Curso de Medicina recebeu nova visita de comissão do MEC que acompanha implantação

reuniao-ceaem-medicina-uflaNos dias 8 e 9 de julho, a UFLA recebeu a visita da professora Oscarina da Silva Ezequiel, presidente da Comissão Especial de Avaliação de Escolas Médicas do Ministério da Educação (Ceaem-MEC). Integrando a Política Nacional de Expansão das Escolas Médicas das Instituições Federais de Educação Superior, a visita teve o objetivo de acompanhar e avaliar o processo de implantação do curso de Medicina da UFLA, oferecendo colaborações e compartilhamento de experiências.

A presidente da Ceaem conheceu mais detalhes sobre a proposta pedagógica e a infraestrutura do curso. Na UFLA, ela reuniu-se com membros da Direção Executiva, todos os docentes que ministram aulas no curso e também com os estudantes.

A professora Oscarina Ezequiel, que é docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ressaltou, durante as reuniões, que o curso está alinhado com as diretrizes curriculares do MEC para os cursos de Medicina, focadas no atendimento à comunidade, atenção básica e alinhamento com o Sistema Único de Saúde (SUS).

A visita foi considerada bastante satisfatória pela coordenadora do curso, professora Joziana Barçante. “A implantação de Medicina foi um trabalho árduo, inclusive por estar em uma área nova na Universidade. Porém tem sido muito recompensador”, afirmou.

Nos dias 23 e 24 de setembro, haverá uma nova visita da Ceaem à UFLA. Em agosto de 2014, havia ocorrido uma visita dessa comissão.

Com informações de Loren Andrade – bolsista Ascom/DSA

 

Na próxima semana, UFLA terá oficinas gratuitas de Inglês – vagas limitadas

oficinas-inglesO Núcleo de Línguas da Universidade Federal de Lavras (NucLi/UFLA) oferece à comunidade acadêmica a oportunidade para a participação em oficinas de curta duração, no âmbito do programa Inglês sem Fronteiras. Estudantes, professores e técnicos administrativos da Universidade poderão aprofundar seus conhecimentos em minicursos que vão abranger Pronúncia da Língua Inglesa (2 horas), Inglês para Viagem (4 horas) e Revisão gramatical da Língua Inglesa (2 horas).

As oficinas serão ofertadas na próxima semana, na terça-feira (21/7) e quinta-feira (23/7), na sala do Nucli, Pavilhão 6.

As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas nos links abaixo:

Oficina de Pronúncia da Língua Inglesa – 13 horas
2 opções de dias: Terça OU Quinta:
Terça : http://goo.gl/forms/uxPj0z0SrT
Quinta: http://goo.gl/forms/qhe5YXMLj4

Oficina de Inglês para Viagem – 16 horas
1 opção: Terça E Quinta
http://goo.gl/forms/1tOVy57MFY

Oficina de Revisão Gramatical da Língua Inglesa – 18 horas
2 opções de dias: Terça OU Quinta:
Terça: https://goo.gl/cIkX7e
Quinta: https://goo.gl/MDlRi0″

Curta o Nucli/UFLA no facebook

Informações: (35) 3829 3127 ou nucli@dri.ufla.br – PV6 – sala 10

Reitor da UFLA apresenta demandas das IFEs mineiras em almoço com o governador Fernando Pimentel

Vice-governador Antônio Andrade, o governador Fernando Pimentel, o reitor da UFLA, professor Scolforo, o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Correa e o presidente da Fapemig, Evaldo Vilela - Articulação para o progresso de Minas
Vice-governador Antônio Andrade, o governador Fernando Pimentel, o reitor da UFLA, professor Scolforo, o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Correa e o presidente da Fapemig, Evaldo Vilela – Articulação para o progresso de Minas

Na quinta-feira (9/7), representantes de universidades e institutos sediados no Estado foram recebidos pelo governador Fernando Pimentel, para debater o ensino superior em Minas Gerais. A reunião foi realizada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, com a presença do vice-governador Antônio Andrade, do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), Miguel Correa, do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Evaldo Vilela, além de integrantes do governo.

O reitor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professor José Roberto Scolforo, fez seu pronunciamento em nome do Fórum de Dirigentes de Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais – Foripes, que preside desde 2013.

