A palestra “Gestão do Esporte no Brasil e na América Latina”, proferida pelo professor Ary José Rocco Júnior (USP), marcou o lançamento do Grupo de Pesquisa e Estudos em Comunicação e Marketing no Esporte (Gepecom) da UFLA. A solenidade foi realizada na tarde dessa sexta-feira, 17, no Auditório da Fundecc. Com a criação do grupo, a Universidade se insere em uma nova área de pesquisa, conforme destacou o coordenador, do Gepecom, professor Marcelo de Castro Teixeira (DEF): “Trata-se de uma parceria para o estudo da gestão esportiva, área nova e que precisa se desenvolver”.
O grupo se reunirá quinzenalmente, nas sextas-feiras, no Departamento de Educação Física (DEF). A primeira reunião está marcada para o dia 24 de junho. Os membros do Gepecom realizarão estudos visando à geração de conhecimento na área, inclusive com a produção de artigos científicos. Para tanto, pesquisadores de outras instituições, assim como profissionais da gestão esportiva de Lavras, foram convidados para participarem do núcleo.
Pesquisadores, docentes e profissionais reunidos no lançamento do Gepecom.
O Gepecom já nasceu com a proposta de realizar estudos em conjunto com o Gepecom da USP, de acordo com o mestrando daquela instituição e ex-aluno da UFLA, Pedro Parolini. “Ainda há pouca discussão a respeito do marketing esportivo”, ressaltou. Essas pesquisas também serão importantes para o DEF: “É importante que o Departamento abranja mais áreas de pesquisa”, considerou o professor Sandro Fernandes, coordenador de Esporte e Lazer da UFLA.
Na palestra, o professor Ary Rocco abordou a estrutura da gestão esportiva brasileira: políticas públicas, cursos na área e temas emergentes. Ele falou sobre a heterogeneidade da gestão esportiva nos países da América Latina e demonstrou como o Brasil pode tomar a iniciativa de se tornar uma potência esportiva nessa região – embora, atualmente, haja uma ineficiência na gestão que se reflete nos resultados. O professor Ary Rocco é fundador do Gepecom da USP e professor da sua Escola de Educação Física e Esporte (EEFE).
Na terça-feira (14/6), dez professores e um técnico administrativo tomaram posse de seus cargos na Universidade Federal de Lavras (UFLA). A cerimônia oficial de recepção dos novos membros da equipe ocorreu à tarde, no Salão dos Conselhos, prédio da Reitoria.
Os professores empossados foram lotados nos departamentos de Direito (DIR), Administração e Economia (DAE), Física (DFI), Engenharia (DEG), Nutrição (DNU) e Computação (DCC). Já o técnico administrativo atuará na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal de Lavras (Inbatec/UFLA).
Os novos servidores foram recebidos pela vice-reitoria da UFLA, professora Édila Vilela de Rezende Von Pinho; pela pró-reitora de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Débora Cristina de Carvalho; pelo presidente da Comissão de Ética, Adriano Higino Freire; pelo diretor de Desenvolvimento de Pessoas, Georges Francisco Vilela Zouein; pelo presidente da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), professor Nilton Nagib e pelo representante da Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (Cista/UFLA) Thiago Magalhães Meireles.
A solenidade teve também a presença de representes dos departamentos onde cada servidor foi lotado, além de familiares e amigos dos empossados. O professor Cleverson Filgueiras, que chegou à UFLA redistribuído, para lotação no DFI, também participou da cerimônia.
Na quarta-feira (22/6) será realizado no Departamento de Ciências Humanas da Universidade Federal de Lavras (DCH/UFLA) o II Seminário de Ensino de Língua Portuguesa e suas Literaturas. A programação do evento inclui mesas-redondas, minicursos e lançamento de livros. A organização das atividades é feita pelo Grupo de Pesquisa, Leitura e Produção de Texto (GPLPD).
