assim, muitos órgãos de imprensa levaram em conta as convenções ortográficas, escrevendo:

 

Auxílio-Gás

Vale-Gás

Bolsa-Escola

Bolsa-Alimentação

Cartão-Alimentação

Bolsa-Família

 

Convém, neste caso, rever a regra que nos leva ao uso do hífen nesse tipo de palavra composta. Sabemos, mesmo que intuitivamente, que em português os substantivos, como regra, não são usados lado a lado sem alguma forma de conexão. Não se diz “Aquela bolsa couro é bonita”, mas “Aquela bolsa de couro é bonita”.

 

Então: os substantivos se associam ou por meio de preposição ou de hífen. Bolsa é substantivo, Família também. Como não se fala em Bolsa da Família, Bolsa para Família, deve-se empregar o hífen no lugar da preposição: Bolsa-Família. Esse raciocínio pode ser estendido a vários outros casos de uso frequente hoje em dia:

 

vale para gás    =    vale-gás

vale para transporte    =    vale-transporte

auxílio para maternidade    =    auxílio-maternidade

auxílio para funeral    =    auxílio-funeral

auxílio para refeição    =    auxílio-refeição

auxílio pelo desemprego    =    auxílio-desemprego

auxílio por doença    =    auxílio-doença

licença por/como prêmio    =    licença-prêmio

licença pela paternidade    =    licença-paternidade

cartão para alimentação    =    cartão-alimentação

tíquete para alimentação   =    tíquete-alimentação

bolsa para alimentação    =    bolsa-alimentação

bolsa para escola    =    bolsa-escola

seguro por desemprego    =    seguro-desemprego

salário por/para a família    =    salário-família

salário por hora    =    salário-hora

custo por hora    =    custo-hora

hora de aula    =    hora-aula.

 

Entretanto, por que hora extra não leva hífen? Porque extra aí é um adjetivo, redução de extraordinário, e não substantivo como hora. No plural:horas extras.

 

São raros os casos de dois substantivos intimamente associados sem a intervenção do hífen, o que constitui uma exceção à regra. Isso só acontece quando o segundo substantivo faz as vezes de adjetivo. Por exemplo: efeito cascata = efeito cascateante; carro esporte = carro esportivo (não se trata de carro e esporte ao mesmo tempo, nem de carro para esporte).

 

Fonte: www.linguabrail.com.br

 

Paulo Roberto Ribeiro

Ascom

Dicas de Português: Ambiguidade

A ambiguidade interfere na clareza textual, por isso deve ser evitada.

Redigir um texto não parece tarefa descomplicada para uma boa parte dos usuários da língua, dadas as habilidades que a modalidade escrita da linguagem requer e que muitas vezes não se encontram assim tão aprimoradas. Outro aspecto, que também deve ser levado em conta, diz respeito ao fato de que toda comunicação estabelece uma finalidade, uma intenção para com o interlocutor, e assim, para que isso ocorra, a mensagem tem de estar clara, precisa e coerente.

 

Diante dessa realidade inquestionável, propusemo-nos a levar até você algumas considerações acerca de um fator que, quando materializado, acaba se tornando um desvio, consequentemente interferindo de forma negativa na precisão desse discurso, qualidade essa tão importante quanto necessária. Tal falha, digamos assim, diz respeito à ambiguidade, que, como todos nós sabemos, resulta na má interpretação da mensagem, ocasionando múltiplos sentidos.  Dessa forma, pautemo-nos em observar acerca de alguns exemplos:

* Uso indevido de pronomes possessivos.

A mãe de Pedro entrou com seu carro na garagem.

De quem era o carro?

A mãe de Pedro entrou na garagem com o carro dela.

* Colocação inadequada das palavras:

Os alunos insatisfeitos reclamaram da nota no trabalho.

Os alunos ficaram insatisfeitos naquele momento ou eram insatisfeitos sempre?

Insatisfeitos, os alunos reclamaram da nota no trabalho.

*Uso de forma indistinta entre o pronome relativo e a conjunção integrante:

O aluno disse ao professor que era carioca.

Quem era carioca, o professor ou o aluno?

O aluno disse que era carioca, ao professor. (vírgula opcional)

*Uso indevido de formas nominais

A mãe pegou o filho correndo na rua.

Quem corria? A mãe ou o filho?

A mãe pegou o filho que corria na rua.

Fonte: www.linguabrasil.com.br

 

Paulo Roberto Ribeiro

Ascom

 

Dicas de Português: “Lugar-comum” é diferente de “lugar comum”

“Mas pondera: ‘A gente gosta de ver textos que sejam mais atraentes e que não fiquem no lugar comum. Mas eles não podem fugir da proposta’.” 

Usado como sinônimo de clichê ou chavão, o “lugar-comum” (com hífen) é, na retórica, o termo usado para designar a fonte de onde os oradores podem tirar argumentos e provas para quaisquer assuntos.

No fragmento em questão, a professora comentava textos de estudantes que se candidatam a uma vaga na Universidade de São Paulo. Empregou o termo como sinônimo de fórmula ou ideia muito conhecida e repisada, clichê.

Por descuido do redator, a palavra foi grafada sem o hífen, confundindo-se com a expressão (substantivo seguido de adjetivo) “lugar comum”, que dá título à canção de João Donato, gravada por Gilberto Gil e outros intérpretes: “Beira do mar, lugar comum/ Começo do caminhar/ Pra beira de outro lugar/ Beira do mar, todo mar é um/ Começo do caminhar/ Pra dentro do fundo azul/ A água bateu, o vento soprou/ O fogo do sol, O sal do senhor/ Tudo isso vem, tudo isso vai/ Pro mesmo lugar/ De onde tudo sai”.

Esse caso é semelhante ao do substantivo “mesa-redonda” (reunião), diferente da expressão “mesa redonda” (mesa de formato redondo). Abaixo, a correção do fragmento:

Mas pondera: “A gente gosta de ver textos que sejam mais atraentes e que não fiquem no lugar-comum. Mas eles não podem fugir da proposta”.

Fonte: www.recantodasletras.com.br

Paulo Roberto Ribeiro

Ascom

Dicas de Português: Verbo Confidenciar – inadequações

O verbo confidenciar significa dizer em segredo, em confiança, na intimidade, e está sendo muito usado erradamente no lugar de revelar ou informar.

Veja como empregá-lo corretamente:

O diretor da organização confidenciou a amigos que não vai tomar a iniciativa de deixar o cargo./ O deputado confidenciou à família que não será candidato à reeleição.

Ou seja, disseram em segredo, em confiança , na intimidade.

Nos casos seguintes, no entanto, CONFIDENCIAR não tem sentido:

“Realmente,  a negociação está adiantada”. confidenciou (disse, garantiu, informou, adiantou) o diretor do time no vestiário./ A atriz confidenciou  (revelou) à revista Notícias que está esperando um filho./ O líder confidenciou (comunicou, revelou, informou) aos 400 convencionais qual a posição do partido na questão.

 

Conquistar o seu espaço: lugar-comum. Evite.

Consenso geral: Redundância. Não existe consenso de alguns, por exemplo.

 

Fonte: Manual de Redação e Estilo do Estado de São Paulo

Paulo Roberto Ribeiro – Ascom