Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal: equipe da Prefeitura estará na UFLA para atualizações e novos registros

Uma equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social estará na Universidade Federal de Lavras (UFLA) para cadastro e recadastro de integrantes da comunidade acadêmica no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O atendimento será prestado no Centro de Convivência da UFLA nos dias 30/5 e 31/5, das 10h às 15h e das 17h às 20h.

Os cidadãos inseridos no Cadastro Único podem ter acesso a diferentes benefícios, como telefone popular; tarifa social de energia elétrica, isenção de taxas em concursos públicos; passe livre para pessoas com deficiência; carta social; carteira do idoso; aposentadoria de pessoas de baixa renda, além de programas como ID Jovem, Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Verde, Erradicação do Trabalho Infantil, Fomento às Atividades Produtivas Rurais e outros, inclusive os específicos de estados e municípios.

De acordo com a gestora do Bolsa Família da Prefeitura de Lavras, Patrícia Condé Marques, a equipe está realizando ações semelhantes em diferentes regiões da cidade, geralmente aos sábados, para facilitar o acesso da população e garantir a atualização dos dados e inclusão de novos cadastros. “Percebemos que havia uma demanda significativa por parte dos estudantes da UFLA pelo Cadastro Único, especialmente por causa do Programa ID Jovem. Por isso, pela primeira vez, levaremos a ação ao câmpus, já que muitas pessoas não conseguem comparecer aos Centros de Referência de Assistência Social (Cras)”.

Para realizar ou atualizar o cadastro, é necessário apresentar comprovante de residência e os documentos originais de todos os membros do núcleo familiar (CPF e Identidade, mais certidão de nascimento e declaração da escola – no caso de crianças menores de 18 anos ). O Cadastro Único é voltado a famílias de baixa renda (com até dois salários mínimos per capta, ou com renda de até três salários mínimos de renda mensal total).

Um pouco mais sobre o ID Jovem

O Identidade Jovem (ID Jovem) é o documento pelo qual jovens que têm entre 15 e 29 anos podem ter acesso a benefícios como meia-entrada em eventos artístico-culturais e esportivos, além de vagas gratuitas ou com desconto no sistema de transporte coletivo interestadual, conforme disposto no Decreto 8.537/2015.

Para ter direito ao ID Jovem é necessário que a família do requerente tenha renda mensal de até dois salários mínimos. Ele deve estar inscrito no Cadastro Único do Governo Federal, com informações atualizadas há pelo menos 24 meses.

Confira outras informações sobre o ID Jovem

Torneio Amistoso de Rugby Sevens será realizado na UFLA no próximo sábado (20/5)

A equipe de Rugby da Universidade Federal de Lavras (UFLA Rugby Team) realizará no próximo sábado (20/5), a partir de 9h, um torneio no Estádio da UFLA. O evento será uma disputa amistosa entre equipes do formato Rugby Sevens, com o objetivo de promover o esporte em Minas Gerais.

A competição deverá ter participação mínima de três times, com limite máximo de 12 atletas cada, além de contar com a participação da modalidade sevens feminino. Ao final, haverá premiações para os vencedores e jogadores destaques durante o campeonato.

Mais informações podem ser obtidas na página oficial do UFLA Rugby Team no facebook.

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA. 

Núcleo de Estudos em Inovação, Empreendedorismo e Setor Público da UFLA completa um ano de atuação

O Núcleo de Estudos em Inovação, Empreendedorismo e Setor Público (Niesp) do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) completou um ano de fundação na última quinta-feira (11/5). O núcleo é coordenado pelos professores Dany Flávio Tonelli e Daniela Meirelles Andrade.

O grupo possui como objetivo geral colaborar positivamente com o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão, além de adquirir e disseminar novos conhecimentos, na área de inovação, empreendedorismo e setor público, a fim de permitir um intercâmbio entre a Universidade e a sociedade.

Formado por docentes e discentes de graduação e pós-graduação dos cursos de Administração e Administração Pública, incluindo outros correlatos, o núcleo também é composto por membros externos e pesquisadores com formação em áreas já assinaladas ou em outras áreas de interesse.

