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Pela paz na República Democrática do Congo, evento esportivo reuniu quase 200 pessoas na UFLA – veja fotos

A baixa temperatura registrada na manhã de domingo (11/6) não impediu a mobilização das quase 200 pessoas que se reuniram às 8h na Universidade Federal de Lavras (UFLA) para participar da corrida pela paz em prol da República Democrática do Congo (RDC) – a New Chance Peace Race Brasil. O evento é uma iniciativa da New Chance Foudation e ocorre simultaneamente em outros locais do mundo.

Em Lavras, a prova foi organizada com o esforço conjunto da Associação dos Esportistas de Lavras e Região (Asdela), do Circuito Unificado de Corrida de Rua de Lavras e da UFLA, por meio da Coordenadoria de Esportes e Lazer da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec) e do projeto de atletismo Cria Lavras. Foram cerca de 150 inscritos, que possibilitaram a arrecadação de um fundo de R$ 3.276,00 em recursos, a serem destinados para a construção de uma sede da New Chance Foudation no vilarejo de Mubambiro, no país africano. A obra contribuirá para ampliar as ações desenvolvidas pela organização humanitária (de atendimento e acolhimento das crianças vítimas da guerra e dos conflitos armados no leste da RDC).

Além da arrecadação de fundos para o projeto, a Corrida teve o objetivo de chamar a atenção da população para situação de conflito em que se encontra o país. Motivado pela causa nobre e pelo gosto pelo esporte, o estudante de Educação Física da UFLA – e atleta do Cria Lavras – Rafael Tobias Rodrigues de Oliveira, foi o campeão (resultado geral masculino), com a prova de 8 Km sendo completada em 27 minutos e 43 segundos. “Estou no atletismo há oito anos e já participei de inúmeras corridas, mas esse é meu primeiro pódio dentro da UFLA”, comenta Rafael.

Já entre as mulheres a primeira colocada foi Isabella Spuri Silvestrini, que pratica corridas há seis anos. A UFLA, além de ter sido a instituição em que ela concluiu a graduação em Educação Física em 2013, é um dos cenários que a atleta utiliza para treinar. Isabela fechou o percurso com o tempo de 37 minutos e 55 segundos. “É uma corrida especial, porque participamos também para abraçar a causa das crianças refugiadas da República Democrática do Congo”, diz.

Os três primeiros colocados das categorias “masculino” e “feminino” receberam troféus e brindes, além das medalhas, distribuídas a todos que completaram a prova. No momento da premiação, a pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários da UFLA, professora Ana Paula Piovesan Melchiori, agradeceu a todos os organizadores e aos participantes, convidando também o público para as próximas ações previstas. Ela anunciou que a prova marcou a retomada da realização de corridas no câmpus da Universidade. “Ainda em 2017 está prevista a corrida Gammon-UFLA (durante as comemorações de aniversário da Universidade), e outra corrida temática para novembro”. Em 2018, os planos são de retomada do Circuito de Corridas na UFLA. A Praec registrou também um agradecimento especial à Prefeitura 

de Lavras, que disponibilizou ambulância para eventuais atendimentos durante o evento. Esteve presente no evento – e participando da caminhada – a coordenadora de Esporte e Lazer da Praec, professora Maria Rachel Vitorino.

O colaborador da New Chance no Brasil, Mark Pereira dos Anjos, diz que o apoio encontrado pela ONG em Lavras é muito significativo para o movimento. 

Além dos oito quilômetros de corrida, os participantes também tiveram a opção de dar seu apoio à causa por meio de uma caminhada de quatro quilômetros.

Classificação

Masculino

1º Rafael Tobias Rodrigues de Oliveira

2º Elvis de Jesus Costa

3º Carlos Eduardo

Feminino

1º Isabella Spuri Silvestrini

2º Sirlene Aparecida da Silva

3º Rachel Athanásio

 

O professor do Departamento de Engenharia da UFLA (DEG) Gilmar Tavares (à esq.) deu seu apoio ao evento. Gilmar coordenou, a partir de 2011, o programa “Vozes da África”, alicerçado na cooperação técnica entre a UFLA, a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (ABC/MRE), a Universidade de Kinshasa (UniKin) e a Université Libre des Pays des Grands Lacs (ULPGL). Ao longo de dois anos, o projeto permitiu a capacitação de 60 professores das duas instituições congolesas, tendo como consequência imediata o apoio à agricultura familiar da RDC, gerando empregos e renda, o incentivo ao cooperativismo, a segurança alimentar, além de diversos programas de saúde. À direita na foto está o colaborador da New Chance no Brasil, Mark Pereira dos Anjos.

 

Quem assistiu à prova, não deixou de notar uma participação inusitada: o cão João Branco correu com o dono – o senhor José Mariano Antônio – e completou o percurso ainda cheio de energia.

Audiência pública sobre a proposta da nova estrutura organizacional da UFLA será realizada em 14/6

A expansão física, de cursos e de público marca o percurso recente da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e demanda novas formas de organização da instituição. Por essa razão, foram retomados os trabalhos que buscam discutir com a comunidade acadêmica uma proposta de nova estrutura organizacional. Na quarta-feira (14/6), serão realizadas três sessões públicas, no Salão de Convenções, para apresentação e discussão da proposta consolidada até o momento. O debate, por meio de audiência pública, é aberto à participação de toda a comunidade universitária e ocorrerá pela manhã (das 9h às 12h), à tarde (das 15h às 18h) e à noite (das 19h às 22h).

