Abertura da segunda etapa dos Jogos Escolares de Lavras será realizada na UFLA

Equipes campeãs da fase microrregional dos Jogos Escolares de Lavras participarão da etapa regional - Foto: Prefeitura de Lavras
Equipes campeãs da fase microrregional dos Jogos Escolares de Lavras participarão da etapa regional – Foto: Prefeitura de Lavras

A abertura oficial da segunda etapa, a microrregional, da 15ª edição dos Jogos Escolares de Lavras, será realizada no Ginásio da Universidade Federal de Lavras (UFLA) nesta terça-feira (23/6), às 19 horas, com a participação das equipes que se classificaram em primeiro lugar na fase municipal.

Além dos dois ginásios e da pista de atletismo da UFLA, os jogos em Lavras também acontecerão no Aimoré Clube, no Colégio Cenecista Juventino Dias (Cenec), na Chácara do Gammon, no Clube Campestre (xadrez), no Colégio Tiradentes, no Lavras Tênis Clube (LTC) e na Secretaria de Esportes da cidade de Lavras (SELT). Os jogos serão disputados das 8h às 11h30, e das 14h às 18h.

As competições serão realizadas até o dia 27/6, com a participação de 71 municípios das oito superintendências de ensino. Dos 2.180 atletas que estarão presentes, 300 são lavrenses.

Os jogos da etapa regional acontecem em seis municípios do Estado, com as competições de atletismo; basquete; futsal; handebol; voleibol; basquete; vôlei de praia e xadrez. Nela disputam as escolas inscritas das cidades-sedes, além das equipes vencedoras da etapa microrregional, que vão competir por uma vaga por modalidade para a fase estadual, que acontecerá em Uberlândia no mês de agosto deste ano.

A 15ª edição dos Jogos Escolares de Lavras iniciou no dia 27 de abril, e tem a finalidade de aumentar a participação da juventude estudantil lavrense em atividades esportivas, fomentar a prática do esporte com fins educativos, além de realizar a integração social, a busca de novos talentos e a construção da cidadania.

Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA, com informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Lavras

 

UFLA abrirá na próxima segunda (29/6) inscrições para cursinho pré-vestibular gratuito

pré-uniA Pró-Reitoria de Extensão e Cultura Universidade Federal de Lavras (Proec/UFLA) comunica aos interessados que as inscrições para o cursinho pré-vestibular gratuito – o Pré-Uni – estarão abertas de 29/6 a 10/7. Para participar da seleção, o candidato deve comparecer à Secretaria do Pré-Uni, na Proec (Centro Administrativo da UFLA), das 8h às 12h, portando cópia (xerox) do documento de Identidade, do CPF e de comprovante de residência.

Poderão participar candidatos com em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que já tenham concluído o 3º ano do ensino médio em escolas públicas e sejam residentes em Lavras. O Pré-Uni é ofertado pela UFLA em parceria com a Prefeitura de Lavras. Seu objetivo é preparar jovens e adultos para o ingresso no ensino superior, com aulas ministradas por graduandos e pós-graduandos da UFLA, no próprio câmpus.

Para outras informações sobre a seleção, ligue (35) 3829-1101.

Mais de 3 mil pessoas beneficiadas em 10 anos

O Pré-Uni surgiu em 2004 por iniciativa de um grupo de estudantes. Eles apresentaram a ideia à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec). O trabalho iniciou-se com uma turma de cerca de 50 alunos. Logo, a prefeitura do município tornou-se parceira, por meio de um Acordo de Cooperação Mútua formalizado em 2005. O interesse do município era ampliar o projeto e levá-lo a um número maior de cidadãos. Desde então, mais de três mil pessoas já se beneficiaram com o cursinho.

Atualmente, a cada semestre, são formadas três turmas, com total aproximado de 150 alunos. São, portanto, 300 alunos por ano. O número de candidatos interessados chega a ser três vezes maior que o número de vagas. Os selecionados têm aulas diárias, de segunda a sexta-feira, durante quatro meses, das 19h às 22h40. O local de realização das atividades é o Pavilhão de Aulas I.