Em pauta, a aproximação do governo com as universidades e institutos visando a uma maior contribuição para o desenvolvimento do Estado. Egresso da academia, o governador ressaltou a importância das instituições de ensino superior, como patrimônio científico de Minas Gerais. Em solo mineiro, são 11 universidades federais, duas universidades estaduais, cinco institutos federais e o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet).

Em sua fala, o reitor da UFLA destacou três pontos prioritários. Inicialmente, reforçou a necessária integração entre academia e o governo para que as tecnologias geradas fortaleçam a economia do Estado e tragam mais qualidade de vida para a população. Como exemplo prático dessa aplicação, citou a tecnologia usada na Universidade para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), um dos componentes do plano ambiental e estruturante que pode ser replicado em cidades mineiras com alta relação benefício-custo.

Durante a reunião, o reitor da UFLA fez a entrega formal de um documento ao governador em que solicita o apoio do governo para a finalização das obras do LavrasTec
Durante a reunião, o reitor da UFLA fez a entrega formal de um documento ao governador em que solicita o apoio do governo para a finalização das obras do LavrasTec

Sobre esse tema, foi sugerida a realização de um workshop, ainda sem previsão de data, para que as instituições públicas de ensino superior do Estado possam compartilhar experiências e tecnologias inovadoras.

O segundo ponto versou sobre a relevância da Fapemig e da necessidade de ser honrado o compromisso com o orçamento passivo da Instituição. Nesse ponto, Scolforo sugeriu a elaboração de um calendário de repasses para o conhecimento e planejamento das instituições. Além disso, e mesmo ciente da crise econômica nacional, o reitor reforçou a necessidade de preparar Minas Gerais para o aumento gradativo de investimentos em Ciência e Tecnologia, estratégia fundamental para elevar o Estado a um novo patamar de competitividade.

Para finalizar, Scolforo defendeu uma política específica para a inovação e o empreendedorismo, destacando a necessária articulação entre academia, empresas e o governo, apresentada como a tríplice hélice fundamental para o fortalecimento do Estado. Neste contexto, reforçou a importância de o governo apoiar os parques tecnológicos em construção e também a consolidação dos já existentes, como forma de atrair grandes empreendimentos para a geração de tecnologias e produtos com alto valor agregado.

Na oportunidade, o reitor da UFLA fez a entrega formal de um documento ao governador em que solicita o apoio do governo para a finalização das obras do Parque Científico e Tecnológico de Lavras – LavrasTec, recurso necessário para que seja honrada a previsão de inauguração em maio de 2016.

Em seu pronunciamento, Scolforo destacou ainda que a articulação permanente com as instituições de ensino superior, engajadas na tarefa de contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento da competitividade de Minas Gerais, resultará não apenas em um projeto de governo, mas de um projeto de Estado, cujos frutos serão colhidos no longo prazo, para o benefício de todos os mineiros.

Atletas do Rugby feminino da UFLA participam de competição em São Lourenço

Time da UFLA garante medalhas no I São Lourenço Rugby Festival
Time Alpha garante medalhas no I São Lourenço Rugby Festival

Duas atletas do time feminino de Rugby da Universidade Federal de Lavras (UFLA) participaram do I São Lourenço Rugby Festival nos dias 11 e 12 de julho, no principal ponto turístico da cidade, o Parque das Águas. Elas integraram o time Alpha, que reúne atletas de diferentes localidades, e conquistaram as medalhas de prata e bronze na competição.

Além de equipes de Minas Gerais, o I São Lourenço Rugby Festival teve a presença de times de São Paulo e Rio de Janeiro, com a recepção de mais de 160 atletas.

A equipe de Rugby feminino da UFLA – Leoas – existe desde agosto de 2014. “Fazendo um trabalho de base na Universidade, e atletas de destque foram convidadas a compor o time Alpha”, afirma Maria

Incentivo ao esporte e desempenho diferenciado das atletas da UFLA
Incentivo ao esporte e desempenho diferenciado das atletas da UFLA

Eduarda Garrido, responsável pelo Rugby feminino da UFLA.

Maria Eduarda ressalta que os treinos do time da UFLA são realizados no câmpus da Universidade e, durante o período de férias, serão em horários flexíveis. O horário de treinos para o segundo período letivo será repassado na página do grupo no facebook.

“Os treinos são abertos a todos que queiram aprender desde o fundamento do esporte à prática”, comenta.

