Relatório Internacional de Tendências do Café/UFLA contribui com a competitividade no setor cafeeiro

bureauA edição do Relatório Internacional de Tendências do Café do Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), publicada em dezembro de 2015, aponta que o mercado de café em cápsulas no Brasil cresceu 52,4% entre 2013 e 2014. Além disso, o documento mostra outras tendências como os cafés funcionais.

Esse relatório é responsável por apresentar periodicamente análises do mercado de café a nível internacional. Fruto dos estudos realizados no Bureau de Inteligência Competitiva do Café do CIM, o programa busca oferecer informações e análises relevantes para o setor cafeeiro.

O Bureau iniciou em 2010 e é coordenado pelo doutorando em Administração da UFLA, Eduardo Cesar. Todas as atividades são realizadas no CIM, sediado na Agência de Inovação do Café (InovaCafé). Além da Universidade, o Bureau possui o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (Fapemig), da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (SECTES), da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA), do Pólo de Excelência do Café, Consórcio Pesquisa Café e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café).

Segundo o coordenador do Bureau, “a informação se tornou crucial para a competitividade de qualquer atividade econômica e com a cafeicultura não é diferente. Através do projeto buscamos reunir, analisar e divulgar dados e informações que permitam aos agentes da cadeia agroindustrial do café planejar e tomar melhores decisões”, ressaltou Eduardo.

“Completando seis anos de atuação, o projeto vem contribuindo com a geração de conhecimento da cadeia produtiva de café frente aos produtores, indústrias e cafeterias de todo o país” explicou o coordenador geral do CIM, professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior.

TENDÊNCIAS

“Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic), o volume de vendas de cápsulas no país cresceu 52,4% entre os anos de 2013 e 2014. O diretor da instituição, Nathan Herszkowicz, disse que atualmente são mais de 70 empresas atuantes nesse segmento com seus próprios produtos, frente a oito companhias que atuavam em 2014. Até mesmo as cafeterias podem se beneficiar dessa nova modalidade de consumo, pois ao lançar uma cápsula com a sua própria marca, poderá comercializá-la em sua loja, assim como em supermercados e também por meio da internet” – trecho extraído do relatório.

O relatório aponta que o consumo de café em capsula tem aumentado por conta do maior espaço conquistado pelas pequenas marcas no mercado brasileiro nos últimos anos.

“Como as patentes de grandes marcas, como a Nespresso, já expiraram, as pequenas empresas têm a vantagem de comercializarem as cápsulas de café com um preço menor para serem usadas em máquinas de outras marcas. As cápsulas são uma opção interessante para as empresas menores, uma vez que elas possuem um maior valor agregado e atendem de forma satisfatória aos consumidores, que se interessam cada vez mais por um café de alta qualidade e que permita a eles passar por uma experiência semelhante ao consumo em uma cafeteria, porém, no conforto do lar e no momento em que acharem conveniente”- documenta o relatório.

Os pesquisadores do Bureau também mencionam uma nova tendência: o café funcional, acrescidos de ingredientes saudáveis. Empresa espanhola, líder no segmento, lançou o café enriquecido com magnésio para reduzir o cansaço e a fadiga, desenvolvido especialmente para os consumidores acima de 40 anos. Além de ajudar na redução da fadiga, contribui para a normalização da função psicológica, do equilíbrio de eletrólitos, da síntese de proteína, da função muscular e da função normal do sistema nervoso. Também desempenha importante papel no processo de divisão celular.

O relatório também apresenta uma perspectiva da produção de café a nível mundial. “No Brasil, o cenário é favorável para o mercado de conilon. Os preços no mercado interno apresentaram boa elevação ao longo do ano e a desvalorização do Real em relação ao dólar tornou o produto brasileiro mais atrativo para os países importadores. Com isso, as exportações do conilon também estão em alta”.

Acesse aqui o relatório completo

Texto: Vanessa Trevisan e Camila Caetano – jornalistas da InovaCafé e Ascom/UFLA