Fapemig lança chamada para organização de eventos científicos

logo-fapemig-30-anosA Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) lançou nessa quinta-feira (1º/12) a Chamada 12/2016, voltada para Organização de Eventos de caráter científico. A Chamada é uma novidade. Até então, as solicitações para apoio a essa modalidade eram feitas em fluxo contínuo, ou seja, durante todo o ano. Essa mudança tem entre seus objetivos proporcionar um planejamento orçamentário melhor para as Câmaras de Assessoramento, que conhecerão o total de projetos submetidos e, com isso, poderão adequar a distribuição de recursos.

Os pesquisadores devem ficar atentos às datas. A Chamada estabelece três entradas para as propostas, cada uma com um período de submissão. A primeira entrada compreende eventos realizados entre 1/4/2017 e 31/7/2017 e o período de submissão vai de 1º de dezembro de 2016 a 1º de fevereiro de 2017. A segunda entrada, para eventos realizados entre 1/8/2017 e 31/10/17, tem período de submissão de 2 de fevereiro a 15 de maio de 2017. E a terceira entrada, para eventos entre 1/11/2017 e 31/3/2018, receberá propostas entre 16 de maio e 15 de agosto de 2017. Cada proponente só pode ser responsável por uma proposta, por entrada.

Os documentos exigidos e os itens financiáveis podem ser conferidos tanto na Chamada, disponível em http://www.fapemig.br/pt-br/arquivos/site/chamados/chamada_12_2016_organizacao_de_eventos.pdf, quanto no Manual da Fapemig (disponível em http://www.fapemig.br/pt-br/manual-fapemig). Estão previstos recursos de R$1,96 milhão para financiamento das propostas aprovadas, sendo R$560 mil para a primeira entrada, R$840 mil para a segunda e R$560 mil para a terceira. As propostas submetidas em cada entrada serão analisadas em conjunto – a Câmara de Assessoramento ranqueará as propostas, sendo que as melhores classificadas terão prioridade para contratação.

Documentação

A modalidade Apoio a Organização de Eventos de caráter científico é tradicional na FAPEMIG. Em 2015, 200 propostas foram apoiadas, o que corresponde a um investimento de cerca de R$ 2,07 milhões.

Nos últimos anos, uma parcela das propostas foi inabilitada pelo corpo técnico da FAPEMIG por falta de documentação. As causas mais comuns foram: falta de contrapartida da instituição assinada pelo dirigente máximo; falta de vínculo do solicitante com a instituição proponente; e falta de orçamento pro forma para os serviços solicitados. A dica é ficar atento a esses e aos outros documentos exigidos, pois não será permitido o acréscimo de informações após a submissão da proposta – e propostas incompletas são, automaticamente, inabilitadas, como previsto no edital.

Dúvidas podem ser enviadas para a Central de Informações: ci@fapemig.br

Área de Ciências Sociais da UFLA foi tema de evento no DCH

ciencias-sociais1A inserção das Ciências Sociais na Universidade Federal de Lavras (UFLA) esteve em pauta durante evento promovido pela área de Ciências Sociais do Departamento de Humanas (DCH) nos dias 29/11 e 30/11. A programação teve o objetivo de debater perspectivas para esse campo na Universidade, especificamente referentes ao projeto de criação de criação do curso de graduação em Ciências Sociais na Instituição.

A coordenação das atividades de abertura foi conduzida pelo professor do DCH Marcelo Sevaybricker Moreira, com a presença da chefe do DCH, professora Márcia Fonseca Amorim, e da pró-reitora de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, professora Débora Cristina de Carvalho, que representou o reitor da UFLA no evento. Márcia parabenizou os organizadores das atividades e ressaltou a importância do evento e dos diálogos sobre a área de Ciências Sociais, em um contexto histórico em que a UFLA diversifica sua atuação, com cursos em diferentes áreas.