Texto: Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA

 

Divulgado resultado preliminar da segunda fase do concurso para técnicos administrativos

concurso2A Universidade Federal de Lavras (UFLA) divulgou nesta terça-feira (14/7) o resultado preliminar da segunda fase do concurso público destinado ao provimento de 16 vagas para servidores técnico-administrativos, nível de classificação D (titulação exigida – Ensino Médio ou Ensino Médio profissionalizante). O concurso foi realizado no dia 26 de abril e teve um total de 5509 inscritos.

O resultado está disponível no site da Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PRGDP). 

O candidato poderá consultar o resultado preliminar da 2ª fase (redações), o resultado individual, além do formulário para interpor recurso contra o resultado preliminar. Esse recurso deverá ser apresentado no prazo de cinco dias úteis, contados a partir da data de publicação do resultado da segunda fase, no endereço eletrônico www.prgdp.ufla.br/concurso/ta, ou seja, até o dia 21 de julho (próxima terça-feira).

Das 16 vagas previstas no concurso, uma vaga é reservada a portadores de deficiência e três vagas são reservadas para negros.

A redação desenvolvida pelo candidato classificado para a segunda fase foi  digitalizada e está disponibilizada, na forma de arquivo, para consulta, independentemente de solicitação do candidato. O documento (contendo à imagem de seu formulário de redação) só poderá ser acessado pelo candidato e ficará disponível por quinze dias corridos contados a partir da data da disponibilização. O candidato que quiser solicitar vista da correção da redação, deverá fazê-lo pessoalmente ou por procurador, em até dois dias úteis, contados a partir da data de publicação do resultado da segunda fase no endereço eletrônico www.prgdp.ufla.br/concurso/ta.

O resultado final do concurso será divulgado no endereço eletrônico www.prgdp.ufla.br/concurso/ta, sem data definida.

 

UFLA sedia a 2ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Imagem contendo o seguinte texto: 2ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Lavras MG 2015. 16 de julho, no Salão de Convenções da UFLAA 2ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência será realizada na Universidade Federal de Lavras (UFLA) nessa quinta-feira (16/6), no salão de Convenções.

O evento realizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência tem como objetivo debater e implementar políticas públicas referentes a essa temática.

A programação conta com uma palestra, apresentação dos eixos temáticos e eleição dos delegados que participarão da Conferência Estadual.

Segue o cronograma:

12h30 – Credenciamento

13h – Abertura oficial

13h30 – Leitura e aprovação do regimento interno

13h45 – Palestra: O desafio na implementação das políticas da pessoa com deficiência – a transversalidade como a radicalidade dos direitos humanos.

Palestrante: Nilmar Ronizete Machado (Bacharel em Direito e estudante de Administração Pública)

15h30 – Eixos temáticos:

1º eixo temático: Identidade de gênero e raça, Diversidade sexual e geracional: Vera Simone Schaefer Kalsing (Doutorado em Sociologia).

2º eixo temático: Órgãos gestores e de instância de participação social: Júlia Moretto Amâncio (Doutorado em Ciências Sociais).

3º eixo temático: Interação entre os poderes federados: Mirelle Cristina de Abreu Quintela (Doutorado em Economia Aplicada).

16h30 – Plenária final

17h30 – Priorização das propostas e eleição dos delegados

Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA, com informações da Prefeitura Municipal de Lavras

Andifes promove seminário sobre Gestão Orçamentária e Financeira das Universidades Federais

Aproximadamente cem pessoas participaram do Seminário Andifes sobre Gestão Orçamentária e Financeira das Universidades Federais, entre reitores e pró-reitores e técnicos. Foto: Andifes
Aproximadamente cem pessoas participaram do Seminário Andifes sobre Gestão Orçamentária e Financeira das Universidades Federais, entre reitores e pró-reitores e técnicos. Foto: Andifes

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) promoveu no último dia 9 de julho, em Brasília, o Seminário Andifes sobre Gestão Orçamentária e Financeira das Universidades Federais. O encontro reuniu especialistas sobre o tema que apresentaram uma visão geral a respeito do orçamento público e particularidades na construção e execução do orçamento das instituições. Experiências de boas práticas também foram compartilhadas entre as universidades.

O assessor para Relações Interinstitucionais, professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, participou do seminário representando a Universidade Federal de Lavras (UFLA).

