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Dicas de português

Dicas de Português: Algumas dúvidas frequentes de português

Cores compostas

Em cores compostas formadas por adjetivo + adjetivo, só o segundo elemento varia.

– Escreva: Roupas azul-claras, cadeiras verde-amareladas.

 – Exceções: azul-celeste e azul-marinho são invariáveis.

– Não escreva: Roupas azul-marinhos, cadeiras azul-celestes.

 

Debaixo de X De baixo

“Debaixo” é sempre seguido da preposição “de” e significa “sob”, contrário de “acima”.

De baixo”, separado, só pode ser usado em oposição a “cima”.

 – Escreva: Escondeu-se debaixo da mesa.

Enfiou-se debaixo das cobertas.

– Não escreva: Começou a reforma debaixo para cima.

O garoto saiu debaixo da cadeira.

 

Mais bem X Melhor

Antes de verbo no particípio, o correto é empregar “mais bem” em vez de “melhor”.

 – Escreva: Esta cena foi mais bem encenada do que a outra.

 – Não escreva: Esta cena foi melhor encenada.

 

O mesmo

É incorreto o uso de “mesmo” e suas flexões como substituto de pronome ou substantivo.

– Escreva: Vi seus irmãos. Eles me pediram um conselho.

Fomos ao teatro no sábado. Ele estava lotado.

 

– Não escreva: Vi seus irmãos. Os mesmos me pediram um conselho.

Fomos ao teatro no sábado, O mesmo estava lotado.

 

Fonte: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/portugues/confira-as-duvidas-mais-comuns-de-portugues.htm  (Com adaptações)

 

Paulo Roberto Ribeiro

DCOM- UFLA

Dicas de Português: Confira algumas dúvidas mais comuns de português

À medida X Na medida

“À medida que” significa “à proporção que”, “ao mesmo tempo que”, “conforme”.

“Na medida em que” corresponde a “tendo em vista que”.

Escreva: À medida que o tempo passava, sentia-se melhor.

Na medida em que não havia provas, saímos da escola.

 

Não escreva: À medida que o trabalho terminou, ele foi passear

Jamais escreva “à medida em que” (esta locução não existe)

 

Em função de

Não confunda “em função de” com “em razão de”, “por causa de”.

“Em função de” só deve ser usada com a ideia de finalidade ou de dependência.

 Escreva: Vivia em função da família.

Preparei o relatório em função das características do mercado

Não escreva: As inundações ocorreram em função do entupimento do bueiro.

Em função das chuvas de ontem, o trânsito ficou caótico. …

 

Qualquer

É impróprio o uso de “qualquer” em frases negativas, no lugar de “nenhum”. –

 Escreva: O time não tem nenhuma possibilidade de vitória. O time não tem possibilidade alguma de vitória.

– Não escreva: O time não tinha qualquer possibilidade de vitória

 

Ao invés de X Em vez de

“Ao invés de” significa “ao contrário de”; e só é usado para eventos ou situações opostas.

“Em vez de” significa “em lugar de”; e é usado para indicar substituição.

 Escreva: Ao invés de virar à direita, virou à esquerda

Em vez de seguir a carreira do pai, preferiu estudar astrologia

Não escreva:  Ao invés de terminar a pesquisa, ela foi dormir

 

Junto a

Use a locução “junto a” apenas quando equivaler a “perto de” ou a “adido a”.

Escreva:  Minha mãe sentou-se junto ao irmão e chorou.

O programa atualiza os arquivos no servidor

-Não escreva: O programa atualiza os arquivos junto ao servidor.

Ele fez uma pesquisa junto aos representantes sindicais

 

Fonte: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/portugues/confira-as-duvidas-mais-comuns-de-portugues.htm  (Com adaptações)

 

Paulo Roberto Ribeiro

DCOM- UFLA

Dicas de Português: Dúvidas frequentes de português

“Acerca de”, “A cerca de” ou “Há cerca de”?

1 – “Acerca de” é uma locução prepositiva e equivale a “sobre”, “a respeito de”. Por exemplo:
Estávamos conversando acerca de educação.
Eles falavam acerca de política.
2 – “A cerca de” indica aproximação. Por exemplo:
Minha família mora a cerca de 2 Km daqui.
3 – “Há cerca de” indica tempo decorrido. Por exemplo:
Compraram aquela casa há cerca de três anos.
Não nos falamos há cerca de dois meses.

“Afro-brasileiro” ou “Afrobrasileiro”?