Débora, que também é professora do DCH na área de Ciências Sociais, levantou algumas possibilidades de reflexão, como a necessidade da busca de um “lugar” para as Ciências Sociais na instituição. Ela salientou a receptividade da Direção Executiva da UFLA para com a proposta do novo curso e a necessidade de debates que fortaleçam a defesa da criação do curso junto a atores externos, de forma a se obter sucesso em sua aprovação, considerando o atual contexto político e econômico do País.

ciencias-sociais2Para o professor Marcelo, apesar de o curso ainda não existir, a área vem se consolidando na UFLA, já que seus professores estão à frente de projetos de ensino, pesquisa e extensão. Relatou ouvir com muita frequência dos estudantes de diversos cursos que gostariam de ter mais aulas de sociologia, de ciência política. “Queremos dialogar mais sobre esses temas, dizem os alunos”. Entretanto, ele enfatiza que o evento coloca em pauta uma reivindicação que vai além de serem ofertadas mais aulas. “A consolidação das Ciências Sociais, com a criação do curso, irá contribuir para o desenvolvimento desta Universidade, que precisa e deve preservar seu passado, mas não pode ficar limitada a um conjunto restrito de áreas. Que seja uma Universidade com multiplicidade de temas em circulação, de pesquisadores, de projetos, nos diferentes campos do conhecimento. Queremos ter um conjunto de pessoas voltadas especificamente para a discussão dos temas relacionados às Ciências Sociais”, diz.

Logo após a abertura, houve o debate “Ciência, universidade e sociedade brasileira no século XXI – perspectivas e desafios”, com a participação dos professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Karenina Vieira Andrade e Juarez Rocha Guimarães, além da professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV) Daniela Alves de Alves. Os diálogos buscaram integrar perspectivas das diferentes esferas das Ciências Sociais – Antropologia, Ciência Política e Sociologia.

No segundo dia de programação, os professores convidados conduziram as conferências “Antropologia e suas margens”, “A sociologia no Brasil contemporâneo” e “Marxismo e Ciência Política – do antipluralismo ao diálogo crítico”, além do debate “Desafios da consolidação das Ciências Sociais na Brasil”. De acordo com o professor Marcelo, o evento teve resultados bem avaliados pelos professores da área e pelo público presente no evento, e já se planeja a realização de outras edições. “Foi importante, inclusive, para diversificação das discussões feitas na UFLA. Foi consenso tanto para os convidados externos quanto para o grupo da UFLA que a área de Ciências Sociais na Instituição alcançou maturação e tem contribuído com diversos outros departamentos”.

Considerando-se o fato de que as Ciências Sociais tiveram, historicamente, um papel fundamental para a compreensão dos dilemas e perspectivas das sociedades modernas, o evento foi também espaço para o debate acerca dos processos mais recentes de mudança da sociedade brasileira, inclusive aqueles relativos à democracia e à Universidade.

Apuração: contribuição de Natália Jubran, bolsista Proat/Comunicação.

UFLA está no top 200 do Brics & Emerging Economies Rankings 2016 – Times Higher Education

brics-capaA Universidade Federal de Lavras (UFLA) está entre as 200 melhores universidades, na posição 188, no ranking publicado pela Times Higher Education (THE), em parceria com a Elsevier, direcionado para os países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além de outros 43 países de economias emergentes – Brics & Emerging Economies Rankings 2017.

Nesta edição, pela primeira vez, foram apresentadas as 300 melhores instituições, antes eram citadas apenas 200. O Brasil participa do ranking com 25 instituições públicas e privadas, enquanto na edição passada (2016), apenas 14 instituições brasileiras figuravam nesta lista.

Professor Chalfun, diretor de Relações Internacionais da UFLA, durante evento de divulgação do BRICS & Emerging Economies Rankings 2017, na Universidade de Johannesburg - África do Sul
Professor Chalfun, diretor de Relações Internacionais da UFLA, durante evento de divulgação do BRICS & Emerging Economies Rankings 2017, na Universidade de Johannesburg – África do Sul

Comparando as duas edições, a UFLA estava na 13ª posição no Brasil, agora está na 12ª posição. No que tange ao “Ensino”, a UFLA é a quarta instituição mais bem classificada no País e a 9ª quando o quesito avaliado é a “Pesquisa”, embora no ranking geral tenha flutuado da posição 185 para a 188. Permanece, portanto, no seleto grupo das melhores do País, ou seja, embora de pequeno porte, no mesmo nível que grandes universidades brasileiras.