Outras reuniões para discussão do tema vêm sendo realizadas desde abril, promovidas pela comissão atualmente responsável pela condução final do processo, que prevê a formulação do plano de execução e implementação da nova estrutura. A comissão atual foi designada pela Portaria da Reitoria nº 244/2017, alterada pela Portaria da Reitoria nº 484/2017, e é composta por 20 representantes da comunidade acadêmica (professores, técnicos administrativos e estudantes), sendo presidida pelo professor  do Departamento de Agricultura (DAG) e assessor do reitor para Assuntos de Parcerias, Antônio Nazareno Guimarães Mendes.

Histórico do trabalho

A proposta de uma nova estrutura organizacional foi iniciada em 2010, durante o processo de construção do Plano de Desenvolvimento Institucional da UFLA (PDI 2011/2015). Na época, ocorria o processo de expansão da Universidade pelo Programa Reuni, com expressivo aumento no número de estudantes pela ampliação na oferta de vagas, criação de dezenas de cursos de graduação e programas de pós-graduação, contratação de mais de duas centenas de docentes e de quantitativo equivalente de técnicos administrativos para o quadro permanente da Instituição.

A Direção Executiva, prevendo que a organização então vigente, alicerçada somente na estrutura de departamentos didático-científicos, traria dificuldades para o planejamento institucional e gestão de recursos orçamentários/financeiros, de patrimônio e de pessoas, distribuídas entre pró-reitorias e departamentos, apresentou como proposta a criação de Escolas e Faculdades. Optou-se, na aprovação do PDI 2011/2015, pela postergação da discussão de uma nova estrutura organizacional da UFLA para a gestão seguinte, que se iniciaria em 2012.  Em setembro de 2012, uma comissão designada pelo reitor (Portaria nº 1.136/2012) iniciou as atividades, concluindo a primeira versão do documento em 28/3/2013.

Uma nova Portaria foi editada (nº 623/2013), para que o estudo tivesse prosseguimento, o que permitiu a continuidade dos trabalhos e a finalização de uma segunda versão em 31/1/2014. As duas Comissões foram presididas pelo professor do Departamento de Administração e Economia (DAE) e superintendente da Pró-reitoria de Planejamento e Gestão (Proplag) na época, José Roberto Pereira. Integraram as duas comissões professores e técnicos administrativos de vários setores da UFLA, que promoveram um intenso trabalho de discussão, realizando cerca de 40 reuniões, envolvendo todos os chefes de departamentos, coordenadores de cursos de graduação e de programas de pós-graduação; bem como as representações da comunidade universitária (Adufla, Sindufla, APG e DCE). Houve, ainda, a participação da comissão em 18 assembleias de departamentos, reuniões com técnicos administrativos (administradores, TAE’s lotados em sete pró-reitorias e Biblioteca Universitária), duas reuniões do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e duas reuniões do Conselho Universitário (CUNI), além de plantões para esclarecimento de dúvidas e duas sessões públicas abertas à participação de toda a comunidade acadêmica, com três oitivas cada uma (nos turnos da manhã, tarde e noite). O total foi de 140 horas de discussão.

Reunião realizada em 31/5 com as representações dos segmentos da comunidade universitária.

O trabalho que vem sendo realizado pela comissão atual dá prosseguimento ao estudo, aproveitando as sugestões apontadas nas propostas das comissões anteriores e promovendo adequações e ajustes após o período de maturação e sedimentação do processo – tempo transcorrido de 2014 até a retomada da discussão sobre o tema,  em abril de 2017. De acordo com o presidente da atual comissão, professor Nazareno, as comissões anteriores promoveram uma ampla mobilização em torno do tema, com debates intensivos. “Neste momento, fizemos algumas adaptações na proposta, considerando inclusive a conjuntura político-econômica atual. A ideia é que a comunidade possa apresentar novas sugestões, para que possamos encaminhar a versão final da proposta até 30 de junho ao senhor reitor, que convocará os Conselhos Superiores – Cepe e Cuni – em sessão conjunta, para apresentação e discussão das proposições. Na sequência, nossa expectativa é de que os Conselhos Superiores façam o encaminhamento necessário para deliberação sobre o tema”, explica.

Além de várias reuniões realizadas entre os membros da comissão atual, ocorreram recentemente reuniões ampliadas da comissão com chefes de departamentos, coordenadores de cursos de graduação e de programas de pós-graduação (no anfiteatro do Departamento de Biologia – DBI – em 17/5); com as representações dos diferentes segmentos da comunidade universitária – Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Lavras (Adufla), Sindicato dos Técnicos Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Lavras (SindUFLA), Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Associação de Pós-Graduandos (APG) (no Salão dos Conselhos, em 31/5) e com os integrantes de todas as câmaras de assessoramento dos Conselhos Superiores (CEPE e CUNI), assessores jurídicos da Reitoria, diretoria da Diretoria de Contratos e Convênios (Dicon) e Procuradoria Geral/AGU (no Salão dos Conselhos, em 7/6).

Com a sequência de apresentações, a comissão espera receber, até 20/6, contribuições dos diferentes atores institucionais para aperfeiçoamento da proposta. O documento final deve ser entregue ao reitor e presidente dos Conselhos Superiores, para encaminhamentos, até 30/6.

A proposta

No diagnóstico feito pelas comissões envolvidas para subsídio ao desenvolvimento da proposta, foram identificadas as situações atuais que constituem desafios aos fluxos de organização da Universidade e que podem ser solucionadas com uma nova estrutura. É o caso, por exemplo, das dificuldades para a tomada de decisões e para a descentralização, devido ao crescimento do número de departamentos e da equipe lotada nos diversos órgãos.