A Proec é hoje a responsável pela coordenação das atividades, que já contribuíram para a aprovação de 112 estudantes nos processos seletivos da UFLA para ingresso na graduação, considerando-se as turmas dos últimos quatro anos.

Para o pró-reitor de Extensão e Cultura, professor José Roberto Pereira, o Pré -Uni destaca-se por ser um projeto de extensão duradouro, que se mantém por uma parceria longa com a Prefeitura, evidenciando que o interesse público de seus benefícios têm sido priorizados por várias gestões. “Além disso, é um projeto em que nossos estudantes, atuando como professores, demonstram grande altruísmo: assumem a responsabilidade de preparar aulas e ensinar, pautados pela boa intenção de ajudar outras pessoas”, comenta.

A superintendente educacional da Secretaria Municipal de Educação, Andressa Maria Ferreira de Souza Oliveira, realça a importância do trabalho dos professores do Pré-Uni. “Ficamos muito felizes em perceber que existem pessoas como eles, que acreditam na Educação, no seu papel-chave para a evolução da sociedade – e lutam para que ela tenha qualidade”.

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A estudante de Letras Irani Leite Santos cursou o Pré-Uni na UFLA, depois de ficar 40 anos longe das salas de aula.

 “Com o Pré-Uni, fui aprovada em Letras na UFLA”

A estudante da graduação presencial em Letras da UFLA Irani Leite Santos ficou 40 anos longe das salas de aula, após concluir o ensino médio. Mas o sonho de ingressar em um curso superior estava apenas adormecido. Aos 60 anos, depois de frequentar o Pré-Uni por três semestres, ela alcançou a aprovação no vestibular em 2010. Em 2015, ela se prepara para a formatura. “Hoje, após todo o meu esforço, considero-me uma vitoriosa”.

Para Irani, o cursinho oferecido na UFLA foi um estímulo fundamental. “Adquiri toda a base de que eu precisava para ingressar na Universidade com as aulas do Pré-Uni”. Irani ressalta também o acolhimento que sentiu ao ingressar no cursinho. “Os professores do preparatório me receberam muito bem. Eles são ótimos”. Já com planos de investir em um curso de especialização no futuro, Irani não se esquece de citar o orgulho demonstrado por seus dois filhos quando o assunto é a trajetória que ela vem trilhando. “Eles me incentivaram muito a voltar a estudar”, comenta.

Saiba mais sobre o Pré-Uni na edição número 100 do Jornal UFLA (páginas 28 e 29).

IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil será transmitido ao vivo pela internet

rede-social-cafeEntre os dias 24 a 26 de junho acontece o IX Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil em Curitiba (PR). Com o objetivo de democratizar o acesso ao conhecimento, a Rede Social do Café fará a transmissão ao vivo pela internet e disponibilizará, posteriormente, o registro de palestras e trabalhos apresentados no simpósio. Além disso, participará ativamente nas redes sociais divulgando os principais acontecimentos pelo Facebook e Twitter.

A Rede Social do Café completa em junho de 2015 nove anos de existência, exercendo seu papel na divulgação científica e compartilhamento de notícias sobre todas as etapas da atividade cafeeira, no Brasil e no mundo. Perto de atingir 15 milhões de acessos e com cerca de cinco mil membros, a Rede se destaca por participar dos principais eventos sobre café, como dias de campo, simpósios e congressos e por disponibilizá-los online com o “Cardápio de Palestras” e “Dia de Campo Virtual”.