O ranking Brics & Emerging Economies  aplica padrões rigorosos similares ao ranking global, utilizando os mesmos indicadores de desempenho do World University Rankings, examinando os pontos fortes de cada universidade no que tange ao ensino, pesquisa, citações, investimento da indústria e perspectiva internacional. Nesse ranking específico, a metodologia foi cuidadosamente adaptada para refletir melhor as características e as prioridades de desenvolvimento das universidades em economias em desenvolvimento.

Nesta edição, a UFLA evoluiu na média geral e em diferentes indicadores, como ensino, citações, investimento da indústria e perspectiva internacional.

Cerimônia de lançamento do ranking, com a presença de Wole Soyinka - Prêmio Nobel de Literatura, o editor do ranking, Phil Baty e o vice-reitor da Universidade de Johannesburg, Ihron Rensburg
Cerimônia de lançamento do ranking, com a presença de Wole Soyinka – Prêmio Nobel de Literatura, o editor do ranking, Phil Baty e o vice-reitor da Universidade de Johannesburg, Ihron Rensburg

O Brics & Emerging Economies Rankings 2017 foi anunciado nessa quarta-feira (30/11), durante evento realizado na África do Sul. O diretor de Relações Internacionais da UFLA, professor Antônio Chalfun Júnior, esteve presente, representando a Universidade e reforçando os contatos para avançar ainda mais na avaliação internacional.

Aos olhos do mundo

No dia 30 de setembro de 2015, a UFLA passou a figurar, pela primeira vez na história da Instituição, entre o seleto grupo das melhores universidades do mundo segundo o ranking Times Higher Education (THE) 2015-2016, o mais destacado no mundo. A UFLA está entre as universidades brasileiras na lista mundial, estando na posição 800 a 980.

Indicadores de avaliação da UFLA no BRICS & Emerging Economies Rankings 2017
Indicadores de avaliação da UFLA no BRICS & Emerging Economies Rankings 2017

Em mensagem encaminhada à UFLA, o editor do THE World University Rankings, Phil Baty destacou: “A inclusão da Universidade Federal de Lavras no ranking BRICS & Emerging Economies é uma conquista significativa, o que significa que você é uma das 300 melhores instituições nos 50 países incluídos na análise. Assim, a presença da instituição neste ranking das melhores universidades no mundo em desenvolvimento é uma conquista significativa”, considerou.

Para o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, a inserção nesse seleto grupo é um orgulho que deve ser compartilhado e celebrado. “Estar neste ranking não é um objetivo em si, mas o reconhecimento público de que estamos seguindo a critérios e métricas estipuladas pela academia internacional”, considerou, reforçando: “Temos muito orgulho de fazer parte de um time que faz da UFLA uma instituição cada vez mais qualificada e reconhecida”.

Avaliando o desempenho no ranking, o diretor de Relações Internacionais, professor Chalfun destacou a UFLA em diferentes aspectos, sobretudo, por se manter no seleto grupo das melhores instituições de ensino superior do País, mesmo com mudanças na metodologia de avaliação e com a entrada de 100 novas instituições. “Outras universidades experimentaram uma queda expressiva nesta edição e a UFLA evoluiu em diferentes indicadores”, reforçou.

tabela-brics

* O ranking Brics & Emerging Economies divulga no corrente ano o ranking do próximo exercício, por isso, na tabela estão grafados 2016 e 2017, referentes as avaliações de 2015 e 2016, respectivamente. 

