Trabalho de estudantes de Letras discute a inserção do Inglês no Ensino Infantil

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Apresentação de trabalho na UnB: Monica Celeste Maddalena Ramos Dias (à esq.) e Andreísa Alvarenga (à dir.).

As estudantes do curso de Letras da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Monica Celeste Maddalena Ramos Dias e Andreísa Alvarenga estiveram na Universidade de Brasília (UnB) no último dia 14/5 para apresentação do trabalho “O brincar na construção de conhecimento por meio da Língua Inglesa na Educação Infantil”. A exposição oral dos resultados ocorreu durante o VI Encontro Inter-Regional Norte, Nordeste e Centro-Oeste sobre Formação Docente para a Educação Básica e Superior (Enforsup) e  o I Encontro Internacional sobre a Formação Docente para a Educação Básica e Superior (Interfor).

No parecer de aprovação do artigo, a equipe avaliadora definiu seu conteúdo como portador de uma “temática inovadora”, fato comemorado pelas autoras que, pela primeira vez, passaram pela experiência de apresentar trabalho em evento externo. “Começamos logo em um evento internacional. Ficamos felizes porque o artigo foi aprovado sem necessidade de alterações; a experiência foi muito bacana e já nos motivou a investir em novas produções”, conta Monica.

O trabalho foi desenvolvido sob a orientação da professora do Departamento de Ciências Humanas (DCH) Maria Eugênia Batista, que também participou do evento em Brasília. Além de destacar a importância da apresentação para a formação das estudantes, a professora explica a pertinência das discussões do papel de uma língua estrangeira no currículo da educação infantil. “A língua inglesa tem sido inserida no currículo do ensino infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental em diversos municípios do Brasil. Como não existe legislação ou Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) a esse respeito,  muitas vezes sua inserção carece de um embasamento pedagógico adequado e de um diálogo efetivo com a área de Letras.”

De acordo com Mônica, o que moveu a produção do artigo foi a ideia de que os estudantes que têm contato com a língua inglesa desde o início da trajetória escolar terão mais facilidade em lidar com o idioma quando chegam ao Ensino Médio. Por isso, as argumentações são construídas para a defesa da inclusão da língua inglesa no currículo do ensino infantil, com uma metodologia que privilegie as brincadeiras. “Eu mesma, ao chegar ao curso de Letras tive dificuldades com o inglês, o que não ocorre com os colegas que tiveram contato anterior mais estreito com o idioma. Por isso, acreditamos a oportunidade de familiarização deve ser dar bem cedo”, explica.

Parte da pesquisa de campo desenvolvida pelas estudantes ocorreu no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) José Toedoro de Abreu, em Ribeirão Vermelho (MG). Ambas são pedagogas e cursam Letras na UFLA.