Deficientes e idosos têm tarde de recreação com alunos de medicina da UFLA

Assistidos do Grupo Conquista e os alunos de medicina no câmpus da UFLA

Trocar experiências e conhecer outras realidades. Esses são alguns dos resultados atribuídos por alunos do primeiro período de medicina da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ao estágio em práticas de saúde na família. A atividade de natureza recreativa foi realizada na última quarta-feira (15/03), no câmpus da universidade, com pessoas com deficiência assistidas pelo Grupo Conquista e idosos do Núcleo Assistencial Casa do Vovô.

Acompanhados de instrutores ou responsáveis, ambos os grupos se reuniram no gramado da Capela Ecumênica da UFLA, onde ouviram música em um piquenique. A professora Camila Guimarães, do Departamento de Ciências da Saúde (DAS), destacou que o estágio proporciona aos futuros médicos um olhar crítico sobre contextos sociais distintos, criando vínculo com a medicina humanizada. “Esse estágio contribui muito para formação dos alunos ao desenvolver vínculo interpessoal, além de incentivar a sensibilidade e a observação”.

Idosos participaram de atividade no câmpus da Ufla

O aluno Yank Santa Cecília Marques foi um dos que participaram da atividade e disse estar gratificado. “É importante (o estágio) porque no primeiro período do curso nós não temos ainda a prática médica e, por isso, é muito bom lidar e conviver com outras pessoas. Valorizar as coisas simples da vida contribui para a formação humana”, opinou. Quem também mostrou realizada por estar envolvida com o estágio foi Geisielle Gomes, que elogiou a iniciativa e disse ser enriquecedora para a os alunos.

A dona de casa Águida Rodrigues de Rezende é mãe da Sheila Rodrigues de Rezende, que há 10 anos faz parte do Grupo Conquista. A dona de casa não escondeu no olhar a felicidade de ver a filha interagindo com realidades distintas. “Toda vez que acontece essa atividade ela já apronta toda lá em casa”. 

O coordenador da Casa do Vovô, Marcos Alves, lembrou da necessidade das pessoas da terceira idade saírem da rotina do lar e terem contato com alunos e professores. “Eles (os idosos) sentem um calor diferente, é uma alegria na alma”.

Na visão da professora Christiane Malfitano, do DSA, a proximidade dos alunos com pessoas de diferentes idades agrega valor à formação acadêmica à medida que desenvolve o entendimento sobre a velhice. Christiane explicou a dinâmica do estágio em que as turmas do primeiro período são divididas em cinco grupos, sendo que cada um deles passa por duas instituições diferentes no semestre letivo.

Texto: Rafael Passos, jornalista – bolsista DCOM/Fapemig.

Veja também a matéria da TVU Lavras: