O Bureau de Inteligência Competitiva do Café publicou nessa terça-feira (30) uma nova edição do seu relatório de tendências. A publicação, que já é referência para o setor cafeeiro nacional, é fruto do trabalho de uma equipe de estudantes e pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), que tem a orientação do professor da Universidade e coordenador do Centro de Inteligência em Mercados (CIM), Luiz Gonzaga de Castro Junior.
O novo Relatório Internacional de Tendências do Café (v.5 n.7) traz como principais destaques o relato de um barista japonês sobre a cafeicultura brasileira, a adoção de novos materiais para fabricação de cápsulas recicláveis pela Keurig Green Mountain, as tendências de consumo ao redor do mundo e os “latte arts” coloridos. Além disso, este número marca o lançamento de um novo projeto gráfico, que, além da reformulação de layout, apresenta novas informações, como o editorial do projeto e a maneira correta de citar o relatório como referência.
O coordenador do Bureau, Eduardo Cesar, doutorando em administração na UFLA, conta que outras novidades estão a caminho. Segundo ele, haverá maior utilização das redes sociais para divulgar as análises do Bureau. “Nosso objetivo é trabalhar a página do Bureau no Facebook. Além de publicar conteúdos relacionados ao relatório, teremos análises exclusivas na página”.
A equipe do Bureau também estuda a inclusão de novos tipos de informações no relatório e a publicação de estudos sobre temas específicos. O Relatório Internacional de Tendências do Café v.5 n.7 pode ser acessado em www.icafebr.com.br
A lista de convocados em décima chamada no Sistema de Seleção Unificada (SiSU 2016/2), para ingresso na UFLA no segundo período letivo de 2016, foi publicada pela Diretoria de Registro e Controle Acadêmico da UFLA (DRCA). Os estudantes chamados devem se matricular no período de 2 a 6 de setembro de 2016.
A matrícula é efetivada com a entrega (presencial ou envio por Sedex) da documentação exigida na instrução de matrícula, lacrada em envelope. Essa documentação inclui a ficha-cadastro preenchida, impressa e assinada. Há instruções específicas de matrícula para Ampla Concorrência e Vagas Reservadas.
A entrega presencial deve ser feita no Setor de Atendimento da DRCA (Centro Administrativo da UFLA, das 8 às 12 horas ou das 14 às 17 horas, no dia 2, 5 ou 6 de setembro). Aqueles que optarem pelo envio via Sedex devem fazer a postagem com data até 6 de setembro.
Consulte todos os documentos e normas nas instruções de matrícula:
A partir do dia 7/9, se ainda existirem vagas, as convocações poderão ser feitas via internet (no site www.drca.ufla.br – Calouros 2016/2) ou por telefone. A UFLA não se responsabiliza por possíveis problemas de comunicação que possam ocorrer em função de informações erradas prestadas pelo candidato no ato da inscrição no SiSU. O segundo período letivo de 2016 terá início em 19 de setembro.
Vagas na UFLA
Todas as 1.255 vagas ofertadas para o segundo período letivo de 2016 são destinadas a candidatos vindos do SiSU. Desse total, 629 são reservadas para grupos de estudantes cotistas, em atendimento à Lei 12.711/2012. A oferta das vagas da UFLA pelo SiSU está regulamentada pelo Edital 221 – Dips/UFLA.
O Jojuninho, jogos infantis, disputados por atletas de 11 a 15 anos, foi realizado em Lavras entre os dias 28 e 29 de agosto. O Centro Regional de Iniciação ao Atletismo (Cria) novamente teve destaque na competição, conquistando 31 medalhas. O evento foi organizado pela Associação Esportiva dos Municípios do Sudeste de Minas (Assesmig) em parceria com a Prefeitura do município.
O Cria Lavras obteve 17 medalhas de ouro, 13 medalhas de prata e uma de bronze. Com destaque para as primeiras colocações: Daniella Conceição, Isabella Cristina, Cinthia Almeida, Karen Cristina, Eduardo Ribeiro Moreira, Phelipe Simão, Gabriel Augusto, Gabriel Vilas Boas, Matheus Henrique Ferreira, Marielly Aparecida, Giovanna Oliveira, Isadora Guimarães, Jholly Duarte, e Gabriel Ribeiro Moreira.