O modelo que está em discussão para implantação apresenta maior flexibilidade que o atual, com foco na descentralização das decisões acadêmico-administrativas, bem como na horizontalização do poder de decisão no âmbito dos Colegiados. Pela proposta, departamentos, setores e áreas, bem como cursos de graduação e programas de pós-graduação, serão organizados em seis Escolas ou Faculdades. As denominações dessas unidades são apenas sugestões da Comissão e serão definidas em comum acordo com suas direções e chefias dos departamentos que as constituirão. Assim, o estágio atual da proposta prevê as seguintes Escolas ou Faculdades: Ciências Agrárias (departamentos de Agricultura, Ciência dos Alimentos, Ciências Florestais, Ciência do Solo, Entomologia, Fitopatologia e Zootecnia); Engenharia (Departamento de Engenharia, que será desmembrado em 5 novos departamentos); Ciências Exatas (departamentos de Ciência da Computação, Ciências Exatas e Estatística); Ciências da Saúde (departamentos de Ciências da Saúde, Educação Física, Medicina Veterinária e Nutrição); Ciências Sociais, Humanas e Linguísticas (departamentos de Administração e Economia, Ciências Humanas,  Direito e Educação); e Ciências Naturais (departamentos de Biologia, Física e Química). 

As Escolas ou Faculdades serão administradas por diretores e terão Núcleos de Gestão Estratégica (formados por técnicos administrativos – Administradores), mantendo-se também as chefias de departamento para gestões administrativas e as coordenações de cursos e programas em suas funções acadêmicas. Os órgãos colegiados serão constituídos por Conselhos Departamentais e Congregações de Escolas ou Faculdades, além dos Conselhos Superiores já existentes. Há propostas de formas de composição para cada um desses órgãos.

Na proposição há ainda a previsão de Institutos Temáticos, a serem constituídos a partir de demandas induzidas ou espontâneas, por meio de editais específicos. Os Institutos serão criados com propósitos definidos e com foco no desenvolvimento da pesquisa científica e dos programas de pós-graduação, organizados a partir de áreas temáticas do conhecimento científico, com o objetivo de integrar equipes multidisciplinares com competência instalada nas Faculdades/Escolas. Além de desenvolver a pesquisa científica e tecnológica no âmbito da pós-graduação, os Institutos poderão contemplar a multidisciplinaridade do conhecimento, desenvolver pesquisas básicas ou voltadas para a inovação, focalizadas em objetivos específicos. Poderão desenvolver também mecanismos efetivos de transferência de conhecimento para o ensino de graduação e para a sociedade. Pretende-se que os Institutos tenham certa autonomia administrativa em relação à Universidade.

Publicados os editais do Programa Institucional de Bolsas – inscrições até 20/6

Foram publicados nesta semana editais do Programa Institucional de Bolsas da Universidade Federal de Lavras (PIB/UFLA). São oportunidades nas diferentes modalidades: Ensino e Aprendizagem (Pró-Reitoria de Graduação – PRG); Pesquisa (Pró-Reitoria de Pesquisa – PRP), Extensão e Cultura (Pró-Reitoria de Extensão e Cultura – Proec); além de Aprendizado Técnico (Proat), Esporte e Lazer e Ações Comunitárias (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários – Praec). Das 1300 bolsas do Programa, pelo menos 827  estão incluídas nesta seleção, sendo 50% delas para ampla concorrência e 50% reservadas exclusivamente a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. As inscrições vão até as 16h de 20/6. Todos os graduandos interessados devem passar pelo processo seletivo, inclusive aqueles que já participaram anteriormente do PIB/UFLA e estão com contratos vigentes até 31/7.

A classificação dos candidatos, em todas as modalidades, levará em conta, no caso das vagas destinadas à ampla concorrência, além do atendimento às exigências e critérios específicos de cada modalidade e submodalidade, o rendimento escolar por curso em percentil e os critérios estabelecidos pela Resolução CUNI Nº 019, de 16/05/2013. Já no caso das vagas reservadas, a classificação será feita por meio da pontuação da avaliação socioeconômica realizada pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec).

A previsão é de que os resultados dos processos seletivos sejam divulgados a partir de 21/7. Após prazos para interposição de recursos e confirmação do interesse pela vaga por parte dos selecionados, ocorrerá o início das atividades, estipulado para 1º/8/2017. A vigência será de até 12 meses. 

Segundo a pró-reitora de Assuntos Estudantis e Comunitários, professora Ana Paula Piovesan Melchiori, o número de bolsas disponíveis atualmente na UFLA pelo PIB permanece o mesmo de períodos anteriores – 1.300. Uma parte dessas bolsas está sendo ofertada nos editais lançados nesta semana; outra parte está ocupada por bolsistas que estão em contratos cuja vigência encerra-se em datas posteriores. Há ainda as bolsas já direcionadas a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica ingressantes em 2017/1 (calouros). A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec) é a responsável, na Instituição, pela coordenação do Programa.

Extensão e Cultura

As bolsas da modalidade Extensão e Cultura buscam contribuir com a formação acadêmica de estudantes da graduação, ao mesmo tempo em que incentivam e contribuem para a viabilização dos projetos de extensão cadastrados junto à Proec. A disponibilidade mínima de bolsas é de 160 para iniciação em extensão e 29 para iniciação em cultura, distribuídas entre diferentes projetos. A execução do programa é da Proec.