De acordo com Sérgio Parreiras Pereira, pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), idealizador e mediador da Rede Social do Café, ao longo dos anos, a plataforma tem se consolidado como importante canal de comunicação entre os setores ligados ao sistema agroindustrial do café. “A ideia é que o conhecimento gerado pelas instituições de pesquisa e universidades seja difundido ao maior número de pessoas, para que possa então ser incorporado pelos usuários finais. Possibilitamos ainda que todo integrante da Rede possa apresentar comentários e demandas por informações a respeito diferentes temas propostos”, considerou.

Democratização do acesso

O Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil é realizado a cada dois anos, tendo como objetivo reunir e apresentar resultados de pesquisas realizadas nas instituições que compõem o Consórcio, promovendo a discussão da comunidade científica sobre as mais diversas linhas de pesquisa e setores da cafeicultura. Tem com objetivo também pensar novos cenários e tendências de consumo, a fim de contribuir para a sustentabilidade do setor cafeeiro.

Para o IX Simpósio são esperados cerca de 1000 participantes, entre os diversos representantes dos setores que compõem o agronegócio café, como pesquisadores, técnicos da extensão rural, estudantes, lideranças da cafeicultura, produtores de café, empresários do setor, imprensa especializada e demais interessados nos avanços da ciência e da tecnologia cafeeira.

Inscrições gratuitas e programação completa no site:

http://www.simposiocafe.sapc.embrapa.br/

Clique para Para acessar a Transmissão ao vivo

Consórcio Pesquisa Café 

O Consórcio Pesquisa Café congrega instituições de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a interação das instituições e a otimização de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais. Foi criado em 1997 por dez instituições: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, Instituto Agronômico – IAC, Instituto Agronômico do Paraná – Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro – Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras – Ufla e Universidade Federal de Viçosa – UFV.

Rede Social do Café

A Rede Social do Café recebe apoio institucional do Instituto Agronômico (IAC) e da Universidade Federal de Lavras (UFLA), além de outras entidades de C&T&I.  É apoiada por projetos ligados ao Consórcio Pesquisa Café, ao Polo de Excelência do Café e Agência de Inovação do Café (Fapemig) e ao INCT Café – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (CNPq).

Texto: Marina Botelho –  Jornalista/bolsista Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café.

Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da UFLA lança boletim eletrônico

boletim-inbatecA partir agora, a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal de Lavras (Inbatec/UFLA), conta com mais uma ferramenta para reforçar a comunicação com os seus diferentes públicos. “Acontece na Inbatec”, boletim eletrônico com periodicidade semestral, reunirá os principais e mais recentes destaques sobre a Incubadora, suas empresas incubadas e todo o universo da inovação e do empreendedorismo dentro da Universidade. Além de ampliar a visibilidade das ações da Inbatec, o boletim também reafirma o seu compromisso com a transparência e com o fomento à inovação e ao empreendedorismo.

Para Raphaela Ribeiro, gerente da Inbatec, a nova ferramenta cumpre função importante. “Buscamos, por intermédio de um formato dinâmico, propagar a inovação e o empreendedorismo, por meio de nossas ações e das empresas incubadas, além de outros agentes, como Nintec, LavrasTec e agências de inovação da UFLA”. Com o início do projeto, Raphaela relata sensação de missão cumprida. “Tenho muito orgulho da equipe, que abraçou a causa e não mediu esforços para que este lançamento fosse possível. Vamos trabalhar para melhorar progressivamente esse importante instrumento de acesso ao nosso público”, finalizou a gerente, entusiasmada.

Para a primeira edição, foram selecionadas, criteriosamente, matérias relacionadas às suas empresas incubadas, visando apresentar o seu trabalho à sociedade.
Com informações rápidas e precisas, a Inbatec busca promover uma maior aproximação com os seus parceiros, com as empresas incubadas e toda a comunidade, reforçando o seu objetivo maior de estimular a formação da cultura empreendedora.

Acesse nosso boletim neste link e cadastre-se para continuar recebendo.

Amanda Castro – jornalista. Assessoria de Inovação e Empreendedorismo da UFLA.