A competição do Jojuninho contempla as modalidades de atletismo, basquetebol, futsal, handebol, judô, natação e voleibol, nos naipes feminino e masculino. O evento tem como finalidade a formação da base das equipes dos municípios para a disputa do JIMI Jogos do Interior de Minas.
Em Lavras o Jojuninho contou com a modalidade de atletismo. Confira abaixo o resultado completo da competição realizada no município:
Há cerca de 20 anos iniciaram-se os estudos sobre Terra Preta de Índio, sobretudo na Amazônia brasileira, despertando o interesse da ciência internacional. Esses solos são caracterizados pela ampla disponibilidade de nutrientes como cálcio, magnésio, zinco, manganês, fósforo e carbono. E foi devido à altíssima fertilidade desses solos e à presença de carbono pirogênico em grandes quantidades que surgiu a inspiração para desenvolver pesquisas com biocarvão.
O termo biocarvão (biochar, em inglês) tem atraído a atenção de pesquisadores do mundo todo e também da indústria. De acordo com o professor Leônidas Carrijo Azevedo Melo, do Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras (DCS/UFLA), as pesquisas têm confirmado que o uso de biocarvão pode ser uma alternativa viável para a reciclagem e sanitização de resíduos e melhor aproveitamento de nutrientes. “À medida que as pesquisas têm avançado no mundo todo, percebe-se que é possível desenvolver fertilizantes mais eficientes à base de biocarvão, além de materiais adsorventes para reter contaminantes em áreas poluídas com metais pesados”, afirma.
Para tratar dessa temática, de 24 a 26 de agosto, a UFLA foi sede o II Brazilian Biochar Training Course – treinamento específico que apresenta os avanços da pesquisa sobre “Biocarvão”, linha de estudo em expansão na Universidade. Com a presença de especialistas nacionais e internacionais (Estados Unidos, Alemanha, Austrália e Holanda), o evento, sob a coordenação do professor Leônidas Melo, permitiu discussões estratégicas sobre a adoção e disseminação da técnica de uso do biocarvão no Brasil.
Entre os palestrantes, pesquisadores reconhecidos como referências na área, membros das principais redes de pesquisa em biocarvão no Brasil e outros países convidados: Álvaro Guedes Soares (SPPT Pesquisas Tecnológicas Ltda); Carlos Alberto Silva (DCS – UFLA); Etelvino Novotny (Embrapa Solos); Jenaína Soares (DFI – UFLA); Maria Lúcia Bianchi (DQI – UFLA); Paulo Trugilho (DCF – UFLA); Cláudia Maia (Embrapa Florestas); Wenceslau Teixeira (Embrapa Solos); Aline Puga (Embrapa Meio Ambiente); Thomas Kuijper (WUR, The Netherlands); Tatiana Rittl (Esalq/USP); Bruno Glaser (Martin-Luther – University Halle-Wittenberg, Germany). Além dessas apresentações, foram organizadas duas videoconferências com os pesquisadores Stephen Joseph (University of NSW, Austrália) e Kurt Spokas (U.S. Department of Agriculture).
Participaram do evento os estudantes de pós-graduação, professores universitários, pesquisadores, representantes da indústria e de organizações não governamentais, vindos de diferentes Estados e instituições de referência na temática. Essa foi a segunda edição realizada no Brasil, a primeira foi em 2015, na Embrapa Agrossilvipastoril em Sinop-MT.
Palestras internacionais
O pesquisador Thomas Kuijper, da Universidade de Wageningen – Holanda, traçou um resgate sobre a origem das pesquisas com biocarvão, destacando seus efeitos e considerando o seu uso como um investimento na fertilidade do solo em longo prazo (sítios arqueológicos com terras férteis há milhares de anos). Ele destacou, ainda,
que o biocarvão deve ser fabricado com resíduos, para se evitar o aumento da pressão sobre o desmatamento de florestas. Em sua avaliação, a fase de comprovar a eficácia já foi superada, devendo agora a pesquisa se dedicar aos mecanismos pelos quais esses efeitos são produzidos.