Confira outros detalhes do ranking

 

 

 

 

Lançamento do Certifica Minas Fruta foi feito na UFLA, durante circuito Frutifica Minas

img_1709A UFLA sediou, no dia 29 de novembro, uma das etapas do Circuito Frutifica Minas, evento em prol do desenvolvimento do setor de fruticultura no Estado. Parte importante dessa iniciativa foi o lançamento do Certifica Minas Fruta, programa que irá certificar propriedades produtoras que atenderem a uma série de pré-requisitos.

A apresentação do programa foi feita pelo coordenador técnico estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanabio. “O Certifica Minas Fruta tem tudo para dar certo devido a uma grande demanda pelo consumo de frutas aliada à segurança alimentar”, afirmou. Na apresentação, demonstrou por que acredita no sucesso: “Minas Gerais é o quarto estado brasileiro em produção de frutas, mas ainda é dependente da produção de outros estados”.

A adesão à certificação será voluntária e os proprietários interessados deverão se credenciar no escritório da Emater-MG de sua cidade a partir de janeiro de 2017. O extensionista da Emater irá preparar a propriedade, a fim de adequá-la aos parâmetros da certificação (de manejo, práticas agropecuárias, cuidados com o meio ambiente, entre outras). Para receber a certificação, a propriedade deve atender pelo menos 80% das exigências, inicialmente. A inspeção da propriedade será feita pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Também serão realizados, paralelamente, esforços para que lojistas e atacadistas se interessem pela comercialização de produtos da fruticultura certificada.

Circuito Frutifica Minas

img_1690O evento, itinerante, disseminou na UFLA informações e tecnologias aos produtores. Durante o lançamento do Certifica Minas Fruta, o professor Rafael Pio, coordenador do Setor de Fruticultura (DAG), comentou sobre a organização: “Esse é o principal realizado pelo Setor de Fruticultura e trouxe benefícios para ele. A cobertura que liga os dois prédios do Pomar da UFLA foi construída para receber o circuito”, afirmou.

As primeiras atividades do circuito foram realizadas no Pomar, com as estações do Dia de Campo. Produção de pitaia, banana e maracujá; controle do ácaro da lichia; e irrigação na fruticultura foram os temas das estações, ministradas por docentes da UFLA e técnicos da Epamig.

À tarde, pesquisadores e técnicos proferiram palestras no Auditório do Departamento de Agricultura (DAG), onde também ocorreu o lançamento do Certifica Minas Fruta. Os palestrantes abordaram: consórcio de abacate e café, potencial de implantação de espécies frutíferas associadas à cafeicultura e a extração e produção de óleo de abacate.

O Frutifica Minas foi criado em 2010 pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). Essa etapa do circuito foi promovida em parceria com UFLA, através do Núcleo de Estudos em Fruticultura (Nefrut) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

Fotos: Luciana Tereza (dia de campo) e Mateus Lima

 

I Jornada de Extensão Multidisciplinar é realizada na UFLA

Mutirão de hipertensão e diabetes, na área de abrangência da comunidade Dona Wanda
Mutirão de hipertensão e diabetes, na área de abrangência da comunidade Dona Wanda

Com o slogan “Não vamos esvaziar, vamos fazer extensão” foi criada a I Jornada de Extensão Multidisciplinar. Assim, as atividades extensionistas da Universidade Federal de Lavras (UFLA) continuam. Diversas ações voltadas à comunidade já foram executadas e outras programadas, sob a coordenação das professoras do Departamento de Ciência da Saúde (DSA) Josi Seixas e Christiane Malfitano e a professora do Departamento de Educação Física (DEF) Nathália Resende.

A comunidade acadêmica tem manifestado grande interesse em participar, mobilizando-se um número cada vez maior de pessoas para execução da proposta. “Nos sentimos estimulados a organizar e executar as diversas ações para não nos ausentarmos da UFLA, e entendermos que greve não é férias”, comenta a estudante do curso de Medicina Naomi Borghi

A I Jornada de Extensão Multidisciplinar tem grande participação de discentes e docentes em diversas áreas de conhecimento (biólogos, biomédicos, dentistas, educadores físicos, enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, nutricionistas e veterinários), possibilitando a realização de mais de 30 atividades. “Além de atuar na promoção e prevenção da saúde, demonstramos à comunidade nosso potencial extensionista, mesmo frente às dificuldades adversas do momento político e universitário. E isso tem sido reconhecido pela população lavrense assistida”, relata a professora Josi.