 

Proec avalia creditação de atividades de extensão nos currículos dos cursos de graduação da UFLA

Professor Ana Inês Sousa (UFRJ) apresentou na UFLA a experiência da UFRJ no processo de inclusão das atividades de extensão no currículo dos cursos de graduação
Professor Ana Inês Sousa (UFRJ) apresentou na UFLA a experiência da UFRJ no processo de creditação das atividades de extensão no currículo dos cursos de graduação

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) sempre foi amparada no tripé indissociável Ensino, Pesquisa e Extensão, desde sua fundação, em 1908, por missionários americanos. Em sua trajetória, as atividades de extensão sempre mereceram destaque, como elo fundamental entre a academia e a sociedade. Porém, seguindo a Política Nacional de Extensão e o Plano Nacional de Educação (2011-2020), a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) avalia a creditação dessas atividades nos currículos de Graduação.

A mudança curricular deverá reservar uma cota mínima do total de créditos exigidos para os cursos de graduação, para a atuação dos estudantes em atividades de extensão.

Para amparar esse procedimento, foi realizada na sexta-feira (19/6) uma reunião no Salão dos Conselhos da UFLA, com a apresentação da superintendente Acadêmica de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ana Inês Souza. Ela compartilhou com servidores da Proec e Pró-Reitoria de Graduação (PRG) a experiência exitosa do reconhecimento e validação das atividades de extensão, previstos nos currículos da UFRJ desde 2013.

Na avaliação do pró-reitor de Extensão e Cultura, professor José Roberto Pereira, as atividades de extensão já são contabilizadas no histórico escolar dos estudantes, como Atividades Curriculares Complementares (ACC), porém, o esforço agora é para que a extensão seja de fato institucionalizada no currículo escolar de todos os egressos da Universidade. A ideia é creditar e explicitar nos históricos escolares as atividades previstas pela Política Nacional de Extensão – ou seja, programas, projetos, cursos e eventos.

As experiências já consolidadas na UFRJ e na Universidade Federal de São Carlos são referências para embasar os procedimentos adaptados à realidade da UFLA. “O que está colocado é a valorização das atividades de extensão, benefícios não apenas para os estudantes, mas também para docentes e técnicos administrativos, que poderão coordenar e ampliar o número de projetos relevantes para a Instituição”. Considerou ainda as atividades de extensão podem contribuir para a redução da evasão escolar.

Outro ponto importante abordado pelo pró-reitor faz referência à revisão da resolução que trata dos concursos e progressão na carreira, para a inclusão da exigência mínima de atividades de extensão.

Experiência compartilhada

Ana Inês Sousa apresentou na UFLA a experiência da UFRJ no processo de inclusão das atividades de extensão no currículo dos cursos de graduação. A resolução foi oficializada em 2013 e os benefícios já podem ser mensurados. “As avaliações dos cursos que já implementaram a norma foi muito positiva, além de ter contribuído para reduzir a evasão. Isso ocorre porque o estudante é envolvido, desde o início, em atividades que o aproximam da realidade em que vai atuar. Mesmo recente, o resultado é positivo, pois formamos um profissional muito mais comprometido”, destaca.

Professora do Departamento de Enfermagem e Saúde Pública da Escola de Enfermagem Anna Nery – UFRJ, Ana Inês considerou que a UFLA já tem o perfil de extensão, com tradição nesta área. “O que falta é apenas o reconhecimento institucional”, avalia.

Com base na experiência da UFLA, residência de Lavras tornou-se geradora de energia elétrica

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O comerciante Maurício (à esq.) recebe em sua casa os professores da UFLA Joaquim (à dir.) e Silvia (centro).

Contando com o apoio de professores e estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA), o comerciante Maurício Villela de Gouvêa Júnior transformou sua casa em uma mini-usina de geração de energia elétrica, iniciativa inédita em Lavras. Dando sua contribuição à causa da sustentabilidade, ele instalou na residência 13 células fotovoltaicas que geram energia elétrica a partir da luz solar.

