Semana Nacional de Museus: realizada na UFLA palestra sobre o “não dito” na história dos museus

Até 21/5, em comemoração à 15ª Semana Nacional de Museus, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) desenvolve programação cultural especial. Entre as diversas atividades, foi realizada na segunda-feira (15/5), uma palestra intitulada ‘Os caminhos da pesquisa: o “não dito” na história recente da UFLA’.

Ministrada pelo professor do Departamento de Educação (DED) Ângelo Constâncio e com a presença de diversos estudantes da Universidade, a palestra abordou a importância das histórias preservadas nos museus, que são, de acordo com o professor, um lugar de encantamento, estudo, conversa e lazer.

Professor Ângelo foi o responsável pela condução do tema.

O “não-dito” nos museus é aquilo que é esquecido na história, até mesmo de forma intencional, principalmente pela tendência maior de conservação e exposição de objetos e histórias relacionadas às classes mais favorecidas, ficando as menos favorecidas em segundo plano. Aplicando o tema à realidade da Universidade, o professor fez uma explanação sobre o período de transformação da antiga Escola Agrícola de Lavras (Esal) em Universidade, quando afloraram opiniões diferentes em relação à linha de atuação que deveria ser seguida e à manutenção ou não da marca Esal. No entanto, esses ditos do passado ficaram ausentes dos registros da história da Universidade e enquadram-se hoje em “não-ditos”.

A reflexão proposta durante a palestra sugere que é necessário pensar nos museus com uma expectativa mais ampla, que vá além do modo como é atualmente retratado, pois é um espaço legítimo, que valoriza o sociocultural, produz sons e silêncio, relaciona e discrimina ao mesmo tempo. E por trás de toda exposição, há também o que é dito no silêncio, e essa mensagem precisa ser refletida, pois dentro dessas ausências existem inúmeras possibilidades.

Texto: Panmela Oliveira, comunicadora e bolsista DCOM/Fapemig.

UFLA realiza cerimônia de recepção de estudantes estrangeiros

Os estudantes estrangeiros ingressantes na Universidade Federal de Lavras (UFLA) nos semestres 2016/2 e 2017/1 foram recepcionados oficialmente na última segunda-feira (15/5). São 31 estudantes de graduação e pós-graduação, vindos da Colômbia, Moçambique, México, Peru, Chile e Rússia.

Com a presença da vice-reitora, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho; da pró-reitora de Assuntos Estudantis e Comunitários, professora Ana Paula Piovesan Melchiori; do pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio;  do diretor de Avaliação e Desenvolvimento do Ensino, professor José Antônio Araújo Andrade; da professora Débora Racy; e de integrantes da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), os estudantes tiveram a oportunidade de solucionar suas dúvidas. O diretor de Relações Internacionais, professor Antônio Chalfun Júnior, foi quem apresentou as informações gerais sobre a Universidade, assim como as instruções sobre a permanência no País, além de ter falado sobre o auxílio que a DRI oferece para procedimentos obrigatórios a serem realizados durante a estadia.

O pró-reitor de Pós-Graduação incentivou os presentes a aproveitarem o seu tempo no Brasil realizando cursos independentes e afirmou que este período é importante para o estabelecimento de novas amizades, além da conciliação entre os estudos e os momentos de diversão.

Já a professora Édila reforçou o pedido para que tanto os professores quanto os estudantes sigam as normas da UFLA. Afirmou que o espaço da Instituição é aberto à discussão, pois os estudantes também são gestores da Universidade.

A servidora da DRI Joyce de Almeida Alves encerrou as atividades do evento falando sobre a atuação da Comissão de Acolhimento e Acompanhamento dos Estudantes Estrangeiros.

Professora e pesquisadora no Peru, Verônica Castro vai iniciar o mestrado em Ciências Veterinárias: “Estar no Brasil é a realização de um sonho”, disse. Enfatizou a variedade de pesquisas possíveis na área e o tamanho da Universidade, pela qual está encantada.

Juan Felipe Avendaño cursa Direito na Colômbia e vai passar seis meses na UFLA. Já realizou intercâmbios no México e Estados Unidos, mas disse que a melhor experiência até o momento está sendo no Brasil e mostra-se apaixonado pela UFLA. “Considero as aulas muito boas, com professores capacitados que utilizam uma linguagem acessível e metodologias interativas” – afirmou.

Na terça-feira, 16/5, os estudantes fizeram um tour pela Universidade sob a orientação da equipe da DRI.

Daniel Kalambaiji Kalonji explicou sobre o Núcleo de Cultura Internacional.

A UFLA

A Universidade está entre as 12 melhores do Brasil, de acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC/MEC), além de se destacar também em rankings internacionais. No ranking de sustentabilidade GreenMetric, a instituição ocupa o 1° lugar na América Latina. É também a 2ª no mundo a receber o certificado Blue University, que atesta que a instituição realiza uma ótima gestão das águas, investindo em todo o processo de produção, tratamento, uso e reaproveitamento desse recurso natural no próprio câmpus.

Além disso, a instituição oferece aos seus estudantes, incluindo os estrangeiros, atendimento médico, dentário, ginecológico, psicológico, além de outros benefícios que podem ser consultados na página da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec). 

Daniel Kalambaiji Kalonji, da República Democrática do Congo, está há quatro anos na UFLA, no curso de Engenharia de Controle e Automação. Coordenador do Núcleo de Cultura Internacional, considera a UFLA uma boa universidade, com uma boa educação, conhecimento e direção.

Texto: Panmela Oliveira, comunicadora e bolsista DCOM/Fapemig.

Projeto Golden Cup premia cafés especiais e difunde conhecimento

O Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf), do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), realizou na última sexta-feira (12/5) o lançamento do projeto Golden Cup. A proposta consiste em premiar a qualidade de cafés especiais produzidos pelos filhos dos cafeicultores da Agência de Inovação do Café (InovaCafé).

Segundo o coordenador-geral do InovaCafé, Giovani Belutti Voltolini, o projeto busca o treinamento dos filhos dos cafeicultores para que eles sejam difusores de conhecimento e de tecnologia na área.  As amostras do produto começaram a ser recebidas na segunda-feira (15/5), na sala de recepção do Necaf, e podem ser entregues até 18 de agosto.

Em 1 e 2 de setembro serão conhecidos os campeões do concurso, que abrange cafés de todas as regiões produtoras do Brasil. Com isso, forma-se uma mesa de provas diversificada e enriquecida com sabores, aromas e aspectos do café.

O diretor da InovaCafé, professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, disse que a proposta reforça a busca pelo melhoramento contínuo da qualidade do café.  “O projeto favorece a difusão de tecnologia e conhecimento relativos ao café, que inicialmente pode parecer restrita, mas que visa o futuro da cafeicultura. A iniciativa é bem interessante e acho que vai trazer ótimos frutos para InovaCafé, para UFLA e para todos”.

O Golden Cup é realizado em parceria com o Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo do Café (QICafé) e com o Núcleo de Estudos em Pós-Colheita (Pós-Café), ambos da UFLA.

Texto: Mariane Rodrigues de Freitas