Campo continua recuperando renda

Após a crise do setor agrícola, que se iniciou em 2005 e se propagou neste ano, os indicadores da economia rural sinalizam uma melhora no campo nos dois últimos meses, ou seja, outubro e novembro. Conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas, o índice que mede a renda do setor agropecuário teve uma recuperação nestes dois meses.

Em novembro, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural teve aumento de 9,45%, puxado pelas cotações dos grãos, principalmente o café, que teve alta, para o produtor, de 21,21%. Em outubro, o IPR já havia aumentado 1,88%.

Contribuíram também para a melhoria da renda agrícola em novembro, os preços pagos aos produtores de feijão, com alta de 2,74% e aos do milho, cuja valorização foi de 2,38%. Entre os hortifrutigranjeiros, as maiores altas ficaram localizadas nas vendas da laranja, 30,95%; banana, 14,92%; mandioca, 55,0% e tomate, cuja alta foi de 107,32%.

No caso do setor leiteiro, os pecuaristas receberam 1,76% a mais pela venda do leite fluido tipo C, ao contrário do leite tipo B, que caiu, para o produtor, 12,04%.

Ao contrário dos últimos meses, novembro ficou marcado pela queda nos preços das carnes: a arroba do boi caiu para o produtor 11,23%; a do suíno, -13,04%; o preço do frango abatido teve uma queda de 12,12% e o do frango vivo, -17,65%.

Novembro foi o mês em que os preços médios dos insumos agrícolas estiveram em queda. O Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários caiu 3,36%. Entre os 187 itens pesquisados, as maiores quedas foram nos setores ligados aos inseticidas (-9,28%), bernicidas (-5,81%) e vermífugos (-17,1%). As maiores altas entre os insumos agrícolas foram: vacinas, cujo aumento foi de 10,65% e herbicidas, com alta de 3,92%.

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