Essa energia é utilizada na rotina da casa e o excedente é transferido para a rede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Com isso, ele já registra uma economia de aproximadamente 70% em sua conta de energia, além de ceder à rede aproximadamente 150 kW/mês, energia suficiente para abastecer uma residência com quatro moradores. Os valores de geração variam de acordo com o período do ano, com a incidência de chuvas e com a presença de nuvens.

Maurício conta que em 2014, quando se tornou preocupante o baixo nível de água nas represas, ele resolveu buscar formas de consumo mais sustentáveis. Pesquisou sobre a geração de energia fotovoltaica em fontes do Rio de Janeiro, São Paulo e outros locais. “Um dia, minha esposa leu em um jornal local sobre um projeto da UFLA que envolvia essa tecnologia. De posse do nome do professor responsável por aqueles trabalhos, fui procurar por ele, buscando ajuda para transformar meus planos em realidade”. Foi então que o professor do Departamento de Física (DFI) da UFLA Joaquim Paulo da Silva começou a dar suporte ao projeto de Maurício, com o apoio de estudantes e outros interessados no tema.

Além de ajudar o comerciante com os conhecimentos técnicos, a equipe da UFLA tem a oportunidade, com o projeto, de image026desenvolver pesquisas sobre a geração de energia fotovoltaica. “Embora seja um sistema de alta confiabilidade, ainda precisa ser acompanhado e analisado. São necessários estudos que avaliem a qualidade da energia gerada e seu impacto para a rede elétrica da concessionária”, explica a professora do Departamento de Engenharia (DEG) Silvia Costa Ferreira, que também acompanha os trabalhos. Para Joaquim, a participação da UFLA nos projetos de Maurício é muito positiva, principalmente para os estudantes, que podem observar na prática um projeto inovador na área. “Essa experiência complementa a dos ecobicicletários instalados do câmpus. Há uma série de dados e técnicas a serem analisados”, explica.

Desde 17 de abril de 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e, inclusive, pode fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Portanto, residências podem se transformar em minigeradoras ou microgeradoras de energia, o que pode lhes trazer redução de custos e levar benefícios ao sistema elétrico do país, com baixo impacto ambiental, redução no carregamento das redes, minimização das perdas e diversificação da matriz energética

O funcionamento da produção de energia na residência

As 13 células fotovoltaicas instaladas no telhado da casa do Maurício reagem com a luz do sol e produzem energia elétrica, em tensão contínua. Elas estão ligadas ao um aparelho chamado inversor solar, que transforma a tensão contínua em tensão alternada, compatível com a rede elétrica da Cemig.

A energia elétrica resultante desse processo de transformação é utilizada na residência durante todo o dia, enquanto houver geração a partir da luz solar. No caso de Maurício, a energia produzida é suficiente para cobrir toda a sua demanda no período diurno. Eletrodomésticos, iluminação e qualquer aparelho elétrico funcionam com a energia produzida na própria casa.

Há ainda o excedente, ou seja, energia produzida e não utilizada, que é transferida para a rede elétrica da Cemig após passar por um relógio de luz bidirecional. Esse relógio permite medir tanto a energia da rua que é consumida na residência quanto a energia da residência que é cedida para a rede elétrica. O excedente transmitido à rede gera créditos para Maurício.

Na conta de luz de uma residência com esse sistema de geração são cobrados os impostos e a energia da Cemig eventualmente utilizada, principalmente a que mantém a casa no período noturno. O professor Joaquim explica que, mesmo para a noite, é possível aproveitar a energia fotovoltaica produzida, mas é necessária uma bateria que a armazene, recurso no qual Maurício ainda não investiu. “É prudente que primeiro possamos observar como esse sistema vai se comportar para depois evoluir no projeto”, explica Joaquim.

