Laboratórios do Departamento de Ciência de Alimentos contam com novos equipamentos

Técnicos do DCA manuseiam o reômetro
O reômetro permite calcular a viscosidade dos fluidos

A fim de subsidiar pesquisas em diversas áreas, dois equipamentos instalados em laboratórios do Departamento de Ciência dos Alimentos (DCA) estão em funcionamento desde julho. Um deles é um reômetro universal rotacional e oscilatório e o outro é um Matrix-Assisted Laser Desorption/Ionisation – Time Of Flight (MALDI-TOF).

O primeiro encontra-se no Laboratório de Refrigeração de Alimentos, coordenado pelo professor Jaime Vilela de Resende. O reômetro é um equipamento no qual fluidos são submetidos a testes para determinar sua viscosidade. Os dados obtidos são importantes, na ciência dos alimentos, para: determinar a vida de prateleira de alimentos; a funcionalidade de ingredientes no desenvolvimento de produtos; e avaliação da textura, pela correlação com dados sensoriais. “É indispensável aos laboratórios que desenvolvem estudos do escoamento ou deformação de um material submetido a uma tensão de cisalhamento”, salienta o professor.

Além da aplicabilidade na ciência dos alimentos, o reômetro universal rotacional e oscilatório também é útil na análise de óleos e biocombusítiveis, fluidos em sistemas de irrigação, polímeros e novos materiais. As várias possibilidades de aplicação farão com que cursos de graduação e programas de pós-graduação, além dos vinculados ao DCA, utilizem o equipamento. Tanto que os programas de pós-graduação em Agroquímica, Física, Engenharia Agrícola e Engenharia de Sistemas apoiaram a compra deste reômetro.

Curso de capacitação

Nos dias 15 e 17 de julho, ocorreu um treinamento sobre a utilização da máquina, organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos. Houve a participação de professores, estudantes e pós-graduandos de vários cursos e programas.

MALDI-TOF

O MALDI-TOF identifica microrganismos rapidamente
O MALDI-TOF identifica microrganismos rapidamente

Outro equipamento, instalado no Laboratório de Microbiologia, é o MALDI-TOF. Sua função é identificar rapidamente os microrganismos cujas amostras são colocadas dentro do aparelho. Primeiramente, o pesquisador colhe uma amostra da cultura, colocando-a em uma placa específica; essa placa é inserida no equipamento, e lá, um laser é “disparado” sobre a amostra, fazendo uma análise das moléculas que formam a estrutura celular dos microrganismos ali presentes. Como cada microrganismo possui uma estrutura celular única, as leituras das amostras são comparadas às de bancos de dados, indicando quais as espécies presentes.

Essa técnica também é aplicada a diferentes áreas do conhecimento, como microbiologia agrícola, microbiologia clínica e microbiologia alimentar. Para a professora Roberta Hilsdorf Piccoli, coordenadora do Laboratório de Microbiologia, a implementação dessa tecnologia  representa um avanço, pois a UFLA passa a figurar em um seleto grupo de instituições que usam a técnica para pesquisa, identificação e caracterização rápida (e com baixo custos) de microrganismos de relevância agrícola, clínica, industrial, ambiental e alimentar.

Tela mostra o espectro gerado no MALDI-TOF
Tela mostra o espectro gerado no MALDI-TOF

O MALDI-TOF foi adquirido através de parceria entre os programas de pós-graduação de Ciência dos Alimentos e de Microbiologia Agrícola; o banco de dados de identificação de microrganismos foi feita pelo programa de Microbiologia Agrícola.

Professor visitante

A UFLA recebe, neste período, o professor visitante do exterior Cledir Santos, da Micoteca da Universidade do Minho, Portugal. Ele está alocado até dezembro ao Programa de Graduação em Microbiologia Agrícola da UFLA, trabalhando com os docentes Disney Dias (DCA) e Rosane Schwan (DBI). Além de treinar vários os estudantes na utilização do MALDI-TOF, o professor participará na organização e docência de um curso internacional intitulado “Avanços em Micologia Alimentar: Do Garfo à Lavoura”, que ocorrerá de 02 a 06 de 2015 na UFLA, e contará com a participação de pesquisadores de relevo do Brasil, Portugal e Itália.

Com informações de Lucas Luvizaro – bolsista Ascom/DCA