Segundo IPC da UFLA, alimentos continuam pressionando a inflação

IPC-249x191A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 0,76% no mês de novembro. Em outubro, a alta foi de 1,42%. Mesmo com essa queda, os alimentos in natura tiveram uma alta de 18,21% em novembro contra um aumento de 15,5% em outubro. Os produtos semielaborados subiram 4,36% e os industrializados tiveram alta de 5,42%. Na média, os alimentos ficaram mais caros para o consumidor 6,37%.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou mais caro 2,21%, passando de R$ 429,44 em outubro, para R$ 438,93 em novembro.

Entre os alimentos, os maiores aumentos em novembro ficaram localizados nos seguintes itens: tomate (24,46%); pimentão (40,31%); vagem (27,28%); cenoura (26,93%); quiabo (38,89%); cebola (28,12%); abacaxi (32,05%); abacate (48,5%); uva (24,8%); carne suína (11,51%); carne de frango (7,27%); trigo (30,43%); polvilho (44,24%); macarrão (11,67%); creme de leite (20,03%); leite condensado (20,17%); pão e pão de forma (média de 33,16%) e leite longa vida, alta 5,33%.

De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, a taxa de inflação de novembro foi em parte segurada pela queda dos bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), -1,79% e pela estabilidade dos preços dos serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), despesas com moradia e com lazer.

Os demais grupos que compõem o IPC da UFLA tiveram os seguintes aumentos: bebidas (3,98%); material de limpeza (3,4%); higiene pessoal (0,37%); vestuário (2,27%); educação e saúde (0,2%) e manutenção com transportes, alta de 0,8%.

Com o resultado da taxa de novembro, inflação medida pela UFLA acumula no ano uma taxa inflacionária acima de dois dígitos, ficando em 12,89%, cujo índice é quase o dobro da meta superior projetada pelo Banco Central (6,5%).