Confira as informações detalhadas sobre o edital da modalidade Extensão e Cultura.

Pesquisa

Com o objetivo de dar oportunidade aos estudantes da graduação para o desenvolvimento do pensamento científico e iniciação à pesquisa, o Programa Institucional de Bolsa Institucional de Pesquisa (Pibic/UFLA) oferta o mínimo de 180 bolsas. A execução do programa é da PRP.

Confira as informações detalhadas sobre o edital da modalidade Pesquisa.

Ensino e Aprendizagem

Nesta modalidade estão incluídos as submodalidades Programa de Monitoria, Programa Institucional de Bolsas para as Licenciaturas do Turno Noturno (PIB LIC), Programa de Apoio à Produção de Material Didático (Promad) e Programa de Educação Tutorial Institucional. Juntas, as submodalidades ofertam 348 vagas. A execução do Programa é da PRG.

Confira as informações detalhadas sobre o edital da modalidade Ensino e Aprendizagem.

Aprendizado Técnico

O Proat objetiva despertar vocações para a o desenvolvimento técnico e tecnológico entre os estudantes de graduação da universidade; estimular os estudantes a desenvolverem atividades, metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao desenvolvimento tecnológico e aos processos de inovação; contribuir para a melhoria da qualidade da formação dos estudantes de graduação, oferecendo-lhes oportunidades de conhecimentos e práticas em ambientes além das salas de aulas; contribuir com o desenvolvimento institucional por meio das atividades desenvolvidas, auxiliando a UFLA a cumprir sua missão educacional, gerando conhecimentos e práticas para o avanço da ciência. São 60 vagas, distribuídas entre diferentes órgãos da Universidade. A execução do Programa é da Praec.

Confira as informações detalhadas sobre o edital do Proat.

Esporte e Lazer

Um dos editais contemplados nessa modalidade é o do Programa Bolsa Atleta de Alto Rendimento, que busca fornecer apoio financeiro ao estudante praticante de esportes, garantindo-lhe recursos que possam contribuir para sua permanência na Universidade e incentivando a continuidade do treinamento dos atletas esportivos de alto rendimento da UFLA. Por esse edital estão ofertadas 20 vagas: Confira a chamada para o Programa Bolsa Atleta de Alto Rendimento.

Outro edital da área de Esporte e Lazer é de Monitoria Esportiva. O objetivo é difundir e institucionalizar o esporte e lazer como atividades acadêmicas, viabilizando a iniciação dos estudantes na área, especificamente para atuação em projetos vinculados à Coordenadoria de Esporte e Lazer da Praec. O edital prevê 20 vagas: Confira a chamada para o Programa Monitoria Esportiva. A execução do Programa é da Praec.

Ações Comunitárias

Esta modalidade tem o objetivo de estimular, apoiar e institucionalizar ações comunitárias, viabilizando a iniciação de graduandos em tais atividades, contribuindo assim para sua formação acadêmica e cidadã. Por ações comunitárias entende-se aqueles projetos pelos quais a Universidade oferece benefícios à comunidade, sem que estejam, no entanto, associados à pesquisa e ao ensino. Está previso o mínimo de dez vagas: Confira o edital para Ações Comunitárias.

 

Em todas as modalidades, os editais descrevem os compromissos dos bolsistas selecionados e dos orientadores/tutores dos projetos – que devem pertencer ao quadro de servidores da UFLA (professores e/ou servidores técnico-administrativos, dependendo da modalidade específica).

Outro ponto ao qual o estudante deve ficar atento é sobre a exigência, nas modalidades de Pesquisa e Extensão e Cultura, de que ele apresente comprovante de inscrição no curso de inglês “MyEnglish Online” (inscrição ativa); comprovante do Toefl ITP válido, com nota superior a 459; ou comprovante de proficiência em inglês. Para observação de todos os detalhes e exigências, os candidatos e os servidores orientadores de projetos deverão ler cuidadosamente os editais.

Novas regras

Nesta edição de seleção, a Praec  iniciou alterações importantes nas regras de acesso ao benefício. Com as mudanças, o objetivo é ampliar o acesso dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica ao Programa. Considerando o mérito alcançado por eles na avaliação técnica e acadêmica a ser feita pelas pró-reitorias gestoras de cada modalidade de bolsa durante a seleção,esses estudantes poderão preencher vagas também na ampla concorrência. Por isso, os editais preveem que 50% das vagas serão destinadas aos candidatos mais bem posicionados na classificação, independentemente de serem, ou não, estudantes de em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

As demais vagas (50%) serão destinadas, conforme previsto na Resolução CUNI 019/2013, exclusivamente aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para alocação dessas vagas, serão considerados os níveis de vulnerabilidade em escala ascendente (dos mais vulneráveis para os menos vulneráveis). Professora Ana Paula ressalta estudo feito pela Praec, que verificou o bom desempenho acadêmico dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. “Com as novas regras, esses discentes têm chances aumentadas de ter acesso à bolsa, em um processo que não faz nada além de garantir que as vagas de ampla concorrência também estejam acessíveis aos estudantes em situação de vulnerabilidade que possuem mérito para tal”.