A abertura do evento contou com a participação do secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa e do secretário executivo (Sesu/MEC), Jesualdo Pereira. Os dois destacaram a importância da iniciativa da Andifes em promover debate sobre orçamento no atual momento de ajuste financeiro. “Nossa capacidade de responder às dificuldades se mostra desta forma. Estamos todos do mesmo lado e por isso precisamos compartilhar experiências. A nossa parte (MEC) estamos realizando, que é fazer a disputa orçamentária pela educação”, disse o secretário Luiz Cláudio.

Para o presidente da Andifes, reitor Targino de Araújo, a Associação tem trabalhado para pensar em avanços para gestão das universidades, e segundo ele, o tema orçamento entra como prioridade. “O país vive um momento de ajuste fiscal e nossas instituições não estão imunes às adequações. Aqui estamos reunindo um público variado, não só ligado às pró-reitorias de planejamento, porque é preciso que esse conhecimento ganhe capilaridade para que todos compreendam melhor o funcionamento das nossas instituições”, disse o presidente da Andifes.

TEMAS
A primeira mesa de debate foi conduzida pelo vice-presidente da Andifes, reitor Zaki Akel Sobrinho, que apresentou uma visão geral do planejamento e orçamento das Universidades Federais. “Esse seminário foi desenhado visando a renovação de reitores e pró-reitores que ocorreu nos últimos tempos. Foi uma oportunidade de qualificar estes gestores com informações oportunas acessíveis. A partir de agora vamos aprofundar o tema com outros workshops que foquem na gestão”, afirmou o reitor Zaki.

O secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduino, trouxe uma apresentação detalhada sobre leis orçamentárias, destacado a elaboração do orçamento, prazos, forma de alocação e processo político. Balduino ressaltou ainda a importância da profissionalização da gestão nas Universidades Federais. “Precisamos capacitar os acadêmicos para que este conhecimento leve a uma continuação aprimorada da gestão. Para isso, a formação técnica tem que ser valorizada, inclusive para os técnico-administrativos. Desta forma acredito que podemos melhorar a eficiência da administração”, disse o secretário da Andifes.

O coordenador do Fórum de Pró-reitores de Planejamento e Administração (Forplad), Tomás Dias Sant´Ana (UNIFAL-MG), iniciou o segundo momento de apresentação discorrendo mais especificamente sobre gestão orçamentária das universidades e suas principais matrizes. O pró-reitor apresentou aspectos técnicos, mas com uma visão didática da estrutura de planejamento, orçamento e finanças. “É preciso que a própria comunidade acadêmica entende de onde vem o dinheiro, destino e forma de aplicação. É isso que tenho levado para reuniões de outros fóruns de pró-reitores e que tem ajudado a compreender a atual situação orçamentárias das Universidades Federais”, explicou Tomás Sant´Ana.

Aspectos mais técnicos e com uma visão voltada para a área governamental foram expostos pela subsecretária Iara Ferreira Pinheiro, da Secretaria de Planejamento e Orçamento do MEC. O painel sobre boas práticas, com experiências sobre economicidade nas universidades teve as participações do gerente administrativo e financeiro da UFG, Bruno Antonio Bittencourt, que falou sobre inovação na gestão da terceirização e do diretor do Centro de Tecnologia da Informação da UFU, Pedro Frosi Rosa, que explicou a economia com gastos em telefonia com a utilização do VOLP.

O pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Rodrigo Fernando Bianchi, mapeou as medidas de economia em 2014/2015. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) estava representado por Lilian Lima dos Santos, assessora especial para modernização, que explicou o sistema de comprar de passagens aéreas.

AVALIAÇÕES
A reitora Maria Lúcia Cavalli, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), já com a experiência do seu segundo mandato, avaliou que o seminário proposto pela Andifes atingiu a eficiência ao dialogar de forma objetiva com um grupo de novos reitores e pró-reitores, e sugeriu desdobramentos. “Deste encontro poderia ser produzido um material didático destinado à educação a distância para todos corpo técnico das universidades, não só a equipe de orçamento, porque quando mais houver compreensão sobre orçamento mais compreensão política se consegue atingir”, disse Maria Lúcia.