A estimativa é de que, para recuperar o investimento feito no sistema, o comerciante precise de  três a cinco anos em economia nas contas mensais de energia elétrica. Para ele, os cálculos são positivos. “Mesmo com retorno em médio prazo, vale a pena o investimento porque é uma contribuição com o meio ambiente, é uma forma de gerar energia limpa e renovável e, quem sabe, estimular outras pessoas a fazer o mesmo”, diz.

Energia fotovoltaica é diferente do sistema coletor solar térmico. Nesse último caso, os raios de sol são usados para gerar calor, principalmente para aquecimento de água e ambientes. A energia solar utilizada para geração de energia elétrica é chamada fotovoltaica.

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Professor dinamarquês ministrará curso sobre softwares para análise de dados sensoriais

O professor Per e a doutoranda Isabel Amorim
O professor Per e a doutoranda Isabel Amorim

O Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária oferecerá à comunidade acadêmica o curso “R for Sensometrics”. O curso será ministrado nos dias 30/6 e 1º/7, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas, na sala 21 do Departamento de Ciências Exatas (DEX). Nele, serão abordados softwares voltados à análise de dados sensoriais, com exposição de teoria e atividades práticas. Serão apresentados dois softwares livres (PanelCheck e ConsumerCheck) e quatro pacotes do software R (SensR, ordinal, lmerTest e SensMixed).

O desenvolvedor dos softwares, professor Per Bruun Brockhoff, da Technical University of Denmark (DTU), será o ministrante do curso. As inscrições* podem ser feitas até o dia 26 de junho, na Sala de Pós-Graduação do DEX ou com o professor Renato Ribeiro de Lima.

Durante a visita, o professor Per também será membro da banca de defesa de tese de Isabel de Sousa Amorim, do Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária. A discente apresentará a tese “Visual interpretation of F test results based on effect size”, no dia 29, às 14 horas.

O professor Per desenvolve pesquisas em Sensometria, área da ciência que aplica métodos estatísticos para analisar dados sensoriais. Ele foi o orientador estrangeiro da doutoranda Isabel no período em que ela participou do programa Ciências sem Fronteiras (CSF), em Lyngby, Dinamarca.

A visita do professor Per ao Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária é fruto de uma parceria que se concretizou através do CSF. O Programa pretende continuar incentivando alunos e pesquisadores a participar do CSF, assim como convidar professores de outros países para ministrarem cursos e palestras, efetivando as práticas de internacionalização.

 

*Para participação, é necessário levar notebook com os softwares PanelCheck, ConsumerCheck, R e os pacotes do R: lmerTest, SensMixed, SensR e Ordinal instalados.

Assessora política da ALMG fará palestra na UFLA nesta terça-feira (23)

A UFLA receberá, nesta terça (23), a assessoria política da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) Ana Rosa Lasmar. Ela fará uma palestra sobre as perspectivas no setor público, abordando diferenças entre a teoria e a prática. A palestra será às 17 horas, no Anfiteatro do Departamento de Agricultura (DAG). As inscrições podem ser feitas no Sistema Integrado de Gestão (SIG) ou na entrada do evento. Os participantes devem levar material de limpeza ou alimento não perecível, que será doado ao Lar Esperança e Vida Mateus Loureiro Ticle.

Ana Rosa Lasmar acumula ampla experiência no setor público. No período de 1989 a 2004, e no ano de 2013, foi coordenadora política na ALMG; em dois mandatos, foi prefeita municipal de Ribeirão Vermelho (2005/ 2009 e 2009/2012); e foi diretora da Associação Mineira dos Municípios (AMM). A palestra é uma realização do Centro Acadêmico de Administração Pública (Cenaap).

