Universidades federais terão cortes de 10% no orçamento de custeio e 47% no de capital – Contingenciamento na UFLA foi abordado em reunião do Cuni

Cuni apoia a Direção Executiva para a administração dos recursos diante dos cortes federais

ufla-logo viagemO Conselho Universitário da Universidade Federal de Lavras (Cuni/UFLA), no uso de suas atribuições legais e regimentais, considerando o corte orçamentário previsto na Lei Orçamentária Anual 2015 e os desafios que serão enfrentados para readequação de seu planejamento, manifestou apoio unânime à Direção Executiva da UFLA para que administre, com a liberdade que a Lei permite, os recursos disponíveis na Instituição.

A Lei Orçamentária Anual (LOA-2015) foi sancionada em abril e os cortes nas despesas do orçamento foram anunciados em 22 de maio de 2015. O maior corte da história, no valor de 69,9 bilhões, foi divulgado pelo Ministério do Planejamento para garantir ao País o cumprimento da meta de superávit primário. A pasta da Educação teve o terceiro maior corte, de 9,42 bilhões de reais, próximo de 20% do orçamento previsto. Nas 63 Instituições Federais de Ensino Superior (IFEs), o contingenciamento será de 10% no custeio e 47% do capital.

É importante que a comunidade acadêmica compreenda que o orçamento anual da Universidade é dividido em custeio e capital, sendo os recursos liberados especificamente para esses fins. Na UFLA, por ser uma instituição com significativa agenda de pesquisa, o custeio é um ponto crítico, já que o déficit será muito expressivo.

Embora a Direção Executiva tenha negociado no Ministério da Educação (MEC) o melhor orçamento da história da Instituição para o ano de 2015, e estar entre o seleto grupo das cinco universidades que empenharam 100% dos recursos em 2014, o contingenciamento, em torno de 30 milhões de reais, será sentido. Para o reitor, professor José Roberto Scolforo, esse montante fará muita diferença no planejamento da UFLA.

Em reuniões periódicas em Brasília, Scolforo ressalta que apesar do corte ser expressivo, a equipe do MEC agiu de forma efetiva para reverter cortes ainda maiores que estavam programados pela equipe econômica, o que geraria transtornos ainda maiores para as instituições.

Vale lembrar ainda que as IFEs, entre elas a UFLA, passam por contingenciamento desde janeiro de 2015, quando a Presidência da República publicou o Decreto Federal 8.389/2015, que determinou o limite mensal de execução financeira equivalente a 1/18 avos, o que, na prática, significou um contingenciamento de 39% do orçamento previsto.

Impactos na UFLA

A mensagem central do reitor é que a UFLA continuará realizando todos os projetos já iniciados e que foram comprometidos. Serão mantidos os projetos estratégicos para garantir à Universidade o processo de expansão com a qualidade que a diferencia. No entanto, tornam-se necessárias algumas adequações para o cumprimento do planejamento da Instituição. Algumas dessas adequações já foram realizadas e outras estão em processamento.

Scolforo destaca que as pessoas serão privilegiadas, havendo sensibilidade para a adequada manutenção de funcionários terceirizados; os programas de assistência estudantil, incluindo as bolsas institucionais e Restaurante Universitário; assistência à saúde; capacitação e qualificação, além da matriz das pró-reitorias, departamentos e setores. Os programas de Apoio aos Setores Técnicos Administrativos (PAST) e Programa de Apoio ao Primeiro Projeto para Professores (PAPP) também serão mantidos. A ideia é preservar as atividades que têm impacto direto na qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação.

O reitor também reforça a manutenção dos compromissos assumidos em reuniões com as equipes de diversos setores e departamentos da UFLA, para a atualização de laboratórios e equipamentos. O compromisso também será mantido na aquisição de equipamentos para os cursos novos, com previsão de investimentos equivalente a seis milhões de reais.

Também serão mantidas as obras em andamento no câmpus da Universidade. O que ocorrerá é que elas terão um cronograma alterado, com expansão do prazo previsto para sua finalização. No caso do Hospital Universitário, que envolve diretamente a comunidade de Lavras e região, o reitor está confiante nos acordos pactuados e no trabalho sistemático da equipe da Instituição para que o primeiro módulo seja licitado ainda no primeiro semestre de 2016, como previsto.