Com uma visão mais recente sobre a gestão das Universidades Federais, a reitora Liane Calarge, há apenas um mês no cargo reitora da Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD), afirmou que participar do primeiro seminário promovido pela Andifes sobre orçamento foi uma importante forma de iniciar os trabalhos. “O aprendizado vem aos poucos, mas poder contas com estas explicações técnicas logo de início foi bastante proveitoso. Sem falar que também houve uma atualização da conjuntura política, o que ajuda muito a compreender o cenário que estamos inseridos”, disse que a reitora Liane Calarge.

Além dos reitores, o evento teve participações de pró-reitores ligados a outros fóruns e colégios que atuam junto à Andifes, como Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantil (Fonaprace) e o Fórum Nacional de Pró-reitores de Gestão de Pessoas (Forgepe). O presidente do Forgepe, Mauro Cortês (UFSCar), disse que a experiência foi bastante produtiva e deixou como sugestão para um próximo evento sobre o tema, o detalhamento de pontos mais críticos, gargalos, indicadores e mais experiências de sucesso para que o debate ganhe contornos mais práticos, principalmente para as pró-reitorias que não atuam diretamente com o tema, mas que desejam contribuir.

Fontes: Assessoria de Comunicação – Andifes

Brasil tem Estatuto da Pessoa com Deficiência – conheça as ações da UFLA na busca pela acessibilidade

O entrevistado Nilmar Machado está sentado à frente do computador,.
Nimar Machado utiliza as instalações do NAUFLA para realizar suas atividades acadêmicas.

Depois de 15 anos de tramitação, o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146) foi sancionado em 6 de julho. São 124 artigos que garantem às pessoas com deficiência direitos em diferentes áreas, inclusive na educação. Pelo documento, ao poder público é atribuída a tarefa, por exemplo, de desenvolver e acompanhar pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva.

Os três artigos vigentes que versam sobre o direito à educação contemplam a necessidade de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, que possibilite à pessoa com deficiência o desenvolvimento de seus talentos e habilidades, segundo seus interesses e necessidades. Para o advogado e estudante de Administração Pública da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Nilmar Machado, que possui deficiência visual, a aprovação do Estatuto é um avanço significativo, fruto de longas e numerosas discussões. “Essa lei sistematiza todo o arcabouço jurídico sobre o assunto. Com todos os direitos consolidados em um único documento, fica mais fácil que o cidadão com deficiência, e toda a população, os conheça”. Nilmar destaca o fato de que o Estatuto institui a pena de reclusão para os crimes cometidos contra a pessoa com deficiência.

Apesar de considerar que dois vetos feitos ao Estatuto ainda devem ser discutidos, o que já está sendo feito pelo Movimento Nacional das Pessoas com Deficiência, Nilmar afirma que o documento fortalece direitos já existentes e dá maior força ao estabelecimento de políticas públicas na área. A estimativa relatada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) é de que no Brasil existem 45 milhões de pessoas com deficiência.

Acessibilidade na UFLA

Procurando avançar na questão, foi fundado na UFLA em 2012 o Núcleo de Acessibilidade (NAUFLA), ligado à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec). O objetivo das atividades do NAUFLA é garantir todas as condições para que pessoas com deficiência ingressem no ensino superior e tenham os recursos necessários para desenvolver todo o seu potencial no ambiente acadêmico. Segundo a coordenadora do Núcleo, professora Helena Libardi, a instituição ainda tem muito a melhorar, mas alguns passos já foram dados. Abaixo, estão relatados alguns deles.

– O NAUFLA tem hoje um espaço no Pavilhão de Aulas 3. Lá, estudantes assistidos pelo Núcleo têm acesso a computadores e podem se dedicar aos estudos. Uma nova estrutura física que será construída na Avenida Norte deverá abrigar o Núcleo no futuro, melhorando as condições de instalação.

– Quando os estudantes com deficiência apresentam necessidade de acompanhamento por monitores, editais são publicados para seleção de bolsistas. Os monitores auxiliam principalmente na viabilização de material especial necessário aos estudos. Por exemplo, a gravação de conteúdos em voz é um apoio importante para o estudante com deficiência visual. Atualmente, estão ligados ao NAUFLA quatro monitores bolsistas e um voluntário.