Elementos como afro-, anglo-, euro-, franco-, indo-, luso-, quando compõem adjetivos pátrios (também chamados de gentílicos), apresentam hífen. Exemplos:
Afro-americano, afro-brasileiro, anglo-saxão, euro-asiático, franco-canadense, etc.

Se, no entanto esses elementos não estiverem somando duas identidades para a formação de adjetivos pátrios, não haverá o uso do hífen. Exemplos:
Afrodescendente, anglofalante, etc.

“Ao encontro de” ou “De encontro a”?

1 – “Ao encontro de” significa “ser favorável a”, “aproximar-se de”. Por exemplo:
A opinião dos estudantes ia ao encontro das nossas.
Logo que a vi fui ao seu encontro para recepcioná-la.
Ele foi ao encontro dos amigos.

2 – “De encontro a” indica oposição, colisão:
Não concordo com suas atitudes. Sua maneira de agir sempre veio de encontro a minha.
O caminhão foi de encontro ao carro que estava parado.
O que ele fez foi de encontro ao que eu tinha dito.

“Aterrizar” ou “Aterrissar”?

As duas formas são consideradas corretas. Esta palavra deriva-se do vocábulo francês “aterrissage”. Veja os exemplos:
O avião aterrizou ontem à noite.
O piloto fez uma aterrissagem muito brusca.

“Auto” e o hífen

O falso prefixo auto é um elemento de composição na formação de palavras. Pela nova ortografia, somente é separado do segundo elemento por hífen nos casos em que este inicia por “o” ou “h”. Caso o segundo elemento inicie com a consoante “s” ou “r”, é necessário dobrá-la, sem usar hífen. Nos demais casos, quando o segundo elemento inicia por outras consoantes ou vogais, não há hífen.

Exemplos com hífen:
auto-observação
auto-oxidante
auto-ônibus
auto-hipnose
auto-hemoterapia

Exemplos sem hífen (dobrando as consoantes “r” ou “s”)
autorretrato
autosserviço
autossuficiente
autossustentável

Demais casos, sempre sem hífen:
autoajuda
autoanálise
autobiografia
autobomba
autocontrole
autodisciplina
autoescola
autoestima
autoestímulo
autoestrada
 

Fonte: soportugues.com.br

Paulo Roberto Ribeiro

DCOM

 

Dicas de Português: Qual é a diferença entre “através de” e “por meio de” e quando usá-los?

Por mais que a tecnologia esteja bem evoluída, ainda não é possível literalmente atravessar as telas. Crédito: Shutterstock

A diferença entre as duas expressões é, originalmente, bem clara: a locução “através de” possui significado ligado a movimento físico, indicando a ideia de atravessar. É sinônimo de “pelo interior de”, “por dentro de”. Exemplos:

“O namorado passou uma flor através da janela”

“Olhava através da vidraça o que acontecia na rua”

Já “por meio de” se relaciona à ideia de instrumento, utilizado na execução de determinada ação. Exemplo:

“Eu enviei o pacote por meio do correio”

“Farei uma explicação mais precisa por meio de um exemplo

O que ocorre é que, num processo metafórico, as duas expressões acabaram se confundindo. Os elementos linguísticos que denotam movimento físico foram sendo progressivamente empregados para referências ao movimento não físico e, em seguida, para outras referências.

Assim, a expressão “através de” passou a ser empregada em um leque maior de situações, como em:

“Eu conheci meu namorado através da internet”, em vez de “Eu conheci meu namorado por meio da internet”.

No entanto, enquanto não for possível de fato atravessar literalmente um computador ou um celular para ir ao encontro do seu par, é recomendado o uso da locução “por meio de”.

Vale lembrar que as construções linguísticas que fogem às regras da variedade padrão, embora inteligíveis, não devem ser usadas em contextos formais, como a escola.

Consultoria Denise de Barros Weiss, doutora em Letras e professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Paulo Roberto Ribeiro – Dcom/UFLA (com adaptações) 

Dicas de Português: O elemento de formação eco- e o hífen

O prefixo eco– não se separa com hífen. Vejo muito aqui na UFLA as seguintes grafias: eco-fenótipo, eco-equilíbrio, etc. No entanto muitas pessoas me perguntam como se escreve a palavra eco-oficina. Se é”eco-oficina”, “ecoficina”, ou “ecooficina”?

Pelo Acordo Ortográfico de 1990, não se emprega o hífen nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente, prática essa em geral já adotada também para os termos técnicos e científicos. Assim: antiaéreo, coeducaçao, extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual. Emprega-se, sim, o hífen nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina com a  mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno. São exceção a esta regra as formações com o prefixo co-: esse aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por ocoobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, coorientador, etc.