Vale ressaltar que as obras paralisadas no câmpus não são reflexos dos cortes anunciados, mas fruto da crise econômica de ordem nacional, já que duas empresas responsáveis por sete obras na UFLA decretaram falência. Nesse caso, a Instituição deve seguir a procedimentos previstos em Lei. Uma boa notícia, neste caso, é que a Direção Executiva conquistou o aval da Controladoria Geral da União (CGU) para que os recursos empenhados nessas obras sejam reutilizados no mesmo objeto. Antes, os recursos deveriam voltar ao erário público. Muitas obras já tiveram novo processo de licitação e outras estão a caminho. Apesar dos transtornos, uma equipe está empenhada, à luz da legislação, para minimizar os problemas e dar mais celeridade aos processos.

Apreciação e expectativas

Para Scolforo, 2016 poderá ser um ano ainda mais difícil. Isso porque a UFLA vem se preparando, ao longo dos anos, para um período de ajustes econômicos, necessário ao País. Assim, além do orçamento previsto para a Instituição, a Direção Executiva da UFLA tem conseguido ampliar os recursos por meio de emendas parlamentares, projetos de trabalho (PTAs) e outras fontes de financiamento. Todavia, as perspectivas de arrecadação para 2016 dependerão não apenas do esforço e planejamento, mas de uma série de fatores que fogem ao controle da Instituição.

Mas o cenário pode ser otimista quando se avalia os diferenciais da UFLA. Para o reitor, o momento exige ainda mais união em torno das causas afetas à Instituição: entre elas, qualidade do ensino, pesquisa e extensão; com mais intercâmbios, criatividade e inovação.

A mensagem que deixa para a comunidade acadêmica é que tenha confiança no trabalho que vem sendo desenvolvido. “Quanto mais alto o grau de dificuldade, ainda mais estimulados nos sentimos a encontrar soluções criativas. Confiança, paciência, trabalho em conjunto e perseverança serão fundamentais nesse momento”, concluiu.

 

Lançamento da cultivar Aranãs e homenagens marcam a abertura da Expocafé 2015

A parte política da Expocafé reuniu autoridades, técnicos e produtores
A parte política da Expocafé reuniu autoridades, técnicos e produtores

A maior feira temática da cafeicultura no País teve sua abertura oficial nessa quarta-feira (1º/7), com a presença de representações políticas, autoridades e profissionais ligados ao setor. Em sua 18ª edição, a feira, idealizada por um grupo de professores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), chega à maioridade com recorde de estandes e expectativa de bons negócios. A Expocafé é promovida pela Cooperativa de Cafeicultores da Região de Três Pontas (Cocatrel), em parceria com a Epamig e apoio da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Idealizadora da Expocacé, a importância da UFLA para os avanços da mecanização em Minas Gerais nos discursos de todas as autoridades, entre elas, o secretário adjunto de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kleber Vilela, que reconheceu a força do café para a economia de Minas Gerais e do Brasil. O secretário enfatizou ações do governo estadual, incluindo a retomada das negociações para o início do projeto de georreferenciamento que será realizado em todo o Estado sob a coordenação da Universidade.

O assessor de Empreendedorismo e Inovação da UFLA, professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, que também é diretor da Agência de Inovação do Café – Inovacafé e coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, representou a UFLA na cerimônia. Em sua avaliação, o evento contribui para a disseminação de tecnologias cafeeiras, a realização de contatos e parcerias e a ampliação de negócios que agregam valor ao produto.

Também participaram da abertura o secretário de Estado de Turismo Mário Henrique Caixa; o presidente da Epamig, Rui Verneque; o presidente da Cocatrel, Francisco Miranda; o prefeito de Três Pontas, Paulo Rabello; o deputado federal e presidente do Conselho Nacional de Café, Silas Brasileiro; o deputado estadual Carlos Arantes; o presidente da Emater-MG, Amarildo Kalil; o diretor-geral do IMA, Márcio Botelho e o gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo.

