Gerente de Educação na Intel ministra palestra na UFLA- A Internet das Coisas que eu posso criar

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Rubem Saldanha, gerente de Educação na Intel

Rubem Paulo Torri Saldanha, gerente de Educação na Intel, esteve na Universidade Federal de Lavras (UFLA), nesta quarta-feira (19/10) na Semana de Tecnologia da Informação (SETI). O palestrante abordou “A Internet das Coisas que eu posso criar”. Na ocasião, Rubem fez uma apresentação sobre a Intel, os produtos desenvolvidos, e compartilhou com os participantes uma visão de como é possível iniciar suas próprias descobertas.

Formado pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Rubem relatou que durante a faculdade sempre foi movido pela curiosidade, em busca de algo novo. “Organizar eventos assim, de aluno para aluno, era algo que eu também fazia. E isso me deu experiência e vivência além da sala de aula”, comentou.

O palestrante também defendeu a importância das aulas práticas aos estudantes, proporcionando maior vivência de mercado. “Uma coisa que acho importante e que a Intel defende é você poder dar a possibilidade para os alunos de colocarem a mão na massa e não verem só a teoria. A teoria é necessária, mas sozinha faz com que o aluno desista do curso, não compreenda o porquê de estar fazendo isso. Então, é preciso fazer com que o estudante desenvolva um processo do início ao fim”.

Além disso, Rubem ressaltou a relevância de se ter profissionais capacitados para realizar pesquisas significativas. “A Intel desenvolve pesquisa internamente, então há profissionais doutores que se dedicam para ver qual a próxima onda, o que vai ser tecnologia em 10 anos”.

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Palestra: A Internet das Coisas que eu posso criar

Rubem enfatizou que a Intel há três anos é livre de minerais em conflito, monitorando a sua cadeia de fornecedores de metais preciosos para garantir que eles não usem trabalho escravo, metais contrabandeados, dentre outras ilegalidades. Além disso, como papel social, os funcionários da Intel tem o dever de fazer trabalhos voluntários. “A empresa dá todas as condições para que isso ocorra, ou seja, tem que ser em horário de trabalho da empresa (segunda a sexta, das 8h às 17h)”, disse.

O palestrante também apresentou aos participantes a nova era da atualidade, a IOT, em que é possível desenvolver novas tecnologias para solucionar problemas enfrentados no cotidiano, onde tudo passa a ser conectado em um universo online. “Conseguimos coletar dados dos mais diferentes tipos, que permitem novas experiências e tomadas de decisões, capazes de mudar a vivência do usuário. Até o final de 2020, teremos cerca de 50 bilhões de dispositivos conectados, e a previsão é que haja 212 bilhões de sensores espalhados pelo mundo. Você tem que pensar na IOT conectada (transmitindo dados), inteligente (conectando os dados e avisando que há algo a ser feito), e autônoma”, relatou.

Texto: Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA; Colaboração: Luciana Tereza – estagiária DCOM. 

Confira também a matéria realizada pela TV Universitária:

UFLA participa de Dia de Mercado de Café

Foi realizado nesta terça-feira (18/10) o Dia de Mercado em Café, evento que reuniu cafeicultores, engenheiros agrônomos, técnicos e lideranças classistas da região no município de Linhares (ES). Promovido pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), o evento contou com o apoio do Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Durante o evento foram apresentadas palestras e realizados debates com especialistas do setor sobre temas ligados à atividade cafeeira, com o objetivo de obter mais conhecimento técnico e aprimorar a gestão da propriedade.

Palestras

O coordenador de pesquisas e serviços em gestão do CIMUFLA, Diego Humberto de Oliveira, falou sobre os custos de produção do café
O coordenador de pesquisas e serviços em gestão do CIMUFLA, Diego Humberto de Oliveira, falou sobre os custos de produção do café

O coordenador de pesquisas e serviços em gestão do CIM/UFLA, Diego Humberto de Oliveira, foi o primeiro expositor e falou sobre os custos de produção no café. Ele também apresentou dados do Projeto Campo Futuro, desenvolvido pela CNA em parceria com diversas universidades. O projeto consiste no levantamento de custos das principais culturas produzidas no País. Segundo ele, o produtor rural precisa ter planejamento para administrar suas despesas na propriedade. “Dados isolados não auxiliam o produtor na tomada de decisões. O custo de produção é a informação primordial para que ele consiga comercializar sua produção a preços que remunerem sua atividade e mantenham margens favoráveis”, destacou o pesquisador.

O coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, Eduardo César Silva, abordou o tema “Terceira Onda do Café”
O coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, Eduardo César Silva, abordou o tema “Terceira Onda do Café”

Na sequência, o coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café do CIM/UFLA, Eduardo César Silva, abordou o tema “Terceira Onda do Café” – uma nova etapa do consumo da bebida, que engloba apreciadores cada vez mais exigentes, que buscam qualidade superior e se interessam por detalhes do método de produção, desde o grau de torra e beneficiamento, até o nome do produtor. “É um nicho que pode representar uma boa oportunidade para o produtor que atenda às exigências deste mercado”, explicou. A terceira onda veio precedida da primeira e da segunda onda, que mostram diferentes fases de consumo. Na primeira, as pessoas procuravam o café por conta do efeito estimulante causado pela cafeína, pouco se importando com a qualidade. Na segunda, há um pouco mais de preocupação com a qualidade, ainda que não fosse de alto padrão.

O terceiro palestrante foi o assessor técnico da Comissão Nacional de Café da CNA, Maciel Aleomir da Silva, que fez a palestra “A importância da informação no mercado de café”. Na sua avaliação, esse fator é essencial para a tomada de decisões na atividade. “Muitas vezes trabalhamos com fatores que não estão no controle do produtor. Mas usando a informação da forma correta, as incertezas diminuem porque temos maior possibilidade de saber a hora de tomar as decisões”, ressaltou. Segundo ele, questões como aumento da rentabilidade e aquisição de insumos estão diretamente ligadas à utilização correta da informação.

O último expositor foi o consultor Carlos Brando, sócio-diretor da P&A Marketing, que passou para os produtores as tendências e perspectivas do mercado mundial. Ele destacou que o consumo de café em 2025 pode chegar a 175 milhões de toneladas e que o Brasil será responsável por boa parte do fornecimento do produto. Segundo ele, 75% da produção mundial virão de seis países: Brasil, Colômbia, Vietnã, Honduras, Etiópia e Indonésia.  Brando explicou, também, que nos últimos anos, a melhoria de renda em países com grande população, como China, Índia, Brasil e Indonésia, fez aumentar o consumo. Lembrou, ainda, que o Brasil é o maior caso de sucesso mundial na produção de café, com crescimento de 50% em 10 anos, sem expansão de área.

Texto e Fotos: Assessoria de Comunicação CNA com adaptações da Assessoria de Comunicação da InovaCafé.