Outra mudança no PIB/UFLA, implementada para o período 2017/1, é o fato de que os estudantes ingressantes (calouros) que possuem vulnerabilidade socioeconômica de 0 a 4 receberão bolsas pelo Programa (não inclusas na seleção de que tratam os editais publicados neste dia 6/6) durante o primeiro período do curso, sob acompanhamento e tutoria da Praec, para que possam desenvolver propostas de projetos e estabelecer contatos com possíveis coordenadores, ficando aptos ao desenvolvimento das atividades no período seguinte. “Antes dessa mudança, os calouros precisavam se candidatar aos editais sem conhecer ainda a Universidade, os projetos e professores, o que dificultava sua adequada inserção. A Praec, a partir de agora, presta a eles esse apoio direto”, diz.

A seleção traz, ainda, como novidade, a inclusão do edital para a modalidade Ações Comunitárias – esta é a primeira vez que os projetos dessa natureza têm contemplação específica.

Neste domingo, UFLA sediará corrida pela paz em apoio à República Democrática do Congo

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediará no domingo (11/6) uma corrida pela paz em prol da República Democrática do Congo (RDC) – a New Chance Peace Race Brasil. Organizada pela New Chance Foundation, trata-se de uma ação de conscientização de busca pela paz em um evento que ocorrerá simultaneamente na RDC, na Noruega e no Brasil.

Toda a comunidade está convidada para o evento. Para participar, a idade mínima é de 16 anos. As inscrições se encerram hoje (7/6). Até 10% dos participantes poderão ter isenção da taxa de inscrição caso sejam estudantes da UFLA em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para realizar a pré-inscrição, o interessado deve preencher o formulário disponível aqui e seguir as orientações. Para informações completas estão disponíveis os números (35) 99947-0737, (35) 99979-3037 e (35) 99158-8010. O percurso previsto da prova será de 4 km de caminhada e 8 km de corrida. Terá início às 8h, tendo como ponto de partida o Centro de Convivência da Universidade. Confira o mapa do percurso.

A corrida tem como principais objetivos despertar a atenção para a situação que perdura no país e promover a arrecadação de fundos para a finalização das obras de construção da sede própria da Fundação, permitindo assim ampliar as ações e atender ainda mais crianças que vivem em situação de risco.

A Fundação New Chance é uma organização humanitária não-governamental com base na Noruega que acolhe crianças vítimas da guerra e dos conflitos armados no leste da RDC.

Toda a organização e logística para a execução da corrida será realizada pela Associação dos Esportistas de Lavras e Região (Asdela) e pelo Circuito Unificado de Corrida de Rua de Lavras, visando a obtenção de fundos que serão remetidos integralmente para a Fundação.

Na UFLA, a atividade é organizada com a colaboração da Coordenadoria de Esportes da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec) e do projeto de atletismo Cria Lavras. A iniciativa marca a retomada da realização de corridas no câmpus da Universidade. De acordo com a pró-reitora de Assuntos Estudantis e Comunitários, professora Ana Paula Piovesan Melchiori, ainda em 2017 está prevista a corrida Gammon-UFLA (durante as comemorações de aniversário da Universidade), e outra corrida temática para novembro. “Em 2018, os planos são de retomada do Circuito de Corridas na UFLA”, diz.

Clique e saiba mais informações sobre a New Chance Peace Race Brasil.

Relação com o Brasil/UFLA:

Em 2011, foi instituído o programa “Vozes da África”, cooperação técnica entre a UFLA, a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (ABC/MRE)  e as Universidades de Kinshasa (UniKin) e Université Libre des Pays des Grands Lacs (ULPGL) .

Sob a coordenação do professor Gilmar Tavares, do Departamento de Engenharia da UFLA (DEG), o programa “Vozes da África” foi implementado sob o tripé da agroecologia, agricultura familiar e extensão universitária inovadora. Ao longo de dois anos, o projeto permitiu a capacitação de 60 professores das duas instituições congolesas, tendo como consequência imediata o apoio à agricultura familiar daquele país, gerando empregos e renda, o incentivo ao cooperativismo, a segurança alimentar, além de diversos programas de saúde.

Luciana Tereza, estagiária DCOM/UFLA

Pesquisa com biopolímeros: embalagem antimicrobiana aumenta vida útil da muçarela e permite reduzir o teor de sódio

A muçarela da direita recebeu o revestimento e, após 20 dias de armazenamento, não foi observado nela o crescimento de microrganismos deteriorantes, como ocorreu no pedaço localizado à esquerda (sem revestimento).

Colaboração entre pesquisadores dos cursos de Engenharia de Alimentos e de Engenharia de Materiais tornou possível o estudo

 

Maior durabilidade para o queijo muçarela e redução em seu teor de sal e conservantes – uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Lavras (UFLA) mostrou ser possível gerar esses dois benefícios simultaneamente para o produto. Uma embalagem especial, comestível, formada por uma mistura de óleos essenciais e um biopolímero natural (ou seja, um composto biodegradável produzido a partir de matérias-primas de fontes renováveis) é o que garante os bons resultados.

A embalagem elaborada durante a pesquisa é um filme que envolve o queijo. Foi aplicada a muçarelas e garantiu que, por mais de 20 dias, elas permanecessem em bom estado de conservação, mantendo sua textura e umidade, sem crescimento de microrganismos deteriorantes. Além disso, o sabor proporcionado pelos óleos essenciais permitiu a redução de 50% no teor de sal necessário ao produto, sem prejuízo à aceitação do produto pelo consumidor.

Os resultados mostraram que o filme, incorporado com a mistura de óleos essenciais, impediu o crescimento de todos os microrganismos testados. Os testes incluíram também a avaliação da muçarela por consumidores, revelando que há boa aceitação do sabor, mesmo com a redução do sódio. Dessa forma, são resultados que contribuem tanto para evitar o desperdício de alimentos – que vão para o lixo por má conservação e deterioração – como para diminuir na muçarela a concentração de sal, já que seu consumo excessivo é nocivo à saúde.