– Foram empossados em 2015 dois servidores técnicos administrativos que são tradutores-intérpretes de Língua de Sinais e têm atuado em diferentes frentes na Universidade, tornando conteúdos acessíveis a pessoas com deficiência auditiva. O trabalho já iniciado por eles dá mostras à comunidade de que a Universidade busca se preparar para receber novos públicos. Eles atuam em parceria com a professora de Libras do Departamento de Educação (DED), Érica Alves Barbosa Medeiros Tavares, em um programa educativo chamado “UFLA acessível em Língua de Sinais”. Os tradutores-intérpretes ligados ao NAUFLA são Wanderson Samuel Moraes Souza e Welbert Vinícius de Souza Sansão.

– Sempre que um estudante com necessidades especiais procura atendimento, os integrantes do NAUFLA – com a atuação de um núcleo pedagógico formado por professores de diferentes departamentos – reúnem-se para analisar as demandas apresentadas e definir estratégias para atendimento a essas necessidades. Integram esse núcleo, além da professora Helena, os professores do Departamento de Ciência da Computação (DCC) André Pimenta e José Monserrat Neto; as professoras do Departamento de Ciências Exatas (DEX) Rosana Maria Mendes e Evelise Roman Corbalan Gois Freire; e as professoras do DED Érica Alves Barbosa Medeiros Tavares e Pryscilla Duarte de Melo. A também professora do DED Elaine das Graças Frade contribui como consultora.

– Existem três computadores portáteis exclusivos para empréstimo aos estudantes com deficiência. Programas leitores de tela também já foram adquiridos. Uma linha braile está em processo de compra e a aquisição de outros equipamentos, como uma impressora 3D para a produção de material didático, está nos projetos do NAUFLA.

– As novas estruturas físicas construídas no câmpus já seguem as especificações exigidas pela legislação, de maneira a garantir o acesso de pessoas com deficiência.

– Disciplinas eletivas, voltadas à questão da acessibilidade, são oferecidas aos estudantes. A disciplina Produção de Material Didático para o Ensino Inclusivo busca principalmente preparar estudantes das licenciaturas. Já a disciplina Acessibilidade em Sistemas Computacionais é oferecida nos cursos da área de informática.

– A UFLA trabalha na adequação de seu Portal na Internet para melhorar sua acessibilidade às pessoas com deficiência. Uma comissão, coordenada pelo professor do Departamento de Ciência da Computação (DCC) André Pimenta Freire, está  responsável pela implantação na instituição do Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (e-MAG). André é membro do NAUFLA, além de desenvolver pesquisas com foco Governo Eletrônico centrado no Cidadão para promoção da inclusão no Programa de Pós-Graduação em Administração Pública. A comissão tem representantes da Diretoria de Gestão e Tecnologia da Informação (DGTI), da Assessoria de Comunicação (ASCOM) e do NAUFLA. A previsão é de que até dezembro de 2015  muitos avanços se consolidem nessa área.

Desafios

A adequação da rotina acadêmica às necessidades da pessoa com deficiência ainda traz desafios para professores e técnicos administrativos da universidade. Para a coordenadora do NAUFLA, esses desafios vêm do fato de a legislação ser recente, anterior à formação da maioria dos profissionais. “A barreira da desinformação é muito grande. Muitos professores ainda não sabem o que fazer para atender ao aluno com deficiência”, explica. “Por isso, a função do Núcleo é justamente auxiliá-los nesse novo fazer pedagógico”.

Para Helena, a UFLA abraçou a causa da inclusão, não só motivada pela legislação, mas pela importância de garantir todas as condições para que a pessoa com deficiência possa se desenvolver plenamente. “Percebemos que toda a administração está aberta e sensível à causa”, diz. No entanto, ainda é necessária uma transformação cultural. “Precisamos de toda a comunidade acadêmica envolvida com a questão. Que todos estejam atentos às necessidades desses estudantes. Que sejam parceiros para orientá-los a procurar o NAUFLA. Pedimos que os coordenadores de cursos nos ajudem a identificar esses alunos.”

A professora relata que é comum o estudante passar o semestre todo com dificuldades ocasionadas por síndromes ou deficiências que não lhe permitem acompanhar o conteúdo por métodos tradicionais, sem procurar o auxílio do Núcleo. “Muitas vezes, eles não sabem que a universidade oferece esse suporte. Em outras situações, têm receio de se expor. Mas é necessário deixar claro que o NAUFLA não irá fazer nada sem o consentimento do próprio aluno. Nossas ações são discretas e têm apenas objetivo de facilitar o acesso e o desenvolvimento desses estudantes”.