A professora Christiane afirma que esta ação demonstra que as atividades universitárias não se restringem ao ensino, e que o papel docente vai além da sala de aula. “É dever conscientizar a comunidade e retribuir através da prestação dos mais diversos serviços, dos quais somos especialistas”, comenta.

jornada_2
A oficina de primeiros socorros foi realizada no Instituto de Acolhimento e recuperação Eterna Misericórdia e na Escola Azarias Ribeiro

As atividades iniciaram no dia 24 de novembro e seguem até 10 de dezembro, pautando-se em ações de prevenção e promoção à saúde humana e animal. Com oficinas, palestras, rodas de conversa e mutirões dos temas: mostra anatômica, primeiros socorros, doenças sexualmente transmissíveis, sexo seguro, dependência química, dengue, hanseníase, diabetes, hipertensão, câncer de próstata, orientações nutricionais, zoonoses, manejo de animais de companhia, e oficinas de atividades físicas. Escolas estaduais e municipais, instituições filantrópicas, diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e suas respectivas áreas de abrangência, praças e a própria universidade são o cenário das práticas.

“Agora é o momento de mudanças significativas na Educação e a I Jornada de Extensão Multidisciplinar promove e colabora efetivamente para a formação profissional dos discentes da UFLA pela oportunidade de vivência e transmissão de conhecimentos para a comunidade”, reforça a professora Nathália Resende, que ainda convida para participar das oficinas de atividade física de dança de ritmos, zumba, slackline, street dance, ballet fitness, forró, trilha ecológica, alongamento e ginástica.

Mostra de Anatomia na Escola Firmino Costa
Mostra de Anatomia na Escola Firmino Costa

A professora Katia Poles (DAS) também abraçou a o projeto, pois acredita que é fundamental incentivar os alunos no compromisso com a sociedade, estimulando a cidadania e solidariedade. Em concordância com essa ideia, a professora Stela Pereira (DAS), também colaboradora, salienta que o curso de medicina tem o compromisso de formar os discentes com perfil humanista. “As ações realizadas durante a greve irão suscitar esse compromisso da Instituição de ensino superior com a comunidade, promovendo benefícios mútuos entre discente e população em consonância com o sistema de saúde público vigente no país”.

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.   

Atletas de Tae Kwon-Do da UFLA conquistam medalhas na Copa do Brasil

Atletas da Universidade Federal de Lavras (UFLA) estiveram presentes na Copa do Brasil de Tae Kwon-Do, realizada no último final de semana, em Brasília (DF). Participaram da competição os estudantes de Educação Física, Stefânia Tavares Damásio (5º período) e Raphael Dinalli (1º período). O evento, que fecha o calendário competitivo de 2016, contou com atletas de todo Brasil.

Stefânia Tavares no pódio
Stefânia Tavares no pódio

A atleta Stefânia Tavares, representou o estado de Minas Gerais e se sagrou campeã da competição na categoria Adulta até 49 Kg. Em sua primeira luta, enfrentou a atleta de São Paulo Carolina Almeida, vencendo-a por um placar de 1×0, definido nos últimos dois segundos de luta. Em sua segunda luta, enfrentou a atleta pernambucana Gisely Bianca, segunda do Ranking Nacional, vencendo por um placar de 7×2. Já na final, competiu com uma de suas maiores adversárias e uma das atletas mais experientes do Brasil na categoria, a paranaense Letícia Farias. Stefânia começou perdendo a luta por um placar de 2×0, mas no último round, numa luta emocionante, superou e virou o placar para 5×3, consagrando-se campeã da competição.