Lançamento

O pesquisador da Epamig, César Botelho, faz a apresentação da nova culivar
O pesquisador da Epamig, César Botelho, faz a apresentação da nova culivar

A cerimônia de abertura foi marcada pelo lançamento da cultivar Aranãs, apresentada pelo pesquisador e melhorista da Epamig, César Botelho. A cultivar, que deverá chegar ao mercado em 2016, já é produzida de forma experimental e os resultados têm surpreendido pela alta produtividade, resistência à ferrugem e qualidade dos grãos, com peneira elevada para um mercado diferenciado. Aranãs é resultado do Programa de Melhoramento Genético do Café da Epamig, que tendo a participação do professor Nazareno Guimarães Mendes (UFLA) na equipe responsável pelo cruzamento e desenvolvimento do material.

Cultivar Aranãs tem a participação de professores da UFLA no programa de melhoramento
Cultivar Aranãs tem a participação de professores da UFLA no programa de melhoramento

A avaliação das quatro primeiras safras, em área experimental no Vale do Jequitinhonha, apontou produtividade média de 56,48 sacas por hectare, com prova de bebida de 88 pontos na escala BSCA, na última safra. ‘Aranãs’ tem origem no termo indígena Aranãs, ligado à história da fundação da cidade de Capelinha, que significa “aves provenientes do Sul”.

O café Aranãs já pode ser degustado no mercado com a marca do mesmo nome “Café Aranãs”, propriedade do cafeicultor e empresário Sérgio Meirelles Filho, das Fazendas Alvorada e Santa Rita do Chicão, em Capelinha, onde também foram realizados experimentos para o desenvolvimento da cultivar.

Homenagem

Familiares agradecem a homenagem feita à Ronaldo Medeiros - Praça da Fazenda Experimental terá recebe o seu nome
Familiares agradecem a homenagem feita à Ronaldo Medeiros – Praça da Fazenda Experimental terá recebe o seu nome

Após a cerimônia de abertura, houve uma homenagem a Ronaldo Nogueira de Medeiros, gerente da Fazenda Experimental de Três Pontas e um dos coordenadores da feira, falecido no dia 28 de maio, vítima de enfarto. A praça central da fazenda, projetada por ele com a contribuição de uma de suas filhas, recebeu o seu nome. A homenagem foi acompanhada pelos colegas da Epamig, empresa em que trabalho por 42 anos, além de familiares e amigos. Ronaldo Medeiros era ex-aluno da UFLA, onde cursou o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Administração Rural (1989/1992).

Participação da UFLA

Durante os três dias de feira, 150 expositores apresentam alternativas para produtores de todos os portes e de diversas regiões do Brasil. No estande da UFLA e da Agência de Inovação do Café – Inovacafé, o visitante pode conhecer resultados de pesquisas e participar de minicursos. A programação de palestras está dividida entre estudantes que participam dos núcleos de estudos: Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas

Estudante do Necaf faz apresentação no Estande da UFLA e InovaCafé no primeiro dia da Expocafé 2015
Estudante do Necaf faz apresentação no Estande da UFLA e InovaCafé no primeiro dia da Expocafé 2015

Daninhas e Alelopatia (GHPD); Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf); Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumos de Café (QI Café); Núcleo de Estudos em Pós-Colheita do Café (Pós-Café) e Centro de Inteligência em Mercados (CIM).

Ainda no estande da UFLA, o visitante da feira tem a oportunidade de conhecer as últimas publicações da Editora UFLA e conhecer as tecnologias desenvolvidas no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT – Café).

Estudantes da UFLA também contribuem nas dinâmicas de campo, diferencial da Expocafé, que leva milhares de produtores e técnicos aos campos experimentais da Epamig.

Resgate histórico

Autoridades e profissionais ligados ao setor visitam a Fazenda Experimental durante a Expocafé
Autoridades e profissionais ligados ao setor visitam a Fazenda Experimental durante a Expocafé

Em 1998, UFLA organizou a 1ª Exposição de Máquinas para a Cafeicultura, denominada Expocafé, em uma fazenda localizada no município de Três Pontas. A feira cresceu com foco na mecanização e se transformou no maior evento nacional de transferência de tecnologia e de extensão do agronegócio café. Até 2009, a UFLA foi a coordenadora do evento, passando essa responsabilidade, em 2010, à Epamig, uma das instituições parceiras; e em 2014, a Cooperativa de Cafeicultores da Região de Três Pontas – Cocatrel assumiu a responsabilidade pela realização. Porém, em todas as edições, UFLA e Epamig continuam como parceiras na coordenação. A Epamig, instituição anfitriã do evento, recebe milhares de produtores, técnicos, estudantes e amantes do café na Fazenda Experimental de Três Pontas.