Abordando temas úteis à formação e capacitação tanto de estudantes de graduação e pós-graduação como de professores e outros profissionais que atuam na educação básica, o Seminário buscará promover reflexões sobre o ensino-aprendizagem em Língua Portuguesa e Literatura. Estarão reunidos pesquisadores da UFLA preocupados com a temática, atentos à necessidade de interação com todos aqueles sujeitos da área que estão em formação inicial ou continuada.
Os interessados (tanto do público interno quanto externo) podem se inscrever por meio do Sistema Integrado de Gestão – SIG até o dia do evento. Foram disponibilizadas 180 vagas, sendo que os minicurso têm o limite de 30 participantes cada um.
Na abertura da programação, marcada para as 16h do dia 22/6 no anfiteatro do DCH, haverá uma mesa-redonda com a abordagem dos temas “A poesia a prática do letramento literário na escola” e “Variação linguística na prática da sala de Aula”. A apresentação do primeiro deles será feita pela professora do DCH Andréa Portolomeus; já o segundo será apresentando pela também professora do DCH/UFLA Raquel Márcia Fontes Martins. O professor do DCH Márcio Rogério de Oliveira Cano será o responsável pela mediação.
Lançamento de Livros
No mesmo dia, das 18h às 19h, haverá o lançamento de dois livros da coleção “A reflexão e a prática no Ensino Médio”, coordenada pelo professor Márcio Cano, com a qual outros professores da UFLA contribuem como autores. A produção da coleção foi iniciada há dois anos e, no total, será composta por 13 livros.
A obra “Língua Portuguesa: sujeito, leitura e produção” teve um lançamento inicial realizado no final de maio, durante evento ocorrido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).O volume inclui textos de 12 autores, estando entre eles professores do DCH (Helena Maria Ferreira, Márcia Fonseca de Amorim, Mauricéia Silva de Paula Vieira e Raquel Márcia Fontes Martins) e do Departamento de Educação – DED/UFLA (Luciana Soares da Silva).
Outro volume a ser lançado durante o Seminário será “Literatura e Subjetividade: aspectos da formação do sujeito nas práticas do Ensino Médio”, que tem como organizadora a professora Andréa Portolomeus. São também autoras a professora do DCH/UFLA Isabel Cristina Rodrigues Ferreira e as ex-alunas Cristiane Rocha Penoni e Cristine Duarte.
Mais de 80 autores estarão envolvidos com os 13 livros da coleção. São profissionais vinculados a instituições como a Universidade de São Paulo (USP), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), UFMG, Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Centro Universitário Unifieo, entre outras. As obras tratarão de pesquisas e experiências desenvolvidas nas escolas e para as escolas.
Minicursos
Das 19h às 21h do dia 22/6 serão ofertados seis minicursos. Cinco deles serão ministrados por professores da UFLA e um pelo professor do UFMG Vinícius Macedo. Os temas são: Transdisciplinaridade no ensino de língua portuguesa; A literatura em jogo: um exercício para a subjetividade; Produção textual: etapas para uma produção discursiva; O ensino de literatura afrobrasileira e indígena na escola básica; Gêneros discursivos e ensino e Multimodalidade e leitura: novas práticas de letramento.
Cada inscrito poderá participar de apenas um mincurso.
A imagem registrada, apesar de não retratar o lobo-guará integralmente, permitiu que os pesquisadores o identificassem a partir de características bem definidas.
Um projeto de pesquisa em desenvolvimento no Laboratório de Ecologia e Conservação de Mamíferos, do Departamento de Biologia (Lecom/DBI), fez o registro inédito da presença de um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) no câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A imagem do animal foi capturada em 23 de março, na região de matas próxima à rodovia MG-355 (confira no mapa).
O lobo-guará está no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, posicionado na categoria “vulnerável”. Assim, para os pesquisadores, a presença da espécie na área da Universidade é um indicativo da importância de conservação dos fragmentos florestais e resquícios de cerrados presentes na UFLA e seu entorno. É uma região que pode proporcionar recursos e servir de corredor ecológico para a maior espécie de canídeo silvestre sul-americano. A redução populacional dessa figura icônica da fauna brasileira tem sido causada, principalmente, pela degradação de seus habitats, por atropelamentos, doenças e retaliação à predação de animais domésticos.
