Dicas de Português: Este/ Esse/ Esta/ Essa

Constantemente, quando lemos ou escrevemos, deparamo-nos com uma dúvida: devo usar esse ou este?

“Esse” ou “este” são pronomes demonstrativos que têm formas variáveis de acordo com o número ou gênero. A definição de pronomes demonstrativos descreve muito bem a função deles: são empregados para indicar a posição dos seres no tempo e espaço em relação às pessoas do discurso: quem fala (1ª pessoa) e com quem se fala (2ª pessoa) ou, ainda, de quem se fala (3ª pessoa). Nesse último caso, o pronome é aquele (aquela, aquilo).

Vejamos: 1ª pessoa: este, esta, isto; 2ª pessoa: esse, essa, isso; e 3ª pessoa: aquele, aquela, aquilo.

 

a) Este,esta isto são usados para objetos que estão próximos do falante. Em relação ao tempo, são usados no presente.

Exemplos: Este brinco na minha orelha é meu.
Este mês vou comprar um sapato novo. (mês de junho)
Isto aqui na minha mão é de comer?

 

b) Esse,essaisso são usados para objetos que estão próximos da pessoa com quem se fala. Em relação ao tempo, é usado no passado ou futuro.

Exemplos: Quando comprou esse brinco que está na sua orelha?
Esse mês vai ser de muita prosperidade!
Isso que você pegou na geladeira é de comer?

 

Quando ficar com dúvida a respeito do uso de “esse” ou “este”, lembre-se: “este” (próximo a mim, presente) e “esse” (distante de mim, passado e futuro).

 

No texto, usamos , usamos ESTE, ISTO, ESTA quando nos referimos a pessoas ou objetos que ainda não foram mencioandos:

 

Ex.: Refiro-me a isto: não trabalharei mais aos sábados

 

E usamos ISSO, ESSE, ESSA quando  a pessoas ou objeto já tiver sido mencionada:

 

Ex.: Não virei trabalhar mais aos sábados: isso é fato.

 

Por Sabrina Vilarinho

(Com adaptações)

 

Paulo Roberto Ribeiro

DCOM – UFLA

UFLA na comunidade: projeto insere histórias africanas e indígenas na educação infantil de Lavras

Estimular nas crianças o prazer pela leitura e a valorização das diferenças étnico-raciais. Esse é o objetivo do projeto de extensão “Lê pra mim?”, desenvolvido pelos estudantes do curso de Pedagogia da UFLA por meio do Núcleo de Estudos em Ensino-Aprendizagem de Línguas (Neal).

As atividades são realizadas semanalmente com crianças de 4 e 5 anos da Escola Municipal José Serafim, no bairro Novo Horizonte, em Lavras, e consistem em rodas de conversa e oficinas de leitura com histórias de origem africana e indígena, inserindo questões étnico-raciais no  cotidiano dos alunos. Ao todo, 60 estudantes já foram assistidos pelo projeto.

De acordo com a professora do Departamento de Educação (DED) e orientadora do “Lê pra mim?”, Luciana Soares da Silva, ensinar a ler e a escrever vai além da alfabetização. “A prioridade é que a escola forme pessoas que compreendam, critiquem e transformem a partir das práticas de leitura e escrita. Assim, o desafio é incorporar rigorosamente nos alunos a cultura do escrito, para que tenhamos uma sociedade de leitores e escritores que produzam seus próprios textos e, o mais importante, façam com que essa prática seja viva”, ressalta. 

Nesse sentido, o projeto vai ao encontro das próprias orientações curriculares, que indicam que é preciso garantir nas unidades escolares situações que promovam o desenvolvimento infantil e possibilitem às crianças o conhecimento de diferentes linguagens e saberes que circulam na sociedade.

As atividades também atendem a três demandas da educação básica: a necessidade de promover o incentivo à leitura, a inserção na cultura escrita desde os anos iniciais da educação infantil e a abordagem da cultura afro-brasileira e indígena, de modo a combater o racismo com ações que respeitem a diversidade e promovam a igualdade.

Para Giane Oliveira, professora de uma das turmas assistidas, “o projeto é interessante e muito lúdico, pois desperta a atenção dos alunos e, dessa forma, contribui para a memorização das histórias narradas”, explica.  