Estudantes do Necaf com a equipe da Epamig responsável pelas dinâmicas de campo
Estudantes do Necaf com a equipe da Epamig responsável pelas dinâmicas de campo

Expocafé 2015
Data: 1 a 3 de julho
Local: Campo Experimental da Epamig – rodovia MG 167, em Três Pontas
Horário: 8h às 18h, com entrada gratuita
Programação completa: www.expocafe.com.br

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Atleta do Cria Lavras supera Síndrome de Lenox Gasteaut com a prática de esportes – Duas medalhas na primeira competição

Orgulho de participar da primeira competição
Orgulho de participar da primeira competição

Leonardo Lucas de Sousa Reis, um garoto de 14 anos, portador da Síndrome de Lenox Gasteaut (LG), ganhou as suas primeiras medalhas no X Festival de Atletismo Interescolar de Lavras, realizado no último final de semana. Um exemplo de força e determinação.

Toda a história de vida do Leonardo, carinhosamente chamado por Léo, mudou quando ele passou a ter contato com o esporte. A mãe, Leandra Sousa, que estudou Educação Física na Universidade Federal de Lavras (UFLA), já tinha contato com o Centro Regional de Atletismo (Cria Lavras) e com o professor e técnico Fernando de Oliveira. “Sempre tive uma admiração pelo projeto e enxerguei na prática do atletismo um caminho para o desenvolvimento do Léo, tanto física quanto intelectual e psicológica”.

Mas, possibilitar o contato de Leonardo com o esporte foi algo que exigiu muito esforço e superação. Há sete anos, ele deixou de ter o principal sintoma da LG, que são as múltiplas convulsões. Mas, ainda assim, a síndrome lhe deixou sequelas, como dificuldades cognitivas e de locomoção. O aprendizado dele é mais lento, por isso, somente agora está sendo alfabetizado. “A escola que ele frequenta ministra o conteúdo curricular adaptado às suas necessidades”, afirma Leandra.

A mãe comemora o quanto Léo está mais sociável, conseguindo fazer novas amizades e desenvolvendo melhor a interação com as pessoas
A mãe comemora o quanto Léo está mais sociável, conseguindo fazer novas amizades e desenvolvendo melhor a interação com as pessoas

A mãe conta que por orientações médicas ele não poderia realizar nenhuma prática esportiva, a fim de evitar qualquer prejuízo a sua integridade física. Diante dessa situação, Leandra iniciou um tratamento mais completo para auxiliá-lo na reabilitação, incluindo fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia. “Ele aprendeu a andar de bicicleta e a praticar skate. Com o tempo, foi se desenvolvendo fisicamente”, relata Leandra.

Sua primeira experiência com o atletismo foi durante um treinamento em uma escola da cidade, momento em que Léo teve a iniciativa de participar das atividades. “O professor Fernando estava presente e autorizou a sua participação. Então, Léo saltou barreiras, derrubando apenas uma, e correu os 600 metros”.

Assim, em março desse ano ele começou a treinar no CRIA, obtendo novas experiências com o incentivo da mãe e de todos os envolvidos no projeto. “Meu interesse sempre foi pautado na prática esportiva sem visar o rendimento, pois o esporte é um meio de socialização. Queria que ele tivesse contato com outras crianças”, relata a mãe.

Por conta das complicações da Síndrome de Lenox Gasteaut, Léo apresentou vários obstáculos quando começou a frequentar o Cria. Um deles foi com relação à concentração e ao entendimento das suas responsabilidades.

“Hoje Leonardo está integrado e as suas medalhas são as nossas principais conquistas, não como resultado esportivo, mas como processo educacional. Aprendi que com cuidado conseguiremos trabalhar com crianças como ele”, relata o professor e técnico Fernando de Oliveira.
“Hoje Leonardo está integrado e as suas medalhas são as nossas principais conquistas, não como resultado esportivo, mas como processo educacional. Aprendi que com cuidado conseguiremos trabalhar com crianças como ele”, relata o professor e técnico Fernando de Oliveira.

“Ele chegou todo agitado, queria fazer apenas os seus gostos e não queria participar das atividades. Chamei-o para conversar e expliquei que no projeto existiam regras e uma delas é que ele deveria participar de todas as tarefas. Também coloquei uma das nossas atletas, que é aluna da Pedagogia, Pamela Simão André, integrante do Cria há mais de cinco anos, para direcioná-lo. Ele se tornou um dos meus focos de cuidados, assim como de todos os outros monitores”, conta o professor Fernando.