A pesquisa, coordenada pelo professor Marcelo Passamani e desenvolvida pelo estudante de graduação em Biologia Mateus Melo Dias, com o envolvimento de mais três estudantes ligados ao Lecom, começou a ser feita em outubro de 2015, com término previsto para setembro de 2016. Três câmeras fotográficas especiais (com sensor infravermelho para captura de movimento e calor) são posicionadas em locais estratégicos do câmpus para captura das imagens. Juntas, elas registram cerca de 1500 fotografias por semana. A equipe envolvida altera periodicamente o lugar de instalação das câmeras, mantendo-as sempre protegidas da ação do tempo.
Um veado aparece em imagem registrada em 15/5, no período da manhã.
A cada duas semanas, os cartões de memórias das câmeras são descarregados e tem início a seleção de imagens, com os pesquisadores examinando-as atentamente à procura de mamíferos de médio e grande porte. De acordo com Mateus, as espécies com maior número de registros são gambás, tatus-galinha e tapiti (lebre brasileira). Outras aparecem em menor frequência, como o veado mostrado na fotografia de 15 de maio de 2016.
Pesquisa semelhante foi realizada há sete anos por Júnior Ribeiro da Silva, durante seu Trabalho de Conclusão de Curso, porém com metodologia diferente. Na época, os registros eram somente feitos por meio de parcelas de areia para identificação de pegadas. Se comparados com os resultados anteriores, o levantamento atual já permitiu o registro inédito de duas espécies: além do lobo-guará, o quati (Nasua nasua). No intervalo entre as duas pesquisas (entre 2013 e 2014), parte do câmpus foi cercada por alambrados. Uma das intenções dos pesquisadores é também verificar se há impacto dessas estruturas na circulação da fauna de médio e grande portes.
Imagem de um tatu-galinha, registrada em 17/4. Ele está entre os animais que aparecem com maior frequência nas fotografias.
A pesquisa Levantamento da Mastofauna de Médio e Grande Porte no Câmpus da UFLA tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), materializado na bolsa que garante as atividades do graduando Mateus. A identificação dos mamíferos presentes permite o conhecimento da área para que ações de conservação e preservação da biodiversidade possam ser implementadas. De acordo o prefeito do câmpus, professor Jackson Antônio Barbosa, pesquisas como essas são essenciais para que a instituição possa pautar suas ações, conciliando as necessidades de expansão com a preservação ambiental. “Os resultados podem apontar caminhos inovadores para um desenvolvimento institucional sempre sustentável”, comenta.
O câmpus da UFLA possui 475,72 ha. A área urbanizada equivale a 13,82% do total (65,79 ha); a vegetação nativa ocupa 23,79% (113,18 ha); as áreas agrícolas, incluindo as florestas plantadas, têm extensão de 271,16 ha (56,99%), e as regiões ocupadas pelas águas são de 15,59 ha (3,27%).
Mais sobre o lobo-guará
O mamífero, cujo nome significa “cachorro dourado de cauda curta em latim”, pesa entre 20 e 33 Kg. Em geral, ele circula por uma área com extensão entre 50 e 70 Km2, possuindo hábito solitário. É conhecido como agricultor do Cerrado, já que uma boa parte de sua dieta é composta por frutas, servindo como um grande agente dispersor de sementes.
O lobo-guará é também um predador de animais, como ratos e cobras. Ele não tem parentesco próximo com nenhuma espécie de lobo, raposa ou coiote, pois seguiu um caminho próprio na evolução dos canídeos selvagens.
Com habitat tradicional nas regiões de Cerrado, o lobo-guará tem também ocupado regiões de Mata Atlântica, pelo fato de esse bioma ter sido intensamente desmatado, apresentando características cada vez mais campestres. Com trechos que podem ser considerados transição de Cerrado e Mata Atlântica, a UFLA é um local em que este mamífero pode circular, especialmente nas regiões não ocupadas pela ação humana.