Veja fotos de algumas atividades realizadas pelo projeto:
Panmela Oliveira – comunicadora e bolsista Dcom/Fapemig

 

II IntegraCÃO: uma tarde de lazer para você e seu melhor amigo – 2 de julho

O IntegraCÃO, que tem como objetivo unir ações de saúde e lazer entre os seres humanos e seus melhores amigos, será realizado no dia 2 de julho. Seguindo o mesmo formato da primeira edição, o evento terá início às 14h com a CÃOminhada, onde os cachorros com seus tutores saem da praça Dr. Jorge e caminham em direção à UFLA, na quadra da moradia estudantil, onde são realizadas as demais atividades.

Segundo a organização, nesta segunda edição, o evento promete ser ainda maior e melhor, com mais ações interativas. O IntegraCÃO é idealizado e organizado pela professora Josi Seixas, do Departamento de Ciência da Saúde (DSA/UFLA) em conjunto com o Núcleo de Estudos em Medicina Veterinária. O evento é destinado a toda a comunidade lavrense e da UFLA.

Além das atividades mencionadas no flyer abaixo, haverá barracas de alimentação, sorteio de brindes e a famosa barraca do Lambeijo. E para relaxar, o evento contará com profissionais que realizam a técnica japonesa Reiki, para redução de estresse.

Os alimentos e rações arrecadados serão doados ao Parque Francisco de Assis. 

Mais informações e inscrições:

Conselho de Curadores da UFLA realiza eleição para representação dos servidores técnico-administrativos

Servidores técnico-administrativos são convocados a eleger seus representantes para o Conselho de Curadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

A eleição, de caráter secreto, será realizada no dia 28/6, quarta-feira, das 8h às 18h no Centro de Convivência da Universidade, e não será admitido voto por procuração ou cumulativo. Cada eleitor tem direito a um voto, exercido pessoalmente, em apenas um nome para o cargo a ser provido.

Será eleito um membro titular e um suplente, para mandato de dois anos. Aqueles que desejam se candidatar ao cargo devem se inscrever até as 17h do dia 26/6 na Secretaria dos Conselhos, situada no gabinete da Reitoria. No ato da inscrição, o candidato faz o compromisso expresso de que, caso eleito, aceitará a investidura, conforme previsto no Regimento Geral da UFLA.

Consulte o Edital

Panmela Oliveira – comunicadora e bolsista Dcom/Fapemig

UFLA estuda novo modelo para mapear as atividades-chave realizadas pelo corpo docente

A busca pelo aprimoramento dos processos de gestão da instituição e a melhoria da divisão do trabalho entre os docentes, com foco na qualidade do ensino, pesquisa e extensão, norteiam um estudo que vem sendo realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA). O objetivo é criar um novo modelo para identificar e mapear atividades essenciais do corpo docente. O instrumento tem como base o artigo 166 disposto no Regimento Geral da Universidade, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e também normativas da Controladoria Geral da União.

Até então, a divisão de trabalho dos docentes da UFLA era feita principalmente utilizando a carga horária de graduação e para romper com essa tradição, a reitoria idealizou um novo modelo de gestão baseado em indicadores. Os princípios que norteiam esse estudo vêm sendo construídos por meio de um conjunto de indicadores capaz de oferecer medidas de atividades-chave que os docentes realizam na instituição, levando-se em conta o ensino, a pesquisa, a extensão e as atividades administrativas. A ideia é respeitar os diferentes perfis de docentes da carreira no magistério superior sem privilegiar uma ou outra atividade, pois, na visão da Direção Executiva da UFLA, todas as atividades desenvolvidas têm igual importância e são essenciais para o sucesso da Instituição.

O grupo responsável por elaborar o estudo inicial é composto pelos professores Marcio Machado Ladeira (assessor para Desenvolvimento Acadêmico e Administrativo e pró-reitor adjunto de Pós-Graduação), Ronei Ximenes Martins (pró-reitor de Graduação) e pelo técnico administrativo Adriano Higino Freire (assessor para Indicadores Institucionais). Também conta com a colaboração direta das Pró-Reitorias de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, de Pesquisa, de Pós-Graduação e de Extensão e Cultura, na elaboração da primeira versão do estudo, auxiliando a comissão no levantamento de dados e na criação dos respectivos indicadores.    

Quando o trabalho for concluído, será possível mensurar as atividades-chave desenvolvidas por cada docente e haverá melhoria no processo de tomada de decisão acadêmico-administrativas da UFLA. Vale ressaltar que as ações decorrentes desse modelo serão implementadas de maneira gradual após atualizações a serem realizadas nas normas institucionais aprovadas pelos Conselhos Superiores da instituição.