Após alguns meses de treino, Léo participou da sua primeira competição de atletismo, no sábado (27/6). Dia em que mãe e filho tiveram muitas comemorações. Primeira vez em que Léo subiu ao pódio, com duas medalhas alcançadas. Ele obteve o segundo lugar nos 60 metros com barreiras e terceiro nos 600 metros.

“O Léo foi desacreditado por muitos e julgado como doente e incapaz, porém eu sempre acreditei em seu potencial e agora ele é a prova de que quando fazemos algo que amamos superamos todos os obstáculos. O CRIA Lavras acreditou, treinou e incentivou. O resultado é muito positivo”, conta a mãe, emocionada.

Leandra também relata que por meio do atletismo, Léo passou a se interessar cada vez mais pelos estudos, além de ficar mais calmo, centrado e ter melhoras significativas na alimentação.

A mãe comemora o quanto Léo está mais sociável, conseguindo fazer novas amizades e desenvolvendo melhor a interação com as pessoas. “Há duas semanas ele chegou em casa e me chamou para apresentar dois colegas do atletismo… Sua locomoção melhorou, sua autoestima elevou-se e vejo um maior comprometimento nas tarefas executadas por ele”.

A Competição

O X Festival de Atletismo Interescolar de Lavras foi organizado pelos estudantes da disciplina de Atletismo da UFLA, com a parceria do projeto Cria Lavras. A competição reuniu crianças das escolas de Lavras, dos projetos CRIA de Ijací, Nepomuceno, Bom Sucesso, Perdões e Santo Antônio do Amparo. As crianças passaram o dia praticando diversas provas do atletismo. Mais importante que os resultados individuais dos atletas, fica o legado da participação de todas as crianças participantes, que receberam um ótimo incentivo à prática de esportes.

X Festival de Atletismo Interescolar de Lavras na nova Pista de Atletismo da UFLA
X Festival de Atletismo Interescolar de Lavras na nova Pista de Atletismo da UFLA
Texto: Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA

Professora do DED encerrou disciplina com atividade de extensão na área de Arte e Educação

Minicurso sobre Arte e Eduação, realizado no DED/UFLA.
Mais de 40 pessoas participaram do minicurso, realizado no DED.

O encerramento da disciplina Arte e Educação, no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), transformou-se em uma atividade de extensão. Os dez estudantes da disciplina, sob a orientação da professora do Departamento de Educação (DED) Cláudia Ribeiro, promoveram o minicurso Mergulhos nas Artes – Saberes, Poderes, Verdades, aberto a toda a comunidade.

De acordo com a professora Cláudia, estavam disponíveis 40 vagas, que rapidamente foram preenchidas. Participaram profissionais da educação básica, integrantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e do grupo de pesquisa Relações entre a Filosofia e a Educação para a Sexualidade na Contemporaneidade – a problemática da formação docente (Fesex).

Quatro mulheres observam pinturas.
Participantes do minicurso contemplam pinturas a partir do tema “Gritos do parto!”

“A iniciativa é importante por constituir um meio pelo qual os estudantes de mestrado compartilham com a comunidade o conhecimento produzido ao longo do semestre na disciplina”, avalia a professora Cláudia, que, pela segunda vez, incentiva uma turma a transformar seu aprendizado em minicurso. Ela conta que o envolvimento dos participantes foi considerando muito bom. “A arte, quando é bem discutida, mobiliza muito o interesse das pessoas”.

Sobre o minicurso

Com diferentes recursos (monólogo, construção de um túnel escuro, produções com tinta guache, etc.), os estudantes colocaram em prática a proposta de mergulho nas artes abordando quatro temas: Gritos do parto – a arte como expressão de resistências, Frida Kahlo; Águas revoltas e Águas abissais. O ponto de partida para as abordagens foi o “Museu Imaginário das Águas, Gênero e Sexualidade”, criado pela professora Cláudia e disponível on-line. As obras disponíveis no Museu foram utilizadas nas ações do minicurso. Os aspectos discutidos em cada tema estão relatados abaixo:

Gritos do parto – a arte como expressão de resistências: obras de várias pintoras incitaram reflexões sobre o

Túnel escuro provoca reflexões sobre o tema "Águas abissais".
Túnel escuro provoca reflexões sobre o tema “Águas abissais”.

nascimento, interpretado como um ato político que protesta contra o desrespeito e as violências veladas ao corpo da mulher. O mergulho propõe a naturalização do parto como uma possibilidade de devolver à mulher o protagonismo desse momento e a escolha sobre a forma do nascimento, culminando com o “grito” que representa a voz da mulher no exercício do poder, de forma a não admitir ter seu corpo regido por determinações que as submetem.