Os biopolímeros têm sido considerados alternativas promissoras para a criação de embalagens porque podem ser consumidos junto com o produto sem causar mal à saúde; são capazes de reter aromas, incorporar aditivos alimentícios e podem ser obtidos por um custo menor se comparado a produtos tradicionalmente utilizados. Eles formam uma fina película sobre a superfície dos alimentos, atuando como agentes de proteção em relação ao meio externo, aumentando a conservação por serem barreira à umidade, oxigênio, dióxido de carbono e gorduras. Embora muitos biopolímeros sejam naturalmente resistentes a vários microrganismos, a adição de óleos essenciais aumenta sua ação antimicrobiana.

O estudo foi conduzido na UFLA pelo pesquisador Lívio Pereira, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Biomateriais, orientado pelos professores Juliano Elvis Oliveira (Departamento de Engenharia – DEG), Ana Carla Marques Pinheiro e Roberta Hilsdorf Piccoli (Departamento de Ciência dos Alimentos – DCA). Lívio explica que apesar de ainda haver muito a ser feito na área de pesquisa em embalagens alimentícias, o estudo alcançou seus objetivos com êxito. “Isso foi possível por meio da parceria das distintas áreas de conhecimento a que pertencem os pesquisadores envolvidos. A união e boa vontade dos pesquisadores por uma causa maior é o que gera resultados”, avalia.

Para o professor Juliano, a oportunidade de trabalhar em equipes multidisciplinares permite a busca por soluções envolvendo problemas complexos como a redução de sódio em alimentos ou mesmo sua conservação. Durante a execução desse projeto, a Engenharia de Materiais contribuiu para o projeto da estrutura e propriedades do filme comestível. O desafio foi aliar esse conhecimento com áreas como Microbiologia de Alimentos e Análise Sensorial. Como resultado, tem-se um material de elevado valor tecnológico e com potencial para aumentar a vida útil, com segurança, de produtos de interesse para a economia mineira, como o queijo muçarela.

A professora Ana Carla também enfatiza a multidisciplinaridade como caminho para o desenvolvimento das pesquisas científicas. “A união de conhecimentos de diversas áreas tem enorme potencial para o desenvolvimento de novas tecnologias, que dão um importante retorno à sociedade. Neste estudo, por exemplo, foi possível desenvolver uma tecnologia que auxilia na conservação das muçarelas, permitindo ainda a redução da quantidade de sódio utilizada na fabricação, sem comprometer a aceitação dos consumidores”.

De acordo com a professora Roberta, a utilização de misturas de óleos essenciais – substâncias presentes nos condimentos utilizados rotineiramente na alimentação como conservantes – tem mostrado grande eficiência. “É promissora sua utilização em várias áreas na indústria alimentícia, oferecendo ao consumidor produtos sem conservantes químicos, e sem o risco que tais conservantes podem causar à saúde”, complementa.

Um pouco mais sobre as embalagens

As embalagens antimicrobianas podem melhorar a qualidade do armazenamento e aumentar a vida útil de frutas, legumes, grãos e carnes. No entanto, a aplicação de óleos essenciais a embalagens traz desafios: além de os óleos terem alta volatilidade, é necessário conseguir o equilíbrio para geração de sabor perfeito e para o alcance de concentração adequada para inibir o crescimento de microrganismos indesejáveis. Com a incorporação dos óleos ao biopolímero, há  liberação mais lenta do agente antimicrobiano na superfície do produto, fato que garante maior eficiência e, ao mesmo tempo, contribui para minimizar o sabor intenso dos óleos essenciais.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

NucLi mobiliza comunidade acadêmica para cadastro no My English Online – ação em 6/6 e 7/6

A equipe do Núcleo de Línguas da Universidade Federal de Lavras (NucLi/UFLA), com o apoio da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), promoverá uma ação no Centro de Convivência da Instituição na terça e na quarta-feira (6 e 7/6) para incentivar estudantes, professores e técnicos administrativos a se inscreverem no curso My English Online (MEO).

O curso é disponibilizado gratuitamente pelo Programa Idiomas sem Fronteiras (IsF), por iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O MEO inclui cinco níveis de aprendizado, com exercícios e materiais interativos.

Para ter acesso aos cursos presenciais de inglês que serão ofertados em breve pelo NucLi, é necessário estar cadastrado e ativo no MEO. Os membros da comunidade acadêmica que comparecerem à ação terão auxílio para cadastro no curso e receberão orientações da equipe de trabalho. Computadores estarão disponíveis no local.

Veja também: UFLA é recredenciada no Programa Idiomas sem Fronteiras para os próximos quatro anos

 

UFLA e prefeitura de Lavras se unem para instalação de Hospital-Dia Universitário – modelo é inédito na região

Na busca por tornar realidade os projetos que visam oferecer à população de Lavras uma contribuição arrojada na área da saúde, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) firmou parceria com a prefeitura do município para a construção e manutenção de um Hospital-Dia Universitário, a ser instalado no imóvel de propriedade da UFLA na Zona Oeste da cidade – onde funcionava o antigo Hospital do Coração. A unidade terá 100% dos atendimentos voltados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O modelo de uma estrutura credenciada como “hospital-dia” é inédito na região e inclui atendimentos de consultas médicas especializadas, exames de apoio diagnóstico especializados e cirurgias eletivas de baixa e média complexidade, que exijam internação não superior a 12 horas. De acordo com dados da prefeitura, grande parte das cirurgias feitas hoje pelo SUS no município pode ser classificada nessa modalidade. Dessa forma, a estrutura permitirá atender a uma demanda importante da população, com elevação significativa na qualidade dos serviços prestados e redução da sobrecarga dos hospitais da cidade, permitindo que eles se dediquem fortemente aos procedimentos de maior complexidade.