O pesquisador Bruno Glaser, da University Halle-Wittenberg – Alemanha, também destacou a importância da reciclagem de nutrientes e a associação entre o biocarvão e a compostagem de resíduos. Entre as comprovações de sua pesquisa, a capacidade de armazenar o Carbono e Fósforo no solo, além de poder ser usado em pequenas doses na alimentação animal de forma preventiva, onde absorve toxinas e previne o uso de antibióticos.
O professor Alemão veio ao Brasil pela primeira vez em 1996 e de lá pra cá já somam mais de 20 visitas, a maioria das vezes para avaliar o potencial do biocarvão/Terra Preta de Índio. “Ainda não sabemos tudo sobre esse tema, penso que estamos desenvolvendo a aplicação do uso do Biochar, mesmo no Brasil”, reforçou.
O pesquisador destacou outra função do biocarvão, no tratamento de água. Neste ponto, Bruno Glaser considerou a atuação da UFLA nos temas ambientais, parabenizando a Instituição pelo reconhecimento internacional “Blue University”. Além de fazer elogios à estrutura e beleza da Universidade, o pesquisador sinalizou o interesse em ampliar as parcerias acadêmicas, ampliando as linhas de pesquisa e, consequentemente, a produção científica.
Resultados promissores
“O Brasil tem grandes potencialidades com biocarvão, devido à grande produção de biomassa
e geração de resíduos agrícolas, urbanos e agroindustriais. Porém, ainda precisamos desenvolver mais pesquisas e também a indústria para viabilizar o desenvolvimento de novos produtos que contribuam para o desenvolvimento sustentável da sociedade brasileira”, completou o professor Leônidas.
O professor aponta algumas características do biocarvão que devem ser ressaltadas: primeiro, ele pode ser produzido a partir de resíduos vegetais, como casca de café, resto de serraria, cascas de pinus/eucalipto, palhas vegetais, bagaço de cana, solucionando e dando valor aos resíduos de diversas atividades econômicas. Além disso, o processo torna o carbono em uma forma resistente, possivelmente por centenas ou milhares de anos (carbono pirogênico) que adicionado ao solo melhora suas características.
As pesquisas realizadas na UFLA tem enfocado o efeito sobre o pH do solo, a capacidade de reter nutrientes (Capacidade de Troca Catiônica – CTC), efeito estimulante da atividade microbiana no solo, capacidade de sequestrar Carbono e outros gazes, efeito sobre a disponibilidade de alguns nutrientes, capacidade de reter água no solo, mantendo-a disponível por mais tempo as plantas, sendo seu uso promissor em áreas de menor pluviosidade e apresenta efeito remediador de contaminações no solo, como a de metais pesados.
Esses temas têm sido objeto de dissertações e teses desenvolvidas com a participação de diferentes departamentos, tornando a pesquisa ainda mais efetiva e multidisciplinar.
A doutoranda Evanise Penido, estudante destacada durante intercâmbio no Ciência sem Fronteiras (CsF), defendeu o Mestrado com uma abordagem sobre o efeito do biocarvão sobre metais pesados no solo. Entre os resultados, a constatação de que o biocarvão tem a capacidade de adsorção de metais, atuando como um adsorvente verde no solo, em estudo realizado em área de mineração.
Texto elaborado com a colaboração do estudante Luiz Alberto Araujo da Silva – bolsista Proat/Ascom (cobertura e entrevistas). Fotos: Luiz Alberto Araujo da Silva.
O Ensino de Português como Língua Estrangeira: reflexões sobre a prática pedagógica, organizado por Luís Gonçalves, professor da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, traz um artigo inédito da professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de Lavras (DED/UFLA) Débora Racy Soares, responsável pelos cursos de Português como Língua Estrangeira.
O artigo da professora, intitulado “Novas tecnologias no ensino de línguas: desafios e dificuldades na implantação de um curso básico de PLE/PLA 100% online na UFLA”, está relacionado com sua linha de pesquisa atual.
Segundo Débora, o projeto-piloto está em fase de teste. “O grande desafio agora é criar materiais didáticos que sejam adequados para a nossa plataforma. Algumas atividades já foram testadas no AVA- Avançar e no Campus Virtual. No entanto, é preciso muitos braços e pernas para concluir essa empreitada”, afirma.
O livro reúne cerca de vinte textos que abordam desde o processamento da fala, a leitura e a escrita em Português como Língua Estrangeira, até a aplicação das novas tecnologias no ensino do idioma.