Raphael Dinalli no pódio
Raphael Dinalli no pódio

O atleta Raphael Dinalli, representou seu estado de origem, Bahia, e conquistou a medalha de bronze na categoria Sub-21 até 80 Kg. Rapahel nas quartas de final venceu o atleta do Rio de Janeiro Leonardo de Souza, por um placar de 5×1. Já na semi-final,  enfrentou o atleta do Paraná e campeão do evento Jhonatan Ferreira, no qual foi derrotado por um placar apertado de 2×0.

Os atletas agradecem ao mestre Valdeci Zampieri, da Academia Gym Center de Tae kwo-Do e também técnico da equipe mineira, e ao professor do Departamento de Educação Física da UFLA Fernando Roberto de Oliveira, por todo suporte na preparação física.

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA. 

 

Professor da UFLA aborda medidas de recuperação de áreas impactadas por desastres ambientais em reunião da SBCS

Professor Marx Neves, durante apresentação na RBMCSA
Professor Marx Neves, durante apresentação na RBMCSA

No Brasil, os principais desastres ambientais que ocorreram nas últimas décadas, envolvendo os recursos solo e água, causaram grandes prejuízos ao homem e ao meio ambiente como um todo. O tema foi abordado na 20ª edição da Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água – RBMCSA, pelo professor Marx Leandro Neves, do Departamento de Ciência do Solo (DCS/UFLA). Ele apresentou conceitos e dados para demonstrar o papel da conservação do solo e da água no monitoramento e na recuperação de áreas impactadas por desastres ambientais no Brasil.

Durante a apresentação, o professor abordou o desastre de Mariana, em 2015, considerado o maior desastre do mundo com barragens – em distância percorrida. Ele citou a estimativa de que no Brasil existem 663 barragens de rejeitos de mineração e 295 barragens de resíduos industriais. No Estado de Minas Gerias atualmente existem 315 barragens de rejeitos de mineração (ANA, 2015). No ano de 2008, houve 77 rompimentos de barragens no País, embora a maioria dos casos tenha ganhado pouca repercussão.

Além dos rompimentos de barragens, citou outros deslocamentos de massa, formas de erosão – laminar, em sulcos, voçorocas e sobre as perdas de solo por essas ocorrências. Para o professor Marx, esses eventos evidenciam a necessidade de pesquisa e de monitoramento das ações de uso, da ocupação, do manejo do solo e das medidas de prevenção, controle e recuperação dos ambientes impactados.

“Existe a necessidade de uma análise crítica da legislação do uso, ocupação e manejo do solo urbano e rural, em suas interfaces com a questão ambiental. Necessidade de políticas públicas e suporte governamental na criação de normas, leis e protocolos na conservação do solo”, considerou o professor.

Uso de vants/drones

Professor Marx atua em linha de pesquisa com drones na Universidade
Professor Marx atua em linha de pesquisa com drones na Universidade

Para o professor Marx, os veículos aéreos não tripulados (vants), ou drones como são popularmente conhecidos, podem ser uma opção para monitoramento das erosões por deslocamento de massa, de forma preventiva, ou para realizar levantamento de risco de áreas onde já ocorreram os deslizamentos.

“No primeiro caso podemos gerar índices de risco, relacionando a evolução do processo com a intensidade, quantidade e energia gerada nas precipitações, no segundo caso, quantificar a magnitude do problema, evitando novos danos”, considera o professor. Ele explica que o mesmo estudo poderia ser aplicado em barragens de rejeitos de empresas mineradoras em todo o Estado de Minas Gerais.

Esses dados fizeram parte curso intitulado “Potencialidades do uso de Veículo Aéreo não Tripulado – VANT no monitoramento da erosão hídrica e da cobertura vegetal”, ministrado pelo professor Marx na programação do evento. Seu conteúdo é resultado de estudos realizados na UFLA, em parceria com os professores da Lancaster University – Lancaster Environment Centre, John Quinton e Mike James, no programa de dupla-titulação no doutorado entre as duas instituições.