Pela parceria, a UFLA ficará responsável especialmente pela construção da área física, aquisição de equipamentos especializados e custeio de atividades acadêmicas envolvidas. A prefeitura contribuirá com equipamentos básicos, profissionais técnicos para atendimento e custeio dos serviços prestados à população. Uma comissão foi nomeada pelo reitor da Universidade, professor José Roberto Soares Scolforo, para dar andamento às várias fases necessárias para concretização do empreendimento: definição do projeto arquitetônico, encaminhamentos para licitação e contratação da obra, desenvolvimento de estudos e planejamentos que identifiquem as necessidades de saúde da comunidade para contemplação no projeto.

Além do benefício direto à população, o “hospital-dia” terá papel de impacto para as atividades acadêmicas dos cursos da UFLA ligados à área de saúde, notadamente Medicina, Nutrição e Educação Física. “Será um espaço rico para a complementação da formação de nossos estudantes, com foco sobre a humanização dos atendimentos e a valorização extrema do ser humano”, diz Scolforo. O reitor ressalta que a unidade já nasce tendo por princípio a oferta de um serviço de alta qualidade ao cidadão, seguindo o histórico de excelência que marca o percurso da UFLA e sua atuação nas ciências agrárias. “O ponto determinante para nós nessa iniciativa é que estejamos construindo um atendimento de saúde de ponta não só em sua qualidade técnica, mas principalmente no alto padrão de relacionamento que manteremos com cidadãos de todas as classes sociais, garantindo que todos sejam atendidos com a mesma dedicação, desde um andarilho até as pessoas mais favorecidas que usam o SUS.”

UFLA e prefeitura vêm mantendo negociações para parcerias em diferentes setores para benefício da cidade, como agricultura e educação, por exemplo. “Esse importante passo na área da saúde representa a mais expressiva união entre a Universidade e o município já realizada até hoje”, ressalta Scolforo.  Os recursos necessários para o empreendimento já estão negociados no orçamento da UFLA. “Acreditamos que esse tipo de relacionamento entre instituições, que transcende questões políticas e volta-se exclusivamente ao interesse público, é o que deve nortear os gestores”, reforça.

Para o prefeito de Lavras, José Cherem, a soma de esforços das duas instituições para a construção e manutenção de um hospital-dia traz ganhos importantes, como meios mais adequados para a captação de recursos, melhoria na qualidade do atendimento à população, melhoria da capacidade administrativa, diluição de custos e otimização do emprego dos recursos públicos. “Será uma unidade hospitalar com características inovadoras, construída em um momento em que são registrados fechamentos de leitos em outros locais do País – o que nos coloca em posição diferenciada diante do momento de crise pelo qual passa o Brasil. Preencheremos uma lacuna hoje existente na saúde pública de Lavras. Sabemos que a demanda na área é infinita, mas o avanço que se promove com esse hospital-dia é fundamental para melhor atender às pessoas que mais necessitam de cuidados”.

Preocupação com a saúde no município: um histórico das buscas por conquistas

A aprovação para abertura do curso de Medicina na UFLA em 2013 não previa a construção de um hospital universitário, o que também era uma realidade para outras universidades que tiveram os cursos autorizados naquele momento. No entanto, movida pelo desejo de poder elevar as contribuições concretas da Universidade para com a sociedade, a Direção Executiva conseguiu o apoio do Ministério da Educação (MEC), ainda em 2013, e adquiriu o imóvel do antigo Hospital do Coração.

Na continuidade das negociações com o governo na época, foi possível pactuar a construção de um hospital de porte ainda maior, o que exigia outro espaço físico para abrigá-lo – espaço que também chegou a ser viabilizado, deixando o imóvel do antigo Hospital do Coração disponível para outros projetos. “Conseguimos então novo apoio no MEC, desta vez para montar uma pequena unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSuldeMinas) naquela área, o que abriu uma nova possibilidade de interface com a comunidade voltada à formação técnica de nossos jovens”, relembra o reitor.

Com as mudanças no cenário político do País e a crise econômica, o novo governo manifestou impossibilidade de dar seguimento a esses projetos no momento, em função das restrições orçamentárias. “Mesmo frustrados com esse adiamento nos planos, continuamos a luta para agregar ao orçamento da UFLA recursos que permitissem, dentro do cenário atual da economia, viabilizar uma unidade hospitalar que atenda à formação qualificada dos nossos graduandos e que seja mais uma alternativa em saúde na cidade”, relata. “Com muito trabalho e apoio do MEC e de atores políticos, conseguimos agora os recursos para a construção do “hospital-dia” universitário e para os equipamentos necessários”.

O objetivo é que, apesar da crise, a agenda de ganhos para a Universidade e a região seja mantida. “Queremos contribuir para que Lavras seja, ainda mais do que já tem sido, referência regional no quesito saúde. Assim, exercemos nosso papel social. Sabemos que a UFLA – com a folha de pagamento de seus servidores, com os estudantes movimentando o mercado local, com sua capacidade de geração de empregos, com as licitações que abrem novas possibilidades para as empresas locais – é um grande motor de desenvolvimento local. E nosso compromisso é também com o social. Completamos em 1° de junho o primeiro ano de nossa segunda gestão na Universidade, felizes por podermos dar um passo adiante, mesmo no cenário de incertezas econômicas pelo qual passa o País”.

