Divulgação do Índice de Preços Pagos (IPP) e Índice de Preços Recebidos (IPR) anual

Conforme pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Recebido/IPR (relativos aos preços recebidos pelos produtos comercializados pelos produtores rurais) e Índices de Preços Pagos/IPP (relativo aos preços pagos aos insumos para produção), a renda média do produtor rural do Sul de Minas Gerais, calculada pelo IPR, apresentou queda anual de -12,60% e os insumos para a produção agropecuária, calculada pelo IPP, demonstrou um aumento médio de 13,15%.

No ano de 2017 o IPR foi negativo para quase todos os grupos de produtos agrícolas pesquisados, somente o grupo da cana e a média geral do grupo das carnes teve majoração dos preços. Dentre os grupos pesquisados dos produtos agrícolas o que representou maior queda foi o grupo referido aos grãos, de -28,93%, destaque para o feijão com uma queda de 40% no seu preço (no mês de janeiro de 2017 estava sendo cotado a R$ 161,00 a saca e no mês de dezembro a R$ 95,00). O milho apresentou uma queda anual de -21,77%. O leite teve um recuo nos seus preços da ordem de -15,26.

O produto mais importante produzido no sul de Minas e que apresenta o maior peso na ponderação do IPR, o café, apresentou uma queda anual de preço de -13,00%, com preço médio da saca em R$ 505,00, no início do ano, terminando com preço médio em R$ 440,00.

Para o coordenador do trabalho, professor Renato Fontes, essa movimentação de preços é normal no setor, pois o mercado se organiza de forma bastante pulverizada na produção agropecuária, caracterizando como mercado em concorrência perfeita, onde o preço das commodities é dado pela interação da oferta e demanda.