Preços agrícolas têm maior queda desde junho

O ritmo de queda dos preços agrícolas voltou a se intensificar no mês de agosto, quando o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários apontou uma variação negativa de 8,22%. Em junho, o IPR ficou em -6,41% e em julho, -5,31%. São levantados mensalmente os preços de 42 produtos pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla).

Essa queda nos preços agrícolas já está pressionando, para baixo, as taxas de inflação medidas pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), também calculado pelo DAE/Ufla. Em agosto, os preços médios para os consumidores registraram variações negativas, ou seja, constatou-se deflação de 0,4%.

Os preços de produtos de origem animal, como o leite fluído tipo C, caiu, para o pecuarista, 10,9% e o do leite tipo B teve queda de 5,55%. Entre os grãos, o preço do feijão teve um recuo de 13,25% e o do café, de 8,61%. No grupo dos hortifrutigranjeiros, os produtores rurais receberam menos pela batata (-27,27%), pelo repolho (-31,5%), pelo tomate (-28,76%), pela couve-flor (-50,0%) e pela cebola (-21,77%).

Já para os preços pagos pelos insumos agrícolas, medidos pelo Índice de Preços Pagos (IPP), a variação em agosto foi também negativa, mas em um patamar menor: -2,78%.

Nos últimos doze meses (setembro de 2004 a agosto de 2005), o Índice de Preços Recebidos (IPR) pelos produtos agrícolas acumulou uma alta de 8,84%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários aumentou 13,64%. Esses índices estimam, respectivamente, a variação da renda agrícola e o comportamento dos custos de produção do setor.

Esses indicadores revelam que, no acumulado dos últimos doze meses, os custos para produzir no setor agrícola superaram, em média, os preços pagos aos produtores rurais pela venda de seus principais produtos.

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