Área de Letras da UFLA passa a integrar Departamento de Estudos da Linguagem (DEL)

Na sessão do Conselho Universitário (CUNI), realizada em 24/5, foi aprovada a proposta de criação, na Universidade Federal de Lavras (UFLA), do Departamento de Estudos da Linguagem (DEL). A nova unidade é formada pela equipe do curso de Letras, anteriormente integrada ao  Departamento de Ciências Humanas (DCH).

O corpo docente do DEL é formado por 22 professores, incluídos nessa relação cinco professores que anteriormente estavam lotados no Departamento de Educação (DED), mas que se juntam à equipe por terem um trabalho voltado para a área de linguagens. DEL e DCH estarão localizados conjuntamente no prédio onde hoje funciona o DCH, apenas com uma reestruturação da divisão de salas. A professora do DCH Márcia Fonseca de Amorim explica que novas eleições irão definir, em breve, as chefias de ambos os departamentos (DEL e DCH).

No total, o DEL terá a oferta de 76 disciplinas, entre obrigatórias, eletivas, disciplinas ofertadas  a outros departamentos, além de novas disciplinas que estão sendo criadas. A equipe de Letras atualmente atende às licenciaturas Letras Português/Inglês (presencial), Letras Português e Letras Inglês (modalidade a distância – EaD), além da ministração de disciplinas nos cursos de Direito, Administração Pública (EaD), Filosofia e outros. 

Entre os argumentos que subsidiaram a proposta da criação do DEL está o fato de que, na classificação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a área de Linguística, Letras e Artes é distinta da área de Ciências Humanas, o que gera dificuldades com registros e outros processos pelos quais passa o departamento. Outro fator é a demanda da UFLA para atuação do corpo docente de Letras em diferentes projetos e órgãos da instituição, como os processos seletivos e concursos públicos, Programa Idiomas sem Fronteiras, aplicações do teste Toefl, entre outras ações. “A criação do Departamento permite a melhor organização dos trabalhos para que o grupo de trabalho possa atender de forma mais adequada à demanda de toda a comunidade acadêmica, estando também corretamente identificado na área de Linguística, Letras e Artes”, explica Márcia.

Além de garantir o incremento dos serviços prestados atualmente, o novo departamento torna propício o desenvolvimento de novos projetos como, por exemplo, a ampliação da oferta de línguas adicionais e a possível criação de um centro de línguas voltado a toda a comunidade universitária; o fortalecimento das ações de internacionalização; a inclusão de projetos que contemplem as linguagens artístico-culturais e a oferta de um curso de pós-graduação, que já está em trâmite interno na Universidade para aprovação e criação.

Livro de autoria de professor do DAE/UFLA lança índice inédito para avaliação da gestão pública municipal

A gestão pública dos 853 municípios de Minas Gerais foi objeto de uma pesquisa que resultou na publicação do livro “Gestão Pública Municipal”, de autoria do professor do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) José Roberto Pereira e do professor e pesquisador da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, João Batista Rezende. Disponível já neste mês de maio, pela Editora CRV, a obra tem conteúdo inédito, pois lança o Índice de Gestão Pública Municipal (IGPM).

O IGPM foi formulado com base em indicadores agrupados em quatro dimensões: sociopolítica, institucional-administrativa, econômico-financeira e socioambiental. Os resultados apurados para os municípios mineiros indicam a potencialidade da gestão pública em cada cidade. Ao todo, 41 variáveis foram analisadas para a composição dos indicadores. A existência de conselhos gestores em diferentes áreas, de plano diretor, de legislações específicas e de vários outros índices são exemplos de fatores avaliados dentro das quatro dimensões.

Os resultados apurados revelam a situação da gestão pública de cada município mineiro e ganham destaque por constituírem um instrumento tanto para que gestores busquem o aperfeiçoamento de suas iniciativas, quanto para que o cidadão possa acompanhar as informações sobre a gestão de sua cidade, subsidiando-o para que participe do debate público e exerça o controle social sobre a gestão. Nesse sentido, o professor José Roberto conta que os frutos do trabalho caminham para além do próprio livro. “Estamos já em articulação com o professor do Departamento de Ciência da Computação (DCC/UFLA) André Pimenta para a o desenvolvimento de uma proposta de aplicativo que torne todos os indicadores apurados nos municípios acessíveis ao público. Dessa forma, a interação e a participação do cidadão será ainda maior. Cumpriremos assim, um ciclo importante para a formação cívica da população”.

Além de trazer uma análise dos resultados e os quadros com os dez melhores e os dez piores índices encontrados nos municípios mineiros, a obra é embasada em um resgate histórico da posição dos municípios brasileiros desde o período colonial e na análise de sua importância no contexto histórico e político do País. A discussão crítica desses temas perpassa o conteúdo. Ao final, os autores apresentam a proposição de uma política pública para formação e profissionalização de pessoas para compor o quadro administrativo das prefeituras, por meio da participação de universidades brasileiras e de possíveis outras instituições parceiras. A proposição vai ao encontro da observação feita pelos autores durante a pesquisa, de deficiência na formação e capacitação do quadro de servidores dos municípios.

Em breve, será agendado evento de lançamento do livro na UFLA.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.