 

Da UFLA para o Mundo: professor Flávio Borém é prestigiado em eventos e representações internacionais

Professor Flávio Borém: embaixador da UFLA e dos cafés especiais brasileiros em eventos internacionais
Professor Flávio Borém: embaixador da UFLA e dos cafés especiais brasileiros em eventos internacionais. Ao fundo, painel com os principais palestrantes do evento, entre eles, o professor

O Brasil, maior produtor de café do mundo, tem muitos promotores do produto e amantes desta nobre bebida espalhados pelo mundo. Porém, quando se fala em ciência por trás de uma xícara de café especial, o nome do professor Flávio Meira Borém, do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), é referenciado e destacado em fóruns e eventos nacionais e internacionais.

Com foco na descoberta dos atributos que envolvem a qualidade superior e a distinção dos cafés, o professor Borém tem envolvido sua equipe em pesquisas com alto impacto no mercado de cafés especiais. A diferença é que os estudos não ficam restritos a artigos compartilhados apenas no meio acadêmico, os resultados têm ganhado o mundo por meio de palestras em renomados eventos internacionais, em que o professor Borém reforça sua aptidão como embaixador dos cafés especiais brasileiros e, como consequência, a imagem positiva das pesquisas e dos projetos desenvolvidos na Universidade.

Borém participa da reunião da Alliance for Coffee Excellence – ACE, com sede em Portland – Estados Unidos
Borém participa da reunião da Alliance for Coffee Excellence – ACE, com sede em Portland – Estados Unidos

O resultado desse reconhecimento pode ser confirmado pelo convite que recebeu para fazer parte da Alliance for Coffee ExcellenceACE, com sede em Portland – Estados Unidos. A organização internacional é responsável pela realização dos principais concursos de cafés especiais em diferentes países, como o Cup of Excellence. O professor Borém é o primeiro professor/pesquisador a fazer parte do conselho diretor, que reúne representantes de diferentes segmentos. Ele vai, inclusive, participar da elaboração das normas técnicas que nortearão os próximos concursos.

Borém também é o único brasileiro integrante do Comitê de Normas Técnicas da Specialty Coffee Association of America – SCAA, maior associação comercial de café do mundo, criada em 1982 para avaliar e propor normas de qualidade estabelecidas para o comércio de cafés especiais. O convite foi justificado pela reconhecida produção científica e tecnologias desenvolvidas na UFLA, que favorecem a contínua melhoria da qualidade do café produzido no mundo.

Vitrine internacional

Durante reunião anual da SCAA, em Seattle, com representações americanas e brasileiras
Durante reunião anual da SCAA, em Seattle, com representações americanas e brasileiras

Parte dos resultados dessas pesquisas foi apresentado, em abril, durante a 27ª reunião anual e simpósio da SCAA, em Seattle – Estados Unidos, considerada um dos maiores eventos de cafés especiais do mundo. Para um público seleto e diversificado, o professor apresentou, por mais de uma hora, a palestra “Beyond wet and dry: breaking paradigms in coffee processing”, que reuniu tecnologias para a produção de cafés especiais com atributos de sustentabilidade.

A apresentação fez tanto sucesso que o presidente do Symposiom SCAA 2015, Peter Giuliano, tem compartilhado o vídeo como uma rica aula para inspirar o debate sobre velhos paradigmas, comparando as informações apresentadas

como “ouro puro”.  Entre os temas abordados, os estudos recentes sobre a qualidade do café, incluindo a interação entre genótipo e ambiente; além das tecnologias pós-colheita, com destaque para o processamento de secagem e armazenamento voltados para prolongar a qualidade dos cafés especiais.

Borém fez o lançamento e do Handbook of Coffee Post-Harvest Technology, a versão inglesa do livro “Pós-Colheita do Café”
Borém fez o lançamento do Handbook of Coffee Post-Harvest Technology, a versão inglesa do livro “Pós-Colheita do Café”

Durante o evento, para marcar ainda o reconhecimento internacional de suas pesquisas, Borém fez o lançamento e do Handbook of Coffee Post-Harvest Technology, a versão inglesa do livro “Pós-Colheita do Café”, lançado pela Editora UFLA em 2010. A nova versão traz um guia sobre o processamento, secagem e armazenamento do café, com a tradução do americano Joel Shler.

