Renda agrícola mantém evolução

Em janeiro, o Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) divulgou o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural, que teve alta de 0,45%. Já os dados levantados dos insumos estimaram que o Índice de Preços Pagos (IPP) teve uma ligeira alta em janeiro de 0,13%, refletindo nos custos de produção.

No acumulado dos últimos doze meses (fevereiro de 2011 a janeiro de 2012), a renda agrícola teve um aumento médio de 15,6% e o aumento nos custos de produção ficou em 0,91%. Avaliando os produtos agropecuários ao longo desses últimos doze meses, o café acumulou alta no campo de 17,32%, o grupo arroz-milho-feijão teve aumento médio de 13,52%, os itens que compõem o segmento dos hortifrutigranjeiros ficaram mais caros 5,31% e o pecuarista recebeu 16,63% a mais pela venda do leite.

De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador dos Índices, a maior alta de preços pagos ao produtor rural em janeiro ficou com os hortifrutigranjeiros, cuja cotação média subiu 2,04%. Os maiores aumentos nesse grupo foram: banana (3,45%); abóbora (7,25%); alface (8,7%); beterraba (19,44%); cenoura (20,48%); couve (20,83%); pimentão (16,34%); milho verde (36,54%) e frango abatido, com aumento de 7,14%.

Entre os grãos, que subiram em média 1,41% na lavoura, as altas ficaram concentradas nos preços do arroz (8,0%) e do feijão (2,07%). A cotação do café manteve-se estável no mês de janeiro e o preço do milho aumentou 0,66%. O preço pago ao pecuarista pela venda do leite tipo C teve um recuo de 1,33% no mês.

Na pesquisa dos preços dos insumos, as maiores altas em janeiro ficaram localizadas nos formicidas (4,36%), nos antibióticos (3,81%), no preço do frete do leite (8,33%) e nos fungicidas, que ficaram mais caros para o produtor em 1,67%.