Assim, eco-oficina é a forma correta.

Fonte: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/ (com adaptações)

Paulo Roberto Ribeiro

DCOM

Dicas de Português: Todos e todas, brasileiros e brasileiras

“‘Boa noite a todos e a todas’ está correto? Virou moda entre alguns políticos de minha cidade se referir a ‘todos e todas’. Todos não engloba… todas?”

É claro que engloba. Trata-se de um princípio gramatical do português, que não herdou do latim o gênero neutro: cabe ao masculino quebrar o galho nesse papel, abarcando também o feminino. A rebelião de certos falantes contra isso, que deu no modismo que intriga o leitor, é um dos aspectos da onda politicamente correta que, a partir do último quarto do século passado e tendo como centro irradiador o meio universitário americano, passou a tentar mudar a linguagem como uma forma de mascarar problemas que não conseguia resolver na realidade.

Algumas propostas do movimento se afogaram no próprio ridículo – aquela de chamar carecas de “capilarmente diferenciados”, por exemplo. Outras, porém, terminaram se entranhando de tal forma em nosso modo de falar e pensar que muitas vezes nem nos damos conta da mudança. O substantivo velhice começou por ceder espaço no discurso de muita gente ao eufemismo terceira idade e, em seguida, viu-se substituído por uma formulação francamente apatetada: melhor idade.

Não se trata de condenar a herança politicamente correta em bloco. É saudável que se chame a atenção dos falantes para a carga odiosa de racismo embutida num verbo como “judiar”, para citar um exemplo de ampla circulação no português. Judiar, maltratar, nasceu com uma mácula indisfarçável: quer dizer “tratar como se tratam os judeus”.

De volta à questão de “todos e todas” – ou “brasileiros e brasileiras”, como José Sarney gostava de abrir seus discursos quando presidente da República –, o modismo tem até nome: “linguagem inclusiva”. Tem também um princípio de aparato legal a protegê-lo, tornando seu uso obrigatório em algumas esferas da administração pública. Basicamente, trata-se de uma bobagem populista – daí seu sucesso com os políticos, cultores por excelência de bobagens populistas.

Será que vale a pena encher nossa língua de cacos, redundâncias e pedidos de perdão, como se fôssemos todos(as) advogados(as) gagos(as)? Ou seria melhor se combatêssemos as discriminações reais onde elas de fato causam dano à sociedade?

Fonte: veja.abril.com.br (com adaptações)

Paulo Roberto Ribeiro
Jornalista – DCOM/UFLA

Dicas de Português: Risco de vida ou risco de morte?

“Vejo (inclusive na revista VEJA) e ouço falar muito na seguinte expressão: ‘Ele corre risco de vida’. O certo não seria ‘Ele corre risco de morte’? Qual é o correto?” 

 

Entende-se a angústia do leitor. A pressão social pelo uso de “risco de morte”, expressão emergente, como se houvesse algo errado no consagrado “risco de vida” que herdamos de nossos pais, é uma questão com que se defronta qualquer pessoa menos distraída no Brasil de hoje. É também o maior exemplo de vitória do besteirol sabichão que temos na língua.

A questão tem cerca de dez anos, talvez quinze. O certo é que quando Cazuza cantou, em 1988, “o meu prazer agora é risco de vida” (na canção Ideologia), ainda não passava pela cabeça de ninguém corrigi-lo. Mais tarde, professores de português que exerciam o cargo de consultores em redações conseguiram convencer os chefes de determinados jornais e TVs de sua tese: “Como alguém pode correr o risco de viver?”, riam eles.

Era um equívoco. Julgavam ter descoberto uma agressão à lógica embutida no idioma, mas ficaram na superfície do problema, incapazes de fazer uma análise linguística mais sofisticada e compreender que risco de vida é risco para a vida, ou seja, risco de (perder a) vida. O que, convenhamos, nem teria sido tão difícil.

Muita gente engoliu desde então o risco de morte. De tanto ser martelada em certos meios de comunicação, inclusive na TV Globo, a nova forma vai sendo adotada por multidões de falantes desavisados. O que era previsível, mas não deixa de ser meio constrangedor.

Não se trata de dizer que risco de morte seja, como alegam seus defensores a respeito de risco de vida, uma expressão “errada”. Não é.

 

Por Sérgio Rodrigues

 

 

Paulo Roberto Ribeiro

DCOM

Com adaptações

Dicas de Português: Este/ Esse/ Esta/ Essa

Constantemente, quando lemos ou escrevemos, deparamo-nos com uma dúvida: devo usar esse ou este?