Frida Kahlo – nesse segundo momento, o trabalho foi sobre a obra da pintora mexicana Frida Kahlo, mulher revolucionária, comunista, feminista que, através de sua arte, apresentou sua vida em autorretratos. Seu corpo dilacerado refletido no espelho convida a um mergulho nas profundezas de seu eu interior, despertando no público o interesse por conhecer sua vida e sua obra.

Homem, de pé, aparentando estar em representação teatral.
O tema Águas Revoltas teve o apoio das técnicas do teatro.

Águas Revoltas – O terceiro momento do minicurso foi um convite ao mergulho nas Águas Revoltas que evocam agitação, fúria, perturbações e remetem ao “caos” – são águas que falam da loucura e conduzem ao processo de “des”razão.

Águas Abissais – Finalizando as atividades, esse momento trouxe a discussão da arte inusitada que se esconde nas profundezas, que choca, que desestabiliza e suspende as certezas. Nesta discussão foi construído um túnel negro onde as pessoas entravam com lanternas e se deparavam com obras inusitadas passíveis de estranhamento, pois fogem do habitual.

Para a professora Cláudia Ribeiro, o minicurso proporcionou um mergulho no capital cultural da humanidade. “Esse trabalho instiga a crítica do que somos, do que nos tornamos, das implicações políticas e culturais de nossas produções de conhecimento”.

 

Fotos: Fátima Ribeiro.

Estudantes e professores da UFLA apresentam resultados de pesquisas no Simpósio de Pesquisas do Café do Brasil

Parte da delegação da UFLA durante o IX Simpósio de Pesquisa Cafés do Brasil, em Curitiba
Parte da delegação da UFLA durante o IX Simpósio de Pesquisa Cafés do Brasil, em Curitiba. Na foto, a presença do gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, do gerente-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Antônio Fernando Guerra e do professor Rubens José Guimarães, tutor do Necaf

 

O IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, que aconteceu entre os dias 24 e 26 de junho, contou com a participação de professores e estudantes da  Universidade Federal de Lavras (UFLA). O Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf) foi representado por 20 membros, além de representantes do Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QICafé), Núcleo de Estudo em Pós-Colheita de Café (Pós-Café) e Setor de Anatomia e Fisiologia Vegetal da UFLA.

Os professores Rubens José Guimarães, Luiz Gonzaga de Castro Júnior, Fabio Moreira da Silva e Rosemary Gualberto Pereira marcaram presença no evento.

Para o coordenador-geral do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf), Leonardo Luiz de Oliveira, a participação em eventos desse gênero é de extrema importância para a formação complementar dos estudantes. Além de terem acesso a informações atualizadas sobre as pesquisas em desenvolvimento em todas as instituições que têm o café como foco de estudos, os estudantes têm a oportunidade de conhecer novas linhas de pesquisa relacionadas a cultura do café, as tecnologias geradas e as demandas do mercado.

Para o professor Rubens Guimarães, tutor do Necaf, o IX Simpósio Pesquisa Cafés do Brasil foi mais uma oportunidade para a troca de experiências, apresentação de resultados e interação entre os participantes. Apesar das dificuldades enfrentadas na Instituição para o repasse de recursos do Consórcio Pesquisa Café, o professor reforça sua importância na condução do Programa Nacional de Pesquisa, confiando no processo de sua revitalização e início de uma nova fase, para manutenção e fortalecimento das pesquisas que tanto contribuem para a evolução da cafeicultura no País.

Texto da jornalista Marina Botelho –  bolsista Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café.