O reitor, professor José Roberto Soares Scolforo, ressalta o quanto é necessário buscar essas alternativas para possibilitar uma distribuição mais equilibrada das atividades na Instituição. “Ouvimos, com certa frequência, questionamentos de docentes, os quais relatam que uma fração dos professores de disciplinas específicas da formação profissional ministram menos aulas que os de disciplinas de massa da formação básica. Por outro lado, há a contra argumentação que eles estão inseridos em ensino, pesquisa, extensão e que uma fração daqueles que dão mais aulas fazem exclusivamente essa ação. Esses discursos são pouco representativos da complexidade que é a atuação no magistério superior e não auxiliam o desenvolvimento da Instituição. Sendo assim, é necessário se ter critérios transparentes”, destaca.

O professor Márcio Machado Ladeira, assessor para Desenvolvimento Acadêmico e Administrativo, afirma que com a continuidade desse estudo será possível aproveitar melhor as competências e habilidades de cada docente e buscar uma distribuição do trabalho mais equilibrada, estimulando e respeitando a liberdade e criatividade de cada docente. “É preciso trabalhar para reduzir as diferenças presentes entre e dentro dos departamentos com relação à carga horária dos docentes, diminuindo essas distorções. O que queremos é reduzir as assimetrias e no futuro poder definir um indicador ideal”.

O pró-reitor de Graduação, professor Ronei Ximenes Martins, também membro do grupo, enfatiza que o estudo não tem por finalidade mapear as 40 horas semanais de trabalho do docente e sim procurar indicadores que possam ser utilizados para mensurar atividades-chave. “Não queremos apontar o que cada docente faz na Universidade, mas como se comportam diferentes grupos de docentes, como departamentos, setores e áreas de conhecimento, de maneira que possamos obter informações mais qualificadas para a tomada de decisão”.

Estudo em conjunto

Para permitir que discussões construtivas sejam praticadas pela comunidade no desenvolvimento de um modelo consolidado, uma versão preliminar, que contemplou várias atividades-chave dos docentes da UFLA foi apresentada aos chefes e subchefes de departamentos, coordenadores e coordenadores adjuntos de cursos de graduação e pós-graduação. Após a apresentação, cada chefe de departamento assinou um termo de sigilo, já que se busca a promoção da evolução da gestão da Instituição sem expor docentes ou departamentos, principalmente, nessa fase de discussão e construção do modelo. “Em nenhum momento desejamos expor professores ou departamentos. Desejamos, sim, dar elementos para que cada chefe possa gerir melhor a sua unidade acadêmica e cumprir as normas e leis. Após as sugestões, que serão propostas para a comissão que está realizando o trabalho, será necessário definir mecanismos para que, de forma gradual, se possa distribuir de modo equilibrado o trabalho entre os docentes da UFLA”, ressalta o reitor.

Reunião realizada com os docentes da UFLA

Posteriormente a comissão iniciou uma série de visitas aos departamentos da UFLA com o intuito de explicar os objetivos do trabalho, receber sugestões, esclarecer dúvidas e sanar eventuais equívocos. Ladeira ressalta que o trabalho ainda não está concluído. “É um processo que está se iniciando e que ainda precisa de tempo para que possa ser aprimorado. Queremos construir esse modelo em conjunto com a comunidade docente e por isso estamos visitando os departamentos. Até o momento, várias sugestões relevantes já foram apontadas nas reuniões com os departamentos, sendo o modelo em construção acolhido pela expressiva maioria dos docentes”, comenta.

Diversos aspectos já foram sugeridos pela comunidade acadêmica e serão acatadas pelo grupo de trabalho, como exemplo: alteração do nome do indicador geral, inclusão de novas atividades, entre elas: atribuição de diversas atividades administrativas, carga horária da graduação EAD, projetos de pesquisa não financiados, diversas atividades de extensão, bolsas produtividade CNPq, dentre outros.

O reitor da UFLA destaca novamente que esse plano de trabalho específico respeitará as habilidades de cada docente. “De maneira gradual, deseja-se equilibrar o trabalho docente na UFLA, assim como já é feito em outras instituições públicas de ensino. A busca é por mais justiça na distribuição do trabalho, deixando também um tempo expressivo para que outras atividades sejam contempladas pelos docentes”, afirma.