Nesse primeiro ano de atuação foram realizadas diversas atividades. Dentre elas: cursos de capacitação dos integrantes; workshop de “Negócios Impacto Social”, desenvolvido por alunos externos ao núcleo, objetivando difundir o conceito de negócios de impacto social; além de discussões e debates de alguns textos, bem como a realização de projetos de extensão e pesquisa.

Para celebrar seu primeiro aniversário, o Niesp organizará um evento para discutir perspectivas atuais sobre inovação, empreendedorismo e setor público no Brasil. O evento ainda está em processo de andamento, com data prevista de realização para junho. A execução deste evento atesta que grupo visa buscar um espaço permanente que contribua para o crescimento e o diálogo entre estudantes, professores e sociedade.

Mais informações sobre o Niesp podem ser obtidas pelo e-mail niespufla@gmail.com ou na página no facebook.

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA. 

Pesquisa da UFLA descreve as vias de silenciamento no genoma do café – estudo possibilitará melhorias no desenvolvimento da planta

Thales Henrique Cherubino Ribeiro, Antonio Chalfun Junior, Christiane Noronha Fernandes Brum e Pâmela Marinho Rezende

Análise genômica da via de silenciamento guiada por RNA no café revela seus mecanismos reguladores. Este foi um dos focos da tese de doutorado da bióloga Christiane Noronha Fernandes Brum, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal da Universidade Federal de Lavras (UFLA), sob a orientação do professor Antonio Chalfun Junior.

O conhecimento dessas vias de regulação da expressão gênica em cafeeiro é de extrema importância para o meio científico e poderá futuramente ser aplicado para o melhoramento vegetal por meio da biotecnologia. Os resultados trazem perspectivas para a cultura, abrindo novas frentes de pesquisa para melhoria da qualidade, produtividade e tolerância a estresses.

“Em 2014 saiu o genoma do café, Coffea canephora, a partir de então tivemos o interesse de estudar a regulação da expressão gênica, que são os mecanismos de ligar e desligar os genes em determinados momentos, em resposta a alguma condição, como crescimento vegetativo ou reprodutivo. Esse trabalho já foi realizado em outras espécies, como milho, sorgo, dentre outras. Então, utilizamos estes como base para conseguir desvendar no café. Fizemos um levantamento bem mais aprofundado, conseguimos identificar cerca de 50 proteínas no café, que são responsáveis pela biossíntese, processamento e funcionamento dos pequenos RNAs não codantes, dentre eles os microRNAs”, relata Christiane.

De acordo com os pesquisadores, um trabalho tão amplo, detectando mais de 50 proteínas nunca foi feito em outras espécies cultivadas. Também foi identificada uma classe de pequenos RNAs que regulam a expressão gênica, os microRNAs, no genoma de Coffea canephora. “Ao todo, 235 precursores de microRNAs foram preditos”, complementa a pesquisadora.

Aplicabilidade

A pesquisadora explica como essa revelação poderá ajudar a compreender os processos de expressão gênica no café. “No nosso laboratório, por exemplo, temos como foco o florescimento, que possui o problema da desigualdade, pois produz flores em diferentes estádios. Isso faz com que na mesma planta haja frutos verdes, maduros ou que já passaram da época de colheita, prejudicando a qualidade. Se conseguirmos compreender quais mecanismos regulam esse processo, conseguiremos modificá-los, uniformizando o florescimento”, comenta.

A partir de dados brutos do genoma, os pesquisadores foram discutindo possibilidades, fazendo análises evolutivas, funcionais, estruturais e posteriormente caracterizando todo o material, tanto as proteínas quanto os microRNAs. A partir de todo esse processo, eles conseguiram identificar uma quantidade expressiva de microRNAs, não presente na literatura, ampliando significativamente esse conhecimento. “Identificamos todos os microRNAs – reguladores da expressão – que existem no genoma de café, agora o próximo passo é fazer a análise da função de cada um, estudando-os em processos específicos. Quando um gene se expressa, ele sai de uma forma de DNA para RNA mensageiro. O microRNA que regula esse RNA mensageiro, permitindo ou não que ele forme uma proteína”, explica a pesquisadora.