De acordo com Nilmar, que utiliza os serviços do NAUFLA, a estruturação do Núcleo foi um ganho importante. “É um avanço da Universidade em relação ao quesito acessibilidade”, diz. Ele pondera que a pessoa com deficiência ainda se depara com desafios, como a dificuldade de adaptação curricular e a estigmatização por parte dos membros da comunidade acadêmica, mas reconhece que há indicativos de mudanças. “Ainda encontramos pessoas que não acreditam em nossas potencialidades, e os conteúdos das disciplinas muitas vezes ficam inacessíveis, mas vejo que UFLA tem buscado equacionar esses problemas”.

A proposta do Estatuto da Pessoa com Deficiência foi apresentada no ano 2000 pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e se tornou lei em 6 de julho de 2015, sancionada pela presidente Dilma Rousseff.

Reunião anual da SBPC destaca o papel da CTI no desenvolvimento do País

SBPCNa noite desse domingo (12/7), foi aberta oficialmente a 67ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), que acontece até o dia 18 de julho no câmpus da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. A cerimônia contou com a participação de um grande número de dirigentes de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação, incluindo o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro e o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo.

Com o tema “Luz, Ciência e Ação”, em alusão ao Ano Internacional da Luz, o evento traz algumas novidades, como a primeira edição da SBPC Inovação, que reúne expositores de projetos e realizações em Ciência, Tecnologia e Inovação de empresas, universidades, instituições de pesquisa e fomento e secretarias de governo. Durante a semana, os visitantes também poderão participar da SBPC Jovem, da SBPC Indígena e da SBPC Cultural.

Durante a cerimônia de abertura da SBPC, várias homenagens foram realizadas a pesquisadores marcantes para a ciência brasileira. Também houve a entrega do Prêmio José Reis, iniciativa do CNPq, que teve como instituição vencedora a Fiocruz, além da exposição de fotografias premiadas no IV Prêmio de Fotografias – Ciência e Arte.

Na fala dos integrantes da mesa da cerimônia, o destaque ao papel da ciência e da tecnologia no desenvolvimento do País marcou o conjunto de pronunciamentos. O Reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, ao falar sobre o momento histórico vivido pela Educação Superior brasileira, resgatou a transformação pelas quais as universidades federais passaram nos últimos anos, com um crescimento sem precedentes na história do País, e associou a essa transformação grandes desafios para o futuro.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, também direcionou sua fala ao desafio de combinar a universalidade da ciência às condições históricas do Brasil neste momento, destacando, assim, a necessidade de considerar as especificidades dessas condições na busca pela emancipação científica e tecnológica do País. O ministro também destacou a recomposição do orçamento de Ciência e Tecnologia como uma das prioridades de sua pasta, afirmando que a presidenta Dilma Rousseff já se comprometeu a incluir a Ciência e Tecnologia nos 50% ainda não regulamentados do fundo social do pré-sal.

Na fala do ministro da Educação, Renato Ribeiro, a defesa de que “não há democracia sem relevo dado à Ciência, à Tecnologia, à Inovação e à Cultura, e não há Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura que sejam consistentes se não houver democracia”.

A programação da 67ª Reunião Anual pode ser acompanhada em www.sbpc.ufscar.br e, também, na página do evento no Facebook.

Texto elaborado com informações da Assessoria de Comunicação da UFScar, Fapemig e CNPq

UFLA assina acordo de cooperação internacional com o Rikilt Institute of Food Safety

Parceria com o principal instituto de segurança de alimentos da união europeia deverá abrir novas oportunidades de pesquisa

Rikilt Institute of Food Safety, na cidade de Wageningen (Holanda).
Rikilt Institute of Food Safety, na cidade de Wageningen (Holanda).

Micotoxinas, resíduo de drogas veterinárias, agrotóxicos e dioxina em alimentos e ração animal, além de estudo da integridade e autenticidade de alimentos. Essas são linhas de pesquisa que a Universidade Federal de Lavras (UFLA) já desenvolve e deverão ser ainda mais fortalecidas com o acordo de cooperação técnica, educacional e científico, recentemente oficializado com o Rikilt Institute of Food Safety, na cidade de Wageningen (Holanda).

Considerado o principal instituto de segurança alimentar da união europeia, Rikilt é uma organização independente e sem fins lucrativos, voltada para pesquisas sobre a detecção e identificação de contaminantes químicos em alimentos e ração animal, e as interações destas substâncias na cadeia alimentar.