Na UFLA, o professor é coordenador do Núcleo de Estudos em Pós-colheita do Café (Pós-Café) e editor da Coffee Science, única revista técnico-científica especializada em cafeicultura. Editada pela UFLA, a publicação é uma iniciativa do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da cultura do café no Brasil.

Assista a apresentação do professor Borém na reunião da SCAA, nos Estados Unidos 

Estudantes de licenciatura em Biologia tiveram trabalhos premiados em Simpósio

pibidIntegrantes do Programa de Iniciação à Docência (Pibid-Biologia) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) levaram 17 trabalhos ao IV Simpósio em Ensino de Ciências e Meio Ambiente do Rio de Janeiro. Duas dessas produções foram, inclusive, premiadas no evento.  Uma delas ficou classificada em primeiro lugar na sessão temática “Questões teóricas e metodológicas da pesquisa em ensino em Ciências”. A outra conquistou a liderança na sessão “Ensino em espaços não formais de divulgação científica”.

O texto “A construção coletiva de uma proposta de conteúdos curriculares de Ecologia para o Ensino Médio na formação inicial de professores com suportes na História da Ciência” teve com autores os estudantes de licenciatura em Biologia João Augusto dos Reis Neto, Marco Túlio Mendes Ferreira e Taís Silva, assim como o professor Antônio Fernandes Nascimento Júnior.

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O aluno bolsista do Pibid João Augusto dos Reis Neto (ao centro), no momento em que recebia o prêmio pelo trabalho “Educação Científica e Ambiental através de diálogos e práticas no Museu de História Natural da Universidade Federal de Lavras”.

“Educação Científica e Ambiental através de diálogos e práticas no Museu de História Natural da Universidade Federal de Lavras” foi o título da outra produção premiada. Seus autores são o servidor técnico-administrativo José Sebastião Andrade de Melo, a estudante de licenciatura em Ciências Biológicas Lorrana Nascimento Ferreira e o professor Antônio. Ambos os textos serão publicados na Revista Práxis, periódico online do Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente.

Sob orientação e coordenação do professor Antônio, os membros do Pibid Biologia levaram outros 15 trabalhos ao Simpósio, tendo sido um apresentado sob a forma de pôster e os demais em sessões orais. Para o professor, os resultados foram positivos e a qualidade de todos os trabalhos é muito semelhante. “O reconhecimento, por meio da premiação, é bom porque mostra ao grupo que ele está trilhando o caminho certo, e que a comunidade científica valoriza seu trabalho”, comenta.

Antonio, que também coordena o Laboratório de Educação Científica e Ambiental do Departamento de Biologia (Leca/DBI),

O técnico administrativo José Sebastião Melo (ao centro) recebeu prêmio na sessão “Ensino em espaços não formais de divulgação científica”.
O técnico administrativo José Sebastião Melo (ao centro) recebeu o prêmio pelo trabalho apresentado na sessão “Ensino em espaços não formais de divulgação científica”.

enfatiza a importância do Museu de História Natural (MHN) no desenvolvimento dos trabalhos do Pibid Biologia. “Nosso grupo se reúne no Museu às terças e quintas-feiras. É um espaço parceiro que nos acolhe e enriquece nossas atividades. Um dos trabalhos premiados o envolve diretamente”, diz. O Pibid Biologia tem atualmente 38 participantes: além do professor Antonio e do servidor José Melo, são 30 estudantes de licenciatura em Biologia e 6 professores da rede pública.

A quarta edição Simpósio em Ensino de Ciências e Meio Ambiente do Rio de Janeiro ocorreu em Volta Redonda (RJ) nos dias 11/6 e 12/6. Com periodicidade bienal, o evento é organizado pelo Programa em Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente do Centro Universitário de Volta Redonda (Unifoa).

Colaboração com no texto: João Augusto dos Reis Neto e José Melo.