Sobre o evento

Em sua 20ª edição, a Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água – RBMCSA – um dos eventos mais importante do Brasil na área de Conservação do Solo, foi promovido pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – SBCS, de 20 a 24 de novembro, em Foz do Iguaçu.

A UFLA participou do evento com uma das maiores delegações, contando com 17 estudantes de iniciação científica, do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo (PPGCS) e Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Inovações Ambientais (PPGTIA), além de quatro professores do setor de Física e Conservação do Solo: Marx Leandro Naves Silva, Bruno Montoani Silva, Junior Cesar Avanzi e Bruno Teixeira Ribeiro. Ao todo, foram apresentados 21 trabalhos no evento.

A participação dos estudantes teve o apoio da Fapemig, por meio de projeto coordenado pelo professor Marx, na modalidade participação coletiva em eventos.

Vale destacar ainda a grande participação de egressos da UFLA/DCS/PPGCS, atualmente atuando em universidades, institutos de pesquisas e empresas privadas em várias regiões do Brasil.

DCS em atividade

Professores e estudantes da UFLA no FertBio 2016
Professores e estudantes da UFLA no FertBio 2016

O Departamento de Ciência do Solo – DCS/UFLA também foi representado por professores e estudantes no FertBio 2016 – promovida pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), na cidade de Goiânia (GO), entre os dias 16 e 20 de outubro; Inter/Congress – evento que prepara para o Congresso Mundial de Ciência do Solo, no Brasil, em 2018 e no XXI Congresso Latino Americano de Ciência do Solo, em Quito, Equador.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Primeira tese de doutorando estrangeiro da Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária é defendida

guido
Guido Gustavo Humada González e a banca examinadora

A primeira tese de doutorado de estudante estrangeiro da Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi defendida na última terça-feira (29/11). A tese “Dimensionamento de parcelas experimentais: Proposição de método de estimação e aplicações” é do discente Guido Gustavo Humada González, natural do Paraguai.

Guido, bolsista do Instituto de Biotecnologia Agrícola do Paraguai, iniciou o doutorado em dezembro de 2012, sob orientação do professor Augusto Ramalho de Morais. A banca examinadora da tese esteve composta pelos professores: Augusto Ramalho de Morais (Presidente), Joel Augusto Muniz, Marcelo Ângelo Cirillo, Paulo T. Gontijo (Epamig) e Líder Ayala Aguilera (Universidad Nacional de Asunción). “Agradeço a UFLA e ao PPGEE pela oportunidade concedida para realização do doutorado com professores muitos capacitados e que fazem seu trabalho com excelência”, comentou Guido.

Guido explica que entre os fatores que afetam a qualidade dos resultados de um experimento, destaca-se a unidade experimental. A utilização de tamanho adequado da parcela e planejamento adequado do experimento contribui com a obtenção de resultados com melhor precisão e qualidade. “Nesse contexto, o uso de tamanho de parcela ótimo é um modo de se reduzir o erro experimental, sendo crucial para diferentes experimentos, pois, o que se procura detectar é a existência de diferenças significativas entre tratamentos testados, o que depende da redução do erro experimental”, relatou.

Sendo assim, diante da importância em estimar o tamanho ótimo de parcela, da deficiência metodológica de métodos baseados em ensaios de uniformidade que incluam o coeficiente de variação experimental e da necessidade de modelos que forneçam estimativas de tamanho ótimo de parcelas. Dessa maneira, Guido explica que a sua tese teve como objetivo: “propor a utilização do modelo logarítmico modificado segmentado com resposta platô, para estimação do tamanho de parcela, além de propor a utilização do coeficiente de precisão experimental como medida de variabilidade no dimensionamento de parcelas experimentais”.

Os estudantes-convênio, como são chamados, vêm de países como Paraguai, Angola, Cabo Verde, Cuba e outros com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. Depois de formados, esses estudantes retornam a seu país de origem para contribuir na área em que se graduaram no Brasil e, assim, incentivar o desenvolvimento de sua terra natal.

Camila Caetano- jornalista/ bolsista UFLA.