O acordo de cooperação começou a ser discutido em 2013, quando o professor Luís Roberto Batista, do Departamento de Ciências dos Alimentos (DCA/UFLA), desenvolveu o pós-doutorado no Rikilt. Desde então, as parcerias foram intensificadas e ampliadas para novas linhas de pesquisa. Para o professor, o acordo é uma importante contribuição para o processo de internacionalização da UFLA, permitindo o treinamento de professores, técnicos e estudantes de pós-graduação em metodologias analíticas voltada para a segurança de alimentos.

Referência Mundial

O Instituto contribui para o monitoramento de toda a cadeia de produção de alimentos, incluindo a qualidade e segurança dos alimentos, avaliação da transferência e toxicidade de contaminantes químicos na cadeia alimentar e identificação de riscos emergentes. Desenvolve tarefas legislativas e políticas de apoio para o governo holandês e demais organismos internacionais da Comissão Europeia.

De acordo com o professor Luiz Roberto, o Rikilt tem instalações de alta qualidade e sua força reside na versatilidade de conhecimentos analíticos e equipamentos – a sinergia de imuno-química, química analítica, toxicologia, microscopia, bionanotecnologia, fingerprinting multivariada e X-omics. Além disso, o Instituto é o Laboratório Nacional de Referência (NRL) para análise de micotoxinas e, sob sua chancela, são coordenados vários projetos financiados pela União Europeia relacionados com a alimentação humana e animal. Além disso, também sedia a European Food Safety Authority (EFSA) e tem um longo histórico na avaliação e interpretação de dados de Sistema de Alerta Rápido para Alimentos e Ração – Rapid Alert System Food and Feed (RASFF).

Histórico da parceria

Visita ao Rikilt, em 2013, com a presença de professores da UFLA e diretores do instituto
Visita ao Rikilt, em 2013, com a presença de professores da UFLA e diretores do instituto

A UFLA é uma das instituições brasileiras que possuem projetos em conjunto com o Rikilt. Ainda na década de 1990, quando a UFLA era Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), o professor José da Cruz Machado, do Departamento de Fitopatologia (DFP/UFLA) fez o pós-doutoramento no Instituto holandês. Desde então, um memorando de intenções assinado entre as duas instituições possibilitou uma série de projetos colaborativos, incluindo outros centros de pesquisa de Wageningen.

Em 2008, o professor Machado participou de uma visita técnica a diferentes centros de pesquisa da Holanda, incluindo Rikilt, oportunidade em que retomou a antiga parceria com os colegas da época, que passaram a ocupar cargos de direção. Em 2013 e 2014, o professor participou de novas visitas ao Instituto, tendo como foco de estudos a área de micotoxinas. Segundo o professor, a trajetória de parcerias ainda alimenta o sonho de ser criado um centro avançado de pesquisas em ciências agrárias na UFLA, o que contribuiria sobremaneira para a instituição dar um salto no processo de internacionalização.

Em setembro de 2013, o diretor de Relações Internacionais da UFLA, professor Antônio Chalfun Junior, acompanhado dos professores Luciano Paiva (Departamento de Química) e Renato Paiva (Departamento de Biologia), visitaram Rikilt Institute of Food Safety. Participaram da reunião o diretor do Rikilt, professor Robert van Goncon, professor Gijs Kleter, e o diretor da Wageningen University para Assuntos com a América Latina, professor Peter Zuurbier.

Em nova oportunidade, o professor Luiz Roberto Guimarães Guilherme (Departamento de Ciências do Solo) também realizou visita técnica no Rikilt e teve a oportunidade de observar a estrutura do Instituto, bem como os processos de monitoramento de controle de contaminantes químico de alimentos e de desastres ambientais com compostos radioativos e agrotóxicos.

Na avaliação do pró-reitor de Pesquisa, professor José Maria de Lima e do diretor de Relações Internacionais, professor Antônio Chalfun Junior, o acordo vai permitir uma capacitação diferenciada do corpo técnico, docente e discente da UFLA em técnicas avançadas em segurança alimentar. “O acordo vem coroar os esforços de várias gerações e diferentes áreas do conhecimento para fortalecer a pesquisa em segurança alimentar na Universidade”, destacou o professor José Maria.