“Esse” ou “este” são pronomes demonstrativos que têm formas variáveis de acordo com o número ou gênero. A definição de pronomes demonstrativos descreve muito bem a função deles: são empregados para indicar a posição dos seres no tempo e espaço em relação às pessoas do discurso: quem fala (1ª pessoa) e com quem se fala (2ª pessoa) ou, ainda, de quem se fala (3ª pessoa). Nesse último caso, o pronome é aquele (aquela, aquilo).

Vejamos: 1ª pessoa: este, esta, isto; 2ª pessoa: esse, essa, isso; e 3ª pessoa: aquele, aquela, aquilo.

 

a) Este,esta isto são usados para objetos que estão próximos do falante. Em relação ao tempo, são usados no presente.

Exemplos: Este brinco na minha orelha é meu.
Este mês vou comprar um sapato novo. (mês de junho)
Isto aqui na minha mão é de comer?

 

b) Esse,essaisso são usados para objetos que estão próximos da pessoa com quem se fala. Em relação ao tempo, é usado no passado ou futuro.

Exemplos: Quando comprou esse brinco que está na sua orelha?
Esse mês vai ser de muita prosperidade!
Isso que você pegou na geladeira é de comer?

 

Quando ficar com dúvida a respeito do uso de “esse” ou “este”, lembre-se: “este” (próximo a mim, presente) e “esse” (distante de mim, passado e futuro).

 

No texto, usamos , usamos ESTE, ISTO, ESTA quando nos referimos a pessoas ou objetos que ainda não foram mencioandos:

 

Ex.: Refiro-me a isto: não trabalharei mais aos sábados

 

E usamos ISSO, ESSE, ESSA quando  a pessoas ou objeto já tiver sido mencionada:

 

Ex.: Não virei trabalhar mais aos sábados: isso é fato.

 

Por Sabrina Vilarinho

(Com adaptações)

 

Paulo Roberto Ribeiro

DCOM – UFLA

Dicas de Português: Aprenda a diferença entre “melhora” e “melhoria”

Melhora/Melhoria – Estas palavras confundem e devem ser usadas em situações diferentes. Use “melhora” apenas quando você estiver referindo-se à saúde de alguém. Assim: “O paciente já apresenta melhora”. Nas demais situações, use sempre “melhoria”. Assim: “Houve uma melhoria no setor habitacional do país”.

Café Expresso ou Café Espresso, qual a grafia correta?

De tempos para cá, quando se refere ao café, alguns têm adotado a palavra espresso no lugar de expresso. Erro de ortografia? Não. A palavra espresso, usada na Europa, vem do italiano e sua raiz guarda relação com o verbo latino que, em português, deu origem a espremer. Não há registro de espresso nos dicionários de língua portuguesa. Então, fica a dúvida sobre a forma correta de escrever: café expresso ou espresso? Expresso significa rápido e um café “espresso” (de espremido em português), feito sob pressão. Espresso deve ser aceito, segundo especialistas, porque o vocabulário corrente admite palavras estrangeiras, como shopping, que é do inglês. E está errado dizer expresso? Não, porque de fato o café espremido (ou espresso) na máquina fica pronto entre 15 e 20 segundos, rápido e, portanto, expresso.

fonte: www.ciberduvidasdeportugues.com,br

Paulo Roberto Ribeiro

DCOM – UFLA

Dicas de Português: 5 palavras que muitas pessoas pronunciam errado

Existem termos com os quais até mesmo os falantes cultos nativos de língua portuguesa se confundem e cometem deslizes ao se expressarem. Confira as cinco palavras a seguir e veja se você sabe pronunciá-las corretamente:

1. INEXORÁVEL (inabalável, inflexível, austero, rígido) 
Pronúncia frequente: “ineczorável” 
Pronúncia correta: “inezorável”

2. RUBRICA (assinatura abreviada de alguém) 
Pronúncia frequente: “rúbrica” 
Pronúncia correta: “rubríca”

3. RUIM (algo que não faz bem, nocivo)
Pronúncia frequente: “rúim” 
Pronúncia correta: “ruím”

4. SINTAXE (estudo da estrutura gramatical das frases)
Pronúncia frequente: “sintácse”
Pronúncia correta: “sintásse”  

5. SUBSÍDIO (apoio, recurso financeiro, quantia de dinheiro, vencimento) 
Pronúncia frequente: “subzídio”
Pronúncia correta: “subcídio”

Obs.: as grafias entre aspas são ilustrativas.

Fonte: www.soportugues.com.br

Paulo Roberto Ribeiro – DCOM