Gym Fest: décima edição reforçou a influência da Ginástica Aeróbica na UFLA – veja fotos

115Um espetáculo de movimentos, cores, acrobacias e resistência foi realizado na UFLA, na noite dessa segunda-feira (29): a décima edição do Gym Fest ocorreu no Ginásio Poliesportivo da Universidade com cerca de 120 atletas, entre estudantes da Instituição e participantes externos. Eles foram responsáveis por 16 apresentações de ginástica aeróbica.

O tradicional evento marca o encerramento da disciplina Ginástica, coordenada pelo professor Luiz Henrique Rezende Maciel (DEF). Durante o semestre, os quase 90 alunos matriculados na disciplina organizaram coreografias com movimentos de ginástica e coordenaram crianças e adolescentes de escolas lavrenses. Juntos, eles se apresentaram durante o festival.

O Gym Fest é utilizado como forma de avaliação da disciplina e divulgação do esporte: “Muitos dos participantes do projeto Ginástica na UFLA já passaram pelo Festival”, conta o professor Luiz Henrique. O Gym Fest é realizado desde 2010.

A ginástica aeróbica combina movimentos da ginástica clássica com danças. Seus movimentos rítmicos são acompanhados, frequentemente, por músicas motivadoras. As séries, especialmente as estáticas, com formações com vários atletas, exigem força e cooperação.

A equipe de Ginástica Aeróbica da UFLA vem trazendo resultados expressivos das competições nas quais participa. Apenas em 2015, já esteve na França e foi selecionada para participar de um treinamento intensivo, ocorrido em fevereiro.

Tese produzida no PPGEF/UFLA dá origem a publicação na revista internacional PLoS One

ppgefPesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em parceria com a James Cook University (Austrália), trabalham em conjunto com a finalidade de compreender um importante questionamento na ecologia: como os sistemas ecológicos funcionam?

Essa parceria tem gerado frutos, tendo como exemplo a estudante de doutorado Deborah Apgaua, orientada pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da UFLA Rubens Manoel dos Santos. Ela publicou o primeiro capítulo de sua tese na revista internacional PLoS One (fator impacto 3.5), tendo como foco essa linha de pesquisa.

A professora Susan Laurance, da James Cook University, coorientadora da estudante Deborah, tem pesquisado o efeito da exclusão das chuvas em floresta tropical úmida da Austrália. A pesquisa investiga a alteração da composição de espécies arbóreas nessas florestas, causada por secas prolongadas, efeito das mudanças climáticas.

Nessa troca de conhecimentos, a Deborah contribuiu com as análises das características dos troncos e das folhas, sua relação com a condução de seiva e as taxas de crescimento das árvores. O trabalho foi motivado pelo objetivo de compreender as estratégias para condução de água pelas plantas, o que será essencial na manutenção das espécies no ecossistema.

O artigo Functional Traits and Water Transport Strategies in Lowland Tropical Rainforest Trees foi financiado por Australian Research Council, Skyrail Rainforest Foundation e Terrestrial Ecosystem Research Network . A estudante recebeu bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) durante o projeto.

Confira o artigo completo publicado na PLoS One

Camila Caetano (jornalista e bolsista Ascom/UFLA), com informações de Rute Aparecida da Silva (ASCOM/DCF) e do professor Rubens Manoel dos Santos.

Festas típicas de inverno promovidas pela comunidade acadêmica beneficiam instituições da cidade

Casa do Vovô (arraia) 3
Arraiá organizado em benefício da Casa do Vovô.

Estudantes, professores e técnicos do Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Lavras (DEN/UFLA) realizaram um ‘Arraiá’ beneficente em prol dos idosos residentes na Casa do Vovô, em Lavras. Os donativos arrecadados foram levados para a entidade na última sexta-feira (26/6).

Na ocasião, também foram realizadas atividades recreativas com os idosos. Toda a ação foi organizada pelo Núcleo de Estudos em Entomologia (Neento).

Com o mesmo objetivo, será realizado nesta sexta-feira (3/7), o ‘III Arraiá da Preserva Jr’. Toda a verba arrecadada será revertida em doação para o Lar Augusto Silva. As vendas dos ingressos estão sendo realizadas na Cantina Central da UFLA.

O ‘III Arraiá da Preserva Jr’ terá início às 15h. Além da compra do ingresso, é necessário levar 1 kg de alimento não perecível. Esses alimentos também serão destinados ao Lar Augusto Silva.

Convite para o “Arraiá da Preserva”.

Texto: Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA