Inflação medida pela Ufla mantém tendência de alta

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) ficou em 0,71% no mês de novembro, contra uma taxa de 0,48% em outubro. Nos meses de agosto e setembro havia registrado deflação (variação negativa de preços), de -0,4% e -0,55%, respectivamente. Com esses comportamentos de preços, a inflação medida pela Ufla em 2005 está acumulada em 3,2%.

Em novembro, a alta do IPC da Ufla ficou localizada basicamente em três setores: vestuário, com aumento médio de 2,48% ; despesas de transporte, com 1,29% e gastos com alimentos, que ficaram mais caros 1,13%. Outros grupos que também tiveram alta no mês foram: despesas com lazer, 0,57%; bebidas, 0,11% e educação e saúde, com variação de 0,1%.

De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, os alimentos e o vestuário são os dois setores que mais pesam na inflação calculada pela Ufla. De um orçamento de R$ 1.000,00, R$ 416,3 são gastos com estes itens.

Os alimentos, que subiram em média 1,13% em novembro, foram influenciados principalmente pelos produtos in natura, cuja alta foi de 5,8%. Dentro dessa categoria, destacam-se os aumentos do tomate (52,32%), batata (46,56%), cebola (26,98%) e abacate (19,73%). Os alimentos semi-elaborados subiram 1,39% e os industrializados tiveram queda média de 0,24%.

Com isso, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas acumula uma alta de 3,61% em novembro. Em outubro, seu valor era de R$ 237,88 e, agora, R$ 246,47.

Entre os demais grupos pesquisados e que compõem o Índice, os itens de material de limpeza ficaram mais baratos 0,67%, higiene pessoal, -0,35% e bens de consumo duráveis(eletrodomésticos, móveis e informática), que tiveram queda média de 2,39%. As despesas com moradia e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) não se alteraram, na média, em novembro.

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