O orientador da pesquisa, professor Chalfun, ressalta que por meio dessa pesquisa é possível ter um leque maior que possibilitará o desenvolvimento de importantes trabalhos futuros. “É algo inédito devido a abrangência dos dados e não da técnica em si. É algo novo aplicado ao café e toda essa gama de conhecimento poderá ser empregada até mesmo em outras espécies. A aplicabilidade desse trabalho vem posteriormente, que inclusive já está sendo executada”.

Na segunda fase do doutorado foram realizadas análises, aplicadas, dos dados obtidos durante a pesquisa. O foco do estudo é o florescimento da planta de café. Esta parte prática ainda está sendo finalizada, por isso, a tese está retida, mas a previsão é de que seja divulgada ainda nesse ano.

Já os resultados da primeira etapa acabam de ser publicados na PLOS ONE (The Public Library of Science ONE), considerado o segundo maior periódico do mundo, tendo publicado por volta de 22 mil artigos científicos em 2016. Clique aqui para acessar o artigo completo.

Parceria

A pesquisa foi financiada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT) e realizada em colaboração com o Laboratório de Fisiologia Molecular de Plantas (LFMP) coordenado por Chalfun, e o Laboratório de Bioinformática e Análises Moleculares (LBAM), sob a orientação do professor Matheus de Souza Gomes, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Texto: Camila Caetano, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Coordenador da Área de Medicina II – Capes proferiu Aula Inaugural da Pós-Graduação em Ciências da Saúde

Prof. Geraldo Brasileiro Filho

O início do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da UFLA foi marcado pela Aula Inaugural proferida pelo professor Geraldo Brasileiro Filho, coordenador da Área de Medicina II da Capes. A aula foi ministrada na manhã da última sexta-feira, 12, no Auditório Magno Antonio Patto Ramalho (Departamento de Biologia). Nela, o professor Geraldo Brasileiro explicou os critérios e diretrizes de avaliação dos programas de pós-graduação pela Capes, sendo eles: proposta do programa; corpo docente; corpo discente, teses e dissertações; produção intelectual; e inserção social.

Durante a abertura do evento, o coordenador do Programa, professor Luciano José Pereira, agradeceu a confiança dos pós-graduandos e a atuação dos participantes no processo de abertura do PPGDSA. De acordo com ele, a primeira proposta de criação de um programa na área de saúde, na UFLA, foi feita em 2012.  “Foram cerca de 4 anos estudando as diretrizes da Capes e mantendo a produção científica. E houve uma motivação crescente, conforme o grupo de docentes foi aumentando”, destacou.

O chefe do Departamento de Ciências da Saúde (DSA), professor Tales Barçante, também agradeceu os ingressantes pela confiança e frisou que “os próximo passos são sedimentar o programa e buscar o conceito 4 da Capes, com metas e objetivos definidos”.

O pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio, também representou a Reitoria no evento. Ele destacou o empenho da Direção Executiva da UFLA na obtenção de bolsas junto às agências de fomento e aconselhou os graduandos a se empenharem desde já para se destacarem nos processos seletivos do Programa.

Também participaram da mesa de abertura o coordenador-adjunto do PPGDSA e o coordenador do curso de Medicina, professores Fernando Ferrari e Vítor Mati, respectivamente.

A proposta do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da UFLA foi recomendada pela Capes em outubro de 2016, sendo aprovada pela Câmara da Área de Medicina II. A equipe do Programa é composta por 14 professores, incluindo a participação de docentes do Departamento de Ciências da Saúde (DSA), de outros departamentos da UFLA e ainda colaboradores de outras instituições.

Sobre o ministrante

O professor Geraldo Filho é graduado e doutor em Medicina pela UFMG, com título de pós-doutorado pela McGill University, Montreal, Canadá. Ele é professor titular de Patologia da Faculdade de Medicina da UFMG, onde ocupou vários cargos administrativos, inclusive o de diretor. Atuou ainda como membro da Comissão de Especialistas de Ensino Médico do MEC. Dentre suas diversas funções como professor, pesquisador e avaliador da Capes, o professor Brasileiro é ainda o organizador/editor do famoso livro “Bogliolo Patologia”.